O euro, por virtude de também ser uma moeda forte e estável, ameaça desalojar o dólar dessa posição.
Acabar com o Euro em Portugal não serviria de nada.
A única lógica que encontro no raciocinio é a seguinte:
Desde 2008, os americanos começaram a emitir grandes quantidades de papel-moeda para pagar buracos assumidos pelas entidades públicas e semi-públicas do sistema financeiro americano.
Desde aí, os americanos poderão e friso o poderão, ter tentado evitar uma queda do dolar em termos de taxas de cambio.
Evitar uma descida acentuada teria vários objetivos, mas o principal seria evitar uma subida vertiginosa dos preços do petróleo ou de produtos importados vitais. Oobjectivo é evitar o estabelecimento do Euro como moeda de refugio, o que impediria uma fuga do Dolar e a sua depreciação.
Mas se a queda do dolar poderá não ser bem vista por setores financeiros americanos mais conservadores, não creio que isso aconteça com outros setores (que até estão no governo) e que são mais favoraveis a uma moeda menos forte, para possibilitar o aumento das exportações, mas especialmente a substituição das importações por produtos de produção local.
A américa tem um mercado interno tão grande, que a simples redução da importação de um produto, permite colocar no mercado um produto americano, rentável.
Ora se existe vantagem na America para um Dolar fraco, porque razão é que os americanos estariam a provocar problemas para o Euro ?
A tese conspirativa poderá ter alguma ponta por onde pegar (fundamentação), mas não vejo muitas pontas viáveis...
A Europa tem o mesmo problema. Um Euro mais fraco favorece as exportações europeias.
A queda das duas moedas por seu lado, afundará as exportações dos chamados países emergentes.
A China verá as suas exportações cairem a pique, tenderá a cortar as importações que faz desses países, os quais também vão ter problemas graves nas exportações tanto para a Europa como para os Estados Unidos.
Isto está uma trapalhada ...
As coisas estão de uma forma, que neste momento nós já estamos a pedir que haja um governo europeu, ou um ministro das finanças europeu, para evitar os problemas criados por países que elegem governos facínoras e incompetentes.
É claro que quando o Ministro das Finanças for nomeado em Bruxelas, temos que dizer adeus à independência nacional.
Esse ministro será muito mais poderoso que o primeiro ministro, porque terá a mão na torneira do dinheiro.
Ficaremos com uma independência formal como em 1580.
Tudo continua na mesma, o país continua a existir como Estado Independente, mas o poder mudou-se para outro lugar.