Estratégia Nacional para o Mar

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comanche

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« Responder #45 em: Dezembro 14, 2007, 11:47:28 am »
Sines: Centro de Incubação de Empresas ligado ao mar e à energia arranca segunda-feira


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Sines, Setúbal, 14 Dez (Lusa) - As obras de construção de um Centro de Incubação de Empresas de Base Tecnológica ligado à economia do mar e à energia arranca segunda-feira, em Sines, num investimento de 2,1 milhões de euros.

O projecto, designado Sines Tecnopolo, resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal de Sines, as Universidades de Évora e do Algarve e os Institutos Politécnicos de Beja e de Setúbal.

"O Sines Tecnopolo tem como missão a promoção do empreendedorismo de base tecnológica e a oferta de serviços complementares, relevantes para a actividade económica regional", explicou hoje à agência Lusa o director-executivo do projecto, Roberto de Souza.

As obras de construção do Sines Tecnopolo, que se vão prolongar até Agosto de 2008, data de início do projecto, incluem a recuperação da antiga casa da Quinta da Lameira e a construção de um novo edifício com 32 espaços modulares para incubação de empresas.

A ideia, segundo Roberto de Souza, é que o centro acolha nas suas instalações ideias, projectos e empresas que apresentem uma ligação com áreas de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, "determinantes para a diversificação e fortalecimento do tecido empresarial da sub-região Alentejo Litoral".

"Na prática, vamos criar um espaço para ajudar as pessoas a pensar e a criar por si próprias alternativas profissionais. Queremos ensinar-lhes a assumir e planear os riscos", sintetizou.

O centro de incubação de empresas vai ser implementado num lote com 10 mil metros quadrados e representa um investimento total de 2,1 milhões de euros, dos quais 75 por cento serão suportados por fundos da União Europeia, através do Programa Operacional do Alentejo.

O projecto privilegiará o empreendedorismo nas áreas da economia do mar e da energia, aproveitando a proximidade do porto de Sines e a existência de várias empresas do sector energético na região.

Biologia marinha, desportos náuticos e subaquáticos, agricultura de costa, biodiesel, turismo marítimo, energia solar e aquacultura são algumas das áreas dadas como exemplo.

As novas empresas serão ajudadas no seu processo inicial através da incubadora, onde lhes serão cedidos espaços com serviços de apoio e a possibilidade de aceder a redes de conhecimento e inovação, para além da realização de acções de formação, de forma a "permitir-lhes uma menor taxa de insucesso".

Os objectivos da associação, criada para o efeito e baptizada com o nome do descobridor nascido em Sines, Vasco da Gama, passam por "promover o intercâmbio de ideias, a transferência de tecnologia e incentivar a criação de empresas de base tecnológica, nos domínios da economia do mar e das energias".

Através do envolvimento com instituições de investigação e ensino superior, pretende-se a transferência de conhecimentos e incorporação de tecnologia no sector produtivo.

 

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comanche

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« Responder #46 em: Janeiro 16, 2008, 06:16:48 pm »
Portugal/França: Cimeira Sócrates e Fillon discute «auto-estradas do mar» em Lisboa


Lisboa, 16 Jan (Lusa) - As chamadas "auto-estradas do mar", a vigilância e segurança marítimas, e o combate à poluição dominam a agenda da terceira cimeira Portugal-França, que se realiza em Fevereiro, em Lisboa.


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O anúncio foi hoje feito à Agência Lusa pela Embaixada da França em Lisboa, que prepara o evento enquanto aguarda a chegada do novo representante diplomático para substituir Patrick Gautrat, que terminou a sua missão em Portugal.

O primeiro-ministro português, José Sócrates, revelou a 27 de Julho último, logo no início da presidência portuguesa da União Europeia (UE), durante o segundo semestre de 2007, que haveria uma cimeira luso-francesa sobre a cooperação nas actividades ligadas ao mar, previsivelmente no primeiro semestre de 2008.

A Embaixada de França em Lisboa adiantou à Lusa que esta cimeira deverá decorrer em Fevereiro na capital portuguesa, embora ainda não tenha data marcada.

A mesma fonte precisou que, além da questão das "auto-estradas do mar", a agenda dos primeiros-ministros português e francês passa pela presidência francesa da UE, no segundo semestre deste ano, bem como pelas relações económicas bilaterais.

De Janeiro a Outubro de 2007, e pela primeira vez nos últimos 15 anos, o saldo estimado da balança comercial luso-francesa é positivo para Portugal em 29,3 milhões de euros, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) fornecidos à Lusa pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP-Portugal Global), ex-ICEP.

As duas primeiras cimeiras luso-francesas realizaram-se em 2003 (Lisboa) e em 2006 (Paris).


 

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André

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« Responder #47 em: Fevereiro 06, 2008, 06:05:38 pm »
Portugal ajuda Cabo Verde no processo de alargamento da plataforma continental

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Portugal está a ajudar Cabo Verde a preparar o pedido de alargamento da plataforma continental do arquipélago, que terá de ser apresentado nas Nações Unidas até Maio do próximo ano.

Uma equipa de especialistas portugueses, chefiada pelo coordenador da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), Manuel Pinto de Abreu, terminou segunda-feira na capital cabo-verdiana uma maratona de reuniões com responsáveis do país, para ajudar Cabo Verde a preparar a proposta de extensão da plataforma além das 200 milhas.
 
Manuel Pinto de Abreu dirige, em Portugal, os trabalhos com vista a apresentar também o pedido junto da ONU, que segundo o responsável será feito no próximo ano (entre Janeiro e Maio, disse, sem especificar).

A EMEPC foi criada em 2005 por resolução do conselho de ministros e tem como objectivos preparar uma proposta de extensão da Plataforma Continental de Portugal além das 200 milhas náuticas, a ser apresentada até 13 de Maio de 2009 à Comissão de Limites da Plataforma Continental, das Nações Unidas.

"Portugal disponibilizou a EMEPC para, em conjunto, analisar as possibilidades de extensão da plataforma de Cabo Verde e avaliar os recursos que são necessários mobilizar", explicou hoje Manuel Pinto de Abreu.

Sem esconder que uma das vantagens do alargamento poderá estar no aumento de possibilidades de ser encontrado petróleo em zona sobre jurisdição cabo-verdiana, Pinto de Abreu admitiu que Cabo Verde tem "bons indícios" de que essa extensão possa ser aceite pela ONU, levando a que o arquipélago possa gerir e explorar recursos naturais de uma área acrescida.

Proposta a apresentar até 13 de Maio

Segundo Pinto de Abreu não está em discussão, neste momento, o tamanho da extensão da plataforma continental além das actuais 200 milhas náuticas (uma milha equivale a 1,852 quilómetros), como também não se pode quantificar que recursos estão em causa sem haver uma pesquisa desses mesmos recursos.

O que a missão está a fazer em Cabo Verde é "transportar a experiência portuguesa nesta matéria, que já é longa", explicou. O governo de Cabo Verde criou no ano passado a Comissão Intergovernamental para a Plataforma Continental mas a mesma apenas se reuniu uma vez. A Comissão cabo-verdiana tem, como a portuguesa, até 13 de Maio de 2009 para apresentar às Nações Unidas a proposta de extensão da plataforma continental e as justificações para o pedido.

Em 2006, Portugal conseguiu junto da ONU a soberania de uma zona marinha ao largo dos Açores, justificando que a mesma era um campo hidrotermal que devia ser protegido. "Portugal defendeu a classificação dessa plataforma e é hoje o único país do mundo com uma área marinha protegida", disse Manuel Pinto de Abreu, explicando que tal não se relaciona com a extensão da plataforma continental, cujo pedido está ainda por apresentar.

Ciência Hoje

 

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comanche

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« Responder #48 em: Fevereiro 22, 2008, 05:55:21 pm »
Portugal/França: Apoio a execução de uma política marítima integrada - Declaração Final

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Lisboa, 22 Fev (Lusa) - O apoio à definição e execução de uma política marítima integrada para a União Europeia (UE) ficou hoje consagrado na declaração final do III Encontro de Alto Nível entre Portugal e a França, realizado em Lisboa.

O documento começa por recordar que "a política marítima integrada europeia se inscreve no quadro da Estratégia de Lisboa para o crescimento e o emprego, bem como no da estratégia europeia do desenvolvimento sustentável".

"A política marítima deve contribuir para a competitividade europeia e para a protecção do meio e dos ecossistemas marinhos, no quadro dos objectivos de um desenvolvimento sustentável", realça o texto.

Para tal - acrescenta -, é necessário continuar a pôr em prática "mecanismos que permitam reforçar a coordenação da política marítima entre os estados-membros e as instâncias europeias".

Lisboa e Paris saudaram a "integração na política marítima europeia de uma forte dimensão ecológica" através da Directiva Quadro "Estratégia para o Meio Marinho".

Os dois países "partilham a mesma percepção quanto à necessidade de reforçar a vigilância dos espaços marítimos europeus e de melhorar a governação dos assuntos do mar, particularmente no domínio soberano e no da gestão e protecção do ambiente", destaca a declaração.

A França, durante a sua presidência da UE e com o apoio de Portugal irá "centrar a atenção na melhoria da vigilância das actividades no mar, de forma a garantir a segurança e a protecção dos espaços marítimos, para assegurar as condições propícias ao exercício de actividades económicas".

Neste apartado não são esquecidas a "investigação científica e os conhecimentos necessários à gestão sustentável do meio e dos recursos marinhos".

Ficou acordado o desenvolvimento da "cooperação no domínio da vigilância e da intervenção no mar para enfrentar, conjuntamente e de forma mais eficaz, os riscos e as ameaças, em particular através dos laços que unem as duas Marinhas e outras instituições" científico-tecnológicas.

Será igualmente desenvolvida a "cooperação nos domínios da busca e salvamento marítimo, em particular no que respeita à troca de informações entre os serviços (...) nos Açores e nas Antilhas".

Elogiando as acções empreendidas pela Agência Europeia de Segurança Marítima, os dois países anuíram em "promover conjuntamente iniciativas para melhorar a segurança no mar, a prevenção e a luta contra a poluição do meio marinho causada por navios".

Portugal e a França concordaram em assinar o Protocolo Adicional ao Acordo de Cooperação para a Protecção das Costas e das Águas do Atlântico Nordeste contra a Poluição.

O interesse luso-francês pelo desenvolvimento das auto-estradas do mar levou à criação de um grupo de trabalho de alto nível e as respectivas administrações responsáveis pelo sector dos transportes celebrarão uma primeira reunião em Março, já na perspectiva da presidência francesa da UE.

O objectivo destes encontros regulares é "identificar um possível serviço de auto-estradas do mar de interesse" recíproco, assinala o texto.

Lisboa e Paris facilitarão o conhecimento dos meios marinhos através da investigação integrada e promoverão a criação de uma rede europeia de observação e dados, bem como uma estratégia europeia de investigação.

O texto conclui sublinhando que "a política marítima europeia deve integrar o desenvolvimento económico e social das Regiões Ultra Periféricas (RUP), preservando os recursos naturais".

 

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zocuni

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« Responder #49 em: Março 02, 2008, 12:42:24 pm »
Tudo bem,

Através de pesquisa fiquei sabendo que o nosso DOP/UAç,está dotado de um mini-rov,o LBV 300 de fabrico norte-americano e que tem dado excelentes resultados não só nas pesquisas oceánicas como na área do ensino.Posto aqui esse mini-rov,que atinge os 300m de profundidade.Sinceramente gostei,nota-se o investimento.



http://www.youtube.com/watch?v=7fol6N4bfQk&feature=related


Abraços,
zocuni
 

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Lancero

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« Responder #50 em: Março 02, 2008, 01:03:00 pm »
Esse não é o único ROV que temos/iremos ter ;)

Publico de hoje,

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Portugal compra robô submarino que desce aos 6000 metros

02.03.2008, Teresa Firmino


O país junta-se ao exclusivo clube de possuidores de submarinos de
grande profundidade e passa a poder explorar o fundo de toda a sua ZEE


Portugal juntou-se ao restrito clube mundial dos países com robôs submarinos que mergulham a 6000 metros. O ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, assinou a 21 de Fevereiro o despacho que autorizou a compra do aparelho, que está a ser construído pela empresa norueguesa Argus Remote Systems. O contrato de compra foi assinado anteontem, sexta-feira, em Bergen, na Noruega.
Portugal passa a ser um dos poucos países do mundo com um veículo de operação remota (ROV) capaz de atingir essas profundezas oceânicas. A partir de agora, não só o fundo do mar de toda a Zona Económica Exclusiva (ZEE), como o da futura área que vier a estar sob jurisdição de Portugal na sequência da extensão da plataforma continental, ficará ao alcance directo dos cientistas portugueses.
O ROV não é tripulado: estará ligado por um cordão umbilical a um navio, de onde será comandado à distância, e por onde se acederá em tempo real à informação recolhida.
O aparelho foi comprado por cerca de três milhões de euros, pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) - um grupo científico, na dependência do ministro da Defesa, incumbido de provar que a parte continental do território português se prolonga para além das 200 milhas naúticas da zona económica exclusiva.
Se a prova for convincente, Portugal poderá alargar-se - mas apenas pelo leito e subsolo oceânicos, tal como estabelece a Lei do Mar das Nações Unidas. Enquanto na ZEE os países podem explorar o que existe na coluna de água e no solo e subsolo do mar, na plataforma continental alargada "apenas" terão jurisdição sobre os recursos do solo e subsolo, seja petróleo, gás, metais ou recursos biológicos e genéticos com aplicações farmacêuticas e industriais.
Até 13 de Maio de 2009, o projecto de extensão da plataforma portuguesa terá de estar concluído: a documentação científica terá de ser entregue na Comissão de Limites da Plataforma Continental, criada pela Lei do Mar.
Desde meados de 2005 que a EMEPC trabalha no alargamento do chão marinho, reunindo dados geo-lógicos, geofísicos, hidrográficos, sísmicos, entre outros, que provem que a plataforma se prolonga, efectivamente, para lá das 200 milhas. Para isso, é preciso saber onde é que os fundos marinhos deixam de ter características continentais e começam a ter características oceânicas. Mas determinar onde se situa essa transição não é fácil e exige inúmeros levantamentos oceanográficos, em redor da ZEE de Portugal Continental, da Madeira e dos Açores. Esses levantamentos têm sido feitos pelos navios oceanográficos D. Carlos I e Gago Coutinho, da Marinha, e por navios fretados ao estrangeiro.

Olhos e mãos lá em baixo
A ideia de comprar um ROV surgiu depois de uma missão oceanográfica nos Açores, em Maio de 2007: "Ficámos animados com os resultados, mas chegámos à conclusão de que precisaríamos de outros tipos de amostras para a proposta de extensão da plataforma", conta o chefe da EMEPC, Manuel Pinto de Abreu.
Orientada para a recolha de amostras geológicas e geoquímicas, nessa campanha arrastou-se um balde metálico pelo leito do mar que, ao fim de umas quantas milhas, ia sendo içado para o navio. "Uma indefinição destas sobre o local das amostras não é boa para fundamentar a proposta de extensão da nossa plataforma. Poderemos estar a cometer erros sobre o contexto geológico das amostras."
Um ROV resolveria o problema, porque seria como ter olhos e mãos lá em baixo: poderiam ver-se as amostras a apanhar, tirar fotos ao local e saber o sítio exacto da recolha, refere Pinto de Abreu.
A equipa fez então as contas ao custo de uma missão com um ROV naquela zona, a Sul dos Açores, e concluiu que a compra sairia mais barata do que o aluguer. Por dia, o aluguer custaria 100 mil euros: "Se tudo corresse bem, precisaríamos de 45 dias de trabalho. Assim, poupamos dinheiro e ficamos com o ROV".
O veículo deverá ser entregue em Agosto e o baptismo de mar está previsto ainda para 2008. "Decidimos comprar um ROV de 6000 metros, porque permitirá ir a todos os buraquinhos do espaço de interesse nacional. Com este equipamento, a comunidade científica nacional vai poder ir onde quiser", diz Pinto de Abreu. Até agora, os ROV em instituições científicas portuguesas ficavam-
-se pelos cerca de 500 metros, como o do Instituto Hidrográfico.
Se se optasse por um ROV de 4000 metros, grande parte das profundezas da ZEE portuguesa continuaria fora de alcance do robô. Mas o veículo escolhido permitirá visitar 97 por cento do fundo oceânico da Terra. "Uma das questões que se punha era: "Então e a nossa capacidade de exploração do mar?". Cá está ela", diz Pinto de Abreu. "Passamos a estar num clube muito restrito relativamente aos países que chegam a essas profundidades." França, Noruega, Alemanha, Reino Unido, EUA e Japão são os outros países que, oficialmente, têm robôs submarinos para 6000 metros.
Nos próximos anos, o ROV português será utilizado principalmente no projecto de extensão da plataforma, que, depois de analisado pela Comissão de Limites da Plataforma Continental, deverá estar encerrado em definitivo por volta de 2012, nas previsões de Pinto de Abreu. Até lá, a comunidade científica será convidada a dizer que dados gostaria de ver recolhidos pelo robô: sempre que for possível, nas missões da EMEPC, os pedidos serão atendidos, garante o seu responsável.
Quando terminar o projecto da plataforma, o que acontecerá ao ROV? "Há-de ser entregue a uma entidade nacional no âmbito do mar", responde Pinto de Abreu.

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BI do ROV português

02.03.2008





Nome comercial Argus Bathysaurus XL, derivado do nome da empresa construtora e da designação científica do peixe-lagarto de ambientes profundos; XL é a versão para grandes profundidades.
Nome português Ainda não tem, mas a equipa que o vai operar nos próximos anos irá lançar um concurso de nomes para alunos do ensino secundário, em que o prémio será a participação numa expedição científica com o ROV.


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Fontes hidrotermais e acidentes

02.03.2008




Uma das áreas que passam a estar ao alcance directo dos investigadores são as fontes hidrotermais de profundidade dos Açores, únicas na Europa. onde existem formas de vida adaptadas a condições extremas. Aí podem existir moléculas úteis à Medicina e indústria ou recursos minerais. Têm sido visitadas amiúde por navios, submarinos e ROV estrangeiros, desde a descoberta das primeiras fontes dos Açores, em 1992. "Portugal deixa de estar dependente dos outros para investigar as fontes hidrotermais. Deixa de ser um passageiro das missões científicas estrangeiras, para ser o actor principal", sublinha Pinto de Abreu, chefe da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental.
Além da investigação científica e prospecção de recursos naturais, o novo ROV poderá ainda entrar em acção em caso de acidentes com navios (o petroleiro Prestige, afundado em 2002, ao largo da Galiza, foi inspeccionado por um ROV norueguês). T.F.


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Os regressos de Portugal ao mar

02.03.2008, Teresa Firmino


A aposta na investigação marítima está presente desde sempre no discurso, mas nem sempre na prática


A oceanógrafa Isabel Âmbar é a mais desencantada, quando olha para o propalado regresso de Portugal ao mar ao longo dos últimos 30 anos. De dez em dez anos, esse regresso é anunciado e depois pouco sai do papel, lamenta a cientista, directora do Instituto de Oceanografia da Universidade de Lisboa. Outros, como o oceanógrafo Manuel Pinto de Abreu, chefe da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental, consideram que, apesar de tudo, nos últimos dez anos, começámos a regressar ao mar.
Quando se pergunta a Isabel Âmbar que falsas partidas se fizeram para o mar, responde: "Foram muitas. Desde sempre se diz que o mar é muito importante para o nosso país e que temos a maior Zona Económica Exclusiva da Europa. Depois, ficamos por aí".
Para o demonstrar, cita as reuniões de cientistas e decisores políticos, nos últimos 30 anos, em que se fez um diagnóstico das ciências marinhas e se apresentaram prioridades. Ressalta o tal padrão da década: em Maio de 1979, foi o Simpósio Nacional de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento; em Maio de 1987, foram as Jornadas Nacionais de Investigação Científica e Tecnológica; em 1998, foi o Programa Dinamizador das Ciências e Tecnologias do Mar; em 2006, foi aprovada pelo Governo a Estratégia Nacional para o Mar.
"As pessoas juntam-se, apresentam conclusões e depois passam-se dez anos e voltam-se a fazer as mesmas coisas, chega-se às mesmas conclusões e prioridades. Mas depois não se avança, não há vontade política", diz Isabel Âmbar.
O Programa Dinamizador foi uma dessas boas intenções que, na opinião da oceanógrafa, acabaram em falsa partida. Anunciado com pompa no Ano Internacional dos Oceanos, em 1998, como reforço financeiro da investigação nesta área, foi Mariano Gago (então ministro da Ciência, como agora) quem o lançou. Financiou 29 projectos, no valor de nove milhões de euros, executados entre 2000 e 2004, informa João Sentieiro, presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
"Foi um programa importante, talvez uma das vezes em que se tomou mais a sério a investigação do mar", diz Isabel Âmbar. Mas o concurso para os cientistas submeterem os seus projectos a financiamento só abriu uma vez, em 1999. "Foi um conceito interessante. Para o que existia na época, os financiamentos do programa eram bons", considera também o biólogo Ricardo Serrão Santos, director do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores.
Mas mesmo algumas áreas que esse programa pretendia "dinamizar", numa segunda fase, nunca chegaram a ser financiadas, recorda Isabel Âmbar: é o caso da observação sistemática dos oceanos e da gestão de dados. Também Pinto de Abreu considera fundamental uma base de dados que listasse as recolhas feitas e o seu tipo. Essa, diz Pinto de Abreu, está entre as "boas iniciativas, mas que não tiveram o desenvolvimento que deveriam ter tido".
Até os projectos de ciências e tecnologias do mar submetidos aos concursos "normais" abertos pela FCT estiveram sem resposta um ano e meio, que só chegou este mês de Fevereiro, lamenta Isabel Âmbar, pelo que as equipas estiveram esse tempo sem saber se teriam dinheiro. Financiar as ciências do mar não é a prioridade actual, refere Ricardo Santos, que se queixa de que o dinheiro está a ser dado à tecnologia.
"Depois do Programa Dinamizador, houve imensos projectos financiados pela fundação", frisa ainda Sentieiro (66 projectos receberam cinco milhões de euros, entre 2000 e 2006, e outros 53 receberam desde 2005 quatro milhões de euros). E os 42 projectos de ciências e tecnologias do mar aprovados em 2008 ascendem a um total de 6,73 milhões de euros.



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Os ROV e submarinos de grande profundidade que andam por aí

02.03.2008, Teresa Firmino




Argus Abyss Bathysaurus (Noruega) - Fabricado em 2004, este veículo de operação remota (ROV), capaz de descer a 6000 metros no mar, é operado pela Universidade de Bergen e pelo Instituto de Investigação Marinha.

Isis (Reino Unido) - Construído em 2003 pela Instituição Oceanográfica Woods Hole, nos EUA, é operado pelo Centro Nacional de Oceanografia britânico. Vai a 6500 metros. Em Maio de 2007, este ROV esteve entre o Sul de Portugal e o golfo de Cádis, a investigar vulcões de lama (emanações de metano com sedimentos).

Kiel 6000 (Alemanha) - De fabrico norte-americano, este
ROV de 6000 metros pertence
ao Instituto de Ciências Marinhas Leibniz da Universidade de Kiel. Já o Centro de Investigação
das Margens Oceânicas opera o Quest 5, de 4000 metros, que é da Universidade de Bremen.

Victor 6000 (França) - Desenvolvido pelo Instituto Francês de Investigação e Exploração do Mar (Ifremer), este ROV de 6000 metros fez a primeira missão científica em águas portuguesas: em 1998, visitou as fontes hidrotermais de profundidade dos Açores.

Kaiko 7000 (Japão) - Na posse deste ROV desde 2004, a Agência para as Ciências e Tecnologias Marinhas e da Terra do Japão (Jamstec) consegue ir a 7000 metros. É dos veículos que mais fundo mergulham.

Jason (EUA) - Fabricado em 1988 pela Instituição Oceanográfica Woods Hole, à qual pertence, este ROV desce a 6500 metros. Fez centenas de mergulhos em fontes hidrotermais do Pacífico, Atlântico e Índico. Em 2002, lançou-se uma versão melhorada do Jason.

Ropos (Canadá) - Desenvolvido com fundos do Departamento de Pescas, Oceanos e Recursos Naturais do Canadá, este ROV de 5000 metros é agora gerido pelo Instalação de Submersíveis Científicos Canadianos, organização criada por um grupo de cientistas.

Hercules (EUA) - Construído para o Instituto de Exploração, fundado pelo famoso explorador americano Robert Ballard, este ROV, que desce a 4000 metros, começou por ser aplicado em 2003 em prospecções arqueológicas no fundo do mar. Agora também serve para estudos de Geologia e Biologia marinhas.

Tiburon (EUA) - Concebido e fabricado pelo Instituto de Investigação do Aquário da Baía de Monterey, fez o mergulho de baptismo em 1997. Pode ir aos 4000 metros.

Mir I e Mir II (Rússia) - Foram construídos em 1987, para levar três tripulantes até 6000 mil metros. Operados pelo Instituto
de Oceanografia de P. P. Shishov,
de Moscovo, foram notícia
em 2007, por terem mergulhado por baixo dos gelos do Árctico: nessa viagem inédita, puseram a bandeira da Rússia no fundo do mar e reclamaram simbolicamente como russa essa parte da plataforma continental, onde se suspeita haver petróleo e recursos minerais.

Nautile (França) - É uma estrela entre os submersíveis, por ter visitado, desde que ficou pronto, em 1985, paragens oceânicas como as fontes hidrotermais (incluindo as dos Açores) e os destroços do Titanic. Ao serviço do Ifremer, que o construiu, desce até 6000 metros com três ocupantes.

Alvin (EUA) - O decano dos submersíveis científicos de grande profundidade, construído em 1964 e pertencente à Marinha, é operado pela Instituição Oceanográfica Woods Hole. Teve entretanto várias melhorias.
Leva três ocupantes a 4500 metros, pelo que atinge quase
63 por cento do leito oceânico. Entre os locais famosos visitados, estão as primeiras fontes hidrotermais descobertas em profundidade (nos anos 70,
no Pacífico). Já esteve nas fontes dos Açores.

Shinkai 6500 (Japão) - Dos veículos tripulados, é o que mergulha a maiores profundidades, indo a 6500 metros com três ocupantes. Foi concluído em 1990 e está ao serviço do Jamstec.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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zocuni

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« Responder #51 em: Março 02, 2008, 01:38:58 pm »
Mas essa notícia é absolutamente fantástica.Estou muito satisfeito.
Aqui o Argus Bathysaurus XL.



Abraços,
zocuni
 

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comanche

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« Responder #52 em: Março 02, 2008, 03:27:17 pm »
Citação de: "Lancero"
Portugal compra robô submarino que desce aos 6000 metros

02.03.2008, Teresa Firmino


O país junta-se ao exclusivo clube de possuidores de submarinos de
grande profundidade e passa a poder explorar o fundo de toda a sua ZEE


Portugal juntou-se ao restrito clube mundial dos países com robôs submarinos que mergulham a 6000 metros.


Excelente notícia, já devia ter sido efectuada á mais tempo.
 

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zocuni

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« Responder #53 em: Março 03, 2008, 02:08:22 am »
Tudo bem,

Sinceramente e usando uma linguagem adequada ao momento,estou profundamente eufórico com a notícia,devagar chegaremos lá,é preciso consitência e constância nestas pesquisas.Entendo que isto é o futuro e um pólo de receitas não de gastos.Tomara que com o tempo não mude de ideias.Confio no know-how português e de suas instituições ligadas ao mar.Estou confiante que será um tremendo salto qualitativo em nosso desenvolvimento tecnológico.Talvez consigamos uma nova Escola Sagres,os recursos hidricos serão a controvérsia do mundo,pelo que vejo começamos a estar aptos a esse novo desafio.Falta sómente um navio expedicionário (acima de 70 m )de comprimento e um submarino de pesquisas,bem já estou viajando mas é isso que observo de longe.O futuro é muito promissor.haver vamos.Estive pesquisando e o IFREMER.da França emprega 1800 funcionários altamente qualificados,se conseguirmos 300/400,será fantástico e promissor numa primeira fase.O que poderemos arrecadar em pesquisas pelo mundo fora será incomensurável.

Abraços,
zocuni
 

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Bravo Two Zero

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« Responder #54 em: Março 03, 2008, 08:20:14 pm »
Uma lacuna que fica brilhantemente preenchida  :D
O pessoal do Instituto de Oceanografia da Faculdade de Ciências está de parabéns.
Agora uma investigação na ZEE do arquipélago da Madeira com a colaboração do Dep. Biologia da UMA era excelente para este escriba !
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

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zocuni

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« Responder #55 em: Março 03, 2008, 08:35:18 pm »
Tudo bem,

UMA,é Universidade da Madeira?

Abraços,
zocuni
 

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Bravo Two Zero

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« Responder #56 em: Março 03, 2008, 08:56:21 pm »
Sim, a minha segunda (que, em certas alturas torna-se a primeira) casa  c34x
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

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comanche

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« Responder #57 em: Maio 04, 2008, 10:59:04 am »
Aquacultura em alto mar para recuperar a pesca

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A Câmara de Sesimbra quer relançar o sector da pesca no concelho com uma aposta centrada na aquacultura em alto mar. Depois da crise estrutural que deixou no desemprego mais de um milhar de profissionais da vila pesqueira nos últimos anos, a autarquia ambiciona agora abrir a costa à instalação de jaulas que permitam a criação de douradas, robalos e bivalves, assegurando que, apesar de o investimento de cada sistema orçar o milhão de euros, a rentabilidade "é garantida".

A autarquia ainda não sabe quanto pode custar o projecto, nem quando estará em condições de avançar com os concursos públicos, mas justifica a sua aposta com base numa estação-piloto que desde 2001 está a ser promovido em Olhão, pelo Instituto Nacional de Recursos Biológicos (IPIMAR), tendo sido alargada à possibilidade de concurso público na costa algarvia.

A designada aquacultura offshore, um ramo ainda por explorar em Portugal, surge como um negócio "altamente rentável", já que o milhão de euros investido em cada sistema, ao qual há que adicionar os custos de manutenção e produção, serão, segundo os técnicos ouvidos pelo DN, compensados com uma produção média anual de quatro mil toneladas de pescado.

O próprio ministro Jaime Silva é um adepto da produção de peixe em alto mar, já tendo feito saber que tenciona apostar neste sistema, justificando que a aquacultura em alto mar "permite a reposição de stocks no mar e possibilita uma produção superior à aquacultura tradicional, praticado em rias e sistemas lagunares".

"É este potencial que nós queremos aproveitar para dinamizarmos as nossas pescas", explica o presidente da Câmara de Sesimbra, Augusto Pólvora, alertando para "um conjunto de vantagens" relativamente à tradicional aquacultura praticada em tanques. É que nas jaulas fixadas em alto mar, que podem variar entre os 40 e 60 metros de cumprimento e 20 a 30 de altura, os peixes e os bivalves são criados praticamente no seu habite natural.

"Embora também sejam alimentados artificialmente, os peixes alimentam-se do próprio plâncton e depois vão criar mais músculo porque estão em mar aberto. Logo, estamos a falar de douradas, robalos, ostras e amêijoas de melhor qualidade", alertou o autarca, convicto de que existem condições para serem criados peixes com a marca "Sesimbra", o que considera "importante por dar uma boa projecção no mercado".

Augusto Pólvora alude ainda à capacidade instalada no concelho, depois do fim da pesca em Marrocos e das restrições impostas pelo Plano de Ordenamento do Parque da Arrábida. "Este projecto vai permitir a reciclagem de barcos, além de termos umas instalações muito boas ao nível do docapesca e do porto de descarga."
 

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comanche

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« Responder #58 em: Maio 04, 2008, 10:59:37 am »
Aquacultura em alto mar para recuperar a pesca

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A Câmara de Sesimbra quer relançar o sector da pesca no concelho com uma aposta centrada na aquacultura em alto mar. Depois da crise estrutural que deixou no desemprego mais de um milhar de profissionais da vila pesqueira nos últimos anos, a autarquia ambiciona agora abrir a costa à instalação de jaulas que permitam a criação de douradas, robalos e bivalves, assegurando que, apesar de o investimento de cada sistema orçar o milhão de euros, a rentabilidade "é garantida".

A autarquia ainda não sabe quanto pode custar o projecto, nem quando estará em condições de avançar com os concursos públicos, mas justifica a sua aposta com base numa estação-piloto que desde 2001 está a ser promovido em Olhão, pelo Instituto Nacional de Recursos Biológicos (IPIMAR), tendo sido alargada à possibilidade de concurso público na costa algarvia.

A designada aquacultura offshore, um ramo ainda por explorar em Portugal, surge como um negócio "altamente rentável", já que o milhão de euros investido em cada sistema, ao qual há que adicionar os custos de manutenção e produção, serão, segundo os técnicos ouvidos pelo DN, compensados com uma produção média anual de quatro mil toneladas de pescado.

O próprio ministro Jaime Silva é um adepto da produção de peixe em alto mar, já tendo feito saber que tenciona apostar neste sistema, justificando que a aquacultura em alto mar "permite a reposição de stocks no mar e possibilita uma produção superior à aquacultura tradicional, praticado em rias e sistemas lagunares".

"É este potencial que nós queremos aproveitar para dinamizarmos as nossas pescas", explica o presidente da Câmara de Sesimbra, Augusto Pólvora, alertando para "um conjunto de vantagens" relativamente à tradicional aquacultura praticada em tanques. É que nas jaulas fixadas em alto mar, que podem variar entre os 40 e 60 metros de cumprimento e 20 a 30 de altura, os peixes e os bivalves são criados praticamente no seu habite natural.

"Embora também sejam alimentados artificialmente, os peixes alimentam-se do próprio plâncton e depois vão criar mais músculo porque estão em mar aberto. Logo, estamos a falar de douradas, robalos, ostras e amêijoas de melhor qualidade", alertou o autarca, convicto de que existem condições para serem criados peixes com a marca "Sesimbra", o que considera "importante por dar uma boa projecção no mercado".

Augusto Pólvora alude ainda à capacidade instalada no concelho, depois do fim da pesca em Marrocos e das restrições impostas pelo Plano de Ordenamento do Parque da Arrábida. "Este projecto vai permitir a reciclagem de barcos, além de termos umas instalações muito boas ao nível do docapesca e do porto de descarga."
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #59 em: Agosto 16, 2008, 03:59:08 pm »
N.R.P. “D. Carlos I” regressa de missão nos Arquipélagos dos Açores e da Madeira

O navio hidrográfico N.R.P. “D. Carlos I” regressou, no dia 1 de Agosto, à Base Naval de Lisboa depois de cumpridos mais de 3 meses de intensa actividade hidrográfica, no âmbito do projecto de extensão da Plataforma Continental.
Desde 21 de Abril, o navio navegou 1915 horas, percorreu 17100 milhas náuticas e insonificou uma área total do fundo marinho de 173000 km2. Durante mais de 100 dias de missão, foram efectuados levantamentos hidrográficos em diversas áreas em torno da Zona Económica Exclusiva dos Açores, tendo sido, igualmente, recolhidos dados de magnetismo utilizando um magnetómetro rebocado à popa do navio.
Para além da missão técnico-científica dedicada à extensão da Plataforma Continental, o N.R.P. “D. Carlos I” integrou a representação naval presente nas comemorações do Dia da Marinha, na Madeira, prestou apoio à Brigada Hidrográfica num levantamento hidrográfico a norte da ilha de S. Miguel e efectuou sondagem no monte Sedlo, a norte da ilha Terceira, área de estudo da Universidade dos Açores.
Com este projecto de alargamento da sua Plataforma Continental, Portugal pretende reclamar áreas do leito e subsolos marinhos para além do actual limite das 200 milhas, dando-lhe a oportunidade de demonstrar no plano internacional conhecimento e capacidade científico-tecnológica no domínio dos mares e das ciências do mar.
O N.R.P. “D. Carlos I” participa activamente, desde Janeiro de 2005, neste projecto, com levantamentos hidrográficos, através do seu sistema sondador multifeixe de grandes fundos, que possibilitam a aquisição de informação de profundidade de elevada exactidão e com cobertura total do fundo, habilitando o estudo e conhecimento sobre estruturas do fundo submarino, até agora desconhecidas.









7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.