Contraditório em toda esta encenação é que as cimenteiras, graças ao processo de certificação para a queima de resíduos, nunca estiveram tão limpas, ... e tão vigiadas, e agora é que se protesta, quando durante dezenas de anos estiveram sem controle, salvo duas excepções mais controladas e apenas nas emissões de particulas sólidas, vulgo poeiras, que foram as fábricas de Setubal e de Alhandra, devido aos locais onde estão inseridas.
À boa maneira portuguesa, passamos décadas sem ligarmos nenhuma ao ambiente, e de repente, vá-se lá saber porquê, somos todos uns puritanos ambientalistas de primeira àgua.
Mas só somos puritanos ambientalistas no nosso quintal, o quintal do vizinho que se lixe.
O problema da co-incenaração é que o controle/registo é feito por sistemas informáticos, susceptíveis de serem manipulados, e a certificação desses sistemas é feita por emprezas, também elas susceptíveis de manipulação.
Se todos os sistemas de controle funcionarem na perfeição, a esmagadora maioria dos riscos apontados não existirão.
Não será a totalidade dos riscos pois todos os sistemas são falíveis, até numa inceneradora dedicada.