Votação

Orçamento de Estado para 2011

Deve ser chumbado sem negociação prévia apesar dos riscos a que nos irão submeter os mercados.
5 (12.8%)
Deve ser aprovado, mas mal seja possível, e tendo em conta o calendário eleitoral, a oposição deverá apresentar uma moção de censura e fazer cair este governo.
20 (51.3%)
Deve ser simplesmente aprovado.
5 (12.8%)
Deve ser chumbado se o governo não permitir uma mudança estrutural significativa do mesmo.
9 (23.1%)

Votos totais: 35

Votação encerrada: Outubro 15, 2010, 03:50:17 pm

Orçamento de Estado para 2011

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #30 em: Novembro 03, 2010, 11:46:50 am »
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Orçamento de Estado
Teixeira diz que 'errata' não altera mapas votados

por Paula Sá e Eva CabralHoje
Teixeira diz que 'errata' não altera mapas votados

O ministro das Finanças começou o segundo dia do debate do Orçamento do Estado na posição fragilizada de explicar a 'errata' enviada à Comissão de Orçamento e Finanças, no valor aproximado de 800 milhões. Teixeira dos Santos assegurou que as alterações não implicam mudanças nos mapas obrigatórios a ser votados pelo Parlamento.

Os deputados mostram estranheza pelo facto de se corrigir em igual montante receitas e despesas, mantendo-se a previsão de défice nos 4,6 %. Teixeira dos Santos frisou que a imparidade de cerca de 800 milhões se explica pela passagem da óptica de contabilidade nacional para contabilidade pública das verbas da Caixa Geral de Aposentações.

Segundo o ministro trata-se de adaptar as instruções dadas pelo INE -- que confessa terem já dois a três meses -- ao Orçamento para 2011. A questão foi ontem levantada no início dos trabalhos depois dos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças term recebido no fim de tarde de terça-feira esta errada.

Dado o seu elevado montante o deputado comunista Honório  Novo defendeu que estas mudanças devem ser acomodadas não por 'errata' mas sim através de propostas de alteração a serem apresentadas  pelo PS ou pelo PSD, partido que acordou com o Governo a viablizaçao do OE. Jaime Gama explicou ao plenário que a matéria deve em primeira linha ser resolvida pela Comissão de Orçamento e Finanças


http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/inter ... id=1701780
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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cromwell

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #31 em: Novembro 03, 2010, 06:10:17 pm »
Entretanto, o OE foi aprovado.

Podiamos ter a oportunidade de nos livrar-mos do Socas, mas os patetas do PSD foram estupidos que nem uma porta!

Só demonstra que o país está no total controlo do dualismo partidário do PS e do PSD.
"A Patria não caiu, a Pátria não cairá!"- Cromwell, membro do ForumDefesa
 

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #32 em: Novembro 04, 2010, 08:38:26 am »
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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #33 em: Novembro 04, 2010, 09:44:17 am »
Com que entao os juros iam descer...

04-11-2010 09:40 -
Juros da dívida aceleram e superam fasquia dos 6,4%

Os juros da dívida de Portugal continuam a agravar-se. Sobem pela oitava sessão consecutiva, acima dos 6,4%, acompanhando a escalada da taxa das obrigações de dívida pública da Irlanda num dia em que também as “bunds” estão em alta, perante o maior apetite dos investidores pelo risco.

A taxa exigida pelos investidores para financiarem a dívida nacional está já nos 6,423%, a subir 12,6 pontos base. Está mesmo no nível mais elevado desde 29 de Setembro, aproximando-se do nível mais elevado de sempre que foi fixado em 28 de Setembro, acima dos 6,6%.

Este recorde forçou o Governo a apresentar novas medidas de austeridade no dia seguinte, propondo uma nova subida do IVA para 23%, e cortes médios nos salários da Função Pública de 5%. Estas medidas foram integradas na proposta de Orçamento do Estado para 2011, ontem aprovado na generalidade pela Assembleia da República com a abstenção do PSD.

“Ainda que tenha havido acordo para a aprovação do Orçamento, os mercados sabem que o consenso político não vai durar para sempre, o que obriga a alguma cautela”, disse Michael Leister, especialista do mercado de dívida do West LB, ao Negócios. Acrescentou que Portugal “está refém dos problemas na Irlanda”.

Os juros da dívida nacional sobem, mas menos do que os da Irlanda, que hoje viu a taxa das obrigações a 10 anos a superar os 7,6%. Regista-se uma subida de 15,7 pontos base, que acentua o diferencial entre os juros do País face à Alemanha. Também o “spread” de Portugal sobe, para 397 pontos base.

Hoje, num dia de fortes ganhos nas bolsas depois da Fed ter anunciado novas medidas de estímulo à economia dos EUA, os investidores mostram maior apetite pelo risco, o que leva a que também as “bunds” alemãs estejam a subir. A taxa exigida à maior economia da Europa está agora nos 2,452%.

A Alemanha é responsável, em grande parte, pelo agravamento dos juros da dívida dos países da chamada "periferia" da Zona Euro, já que o país pretende que os investidores assumam perdas na dívida de países que recorram ao fundo de estabilização da UE, caso este assuma carácter permanente a partir de 2013.

 

 
Jornal de Negócios - Paulo Moutinho
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João Vaz

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #34 em: Novembro 04, 2010, 11:23:34 am »
Bem sacado, P44  c34x

Isso recorda-me... a Escola Socrática

"E se os antigos portugueses, e ainda os modernos, não foram tão pouco afeiçoados à escritura como são, não se perderiam tantas antiguidades entre nós (...), nem houvera tão profundo esquecimento de muitas coisas".
Pero de Magalhães de Gândavo, História da Província Santa Cruz, 1576
 

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #35 em: Novembro 05, 2010, 12:37:08 pm »
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Relatório Fiscal Monitor
FMI diz que mercados estão a sobrestimar hipótese de falência de Portugal

05.11.2010 - 11:07 Por Ana Rita Faria

Para o FMI, alguns analistas de mercado encaram como “quase certo” que Portugal entre em incumprimento, mas a instituição diz que risco de o país não pagar a sua dívida está a ser sobrestimado.


No relatório Fiscal Monitor, ontem divulgado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) destaca que, “apesar de as perspectivas orçamentais terem melhorado a um ritmo mais rápido do que o esperado na Grécia e em Portugal, alguns analistas do mercado vêem como quase certo a ocorrência de um evento de crédito”. Por este evento subentende-se o incumprimento, total ou parcial, do pagamento das dívidas do país, tal como aconteceu com a Grécia, que teve de recorrer à ajuda do fundo de estabilização do euro e ao FMI.

Contudo, segundo o FMI, os mercados estão a sobrestimar o risco de default em várias economias avançadas, como é o caso de Portugal. “Apesar de a necessidade de ajustamento orçamental que alguns países avançados enfrentam seja realmente grande, não é algo sem precedentes”, destaca a instituição, salientando que “no passado, vários países enfrentaram tensões sérias nos mercados e a escalada dos juros da dívida mas conseguiram estabilizar a situação”. Por isso, “os actuais sinais dados pelos mercados não devem ser interpretados como conduzindo a um resultado negativo inevitável”, conclui.

O FMI alerta ainda para o facto de a necessidade de financiamento de algumas economias, já elevada, ir aumentar ainda mais no próximo ano. Devido ao nível de dívida que vence em 2011, as economias avançadas irão aumentar a sua necessidade de financiamento para 27 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), em média. As maiores subidas são no Japão, na Grécia, mas também em Portugal e nos EUA, onde a dívida que o Estado terá de pagar ultrapassa largamente a redução do défice prevista.

Em Portugal, a dívida que vence em 2011 equivale a 15,5 por cento do PIB, enquanto este ano era de 11,6 por cento. Será, em grande parte, para cumprir com os seus compromissos financeiros, mas também para cobrir o défice do próximo ano, que o Estado terá de se endividar num valor equivalente a 20,7 por cento do PIB, mais 1,8 pontos percentuais do que este ano.

Estas contas do FMI têm por base uma previsão de défice de 5,2 por cento em 2011, já que as últimas projecções oficiais do fundo ainda não contabilizam o impacto das medidas de austeridade do Orçamento do Estado (OE) do próximo ano. As necessidades de financiamento estimadas pelo FMI podem, por isso, ser menores. Mas esta perspectiva também não é certa.

É que, na proposta do OE de 2011 aprovada no Parlamento, o Governo reviu o limite máximo de endividamento, estipulando que este pode aumentar em 11.573 milhões de euros, o que equivale a 6,8 por cento do PIB.

http://economia.publico.pt/Noticia/fmi- ... al_1464526
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Luso

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #36 em: Novembro 05, 2010, 02:10:27 pm »
Dizia, Ribeiro?...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #37 em: Novembro 06, 2010, 12:10:23 pm »
Citação de: "Luso"
Dizia, Ribeiro?...


Decorre tudo como planeado.... c34x
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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #38 em: Novembro 08, 2010, 05:24:26 pm »
segunda-feira, 8 de Novembro de 2010 | 15:52    

Dívida: Juros passam os 6,8% e renovam máximo histórico

Os juros da dívida portuguesa a 10 anos voltam hoje a negociar em máximos históricos ao ultrapassar os 6,8% no mercado secundário, num movimento de subida partilhado com a Irlanda.

Pelas 15:04, os juros das Obrigações do Tesouro a 10 anos atingiam os 6,806%, acima do anterior máximo de 6,607% atingido na quinta feira passada.

Este novo recorde histórico dos juros dos títulos com maturidade a dez anos acontece nas vésperas da emissão de dívida pública de longo prazo pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, a 10 de novembro, em que o Tesouro quer conseguir um mínimo de 600 milhões de euros.

Na Irlanda os juros para comprar Obrigações do Tesouro com a mesma maturidade também estão no recorde histórico de 7,877%, no dia em que o comissário dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, aterra em Dublin para debater o plano de austeridade do Governo irlandês.

Já os juros exigidos pelos investidores para os títulos portugueses a cinco anos negoceiam nos 5,726%, ainda assim abaixo do máximo de 6,076 de 7 de Maio de 2010.

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... ews=146752
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Cabecinhas

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #39 em: Novembro 08, 2010, 10:16:47 pm »
Então mas não era a viabilização do PSD que ia meter isto tudo na ordem?
Será que é assim tão bom o governo provar deste "veneno"... pergunto isto, porque nós é que vamos sentir na pele?
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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AC

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #40 em: Novembro 08, 2010, 10:49:32 pm »
Nah. A viabilização do OE é só um penso rápido que permita ao paciente chegar ao hospital.

IMHO, o FMI vai ter de intervir cá. Mas é preciso aguentar o forte até Maio/Junho, que é quando podemos ter novas legislativas.

A intervenção do FMI não se vai traduzir em o FMI chegar cá e começar a mandar; o FMI, obviamente, não tem autoridade para isso.
A intervenção do FMI vai-se tranduzir em emprestar-nos dinheiro, a troco das medidas que o FMI achar que é preciso para pôr isto em ordem. Mas tem que haver um Governo e um Parlamento com legitimidade para fazer aprovar essas medidas.
Na situação política actual, será dificil. E se o Governo se demitisse mesmo e ficasse em gestão, seria impossível.
 

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chaimites

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #41 em: Novembro 10, 2010, 11:09:19 am »
Eu so tenho uma dúvida:

Quem é que o Sócrates ira culpar desta vez?
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #42 em: Novembro 10, 2010, 11:40:18 am »
O FMI, a banca, a UE, o PSD, os ET, todos os anteriores.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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João Vaz

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #43 em: Novembro 10, 2010, 03:11:45 pm »
O Sócrates não culpa o "papão" FMI...

Agarrou-se à desculpa dos "mercados internacionais", por força da "crise internacional" e aponta o dedo aos "especuladores".

 :new_argue:

Seja como for, vamos ter animação no rectângulo:



Devido à afluência nas bilheteiras, o espectáculo irá manter-se por muito tempo.

Sob o alto patrocínio da taxa de juro da dívida da República Portuguesa, em negligente execução orçamental e o baixo nível dos 147 mil milhões em dívida, claro.
"E se os antigos portugueses, e ainda os modernos, não foram tão pouco afeiçoados à escritura como são, não se perderiam tantas antiguidades entre nós (...), nem houvera tão profundo esquecimento de muitas coisas".
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oultimoespiao

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Re: Orçamento de Estado para 2011
« Responder #44 em: Novembro 11, 2010, 10:18:09 pm »
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