Energia: Projectos de 593 M€ apresentados hoje no Porto
O ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, preside hoje à conferência sobre Estratégia Nacional para Energia, no Porto, onde serão apresentados investimentos globais de 593 milhões de euros na área das energias alternativas.
Na conferência, que contará com a presença do primeiro- ministro, José Sócrates, o ex-secretário de Estado do Ambiente Carlos Pimenta fará uma apresentação do projecto do Parque Eólico do Alto Minho I, o maior da Europa, com um investimento estimado de 343 milhões de euros.
O projecto, localizado na região do Vale do Minho e com um total de 240 megawatts (MW), é composto por cinco subparques e uma infra-estrutura eléctrica de ligação à rede nacional.
O parque contará com 120 torres eólicas de 2 MW de potência e resulta de um projecto da sociedade VentoMinho - Energias Renováveis, detida a 85% pela Empreendimentos Eólicos do Vale do Minho (EEVM) e a 15% pelas câmaras municipais de Paredes de Coura, Valença, Monção e Melgaço.
De acordo com a VentoMinho, «a participação de cada câmara municipal na sociedade será em função da potência instalada no respectivo concelho».
A produção bruta anual de energia será de 667 gigawatts e as emissões de dióxido de carbono (CO2) evitadas serão de 466 mil toneladas/ano.
O projecto deverá estar concluído dentro de dois anos.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Millenniumbcp e o Barclays Bank são os bancos envolvidos no projecto.
«Com 240 MW, o Parque Eólico do Alto Minho I é o mais ambicioso projecto eólico em curso em Portugal e representa o maior investimento privado alguma vez realizado no Vale do Minho, reflectindo-se em múltiplos benefício para a região», uma vez que a região passará a ser «exportadora líquida de electricidade», segundo a VentoMinho.
A empresa considera que o projecto vai beneficiar as autarquias, uma vez que o Parque Eólico vai gerar a criação de postos de trabalho temporários na fase de construção e empregos qualificados na fase de exploração Defende ainda que irá permitir a melhoria dos acessos e o reforço da capacidade das redes de distribuição de energia eléctrica locais e regionais, além das câmaras poderem participar na estrutura accionista da VentoMinho e receberem rendas e compensações.
Os parques eólicos de São Paio e Espiga e Arga são outros projectos que serão abordados na conferência.
Na área da biomassa florestal, a EDP - Bioeléctrica, detida em partes iguais pela EDP e pela Altri, vai apresentar o projecto de construção de sete centrais, cujo investimento estimado é de 250 milhões de euros.
Segundo a empresa, cerca de 20% do investimento total corresponderá a valores «de incorporação nacional directa».
As centrais serão construídas nos distritos do Algarve, Santarém, Viseu, Braga, Castelo Branco (duas centrais) e outra entre Coimbra e Leiria.
De acordo com a Bioeléctrica, este projecto vai permitir criar emprego em zonas deprimidas, estimando-se que sejam criados 80 postos de trabalho directos e 600 indirectos.
Este projecto, segundo a empresa, vai permitir diminuir o risco de incêndios, «criando condições para a limpeza de mais de 600 mil hectares de floresta».
Uma das vantagens apontadas pelos responsáveis do projecto é a diminuição da dependência externa, evitando a importação anual de 80 milhões de metros cúbicos de gás natural, no valor de 15 milhões de euros.
Em relação às metas ambientais, a EDP - Bioeléctrica estima uma produção anual de 750 gigawatts e emissões evitadas de CO2 de 480 mil toneladas por ano.
O projecto terá uma instalação de 120 MW e levará quatro anos para estar concluído (2006-2010).
Os presidentes executivos da EDP, António Mexia, e da Galp Energia, José Marques Gonçalves e o secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, Castro Guerra, marcam também presença na conferência sobre a energia, que decorre a partir das 14:00 na Casa da Música, no Porto.
07-07-2006 6:56:50
de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=235282A máquina de propaganda do Sócrates faz-me lembrar a do Mussolini. Antes da 2ª guerra mundial, Mussolini andava a visitar vilas, e em cada vila que passava existia um desfile militar com tanques e tudo..dava a impressão que existiam totil tanques....na realidade os tanques eram semre os mesmos, chegavam à vila antes do Mussolini...hehehe...contado por um italiano à minha pessoa.
Isto é o mesmo....ou não estarão estes €593M englobados nos astronómicos €6.000M...que por sua vez uma parte não estava englobado no famoso concurso para 1000MW?? Isto é tentar fazer o tuga passar por parvo...mas pronto...
Tirando a "maquilhagem propagandista" do governo, espero que as notícias acerca destes investimentos acabem, e surjam mas é as notícias das inaugurações...porque realmente fazem falta estes projectos...(embora a nível real só devem ir encareçer o preço da electricidade..o que é mau para a economia..)