Separatismos em Espanha

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Daniel

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Re: Separatismos em Espanha
« Responder #2220 em: Março 01, 2018, 03:44:14 pm »
Parlamento da Catalunha crítica Madrid e defende "legitimidade" de Puigdemont
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/parlamento-da-catalunha-critica-madrid-e-defende-legitimidade-de-puigdemont

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O parlamento catalão aprovou hoje uma resolução em que denuncia a "deriva autoritária" do Estado espanhol e defende a "legitimidade" do independentista ex-presidente do Governo regional Carles Puigdemont.A sessão plenária da assembleia eleita em 21 de dezembro último sublinhou que a maioria dos parlamentares é “favorável” à “criação de uma Catalunha como Estado independente” e defendeu que Puigdemont é o “candidato legitimo do parlamento à presidência da Generalitat [executivo regional]”.

No entanto, a maioria independentista que aprovou o texto decidiu não ratificar a declaração de independência votada a 27 de outubro de 2017, como tinha sido proposto nos últimos dias pelos radicais da Candidatura de Unidade Popular (CUP, extrema-esquerda antissistema).

A resolução foi aprovada depois de várias semanas de bloqueio político na Catalunha, na sequência da decisão do Tribunal Constitucional de proibir uma nova investidura de Carles Puigdemont fugido na Bélgica.

A lista “Juntos pela Catalunha” de Carles Puigdemont foi a mais votada do bloco independentista nas eleições de 21 de dezembro último que no seu conjunto tem 70 dos 135 deputados regionais eleitos.

O Tribunal Constitucional espanhol afastou a 27 de janeiro último qualquer possibilidade de Puigdemont ser investido à distância como presidente do novo executivo catalão, visto estar fugido na Bélgica e ser investigado por delitos de rebelião, sedição e peculato.

O “processo” de independência da Catalunha foi interrompido em 27 de outubro de 2017 quando o Governo central espanhol decidiu intervir na Comunidade Autónoma, nomeadamente através da dissolução do parlamento regional, a destituição do executivo regional e a convocação de eleições regionais que se realizaram a 21 de dezembro último.
 

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Re: Separatismos em Espanha
« Responder #2221 em: Março 01, 2018, 08:20:52 pm »
Puigdemont renuncia à liderança de Generalitat
https://sol.sapo.pt/artigo/602570

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Carles Puigdemont anunciou esta quinta-feira que irá renunciar à liderança da Generalitat, depois de o Parlamento catalão ter votado uma moção sobre a sua destituição ser “ilegal e ilegítima”.

Puigdemont referiu ainda que a lista irá propor o nome de Jordi Sánchez, número dois, para ocupar o cargo.

“Hoje informei o presidente do Parlamento da Catalunha [Roger Torrent] que de forma provisória não apresente a minha candidatura a ser investido presidente da Generalitat e pedi-lhe que se inicie o mais rapidamente possível a ronda de contactos entre os diferentes grupos parlamentares para proceder à eleição de um novo candidato para ser investido”, referiu.

O ex-presidente da Generalitat justificou a sua decisão baseando-se “nas atuais condições". "Esta é a forma para se poder veicular um governo mais rápido possível”, referiu Puigdemont.

“Agora Madrid não terá nenhuma desculpa para continuar com a ocupação das nossas instituições. Nenhuma desculpa para que Madrid ignore a nossa voz”, destacou.

O ex-líder referiu ainda que a sua equipa de advogados apresentou uma queixa ao Comité de Direitos Humanos da ONU, em seu nome, contra o Estado espanhol.

"Não nos renderemos, não abandonaremos, não renunciaremos enquanto os argumentos sejam a violência, a imposição, o medo e a violência de direitos fundamentais", acrescentou o ex-presidente da Generalitat.
 

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Re: Separatismos em Espanha
« Responder #2222 em: Março 12, 2018, 11:59:05 am »
45 mil marcharam em Barcelona pela República da Catalunha
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/45-mil-marcharam-em-barcelona-pela-republica-da-catalunha

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Dezenas de milhares de catalães manifestaram-se neste domingo em Barcelona para exigir dos partidos separatistas união para formar um governo e implementar a república que declararam em outubro, mas que não puderam colocar em prática devido à intervenção do governo espanhol.
Cerca de 45 mil pessoas manifestaram-se hoje em Barcelona a favor da criação de uma República da Catalunha independente de Espanha, um protesto organizado pela associação independentista ANC, de acordo com os cálculos da polícia urbana.

O protesto organizado pela Assembleia Nacional Catalã (ANC) arrancou às 16:15 e acabou às 17:30 (hora de Lisboa) e visava pressionar os partidos independentistas catalães a chegarem a um acordo que permita formar um governo que avance para a independência da região.

Em finais de outubro, o governo regional catalão - liderado por Carles Puigdemont - e os partidos no parlamento regional que o apoiavam (Esquerra Republicana Catalana, Partido Democrata Europeu Catalão e Candidatura Unitária da Catalunha) declararam unilateralmente a independência da região.

Na sequência, o governo central em Madrid suspendeu a autonomia da região, dissolveu o parlamento, afastou o governo regional (Generalitat), assumiu a gestão corrente da região e convocou eleições antecipadas na Catalunha para 21 de dezembro.

A justiça espanhola emitiu então ordens de detenção para o então presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, e outros líderes independentistas. O vice-presidente, Oriol Junqueras, foi detido (e ainda se encontra em prisão), tal como o dirigente máximo da ANC, Jordi Sánchez.

Puigdemont acabaria por escapar à detenção, fugindo para Bruxelas com cinco dos seus conselheiros, onde ainda se encontra.

Nas eleições de 21 de dezembro, os partidos independentistas conseguiram votos suficientes para manter a maioria parlamentar. No entanto, a nova plataforma eleitoral de Puigdemont, o Junts per Catalunya (JxC) queria que fosse este a ser investido como Presidente da Generalitat, apesar de estar fugido à justiça em Bruxelas.

A justiça espanhola afirmou que não seria válida uma investidura por Skype, como propunha o JxC. A outra solução apresentada ao presidente da Mesa de Assembleia Regional seria a investidura de Jordi Sánchez (eleito pela lista da JxC), mas o juiz do Supremo Espanhol que conduz o processo não o liberta para estar presente no plenário de votação no parlamento regional.

Puigdemont, Junqueras, Sánchez e outros líderes independentistas foram formalmente acusados de rebelião, sedição e uso fraudulento de dinheiros públicos (peculato). Puigdemont será detido se regressar a Espanha.

As regras do Parlamento Regional catalão exigem a presença física dos candidatos a presidente, que são escolhidos por votação presencial dos deputados eleitos.

Atualmente, os partidos independentistas não se põem de acordo quanto a outras soluções para formar governo, e os partidos soberanistas não têm votos suficientes para tentar investir a líder do Ciudadanos na Catalunha, Inés Arrimadas, a mais votada a 21 de dezembro.

Face à situação, o governo central em Madrid continua a fazer a gestão corrente da autonomia da Catalunha, ao abrigo da aplicação do artigo 155 da Constituição Espanhola.
 

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Re: Separatismos em Espanha
« Responder #2223 em: Março 23, 2018, 02:27:50 pm »
Catalunha: Política separatista falha audiência no Supremo e parte para o exílio
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/catalunha-politica-separatista-falha-audiencia-no-supremo-e-parte-para-o-exilio

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A política separatista catalã Marta Rovira faltou à audiência desta manhã no Supremo Tribunal em Madrid e anunciou que abandona o território espanhol, segundo uma carta que escreveu aos militantes do seu partido.“O exílio será um caminho duro, mas é a única forma que tenho para recuperar a minha voz política”, afirma na missiva a secretária-geral da Esquerda Revolucionária da Catalunha (socialista independentista).

Rovira é um dos seis independentistas convocados para se apresentarem esta manhã perante o juiz que está a instruir o processo judicial sobre o seu envolvimento na tentativa frustrada de criação de uma República independente na Catalunha.

O magistrado vai comunicar aos suspeitos de crimes de rebelião e sedição os autos de acusação e irá analisar se deve tomar medidas cautelares.

É possível que uma delas seja a detenção de um ou mais destes suspeitos de delitos de rebelião e sedição pelo seu envolvimento no processo frustrado de independência.

O Juiz está a ouvir neste momento, os restantes cinco convocados, a ex-presidente do parlamento catalão Carme Forcadell e os ex-conselheiros (ministros regionais) Raúl Romeva, Josep Rull, Dolors Bassa, e Jordi Turull.
 

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Re: Separatismos em Espanha
« Responder #2224 em: Março 23, 2018, 02:30:08 pm »
Catalunha: Supremo acusa 13 separatistas de delitos de rebelião
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/catalunha-supremo-acusa-13-separatistas-de-delitos-de-rebeliao

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O Supremo Tribunal espanhol acusou hoje de delito de rebelião 13 separatistas pela sua participação no processo de independência da Catalunha, entre os quais o ex-presidente do executivo regional Carles Puigdemont, refugiado na Bélgica.O juiz responsável pela instrução do caso, Pablo Llarena, avança com as acusações quatro meses depois do início da investigação à tentativa de organizar a criação de uma República independente na Catalunha.

Foram ainda acusados do crime de rebelião o ex-presidente do Governo regional Oriol Junqueras, a ex-presidente do parlamento regional Carme Forcadell, e os independentistas Jordi Sanchez e Jordi Cuixart, assim como a líder da Esquerda Republicana da Catalunha Marta Rovira, que hoje faltou à audiência marcada e anunciou que se exilava.

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Re: Separatismos em Espanha
« Responder #2225 em: Março 25, 2018, 10:33:38 am »
Manifestações na Catalunha contra detenções de independentistas fazem 24 feridos
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/manifestacoes-na-catalunha-contra-detencoes-de-independentistas-fazem-24-feridos

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Milhares de manifestantes desceram ontem as ruas da Catalunha para protestarem contra a detenção de cinco independentistas e a emissão de seis mandados internacionais de detenção, do que resultaram pelo menos 24 feridos nas manifestações realizadas em Barcelona.
Estes feridos resultaram de confrontos com a polícia, segundo os serviços de socorro. As forças antimotim reprimiram com golpes de bastão os manifestantes que se aproximavam deles, situados em frente à prefeitura, constatou um correspondente da agência AFP.

Os manifestantes tinham sido convocados na quinta-feira pela Assembleia Nacional Catalã e pelos Comités de Defesa da República, antes do anúncio das decisões da justiça espanhola.

O juiz do Supremo Tribunal encarregado do inquérito acusou formalmente 13 dirigentes independentistas de “rebelião”, uma infração passível de 30 anos de prisão.

Decidiu deter cinco deles, entre os quais Jordi Turull, o candidato à presidência do governo que deverá tentar ser eleito à segunda volta pelo parlamento catalão no sábado. Quatro já estavam na prisão desde há meses.

A ordem de detenção foi justificada pelo risco de fuga, que considerou “elevado, dada a possível pena de prisão”.

Uma dos dirigentes convocados, Marta Rovira, já tinha decidido abandonado Espanha, em vez de correr o risco de comparecer perante o juiz e ser encarcerada.

O juiz Pablo Llarena emitiu também mandados de detenção contra o antigo presidente Carles Puigdemont, que se tinha exilado na Bélgica com quatro dos seus ministros depois da proclamação de independência da Catalunha, em 27 de outuro.

A notícia indignou os manifestantes, que, em Barcelona, queimaram fotos do rei, o que em Espanha é um delito, e do juiz Llarena, enquanto exibiam bandeiras independentistas e cartazes exigindo “liberdade para os presos políticos”.

Uma outra manifestação, mais calma, encheu a casta Praça da Catalunha, no centro de Barcelona.

A televisão catalã difundiu imagens de manifestações em outras cidades, como Vic e Tarragona.

A Catalunha está sob tutela de Madrid desde há cinco meses, depois da declaração de independência falhada, votada pelo parlamento catalão em 27 de outubro. A sua autonomia continuará suspensa enquanto não houver um novo governo regional.
 

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Re: Separatismos em Espanha
« Responder #2226 em: Março 25, 2018, 10:46:47 am »
Presidente do parlamento anula votação para eleger presidente da Catalunha
http://www.tvi24.iol.pt/internacional/roger-torrent/presidente-do-parlamento-anula-votacao-para-eleger-presidente-da-catalunha?_ga=2.134529201.1984850088.1521970877-1677584371.1463501020

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O presidente do parlamento catalão, Roger Torrent, decidiu manter o plenário de hoje, mas sem a votação para eleger o presidente do governo autónomo, segundo a agência EFE e a imprensa espanhola.

Roger Torrent tomou esta decisão depois de uma reunião com os líderes dos grupos parlamentares e na sequência de vários partidos terem considerado que a detenção do candidato à presidência do governo regional da Catalunha, Jordi Turull, impossibilita que decorra o plenário e a eleição para a presidência do governo autónomo.

O Governo já tinha avisado que estava a estudar “ações oportunas” para defender o cumprimento da lei caso o presidente do parlamento mantivesse a sessão parlamentar programada para este sábado, que incluía a sessão de investidura.

Fontes governamentais citadas pela EFE indicaram que o executivo entendia que o presidente do parlamento, Roger Torrent, devia atender às pretensões dos partidos para suspender o plenário e a sessão de investidura que estava prevista para hoje.

O PP, o Ciudadanos e o Partido dos Socialistas da Catalunha apelaram a que seja desconvocada a sessão de investidura prevista para hoje, depois de o candidato à presidência do governo regional, Jordi Turull ter sido deito.

Roger Torrent tinha marcado para deste sábado de manhã a sessão de investidura, depois de Jordi Turull ter falhado na quinta-feira a eleição à primeira volta no parlamento regional.

Numa petição, o partido Ciudadanos pediu “a imediata e urgente desconvocação da sessão” do plenário para “salvaguardar a plena e total garantia dos direitos e faculdades” de todos os deputados, segundo refere a agência EFE.
Também o PSC (Partido dos Socialistas da Catalunha) solicitou que o plenário fosse desconvocado, dadas as “novas circunstâncias” que impossibilitaram que a sessão de investidura pudesse decorrer “com normalidade”, devido à “forçada ausência” do candidato.

O Supremo Tribunal espanhol decidiu na sexta-feira aplicar prisão efetiva sem fiança a cinco políticos independentistas catalães, acusados de delito de rebelião, no quadro da tentativa de criação de uma república independente na Catalunha.

O juiz Pablo Llarena ordenou a detenção da ex-presidente do parlamento catalão Carme Forcadell, do candidato à presidência do Governo regional, Jordi Turull, e dos ex-conselheiros (ministros regionais) Raúl Romeva, Josep Rull e Dolors Bassa.

A Catalunha está sob tutela de Madrid desde há cinco meses, depois da declaração de independência falhada, votada pelo parlamento catalão em 27 de outubro. A sua autonomia continuará suspensa enquanto não houver um novo governo regional.
 

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Re: Separatismos em Espanha
« Responder #2227 em: Março 25, 2018, 12:45:24 pm »
Em atualização Puigdemont detido pela polícia alemã na fronteira com a Dinamarca
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/puigdemont-detido-na-fronteira-alema-quando-tentava-sair-da-dinamarca

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Carles Puigdemont foi detido pela polícia alemã este domingo na fronteira com a Dinamarca. O líder catalão vinha de carro da Dinamarca e teria como objetivo regressar à Bélgica.

A notícia é confirmada pelo próprio advogado de Puigdemont num tweet publicado, no qual adianta também que o seu cliente está ser tratado com correção pela polícia alemã, aguardando agora os procedimentos decorrentes da ordem de detenção emitida pelo estado espanhol que tinha pendente. O líder catalão foi interceptado no estado alemão de Schleswig-Holstein, único com fronteira com a Dinamarca.
Segundo avança o jornal espanhol El País, o Código Penal alemão prevê penas que vão dos 10 anos de prisão a prisão perpétua para os delitos com as caraterísticas dos que são imputados  a Puigdemont em Espanha.

Segundo o porta-voz da polícia alemã do estado de Schleswig-Holstein, Uwe Keller, os agentes fizeram parar o líder independentista após este ter cruzado a fronteira rumo a Hamburgo, cidade alemã a partir da qual tencionaria seguir para a Bélgica.

Onde estava Puigdemont?

O advogado Jaume Alonso-Cuevillas tinha afirmado ontem - dia para o qual estava marcada a segunda votação para eleger o governo regional catalão, mas que não se realizou devido à detenção de cinco dirigentes independentistas – que Puigdemont ia apresentar-se à polícia finlandesa, na sequência do mandado de detenção europeu emitido pela Justiça espanhola.

Horas depois, no entanto, publicou uma mensagem na rede social Twitter, em que afirmava que o ex-presidente da Generalitat já não estava na Finlândia, mas que estava à disposição da Justiça belga.

“Confirmo que o presidente Puigdemont já não está na Finlândia. Continuará, como sempre, à disposição da Justiça belga, onde tem residência fixa”, referia a mensagem do advogado sem esclarecer se o seu cliente regressou à Bélgica.

Em entrevista hoje à rádio catalã Rac1, Alonso-Cuevillas admitiu que, “naquele  momento, não sabia “exatamente onde está Puigdemont” e se este teria abandonado a Finlândia “antes do previsto devido ao mandado europeu”.

Segundo referiu no sábado o deputado finlandês Mikko Karna, um dos anfitriões de Puigdemont na Finlândia, o ex-candidato independentista abandonou aquele país nórdico na sexta-feira à noite e dirigiu-se à Bélgica “por meios desconhecidos”.

De acordo com as autoridades finlandesas, todos os portos e aeroportos do país estiveram sob vigilância no sábado e Puigdemont foi procurado, durante todo o dia, para cumprimento do mandado de detenção, assinado pelo juiz do Supremo Tribunal espanhol Pablo Llarena.

A vergonha continua, como é possível, uma tristeza a democracia europeia onde está a liberdade dos povos, neste caso já não importa pois a UE fica mais fraca, pura hipocrisia.
Temos uma elite que decide a liberdade dos povos, uma elite corrupta e opressora.
 

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Daniel

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Re: Separatismos em Espanha
« Responder #2228 em: Março 26, 2018, 08:18:52 pm »
Catalunha: nove detidos e 100 feridos nos protestos contra prisão de Puigdemont
http://www.tvi24.iol.pt/internacional/detidos/barcelona-centenas-manifestam-se-contra-prisao-de-puigdemont?_ga=2.138791155.1984850088.1521970877-1677584371.1463501020

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Milhares de pessoas manifestaram-se, este domingo, na Catalunha contra a detenção do ex-presidente do Governo Regional da Catalunha e a prisão de cinco políticos independentistas catalães.

Mas, o que parecia ser um protesto pacífico, rapidamente escalou em violência. Em frente à delegação do Governo e em várias ruas de Barcelona, em que manifestantes incendiaram dezenas de contentores de lixo, a polícia regional fez nove detenções por atentado à autoridade e identificou várias pessoas que estavam nas manifestações convocadas pelos autodenominados Comités de Defesa da República, incluindo um agente da polícia catalã que não estava de serviço.

Nos confrontos, 100 pessoas ficaram feridas, entre as quais 23 polícias, tendo de ser assistidas pelos serviços de emergência.

"Os Serviços de Emergência Médica realizaram, no total, 100 assistências médicas na sequência das mobilizações desta tarde e noite, principalmente devido por contusões: 92 em Barcelona, todos eles ligeiros (23 deles Mossos d'Esquadra), 7 em Lleida e 1 em Tarragona", pode ler-se no Twitter do SEM.
Os comités desconvocaram ao fim da noite os protestos em Barcelona mas os confrontos com a polícia persistiram, com contentores queimados, barricadas nas ruas e arremesso de objetos contra os polícias.

A polícia antimotim carregou várias vezes sobre os manifestantes para os dispersar, acabando por quebrar o cerco ao edifício da delegação do Governo central de Madrid.

Manifestação em Bruxelas

Dezenas de manifestantes exigiram em Bruxelas liberdade para os políticos independentistas catalães presos, coincidindo com a detenção na Alemanha do ex-presidente do governo regional catalão Carles Puigdemont, refugiado na Bélgica há quase cinco meses.
A concentração, convocada pela Assembleia Nacional Catalã (ANC), antes da detenção hoje de Puigdemont quando regressava de uma deslocação à Finlândia, teve lugar junto à sede da Comissão Europeia e viam-se cartazes com frases a pedir liberdade "para os presos políticos" e contra o silêncio da União Europeia (UE).

Os presentes gritaram frases como "Viva a Catalunha, viva a república" e contra o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, ("Rajoy, criminoso").

É uma Espanha de tempos franquistas. Quanto à Catalunha, é uma Espanha que não conhece o diálogo, que põe as pessoas na prisão por risco de fuga", disse, em declarações à Efe, Núria Bordes, membro da ANC, considerando que a acusação de rebelião "não tem qualquer justificação".

O eurodeputado nacionalista flamengo Mark Demesmaeker considerou, por sua parte, que a detenção na sexta-feira de cinco políticos independentistas catalães e hoje de Puigdemont constitui "uma escalada" da tensão.

A Europa está construída com base em valores democráticos, em direitos e liberdades de cidadãos livres de exercer os seus direitos políticos e claramente esse não é o caso de Espanha", considerou, pedindo "diálogo" e "negociação" para resolver esta crise política.

A polícia alemã deteve hoje Puigdemont junto à fronteira com a Dinamarca.

A detenção acontece na sequência de um mandado de detenção europeu e internacional por parte do Supremo Tribunal espanhol, que na sexta-feira decidiu também aplicar prisão efetiva sem fiança a cinco políticos independentistas catalães, acusados de delito de rebelião, no quadro da tentativa de criação de uma república independente na Catalunha.
 

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Re: Separatismos em Espanha
« Responder #2229 em: Março 26, 2018, 09:55:42 pm »
Reportagem do Observador conta como 12 agentes secretos espanhóis (CNI) tramaram Puidgemont, ao colocarem um localizador GPS no carro, quando este regressava da Suécia, depois de uma conferência!
Os agentes esperaram que ele entrasse na Alemanha, porque era o país com legislação mais adversa a Puidgemont!

https://observador.pt/videos/atualidade/como-os-espioes-espanhois-apanharam-puidgemont/
 

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Daniel

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Re: Separatismos em Espanha
« Responder #2230 em: Abril 05, 2018, 06:31:11 pm »
Em atualização Catalunha. Justiça alemã deixa Puigdemont em liberdade e descarta crime de rebelião
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/catalunha-justica-alema-deixa-puigdemont-em-liberdade

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A Audiência Territorial do estado federal alemão de Schleswig-Holstein descartou hoje o crime de “rebelião” do pedido de extradição do ex-presidente catalão Carles Puigdemont para Espanha, deixando-o em liberdade, sob fiança, enquanto analisa a entrega à justiça espanhola.O tribunal do estado alemão de Schleswig-Holstein, no norte da Alemanha, decidiu esta quinta-feira deixar Carles Puigdemont em liberdade, mediante o pagamento de uma fiança de 75 mil euros, "enquanto estuda a entrega" do ex-líder da Catalunha às autoridades espanholas, escreve a EFE.

O comunicado do tribunal, citado pela agência espanhola, refere que a imputação do crime de rebelião é "inadmissível", porém, acredita que o pedido de extradição do ex-líder da Catalunha ainda pode valer para o outro crime de que Puigdemont é acusado pelas autoridades espanholas: o de uso indevido de fundos públicos. Por isso, o processo de extradição segue em frente.

Assim, a instância judicial não acatou o pedido do Ministério Público do mesmo estado federal, que tinha pedido a extradição de Puigdemont pelos crimes de rebelião e peculato (uso fraudulento de fundos públicos).

Puigdemont está na prisão de Neumünster desde 24 de março, quando foi detido pela polícia alemã pouco depois de ter entrado pela fronteira dinamarquesa.

Esta terça-feira, 3 de abril, o Ministério Público alemão pediu num tribunal de Schleswig a tramitação da extradição para Espanha do ex-presidente do governo catalão Carles Puigdemont, acusado de rebelião e peculato (uso indevido de fundos públicos) e ainda que o tribunal mantivesse o ex-presidente da Generalitat na prisão enquanto decorre o processo de extradição por considerar que há risco de fuga.

O ex-presidente regional catalão deu entrada na prisão de Neumünster, a 25 de março, horas depois de ter sido detido numa estação de serviço daquele Estado federal, procedente da Dinamarca.

Um tribunal de primeira instância de Neumünster acabaria por decidir que Puigdemont ficaria detido, por considerar que há risco de fuga.

O pedido de detenção europeu feito pela justiça espanhola deve-se ao facto de Puigdemont ter declarado unilateralmente a independência da Catalunha – violando a Constituição espanhola e várias indicações dos tribunais espanhóis – depois de ter organizado um referendo nesse sentido, também este considerado ilegal pela justiça.

Vários outros dirigentes catalães envolvidos no mesmo processo encontram-se detidos em Espanha ou em fuga pela Europa. Puigdemont estava fugido à justiça espanhola desde 27 de outubro, em Bruxelas.

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Re: Separatismos em Espanha
« Responder #2231 em: Abril 20, 2018, 01:00:49 pm »
ETA pede desculpas às vítimas


 

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Re: Separatismos em Espanha
« Responder #2232 em: Maio 03, 2018, 05:32:14 pm »
Fim da ETA já é oficial


 

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Lusitano89

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Re: Separatismos em Espanha
« Responder #2233 em: Maio 11, 2018, 07:00:02 pm »
Quim Torra, marioneta ou salvador?


 

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Re: Separatismos em Espanha
« Responder #2234 em: Maio 13, 2018, 06:38:33 pm »
Esquerda radical viabiliza Quim Torra como presidente do governo da Catalunha
http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/esquerda-radical-abstem-se-e-viabiliza-quim-torra-como-presidente-do-governo-da-catalunha-305960

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A Candidatura de Unidade Popular (CUP, esquerda radical) vai viabilizar amanhã a investidura de Quim Torra, ao manter as abstenções dos quatro deputados, mas sem garantir as condições de governação do futuro executivo.A decisão, que foi tomada este domingo pelo conselho político da CUP, permite que na segunda-feira seja empossado Torra por maioria simples, com os votos favoráveis do Junts per Catalunya (JxCat, direita separatista) e da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), enquanto os restantes grupos parlamentares votarão contra – Cidadãos (direita liberal), Partido dos Socialistas da Catalunha, Catalunya En Comú-Podem (versão catalã do Podemos) e Partido Popular da Catalunha.

Em comunicado, a formação indicou que “não bloqueará a formação de um novo ‘Govern’”, num momento “complexo, marcado pela repressão e vulneração de direitos políticos e civis por parte do Estado”. No entanto, sublinhou que, apesar de facilitar a investidura com as quatro abstenções, ficará na oposição na próxima legislatura, sem assegurar condições de governação do próximo executivo catalão.

A CUP tomou esta decisão após considerar que a proposta de programa de governo de JxCat e ERC “não avança na construção de medidas nem republicanas nem sociais, que respondam aos direitos e necessidades da classe trabalhadora e do resto das classes populares”.

A organização de esquerda radical afirma-se pronta para “assumir um papel de oposição ativa, trabalhando, dentro e fora das instituições, para gerar um novo ciclo do movimento independentista”.

Antes de ser conhecida a posição da CUP, o antigo presidente da Generalitat Carles Puigdemont pedira que a CUP fosse coerente, mantendo a abstenção na investidura de Quim Torra, como já fez com Jordi Turull, recordando que aquela organização “disse sempre que o nome não era um problema”.

O ex-conselheiro catalão Jordi Turull renunciou em abril à candidatura à tomada de posse, por se encontrar em prisão preventiva.

O líder do Partido Popular na Catalunha, Xavier García Albiol, já veio lamentar a decisão da CUP, argumentando que o candidato do JxCat representa uma minoria dos catalães.

“Mais de metade dos catalães terão amanhã [segunda-feira] um presidente que não nos representa e, o que é