Uso de morteiros na Artilharia de Campanha

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Jorge1984

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Uso de morteiros na Artilharia de Campanha
« em: Novembro 19, 2008, 06:30:34 pm »
gostaria de saber se alguém tem documentos que me possa ceder sobre exércitos que usem os morteiros integrados na Artilharia, estes que indiquem quais as missões que lhes foram atribuídas, para a elaboração de um trabalho sobre este assunto.
Agradecia que me respondessem com urgência pois está complicado arranjar bibliografia
 

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Primy

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« Responder #1 em: Novembro 19, 2008, 08:14:03 pm »
Google??? :lol:
 

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Trafaria

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« Responder #2 em: Novembro 19, 2008, 08:52:24 pm »
No inicio da década de 90 na EPC davam-se cursos de morteiro 120 a sargentos de infantaria, artilharia e, claro, cavalaria. Até páras e comandos lá iam tirá-los …
Duravam umas 2 ou 3 semanas.
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Cabeça de Martelo

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« Responder #3 em: Novembro 20, 2008, 04:06:22 pm »
No meu tempo a sub-especialidade de Morteiros era tirada em tancos (ETAT) e era bastante mais do que 3 semanas. :shock:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Trafaria

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« Responder #4 em: Novembro 20, 2008, 04:38:46 pm »
Nao me referi a Morteiros em geral. Apenas ao morteiro 120 mm.

Pelo menos até aos primeiros anos da década de 90 a EPC era a unidade de referencia na formação desse morteiro. Iam de todos os lados e armas.

Sugiro por isso ao Jorge1984 que procure alguém com essa formação e que lhe passe algumas fixas de instrução. É que nelas devem constar referencias que o podem levar a mais literatura sobre o mesmo tema.
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Jose_Dias

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« Responder #5 em: Novembro 20, 2008, 04:47:40 pm »
Boas
Eu tive formação de morteiro médio na EPI-Escola Prática de Infantaria no ano de 2001
 

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Trafaria

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« Responder #6 em: Novembro 20, 2008, 04:59:21 pm »
O morteiro pesado 120 é "diferente".
Tem um sistema de pontaria complexo, é preciso compreendê-lo e aprender os cálculos, etc... e sobretudo é preciso saber fazer as contas à unha se o PC ou calculadora avariar... :)

Isto pelo que me apercebi, porque nao fiz o curso.

Morteirete e morteiros de 60 e 80 tb existiam na minha unidade.
::..Trafaria..::
 

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Jorge1984

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« Responder #7 em: Novembro 20, 2008, 05:10:34 pm »
quando me referi aos morteiros era estes ligados directamente á Artilharia, o que pretendia saber era se alguem tem documentos referentes á organização destes noutros exércitos nomeadamente a Franca que já procedeu a esta integração só não consigo é arranjar organogramas e documentos que refiram qual a missão atribuída a estes.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #8 em: Novembro 20, 2008, 05:16:16 pm »
Citação de: "Jose_Dias"
Boas
Eu tive formação de morteiro médio na EPI-Escola Prática de Infantaria no ano de 2001


Mas salvo erro, nesse tempo as sub-especialidades relacionadas com a arma de Infantaria estavam a ser tiradas na EPI. Nem sei porque é que tomaram essa decisão, felizmente acho que isso hoje acabou.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #9 em: Novembro 20, 2008, 05:17:20 pm »
Citação de: "Jorge1984"
quando me referi aos morteiros era estes ligados directamente á Artilharia, o que pretendia saber era se alguem tem documentos referentes á organização destes noutros exércitos nomeadamente a Franca que já procedeu a esta integração só não consigo é arranjar organogramas e documentos que refiram qual a missão atribuída a estes.


Mas em Portugal os morteiros estam em unidades de infantaria/cavalaria, certo?! :?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Jose_Dias

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« Responder #10 em: Novembro 20, 2008, 05:28:37 pm »
No meu caso de Infantaria,tirei como sub-especialidade visto que pertencia ao Corpo de Tropas AeroTransportadas e a especialidade principal era Páraquedista

Como pertencendo a Artilharia desconheço se isso é verdade ou não...
 

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Jose_Dias

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« Responder #11 em: Novembro 20, 2008, 05:31:37 pm »
Citação de: "Trafaria"
O morteiro pesado 120 é "diferente".
Tem um sistema de pontaria complexo, é preciso compreendê-lo e aprender os cálculos, etc... e sobretudo é preciso saber fazer as contas à unha se o PC ou calculadora avariar... :)

Isto pelo que me apercebi, porque nao fiz o curso.

Morteirete e morteiros de 60 e 80 tb existiam na minha unidade.



O morteiro de 120mm apenas é diferente considerando o facto que o mesmo tem de ser sempre acompanhado de uma viatura de transporte derivado ao seu peso...por isso pertencer ao escalão de Morteiro Pesado
 

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Portucale

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« Responder #12 em: Agosto 15, 2009, 12:00:22 pm »
Transcrevo parte de um texto escrito na revista da Artilharia.
Podem ler o texto completo aqui;
http://www.revista-artilharia.net/index ... &Itemid=33

É um artigo de um Capitão do exército Americano e conta a experiência deles no início da guerra no Afeganistão.
Operaram morteiros e obuses no mesmo GAC.

Transcrição;
Nos últimos dois anos, o Exército tem combatido contra inimigos únicos em terrenos singulares por todo o Mundo, e teve que se adaptar aos campos de batalha sempre diferentes – o ambiente operacional contemporâneo (COE-contemporary operating environment). Por exemplo, no Afeganistão, os artilheiros começaram o combate com os morteiros 120mm e continuam-no com os mesmos morteiros. Actualmente, existe também uma bateria de M119 105mm no Afeganistão a disparar múltiplos projécteis diariamente. O M119 é a arma de tiro indirecto de eleição na Operação Liberdade Duradoura (OEF), considerando o seu alcance, letalidade e precisão.

A artilharia teve um sucesso enorme com muitas das tácticas, técnicas e procedimentos (TTP – Tactics, Techniques and Procedures) que teve de desenvolver na Guerra contra o Terror. No Afeganistão, as Baterias A (-) e B (-), do 1º Grupo, 319º Regimento de Artilharia de Campanha Aerotransportada (1-319 AFAR), da 82ª Divisão Aerotransportada, (e várias outras baterias desde então) transitaram para pelotões de morteiros e combateram com um sistema novo de armas: o morteiro M120. As Baterias A e B tinham um pelotão de morteiros cada, a quatro morteiros 120mm. No Afeganistão, um pelotão de morteiros conduziu operações de combate enquanto o outro montava segurança.

Na OEF, a C/1-319 AFAR foi a primeira bateria de artilharia norte-americana no Afeganistão. Dispondo do equipamento e pessoal mínimos, e sem veículos de munições, teve que adaptar os seus procedimentos operacionais (SOP – Standing Operating Procedures).

O exército aprendeu bastante no Afeganistão.

Os soldados adaptam-se e garantem flexibilidade suficiente para lidar com uma variedade de requisitos não tradicionais com sucesso. Os TTP da bateria também foram empregues com sucesso: reabastecimento de munições sem veículos de munições, M119 transportados via carregamento interno por Chinooks e contrabateria em áreas urbanas contra um inimigo que utilizava civis como protecção e espoletas de tempos para detonar foguetes por controlo remoto.

Mas temos de aprender com os nossos próprios erros. O não ter levado obuses para o Afeganistão desde o início foi um erro. Uma pequena quantidade adicional de transporte aéreo teria possibilitado a presença dos obuses que têm o dobro do poder de fogo indirecto, são mais precisos e têm três vezes mais alcance – uma vantagem inquestionável para as nossas forças de infantaria no Afeganistão, especialmente durante a Operação Anaconda.

Artilheiros a operar os morteiros.       A 82ª Divisão Aerotransportada recebeu a sua ordem inicial durante a Primavera de 2002, especificando que o apoio directo (AD) da artilharia não seria posicionado com a sua brigada de infantaria. Com o apoio do comandante da divisão, a 82ª Divisão de Artilharia desenvolveu um plano para instruir os artilheiros sobre o morteiro 120mm. Este é mais leve, mais manobrável e rápido de posicionar do que o obus 105mm e por isso acreditou-se que teria um melhor desempenho no ambiente agreste do Afeganistão.

O morteiro M120 já estava a ser recebido pelas unidades no Afeganistão – apenas um pelotão adicional de morteiros com o equipamento adequado não estava ainda no terreno. Um único pelotão de quatro morteiros 120mm requeria menor capacidade aérea de transporte para o seu posicionamento do que, em alternativa, a uma bateria de artilharia M119 a seis obuses.

A instrução dos artilheiros sobre os morteiros 120mm ao invés de se utilizar as secções nos pelotões de morteiros orgânicos, aumentou o poder de fogo da divisão. Os pelotões de morteiros orgânicos teriam seguido o conceito “arms room” do 75º Regimento Ranger, no qual os soldados trocam de posições entre os calibres dos morteiros, dependendo da missão. Com os artilheiros nos pelotões de morteiros, a infantaria tinha todos os três calibres de morteiros a disparar ao mesmo tempo: 120mm, 81mm e 60mm.

Porquê levar obuses. Conquanto as Baterias A e B terem tido um desempenho excepcional com os morteiros no Afeganistão, tivemos sorte com o facto da divisão ter insistido em requerer uma bateria de obuses de 105mm.

Apesar do M120 não requerer um atrelado, o que o torna mais facilmente transportável, o obus 105mm tem um alcance três vezes superior ao do morteiro de 120mm e pode atingir objectivos perto das forças amigas com distâncias de risco calculadas (RED – risk estimate distances) de quase metade da que é estimada para o morteiro de 120mm. Para além disso, um pelotão de morteiros tem apenas quatro tubos enquanto a bateria de obuses tem seis. (Ver a Figura 1).

Apesar da noção em contrário, os obuses no Afeganistão também obtiveram um registo incrível de quilómetros efectuados. A C/1-319 AFAR cumpriu todas as suas 24 posições de tiro (IPRTF – in position ready to fire) nas suas 13 missões de combate desde Agosto de 2002 a Janeiro de 2003. A bateria deslocou-se por milhares de quilómetros, via terrestre e aérea, através do terreno implacável do Afeganistão e esteve sempre disponível para apoiar a infantaria com fogos de apoio próximo. A bateria apoiou todas as missões pedidas pela sua base de operações avançada (FOB).

     Desde que a C/1-319 AFAR se retirou, a C/3-319 AFAR, também parte da 82ª Divisão, e outras baterias M119 da 10ª Divisão de Montanha chegaram ao Afeganistão e foram também estas bem sucedidas, num ambiente que muitos acreditaram ser demasiado agreste para a artilharia. É interessante verificar que a vantagem da capacidade de manobra do M120 nunca foi significativa no Afeganistão. Durante as operações de combate do Agrupamento (Task Force) Panther na OEF, o pelotão de morteiros chegou ao campo de batalha da mesma forma que os obuses, no mesmo comboio. Os morteiros não cumpriram os tempos IPRTF (in position ready to fire) porque tinham de continuar após os obuses entrarem em posição de forma a estar à distância adequada do objectivo. De facto, a preferência da infantaria pelo poder de fogo do obus 105mm levou a que a C/1-319 AFAR apoiasse todos os três batalhões de infantaria à medida que estes rodavam pelas operações de combate. Em suma, a bateria de obuses apoiou mais operações do que qualquer outra unidade.

Apesar de as três baterias estarem certificadas no requerido Curso de Comando dos Morteiros de Infantaria (IMLC – Infantry Mortar Leadership Course), durante as tarefas distribuídas em duas semanas, encontraram dificuldades quando utilizavam os morteiros no campo. Por exemplo, a Bateria Charlie estava a praticar missões expeditas quando se apercebeu que não podia apoiar um objectivo que estava bem dentro do alcance máximo dos morteiros, pois ao invés do obus que consegue atingir qualquer objectivo dentro do seu alcance máximo, um morteiro não alcança certas distâncias até que o seu prato base esteja firmemente colocado no solo – quer pelo disparo dos projécteis ou cavando com uma pá. Até essa altura, o tubo do morteiro não consegue obter as suas elevações máximas e, por conseguinte, não consegue atingir os objectivos correspondentes a essas elevações.

O que ajudou as Baterias A e B no combate utilizando os morteiros foram as similaridades nos procedimentos de direcção técnica do tiro. Foi fácil para os artilheiros da bateria adaptarem os procedimentos do tiro ao M120. De forma semelhante, apesar de ser normalmente utilizado o calculador M10/17, o posto central de tiro (FDC – fire direction center) pode utilizar a mesma carta que é utilizada para os obuses na computorização das soluções manuais para os morteiros. Também foi fácil para o FDC aprender sobre o computador balístico de morteiros, especialmente porque assume menos quantidade de considerações sobre as condições não-padrão, ao invés do sistema computorizado balístico (BCS) da artilharia.  

Uma das principais questões sobre levar a artilharia para o Afeganistão pareceu ser a falta de capacidade aérea para o transporte. Inicialmente, não era permitido aos obuses de artilharia deslocamentos via aérea de modo a não saturar o espaço aéreo. Com o apoio da divisão, a 82ª Divisão “vendeu” ao QG o conceito de transporte aéreo dos pelotões de morteiros 120mm, mais pequenos, que não iriam ocupar muito espaço adicional do transporte aéreo e poderiam oferecer à divisão mais poder de fogo. Logo que a divisão de artilharia “vendeu” a ideia dos pelotões de morteiros de 120mm, argumentou depois que levar um bateria de artilharia 105mm minimamente guarnecida e equipada só requeria um pouco mais de espaço no transporte aéreo.

O pelotão de morteiros 120mm (provisório) que chegou ao Afeganistão levou seis HMMWV (High-Mobility Multipurpose Wheeled Vehicles), 26 elementos e quatro contentores quádruplos, o que requeria pouco menos do que um C5 (ou um C17 e meio) para os transportar. (Ver a Figura 2). De forma a posicionar a Bateria C (-) com oito HMMWV (seis geradores motrizes, um FDC e um centro de operações da bateria), seis obuses, um gerador, sete contentores quádruplos e 44 elementos, foram necessários dois C17 (ou pouco mais do que um C5). Com o mesmo espaço que um pelotão de morteiros, a divisão poderia ter uma bateria M119 (menos) com um poder de fogo 50% superior e o triplo do alcance.

Mesmo quando a divisão pôde enviar uma bateria de tiro, a orientação superior não permitiu enviar a bateria totalmente equipada. Para posicionar uma bateria com veículos de munições (todos excepto o veículo táctico de reabastecimento e um par de HMMWV mistos) apenas teria sido necessário três C17. Com dois C5, toda a bateria poderia ser posicionada. Apesar destes aviões serem o dobro do pelotão de morteiros de 120mm, só teria sido necessário um C17 e meio para transportar uma bateria completa, aumentando significativamente o poder de fogo, alcance, capacidade de transporte de munições e permitir à bateria de obuses conduzir operações de 24h (podendo também dividir-se para operar).

De acordo com o pessoal do transporte aéreo, quando a Bateria C se posicionou no Afeganistão, existia transporte aéreo suficiente para pelo menos transportar aos poucos os veículos extra da bateria para o teatro das operações. Mais, existia espaço suficiente para todo o pessoal da bateria ser transportado via aérea para o teatro das operações. Durante as operações de transporte para o Afeganistão e em cinco meses de movimento pelo país, a bateria nunca foi transportada num só avião – quer devido ao peso quer devido ao limite de lugares.

As mais 10 pessoas necessárias para preencher as vagas da bateria não teriam tido impacto nos requisitos de apoio no teatro das operações, pois nunca houve falta de água ou refeições nas posições. Contudo, o quantitativo em pessoal que foi permitido à bateria foi limitado, diminuindo assim as suas capacidades. A bateria tinha o número mínimo de pessoal necessário para conduzir os obuses sem ter em conta os procedimentos de equipas avançadas, segurança ou outras funções da bateria. Essencialmente, para fornecer segurança à posição da bateria, esta tinha de retirar elementos das guarnições das armas.

A Força Conjunta (CJTF-180) decidiu ter dois obuses numa outra localização sem as suas guarnições. Desta forma as duas secções de pessoal suplementavam o pessoal que operava os outros quatro obuses, e a C/1-319 AFAR tinha pessoal suficiente para a segurança da sua posição, tendo sido esta a única forma que teve para apoiar as operações de combate com os seus quatro obuses.

Carregar munições sem os meios próprios. Devido aos transportadores de munições terem sido deixados em Forte Bragg, a bateria estava limitada ao número de projécteis que poderia levar para uma operação. A bateria só conseguia transportar 120 projécteis com os meios disponíveis – 30 projécteis por obús – em que estes projécteis tinham de ser misturas de HE com Carga 8, projécteis auxiliados por foguete (RAP – rocket assisted projectiles), fumos e iluminação para apoio a múltiplos objectivos nos 360º. Isto significava que a bateria só conseguia disparar seis vezes antes de ficar sem munições (em média).

Foi essencial ter planos de contingência preparados no caso de uma operação requerer massa de fogos. A bateria preparou de antemão cargas A-22 com munições antes de deixar a FOB, que foram transportados num dos veículos tácticos do Agrupamento ou colocados perto do aeroporto para que os meios aéreos disponíveis os pudessem transportar num reabastecimento de emergência. Se os projécteis tivessem sido necessários, teria havido um atraso – mas pelo menos, ainda assim estariam disponíveis.
Eis aqui
quase cume da cabeça da Europa toda
O Reino Lusitano
onde a Terra se acaba
e o Mar começa.

Versos de Camões
 

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Portucale

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« Responder #13 em: Agosto 15, 2009, 12:08:13 pm »
Ainda sobre o mesmo assunto, aqui fica mais um excerto de um texto da revista da artilharia.
Podem ler o artigo completo aqui;


Conclusões dos artilheiros sobre morteiro versus obuses na Artilharia.
Transcrição parcial;

As nossas baterias de 120mm foram guarnecidas por secções de obus de duas baterias de bocas de fogo que tinham sido treinadas, ainda nos EUA, no morteiro M120 de 120mm que foi introduzido nos batalhões de infantaria mecanizada. Esta arma é um excelente acrescento ao poder de fogo de uma força da tarefa de infantaria com o seu aumento de alcance para 7.200m e poder de fogo significante, mas é um passo na direcção errada para a artilharia. Ainda assim, as nossas secções tiveram a capacidade de dominar o manejo das armas facilmente, e a portabilidade do sistema (aproximadamente 91Kg) tornou-o na escolha de arma indirecta para operações aéreas em que se impunham restrições ao peso do material. Os nossos pára-quedistas efectuaram um trabalho magnífico de manejo dos sistemas durante muitas operações, e as nossas companhias de infantaria evoluíram pela sua capacidade de resposta e poder de fogo, mas a arma é apenas uma variante maior de outros morteiros já disponíveis nos batalhões de infantaria. A nossa experiência foi que um pelotão de morteiros orgânico de infantaria já efectua este trabalho bem; não existe necessidade para a AC ter o controlo desta função. Em relação ao poder de fogo e distância, o M119A2 foi superior em relação ao M120, excepto no peso. Escolhemos o obus 105mm quando precisávamos de alcance, capacidade letal e a máxima precisão.
Eis aqui
quase cume da cabeça da Europa toda
O Reino Lusitano
onde a Terra se acaba
e o Mar começa.

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Portucale

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« Responder #14 em: Agosto 15, 2009, 12:09:13 pm »
Ups.......

Falta o link do texto que acabei de colocar;
http://www.revista-artilharia.net/index ... &Itemid=33
Eis aqui
quase cume da cabeça da Europa toda
O Reino Lusitano
onde a Terra se acaba
e o Mar começa.

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