Argentina: Militares planearam bomba atómica na ditadura

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Pantera

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Argentina: Militares planearam bomba atómica na ditadura
« em: Janeiro 08, 2006, 06:32:49 pm »
Durante o Governo do ex-ditador argentino Leopoldo Galtieri (1981-1982) um grupo de especialistas concebeu «em segredo» um laboratório destinado a produzir plutónio metálico e um reflector de neutrões para fabricar uma bomba atómica, noticia hoje o jornal Clarín.



A notícia avançada pelo diário resulta de uma investigação por ele levada cabo e que permitiu concluir que o projecto da ditadura argentina (1976-1983), em três etapas, cumpriu a primeira, mas logo foi travado pela resistência exercida pela Comissão Nacional de Energia Atómica (CNEA) que havia iniciado um programa pacífico.
Tratou-se do denominado «Plano Nuclear do Exército», elaborado de forma secreta entre 1980 e 1982, e que previa a instalação do «Laboratório de Processos Radioquímicos» numa parte da localidade de Ezeiza.

A concepção do plano esteve a cargo do tenente-coronel e doutor em física Ricardo Rapacioli, sob a supervisão de Galtieri, que em 1982 levou a Argentina a uma guerra contra o Reino Unido pela posse das Malvinas (Falklands).

Segundo fontes associadas ao projecto militar, os contactos entre Galtieri e Rapacioli haviam começado em 1976 com o objectivo de levar adiante o plano do Exército argentino, com três fases: «a etapa de cálculo, a de desenho e a da construção».

O plano gorou-se antes do início da guerra das Malvinas, em Abril de 1982, e o matutino assegura que as pressões sobre a Comissão Nacional de Energia Atómica para a construção de uma bomba se multiplicaram durante o conflito.

O almirante Ernesto Fitte, conhecido do ex-titular da CNEA, recordou que o então presidente da Comissão, o vice-almirante Carlos Castro Madero, «nem sequer aceitava discutir sobre a bomba».

«Durante a guerra perguntaram-lhe e ele respondeu: 'Nem pensem. Se construirmos uma, os britânicos vão atirar-nos com 10. É um disparate», resumiu o almirante.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=209251

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FinkenHeinle

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« Responder #1 em: Janeiro 08, 2006, 08:14:21 pm »
Pantera, é de conhecimento geral que durante a época dos Regimes Militares em Argentina e Brasil, ambos estavam numa velada disputa armamentista, inclusive com projetos de IRBMs e Armas Nucleares!
Um Forte Abraço.
André Finken Heinle
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"Em condições normais, corro para vencer e venço. Em situações adversas, também posso vencer. E, mesmo em condições muito desfavoráveis, ainda sou páreo." (AYRTON SENNA)
 

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Spectral

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« Responder #2 em: Janeiro 15, 2006, 09:18:49 pm »
Citar
Durante a Guerra das Malvinas/Falklands em 1982, participaram submarinos nucleares lança-mísseis ingleses


Não, o HMS Conqueror que afundou o ARA General Belgrano era um SSN.
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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pedro

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« Responder #3 em: Janeiro 17, 2006, 01:36:21 pm »
eu acho que nao.
cumprimentos
 

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Pantera

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« Responder #4 em: Janeiro 17, 2006, 03:02:22 pm »
Citação de: "Jorge Sottomayor"
Acham que a Argentina poderá tentar de novo conquistar pela via militar as Ilhas Malvinas/Falklands?


As diferenças hoje são bem maiores do que no passado,além da inglaterra continuar a possuir armas nucleares.

Além disso....Aqueles que não apreendem com os erros da história estão condenados a repeti-los.. :wink:

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J.Ricardo

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« Responder #5 em: Janeiro 27, 2006, 04:58:18 pm »
Ademais, as Malvinas na época da guerra era apenas uma ilha onde moradores locais passavam sua existência criando ovelhas e vendo o tempo passar, hoje essas ilhas tem uma significativa properidade econômica e uma população culta e consciente das vantagens da cidadania britânica, ou seja, se foi difícil para a Argentina re-conquistar as ilhas, hoje seria mais difícil ainda!
Pode ser que se os militares argentinos não tivessem cometido esta loucura, talvés, digo talvés, aconteceria com as Malvinas a mesma coisa que aconteceu com Hong-Kong.