Guerra contra o terrorista Kadafi

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #285 em: Julho 28, 2011, 05:08:48 pm »
Portugal reconhece Conselho Nacional de Transição na Líbia


O Governo português decidiu reconhecer o Conselho Nacional de Transição da Líbia como a «autoridade governativa legítima da Líbia até à formação de uma autoridade transitória», revela um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Assim, Portugal tornou-se esta quinta-feira no 14.º país da União Europeia (UE) a reconhecer o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio como autoridade legítima da Líbia.

No texto do documento, o Ministério esclarece que a decisão «reflecte o reconhecimento do papel que o Conselho Nacional de Transição desempenha na liderança do processo de transição na Líbia e obedece à melhor ponderação dos interesses de Portugal, cuja política externa deve ter em linha de conta o relacionamento futuro com a Líbia».

O Governo reitera o apoio «à soberania, independência, integridade territorial e unidade da Líbia e às aspirações do povo líbio na construção de uma sociedade livre e democrática».

O comunicado recorda ainda que, no quadro do exercício do seu mandato de membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, «Portugal preside ao Comité de Sanções à Líbia».

Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros esclareceu à Lusa que CNT foi informado da decisão do Governo português no dia 25 de Julho.

Há dez dias, na declaração final de uma reunião em Istambul, o grupo de contacto para a Líbia decidiu tratar o Conselho nacional de Transição como «a autoridade governamental legítima» do país «até que uma autoridade interina seja escolhida».

O grupo de contacto integra os países que participam na campanha da NATO, nações árabes e organizações internacionais, incluindo a ONU e a Liga Árabe.

Os 14 países da UE que reconheceram a legitimidade do CNT são, além de Portugal e por ordem cronológica, a França, Itália, Malta, Espanha, Alemanha, Áustria, Letónia, Bulgária, Polónia, Bélgica, Holanda, Luxemburgo e Reino Unido.

Em termos de organizações internacionais, a Liga Árabe reconheceu a legitimidade do CNT e o Conselho de Cooperação do Golfo declarou que o regime de Muammar Kadhafi perdeu a legitimidade e anunciou que tencionava iniciar relações diplomáticas com a nova entidade.

Há 11 dias, na declaração final de uma reunião em Istambul, o grupo de contacto para a Líbia decidiu tratar o CNT como «a autoridade governamental legítima» do país «até que uma autoridade interina seja escolhida».

O grupo de contacto integra os países que participam na campanha da NATO, nações árabes e organizações internacionais, incluindo a ONU e a Liga Árabe.

O CNT, composto por 31 membros, foi criado por rebeldes opositores ao regime de Muammar Kadhafi na cidade de Benghazi, leste da Líbia, a 27 de Fevereiro deste ano com o objectivo de agir como «face política da revolução».

A 05 de Março, o CNT declarou incluir «os únicos representantes de toda a Líbia».

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #286 em: Julho 29, 2011, 02:25:18 am »
Embaixador líbio diz que reconhecimento português 'é muito importante'


O ex-representante do regime de Muammar Khadafi em Lisboa, Ali Ibrahim Emdored, afirmou hoje que Portugal tomou um «passo muito importante» ao reconhecer o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio como autoridade legítima da Líbia. «Creio que o passo tomado pelas autoridades portuguesas é muito importante, apesar de um pouco tarde, é uma decisão que ainda vem a tempo», afirmou Ali Ibrahim Emdored, que em Fevereiro abandonou o cargo de embaixador do regime de Kadhafi em protesto contra a repressão «brutal» exercida sobre o povo líbio por um regime «fascista, tirânico e injusto».

Portugal anunciou hoje ter-se tornado no 14.º país da União Europeia a reconhecer o Conselho Nacional de Transição líbio (CNT) como autoridade legítima da Líbia, órgão que também já fora reconhecido por 21 países da União Africana e por outros 13 estados, incluindo Canadá, Turquia e Estados Unidos.

Emdored continua em Lisboa, dizendo agora representar como embaixador o CNT. O diplomata congratulou-se com o facto de o novo governo português ter decidido alterar a sua posição relativamente à Líbia e reconhecer o CNT, não esquecendo, contudo, os vários passos que o anterior executivo socialista tomou e que também já apontavam nesse sentido.

«O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luis Amado, anunciou que o regime tinha acabado e que Muammar Khadafi teria de abandonar o poder. Mas nessa altura o governo português, que estava em gestão, não estava em condições para reconhecer o CNT», afirmou Ali Ibrahim Emdored.

O novo governo que tomou posse em Junho «continuou com essa mesma posição e o povo líbio está muito feliz com este passo, apreciamos essa decisão, que será benéfica tanto para os líbios como para os portugueses», enfatizou Emdored, na carreira diplomática há 40 anos.

O Conselho Nacional de Transição é formado pelos rebeldes que combatem o regime de Kadhafi desde Fevereiro, incluindo vários ex-ministros do coronel que governa em Tripoli desde 1969.

Lusa
 

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #287 em: Agosto 12, 2011, 06:22:34 pm »
Ban Ki-Moon não vê solução militar para o conflito


Não pode haver uma solução militar para a crise líbia, afirma o secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki-moon numa declaração divulgada hoje.

Sem mencionar nenhum dos protagonistas no conflito, o secretário-geral da ONU apela a todas as partes "para terem todo o cuidado nas suas ações de forma a minimizar possíveis perdas de vidas civis", refere a declaração divulgada pelas Nações Unidas.

"Um cessar-fogo que esteja ligado ao processo político que vá ao encontro das aspirações do povo líbio é a única forma de se atingir a paz e a segurança na Líbia", refere Ban Ki-moon.

A revolta popular contra o regime de Muammar Kadhafi começou na Líbia em Fevereiro e desde então morreram milhares de civis e centenas de milhar de pessoas tiveram de abandonar o país.

A operação militar para proteger civis na Líbia teve início a 19 de Março na sequência de uma resolução das Nações Unidas e foi prolongada até setembro.

Lusa
 

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #288 em: Agosto 17, 2011, 01:06:06 am »
NATO confirma avanço rebelde e prevê dificuldades para Kadhafi


A NATO confirmou hoje que o avanço conseguido nos últimos dias pelos rebeldes líbios é «o mais significativo em meses» e que as tropas do ditador líbio, Muammar Kadhafi, encontrarão muitas dificuldades para defender Trípoli da ofensiva dos opositores.
O porta-voz da missão aliada, o coronel canadiano Roland Lavoie, destacou em conferência de imprensa a retirada das forças do regime em vários pontos do país, como o enclave petrolífero de Brega, a área de Misrata e, especialmente, a região que rodeia a capital.

Os rebeldes «estão a assumir o controlo dos principais acessos a Trípoli», disse Lavoie, advertindo que por isso será muito difícil para as forças de Kadhafi defenderem as suas posições.

A NATO salientou o rápido avanço dos combatentes da oposição desde as montanhas de Nafusa em direção à costa, onde já controlam várias localidades nos arredores da capital.

A coligação confirmou «mudanças significativas» na área de Misrata, onde os rebeldes afastaram as tropas de Kadhafi que bombardeavam a cidade há meses, e progressos em Brega, cuja parte oriental da cidade está sob controlo rebelde.

Para a NATO, a oposição aproveitou-se do enfraquecimento da estrutura militar de Kadhafi provocado pelos ataques aliados, intensificados nos últimos dias. Apenas na semana passada, os aviões da organização destruíram «mais de cem» alvos militares.

A Aliança condenou hoje o lançamento de um míssil Scud por parte das forças do regime na zona de Brega, o primeiro deste tipo utilizado durante o conflito, e qualificou o ato como «extremamente irresponsável» dada a destruição «indiscriminada» que podem provocar.

Segundo Lavoie, o disparo desse míssil é uma tentativa de «fazer barulho», uma vez que o regime «já não tem capacidade» real para avançar militarmente.

Apesar de os rebeldes terem afirmado que preveem a derrota de Kadhafi para o final de agosto, a NATO reafirmou a intenção de continuar na Líbia o tempo que for necessário para defender a população civil dos ataques.

Lusa
 

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #289 em: Agosto 24, 2011, 07:35:34 pm »
MNE de Kadhafi confirma que o regime chegou ao fim


O ministro dos Negócios Estrangeiros líbio afirmou hoje em Tripoli que o regime chegou ao fim e que o líder está sem alternativas, avança a TV britânica Channel 4. Em declarações proferidas a partir de uma casa na capital líbia, o ministro Abdul Ati al-Obeidi afirmou que Kadhafi esgotou todas as suas opções e que o seu regime «acabou».

O complexo governamental de Kadhafi em Tripoli foi tomado por milhares de rebeldes na terça-feira.

Embora tenha sido considerada a hipótese de Kadhafi ter uma travessia segura para sair do país, o ministro afirma que é improvável.

«Agora não tenho contacto com ninguém, por isso parece que o fim do regime é a única solução», disse ao Channel 4.

O Channel 4 garante que as declarações do ministro foram gravadas após o discurso de Kadhafi de terça-feira à noite. O governante de 72 anos disse ainda não temer pela sua segurança. «Penso que os rebeldes têm uma boa ideia sobre mim, eles conhecem-me», disse. «Não acredito que me façam mal a mim ou à minha família».

SOL
 

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #290 em: Agosto 24, 2011, 09:48:34 pm »
A Líbia pós Kadhafi
Alexandre Reis Rodrigues


Está a chegar ao fim a era de Kadhafi na Líbia. Só não se sabe em que termos exactos. Depende da forma como Kadhafi tentará sair. Pode simplesmente abandonar o País, tendo previamente negociado um exílio, ou pode, em alternativa, acordar a entrega do poder, sob condições (quer para protecção de interesses próprios e de familiares, quer para garantir a representatividade dos que lhe foram fiéis no novo Governo).

O passo decisivo do processo foi o controlo alcançado pela oposição sobre a rota de abastecimento primária da capital, a estrada costeira que a liga directamente a Ras Adjir na Tunísia. Sem esta rota de abastecimento directa, só restaria a Kadhafi uma alternativa mais longa e mais difícil, a rota entre a intercepção das fronteiras da Tunísia, Algéria e Líbia e a capital, em cujo caminho ficam as montanhas de Nafusa, onde actualmente está um dos principais bastiões combatentes da oposição. Sem nenhuma delas ficou sem acesso aos bens essenciais para a sobrevivência da capital.

A deserção de um ex-número dois do regime, que terá fugido anteontem para a zona controlada pela oposição, mais a fuga do ministro do Interior que deixou o País com a família para o Egipto, a partir de uma escala na ilha de Djerba na Tunísia, embora sendo apenas mais duas entre outras que aconteceram previamente, foram também golpes quase decisivos para o fim do regime. Outros foram os rumores de conversações entre o Governo líbio e representantes do Conselho de Transição, precisamente na ilha de Djerba. Terá sido também importante o decreto do presidente Medvedev antecipando o apoio russo a uma nova resolução do Conselho de Segurança, o que poderia dar abertura a menores restrições à intervenção militar autorizada. Como veremos adiante, a eventualidade de uma intervenção em terra pode tornar-se inevitável com a queda do regime.

De facto, o que se poderá seguir no terreno são apenas variantes de um cenário em que predominarão riscos de instabilidade elevados. Alguns poderão ter sido preparados pelo próprio Kadhafi, à semelhança do que fez Saddam no Iraque; outros surgirão espontaneamente, quer por inacção das forças de segurança ou perda de respeito e credibilidade junto de largos estratos da população, quer por simples aproveitamento da situação de indefinição sobre onde está o poder. Os riscos serão de resistência por parte dos que permaneceram leais ao ditador, de insurreição, de actividade criminosa e roubo generalizado, de vingança violenta da parte dos que foram oprimidos, etc.

As incertezas centram-se apenas sobre a configuração dos contornos do tal cenário de instabilidade, neste momento dependente da forma como Kadhafi se afastar ou for afastado. Daniel Serwer, do Council of Foreign Relations, previa duas hipóteses principais: o da decapitação do regime e subsequente vazio de poder na capital, envolvendo maior risco de instabilidade mas melhores perspectivas de evolução política no sentido da democracia por representar um mais claro corte com o passado, ou uma transição negociada, que pode proporcionar menor risco de instabilidade mas que terá reduzidas possibilidades de evolução política, por ter de acomodar todas as tendências.

Sempre se soube, não obstante quase ninguém o tenha referido, que o sucesso da intervenção militar da NATO - a remoção de Saddam - pode facilmente transformar-se numa situação mais catastrófica do que a do início da crise. Basta o Conselho Nacional de Transição não estar à altura da tarefa de preencher de imediato o vazio político que o afastamento abrupto de Kadhafi criará. Para já, o ambiente em Trípoli mostra-se muito receptivo ao Conselho de Transição e este parecer ter o controlo quase total do País e capital mas algumas bolsas de resistência poderão optar por deixar passar o ambiente de euforia para voltar à carga quando a população imaginar que a situação está controlada; nada que possa impedir o actual curso de acontecimentos mas que o pode complicar.

Com as Forças Armadas e de Segurança desacreditadas aos olhos de um largo sector da população, a concretização do objectivo de deposição de Kadhafi, conforme previa anteriormente, não vai esgotar o envolvimento internacional. De facto, torna-se difícil imaginar que a situação interna possa ser normalizada sem algum auxílio externo, quer na forma de uma força militar de manutenção da paz, quer em apoios à governação em áreas especializadas, civis e militares, como reconhece também Daniel Serwer, atrás citado.

Mas o que quer que possa ser necessário fazer, em nenhum caso, deve retirar aos líbios a responsabilidade de tratarem da sua própria situação e da liderança do processo de procura das soluções mais adequadas. Não obstante a tentação do discurso da democracia, para que o País aliás não está preparado, o que há a incentivar é sobretudo a estabilidade e a criação de um sentimento de unidade nacional que Kadhafi nunca se empenhou em construir.

A necessária ajuda nas duas áreas atrás previstas devem surgir de solicitação expressa do Conselho Nacional de Transição ou órgão que assumir os destinos do País mas, com uma situação potencialmente muito crítica pela frente, mal será não se começar desde já a planear para as eventualidades mais prováveis e iniciar consultas em conformidade. Se a acção militar autorizada pelo Conselho de Segurança foi prontamente executada, mais pronta deverá ser a resposta aos pedidos de ajuda que previsivelmente se possam seguir. A União Europeia que, contra toda a lógica da situação, não quis assumir a conduta das operações militares, apesar da maioria do esforço ter sido de países europeus, não poderá agora dar-se ao luxo de se arredar também da fase final da solução de uma crise, que se fica mal resolvida vai ameaçar a sua área de interesse próximo.

Jornal Defesa
 

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miguelbud

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #291 em: Agosto 26, 2011, 10:36:46 am »
Libya: SAS leads hunt for Gaddafi

British special forces are on the ground in Libya helping to spearhead the hunt for Col Muammar Gaddafi, The Daily Telegraph can disclose.

As a £1 million bounty was placed on Gaddafi’s head, soldiers from 22 SAS Regiment began guiding rebel soldiers after being ordered in by David Cameron.

For the first time, defence sources have confirmed that the SAS has been in Libya for several weeks, and played a key role in coordinating the fall of Tripoli.

With the majority of the capital now in rebel hands, the SAS soldiers, who have been dressed in Arab civilian clothing and carrying the same weapons as the rebels, have been ordered to switch their focus to the search for Gaddafi, who has been on the run since his fortified headquarters was captured on Tuesday.

Libya’s National Transitional Council (NTC) said Gaddafi was wanted “dead or alive” and promised an amnesty to any of his inner circle prepared to betray his whereabouts.

Nato still has no idea where the despot is holed up, and on Wednesday he taunted his opponents by claiming in a television interview that he had secretly toured the streets of Tripoli without being spotted...

http://www.telegraph.co.uk/news/worldne ... ddafi.html
 

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HSMW

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #292 em: Agosto 28, 2011, 08:11:30 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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HaDeS

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #293 em: Agosto 28, 2011, 11:36:48 pm »
Canadá contribui com uma quantidade desproporcional nos ataques na Líbia
Caças canadenses estiveram no ar novamente esta semana, atacando tanques e artilharia do regime de Kadhafi, parte da contribuição surpreendentemente substancial deste país para a campanha de bombardeio da OTAN na Líbia que já dura cinco meses.

Como uma das três nações a realizar a maior parte da guerra aérea, por vezes controversa, o Canadá com o seus antigos caças CF-18 Hornet tem dado uma contribuição claramente desproporcional ao tamanho compacto da sua força aérea, segundo fontes da aliança e acadêmicas.

Enquanto a Grã-Bretanha e a França têm cerca de três vezes mais caças-bombardeiros na operação do que o Canadá e normalmente ganham o crédito da maioria dos combates, o Canadá vem logo depois no desempenho das tarefas de ataque, disse um oficial da OTAN, falando sob condição de anonimato.
O Canadá também enviou três aeronaves de reabastecimento aéreo e dois aviões de reconhecimento, estando todas as equipes baseadas na ilha italiana da Sicília. O Canadá está entre um punhado de membros da OTAN que assumiu a maior parte da missão depois que os EUA retiraram seus 50 ou mais aviões de combate no início da campanha.

“O ônus das surtidas de ataque caiu sobre os ombros predominantemente dos canadenses, dos britânicos e dos franceses”, disse o funcionário da OTAN. ”Devo dizer que, o Canadá, em particular, sendo a menor das três forças aéreas, mais uma vez está lutando com uma carga bem acima de seu peso.”

A OTAN, mantendo a sua campanha na quinta-feira, bombardeou Sirte, cidade natal do coronel Kadhafi. Enquanto isso, a luta continuava constante sobre a cidade de Trípoli com os líderes rebeldes, que acreditam estar no controle de grande parte da capital, dizendo que a guerra duraria até quando o líder líbio, agora fugitivo, fosse encontrado, “vivo ou morto.”

O apoio para a operação entre os canadenses tem sido uma mistura de opiniões, em meio a acusações de missões sem razão e controvérsia sobre vítimas civis, mas parece claro, no entanto, que para melhor ou pior que este país tem excedido largamente o papel periférico que muitos observadores esperava que o país fosse desempenhar.

Os seis caças CF-18 Hornets – apoiados por uma aeronave de reposição – registraram 733 missões de bombardeio acima da nação norte-africana, enquanto os aviões de reabastecimento e reconhecimento do Canadá foram acionados uma centenas a mais de vôos.

“As pessoas que estão voando, estão voando direto, e eles estão voando um ritmo elevado de operações”, disse o brigadeiro-general Derek Joyce, comandante da Task Force Libeccio, como a equipe canadense com sede na Itália está sendo chamada.”Estou muito, muito orgulhoso do que já se realizou.”
É difícil obter uma imagem precisa de quem está contribuindo com o que para a campanha, disse o professor Michael Clarke, diretor do Royal United Services Institute, um centro de análise e estudos de defesa no Reino Unido.

No entanto, “os canadenses estão realizando um monte de surtidas”, disse Clarke. ”Só Canadá, França e Reino Unido, entre os aliados, têm mantido um ritmo constantemente alto dos ataques terrestres. Os outros cinco que fizeram alguns ataques foram mais variáveis. Além disso, o Canadá tem a aeronave certa para o papel e tem sistemas mais adequados para lançar armas do que alguns outros aliados. ”

A missão começou como o coronel Kadhafi ameaçando uma vingança sangrenta direto sobre os adversários, com a emissão da Resolução 1973 das Nações Unidas que autoriza os países membros a tomar medidas para proteger os civis. Os críticos se queixam de que a campanha se transformou em uma tentativa de derrubar o regime de Kadhafi, com os alvos crescendo para incluir compostos da família do governante em Tripoli, e com vários membros de sua família sendo mortos pelas bombas da OTAN.

O caça canadense CF-18 Hornet realiza dois tipos de missões – ataque de interdição aérea planejada à infra-estrutura militar estática, incluindo edifícios utilizados para comando e controle, além de “vigilância, coordenação e reconhecimento” missões onde os pilotos de caça atacam os tanques e outros equipamentos móveis do governo com uso de bombas guiadas, disse o General Brigadeiro Joyce a partir de seu quartel-general em Nápoles. Havia um sentido inicial de “euforia” entre os canadenses nesta semana, quando os rebeldes começaram a entrar em Tripoli, mas os pilotos continuaram seus voos de ataques, e ficou claro o regime ainda estava vivo, disparando artilharia e foguetes em Trípoli e em outras cidades, disse o comandante.

Autoridades da OTAN e canadenses insistem que muitas vezes eles alteram seu destino para tentar evitar vítimas civis, criando uma guerra de bombardeio de “precisão sem precedentes.” Entre aqueles que acusam sobre os alvos dos pilotos canadenses está um advogado de Defesa Nacional, disse o Gen. Brig. Joyce.

Vítimas civis têm repetidamente gerado preocupação, com a Itália num ponto de chamar para uma pausa no bombardeio. Investigadores da organização Human Rights Watch passaram uma semana na Líbia neste mês, visitando sites de bombardeio com inspetores do governo, disse o chefe do grupo Fred Abrahams.

Alguns locais haviam claramente sido adulterados, como evidenciado por mamadeiras impecávelmente espalhadas numa cratera onde cada outro objeto estava coberto de poeira, disse ele, mas em outros lugares, os civis definitivamente morreram. Eles incluíram um ataque recente em Majer, onde o regime disse que 85 foram mortos. A Human Rights Watch e jornalistas encontraram evidências de 19 ou 20 corpos, disse ele.

“A evidência sugere que a OTAN realmente se importava, mas ainda existem dúvidas sobre algumas das escolhas”, disse Abrahams. ”A responsabilidade recai sobre eles para explicar esses casos.”

Steven Staples do esquerdista Rideau Institute, geralmente um crítico duro da política externa do Canadá nas missões militares, disse na quinta-feira que estava preocupado com as baixas civis. Ele parou, porém, de condenar o envolvimento do Canadá na operação Líbia, dizendo que tinha uma obrigação especial para apoiar a oposição, dado que as empresas canadenses tinham sido fortemente envolvidas com o regime de Kadhafi.

Fonte: National Post - Tradução: Cavok
 

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vmpsm

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #294 em: Agosto 29, 2011, 10:16:33 am »
Libyan rebel commander admits his fighters have al-Qaeda links

Abdel-Hakim al-Hasidi, the Libyan rebel leader, has said jihadists who fought against allied troops in Iraq are on the front lines of the battle against Muammar Gaddafi's regime.

http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/africaandindianocean/libya/8407047/Libyan-rebel-commander-admits-his-fighters-have-al-Qaeda-links.html
 

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #295 em: Agosto 29, 2011, 06:55:36 pm »
Líbia: Falta fazer o mais difícil
Alexandre Reis Rodrigues



Ainda não chegou a altura de comemorarmos o facto de mais de seis milhões de pessoas se terem libertado de um ditador que, no mais completo desprezo pela necessidade de instituições como base de funcionamento de um Estado, imaginava ser possível dirigi-los indefinidamente numa base de poder exclusivamente pessoal.

Neste momento, pode dar-se como certo que Kadhafi não voltará ao poder mas enquanto tanto ele como os seus familiares próximos e colaboradores directos não forem localizados e definitivamente neutralizados, a revolução que os afastou continua a correr riscos consideráveis.

Encontrá-lo deve, portanto, ser a grande prioridade para o Conselho Nacional de Transição. Enquanto não o conseguir, os fiéis do ditador, que ainda restem, continuarão activos a ameaçar a segurança, como que encorajados pela sobrevivência do líder, e as forças da oposição, não tendo completado o seu trabalho, não se deixarão desmobilizar a favor de novas Forças Armadas e Forças Policiais, o que, em qualquer caso, demorará mais tempo do que o desejável.

Neste quadro, a instabilidade geral no País continuará a dominar o dia a dia e a minar a esperança geral de melhores tempos. O risco grande é essa situação impedir o ambiente necessário para fazer com que o colapso do regime de Kadhafi - objectivo alcançado - evolua para uma mudança de regime que corte claramente com o passado e que, com o ritmo mais adequado ao País, o faça entrar num modelo de funcionamento baseado em instituições em que o povo líbio confie.

Esse ambiente só existirá se a população perceber que a sua situação pode melhorar a curto prazo com os novos líderes. Se não for criada essa percepção, o desfecho pode ficar nas mãos da primeira “força salvadora” que lhes prometa a saída do desastre. Como lembrava Scott Stewart, foi por essa via que no Afeganistão, depois da retirada russa, perante o caos em que os senhores da guerra fizeram mergulhar o País, a população olhou, de início, para a entrada em cena dos talibãs.

Naturalmente, é ao Conselho Nacional de Transição que deve caber a tarefa principal de criar as condições para que o País saia da zona de risco elevado em que se encontra e de liderar o respectivo processo; aliás, como também lhe coube concretizar no terreno a queda do regime. Concorda-se, portanto, que a NATO e, em geral, todos os Países que estiveram envolvidos na situação, procurem deixar bem claro essa ideia.

No entanto, é preciso ter presente que nos tempos mais próximos, tudo ou quase tudo vai girar, quase exclusivamente, à volta do tema segurança. Sem segurança será difícil repor brevemente o fornecimento de água, gás e electricidade, não se sabendo se a situação existente resulta de danos acidentalmente sofridos no decurso do conflito, se de acções de sabotagem preparadas por Kadhafi. Sem segurança, a actividade económica não será reposta tão cedo, o comércio demorará mais a reabrir e não haverão incentivos que cheguem para que os milhares de armas que saíram ilegalmente dos depósitos das Forças Armadas e Polícia sejam devolvidos.

Sem segurança não será possível reunir a cooperação técnica estrangeira necessária para avaliar os danos que as infraestruturas petrolíferas sofreram e para repor, tão rapidamente quanto possível, a produção. Neste momento, ninguém consegue estimar com um mínimo de certeza quanto tempo poderá essa tarefa demorar. Tanto pode ser uma questão de dias, na melhor das hipóteses, como uma questão de meses; depende também da forma como as instalações foram paradas. Provavelmente, as que se encontravam a leste, tendo sido alvo das forças de Kadhafi, são as que requererão maiores cuidados.

Sem segurança não será possível clarificar quantos dos 20.000 mísseis anti-aéreos (shoulder-fired) que Kadhafi possuía no início do conflito ainda existirão e quem é o responsável por eles. Também ninguém pode estar seguro das condições de armazenamento de mais de nove metros cúbicos de agentes para armas químicas e entre 500 a 900 metros cúbicos de urânio ainda sob a forma inicial de “yellow cake”, presentemente ainda guardados pelas mesmas forças, num “bunker” no deserto. Embora se trate de material que se presume deteriorado, já sem condições de servir para o fabrico de armas, nem por isso pode deixar de ser vigiado até à sua completa destruição.

Conseguirá o Conselho Nacional de Transição manter-se unido neste quadro de enormes dificuldades e garantir a liderança que o País precisa? Chegarão os créditos que o seu chefe, Abdel Jalil, ganhou, na forma como conduziu a revolução, para se impor sem reservas perante os seus pares? Chegará a larga aceitação de que goza, para tornar os apelos, que tem feito, em ordens concretas que todos terão que cumprir? É difícil imaginar que esse objectivo seja possível sem uma força de segurança organizada que não existe presentemente. A tarefa dos que ajudaram o Conselho a retirar Kadhafi do poder está longe de esgotada. Só está em aberto a forma como se concretizará.

Jornal Defesa
 

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #296 em: Agosto 30, 2011, 02:11:37 pm »
Argélia diz que decisão de receber familiares de Kadhafi foi humanitária


A Argélia autorizou a entrada no país da mulher e de três filhos do coronel Muammar Kadhafi "por razões estritamente humanitárias", afirmou hoje um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Amar Belani.

"Estas pessoas foram recebidas na Argélia por razões estritamente humanitárias. Informámos o secretário-geral da ONU, o presidente do Conselho de Segurança e o presidente do conselho executivo do Conselho Nacional de Transição (CNT)", indicou Belani, numa mensagem electrónica enviada à agência noticiosa francesa AFP.

O representante da diplomacia argelina não precisou onde estavam os familiares de Kadhafi, nem respondeu quando questionado sobre o pedido de extradição proposto pelo CNT, o órgão político da rebelião líbia.

O paradeiro de Safia, a segunda mulher de Kadhafi, e dos três filhos do líder líbio em fuga, Aicha, Hannibal e Mohamed, foi revelado na segunda-feira pelas autoridades argelinas.

"A mulher de Muammar Kadhafi, Safia, a filha Aicha e os filhos Hannibal e Mohamed, acompanhados pelos seus filhos, entraram na Argélia às 8:45 [mesma hora em Lisboa] pela fronteira líbio-argelina", indicou na altura, em comunicado, o Governo argelino, sem dar qualquer indicação sobre o líder líbio.

De acordo com outras fontes governamentais argelinas, também citadas pela AFP, a filha de Kadhafi, Aicha, está grávida e a terminar o período de gestação.

"No plano humanitário, seria muito difícil recusar a sua entrada" na Argélia, justificaram as mesmas fontes.

Lusa
 

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #297 em: Agosto 30, 2011, 09:03:54 pm »
Violações, Escudos Humanos, Tortura foram utilizadas como arma de guerra por Kadhafi em Misrata

 
Tropas leais a Kadhafi forçaram civis a agir como escudos humanos, colocaram crianças a guardar armazéns de armamento e utilizaram a violação e tortura como instrumentos de pressão contra os cidadãos de Misrata. Os Médicos para os Direitos Humanos, uma organização independente de especialistas em medicina que se dedica denunciar atropelos aos Direitos Humanos, entrou em Misrata depois de as forças de Kadhafi terem sido expulsas pelos rebeldes.

Os investigadores da organização entrevistaram dezenas de pessoas que sobreviveram ao cerco de dois meses e recolheram provas de vários crimes contra a humanidade: matanças sumárias, tomada de reféns, violação de mulheres, espancamentos, utilização de mesquitas, escolas e mercados como locais para esconder armas.

A violação de mulheres foi utilizada repetidamente como arma de guerra. Uma testemunha ocular conta que «as forças de Kadhafi transformaram uma escola em Tomina (perto de Misrata) num local de detenção, onde raparigas a partir dos 14 anos foram violadas». Existem relatos de que as tropas utilizavam drogas como o Viagra para manter a performance sexual durante as violações, mas, de acordo com o relatório dos Médicos para os Direitos Humanos, «não foram recolhidas provas nesse sentido».

No documento da ONG é referido ainda que esta prática teve como consequência directa a morte de várias vítimas de violação perpetrada pela própria família sob a forma de «mortes de honra».

Relativamente a este assunto o relatório cita o caso três irmãs de 15, 17 e 18 anos que depois de terem sido violadas em Tomina foram mortas pelo pai, que lhes cortou a garganta como forma de limpar a honra da família.

SOL
 

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #298 em: Agosto 31, 2011, 01:40:50 pm »
ONU descarta envio de capacetes azuis para a Líbia


As Nações Unidas vão enviar o mais depressa possível uma missão para a Líbia de modo a assegurar uma transição sem sobressaltos, mas está para já posta de lado a hipótese do envio de capacetes azuis.

"Neste momento a missão não contará com capacetes azuis. Ficou bastante claro que os líbios querem evitar uma missão militar da ONU ou de qualquer outra organização", afirmou Ian Martin, nomeado pelas Nações Unidas para dirigir o plano de auxílio à transição política na Líbia após a queda do regime de Muammar Kadhafi, escreve o El Mundo.

Em declarações prestadas após reunião do Conselho de Segurança da ONU, Martin reconheceu que foi estudada a criação de uma força de manutenção de paz para o país africano, "num contexto que não é o actual". Após discussões com o Comité Nacional de Transição (CNT), as Nações Unidas já não esperam "que as autoridades líbias peçam observadores militares". Os rebeldes líbios rejeitaram horas antes o envio de qualquer força militar internacional, de observadores ou enviados especiais da ONU ou de outro organismo para reestabelecer e manter a segurança no país.

DN
 

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Re: Guerra contra o terrorista Kadafi
« Responder #299 em: Setembro 07, 2011, 04:43:44 pm »
NATO endurece ataques a Sirte, e destrói 20 alvos militares líbios


Os aviões da NATO, a aliança militar do Ocidente, atingiram com dureza a área de Sirte, cidade natal de Muammar Kadhafi e um dos últimos focos de resistência do regime líbio, destruindo cerca de 20 alvos militares nas últimas horas. A organização divulgou um comunicado informando que as suas forças acabaram com seis tanques e 10 veículos de combate durante a terça-feira. Também foram destruídas várias peças de artilharia e um paiol de munições.

Sirte é uma das cidades que ainda se mantêm leais ao ditador e há dias sofre com o avanço das forças rebeldes.

A NATO atacou ainda outro pólo da resistência pró-Kadhafi, a cidade de Sebha, onde uma instalação de mísseis foi destruída.

A organização indicou que os seus aviões destruíram três radares e três baterias antiaéreas na cidade de Hun e outras oito em Waddan.

O terceiro grande foco das forças pró-Kadhafi, a cidade de Bani Walid, não foi atacado, porque os rebeldes garantem estar perto de um acordo para a rendição da resistência.

No total, os aviões da NATO fizeram 118 voos, dos quais 40 foram de caráter ofensivo.

Nos últimos dias, a organização insistiu em manter a pressão militar enquanto a população civil estiver ameaçada, mas afirmou que o fim da sua missão chegará «em breve».

Lusa