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Economia => Países Lusófonos => Tópico iniciado por: Luso-Efe em Abril 10, 2011, 12:00:13 am

Título: Economia de Moçambique
Enviado por: Luso-Efe em Abril 10, 2011, 12:00:13 am
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Moçambique: Economia vai crescer 6,1 por cento em 2011, prevê relatório sobre perspetivas para África.

Maputo, 14 dez (Lusa) -- Moçambique crescerá 6,1 por cento em 2011, menos um por cento que o previsto pelo Governo e mais dois por cento que a África Subsaariana, segundo o relatório "Perspetivas Económicas em África 2010" (PEA) apresentado hoje, em Maputo.

O Governo moçambicano apresentou há uma semana a proposta do Plano Económico e Social (PES) para o próximo ano, que prevê um crescimento económico de 7,2 por cento e a contenção da taxa de inflação em oito por cento.

"O que nós projetamos é uma perspetiva mais pragmática, que tenta considerar toda a envolvência internacional e acredito que isso também se reflete naquilo que são as expetativas do Governo", explicou hoje aos jornalistas Joel Muzima, economista da delegação do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em Moçambique.

http://aeiou.visao.pt/mocambique-econom ... ca=f582746 (http://aeiou.visao.pt/mocambique-economia-vai-crescer-61-por-cento-em-2011-preve-relatorio-sobre-perspetivas-para-africa=f582746)

P.S. - Na minha opinião neste item sobre a economia dos países lusófonos devia haver um tópico para cada pais lusófono, assim evitava-mos dezenas e dezenas de tópicos que levam uma ou das mensagens e depois ficam ali n tempo encostados, e poderíamos ter a informação mais centralizada onde poderiamos colocar as noticias diárias sobre as respectiva economias.

Isto não implica obviamente a não criação de outros tópicos, desde que se justifique e seja uma noticia para tal, agora para noticias gerais sobre crescimento, investimentos, etc, parece-me a solução ideal, já existe um tópico do genero para Cabo Verde e Guiné Bissau acho que se justificava para os restantes também, por isso tomei a liberdade de o fazer.

Estes tópicos na minha modesta opinião deviam ser hierarquizados e estar sempre no topo, qualquer noticias sobre crescimento, investimentos, poderia ser aqui colocada.

Deixei isto nas sugestões, espero pelo feedback da moderação em relação a esta sugestão.

Cumprimentos.
Título: Re: Economia de Moçambique.
Enviado por: Luso-Efe em Abril 10, 2011, 12:03:53 am
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Moçambique: Economia vai voltar a crescer perto dos dois dígitos a partir deste ano, prevê FMI.

08 de Abril de 2011

O crescimento da economia moçambicana vai reaproximar-se a partir deste ano dos dois dígitos, resistindo ao impacto da escalada em curso dos preços dos combustíveis e dos alimentos, previu hoje o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O representante-residente do FMI em Moçambique, o brasileiro Victor Lledo, anunciou hoje as expetativas da organização em relação à economia moçambicana, na sequência de uma avaliação feita por uma missão do FMI, que visitou Moçambique, entre 23 de março e 07 de abril.

Em conferência de imprensa sobre os resultados da missão, Victor Lledo afirmou que uma previsão mais conservadora indica para uma taxa de crescimento da economia moçambicana de sete por cento este ano, e uma mais otimista para 7,5 por cento, podendo ir até aos 7,8 por cento.

http://www.ionline.pt/mobile/116073-moc ... -preve-fmi (http://www.ionline.pt/mobile/116073-mocambique-economia-vai-voltar-crescer-perto-dos-dois-digitos-partir-deste-ano-preve-fmi)
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Abril 14, 2011, 03:43:57 pm
Lufthansa quer comprar biocombustível em Moçambique


A companhia área alemã Lufthansa, a terceira maior do mundo, poderá comprar biocombustível, derivado da jatropha, em Manica, Moçambique, disse à Lusa um responsável da empresa.

Segundo Joachim Buse, vice-presidente da Luftansa para a área de biocombustíveis em aviação, numa primeira fase, a companhia pretende adquirir 40 mil toneladas de óleo de jatropha, quantidade que poderá triplicar nos primeiros três anos da implementação do projecto, para o uso de biocombustível nos seus aviões.

"Numa primeira fase do projecto, estamos a trabalhar para adequar os motores dos aparelhos ao biocombustível. Em Agosto, começamos a importá-lo e achamos que vai ser uma mais-valia para a aviação civil", disse.

Joachim Buse, que visitou as quintas da Sunbiofuel Moçambique, a empresa que irá fornecer o óleo à Lufthansa, afirmou que o uso de biocombustível poderá minimizar alguns problemas enfrentados pela aviação civil.

"Temos o maior interesse no uso de energias renováveis. Já estivemos no Brasil e Indonésia para contactos de aquisição de biocombustíveis, mas a qualidade apresentada em Moçambique supera a dos outros países", explicou Joachim Buse.

O director de desenvolvimento de negócios da SunBiofuel Moçambique, Harry Stourton, garantiu que o biocombustível produzido pela empresa tem os requisitos exigidos pelo mercado internacional e que a produção vai responder às necessidades do mercado.

"Já levámos o óleo para testes e estamos a produzir [com unidade de processamento experimental] agora um óleo de primeira qualidade. Vamos implantar uma indústria de processamento com a capacidade de responder às quantidades solicitadas pela companhia e por outras empresas", disse Harry Stourton.

A SunBiofuel cultiva a jatropha numa área de 2.500 hectares e a sua produção actual está calculada em 1,5 mil toneladas de óleo por hectare, cifra que deverá atingir quatro mil toneladas até 2013.

Actualmente, emprega 1.300 trabalhadores nas suas quintas.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Luso-Efe em Abril 17, 2011, 10:24:12 pm
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Moçambique privilegiado pelo investimento britânico.

Escrito por jornal noticias Quarta, 23 Março 2011 07:24

Moçambique vai continuar a ser destino privilegiado do investimento britânico com vista a contribuir para a implementação de acções que concorram para o combate à pobreza e promoção do desenvolvimento económico e social do país. Esta garantia foi dada pelo ministro britânico para o desenvolvimento internacional, Stephen Oibrien, que recentemente visitou o país para se inteirar da implementação de acções financiadas pela Grã-Bretanha. Falando ao “Notícias” em Chimoio, Stephen Oibrien disse que o Governo britânico sente-se feliz pela oportunidade que tem de apoiar Moçambique no seu projecto de combate à pobreza, através de financiamento e desenvolvimento de iniciativas visando salvar vidas, com enfoque ao combate à malária, saneamento do meio, apoio ao sector privado e gestão de recursos naturais.

“A nossa expectativa é que Moçambique seja celeiro no desenvolvimento de África, e, sobretudo, na região sub-sahariana. Iremos continuar a prestar assistência multiforme, sobretudo financeira, para que Moçambique possa levar a cabo com serenidade os seus projectos no quadro do combate à pobreza e promoção do desenvolvimento” – disse o governante britânico.

Sem avançar números relativamente aos financiamentos desembolsados pelo seu país no apoio ao investimento e Orçamento do Estado moçambicano, Stephen Oibrien disse que “o mais importante para nós não é o dinheiro, mas a oportunidade que temos de fazer acontecer coisas com financiamento britânico e ver esses propósitos a influir positivamente no desenvolvimento da económica moçambicana e, sobretudo, no melhoramento das condições de vida das populações”.

Uma das maiores prioridades definidas pelo governante inglês, segundo a fonte, refere-se à necessidade de encorajar o crescimento do sector privado, melhorar os serviços de saneamento, da saúde pública, educação e apoiar iniciativas inerentes à gestão das terras comunitárias.

Entre outros objectivos, com apoio do Governo britânico, pelo menos 62 mil mulheres moçambicanas receberam tratamento anti-malárico, 1,1 milhão de pessoas, entre mulheres e crianças, deverá beneficiar-se de projectos diversos e 53 mil pessoas, incluindo do sector de imprensa, vão ter melhor emprego ou beneficiar-se directa ou indirectamente de mais e novos postos de trabalho.

Questionado sobre que avaliação faz do estágio das relações entre Moçambique e Grã-Bretanha, Stephen disse serem “ainda muito fortes” e que a sua ambição é ver a crescerem cada vez mais, contribuindo, deste modo, para que Moçambique um dia possa sair da dependência externa.

Aliás, a mesma avaliação foi feita pelo alto-comissário moçambicano na Grã-Bretanha, António Gumende, o qual classificou as relações entre os dois países e povos como sendo fortes. “O sinal eloquente e que nos permite fazer esta afirmação é a escolha de Moçambique, entre os 27 países africanos com relações com a Grã-Bretanha, como o primeiro local a visitar em África, depois que o Governo de coligação tiver tomado posse na sequência das últimas eleições realizadas o ano passado” – disse.

http://www.zambezia.co.mz/noticias/1-ec ... -britanico (http://www.zambezia.co.mz/noticias/1-economia-e-negocios/2558-mocambique-privilegiado-pelo-investimento-britanico)
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Luso-Efe em Abril 17, 2011, 10:30:35 pm
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Investimento português em Moçambique caiu 71 por cento em 2010.

13.04.2011 - 16:31 Por Lusa

Os investimentos portugueses em Moçambique caíram 71 por cento em 2010, apesar de Portugal ter sido o principal investidor estrangeiro no país, indicou hoje a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

Dados divulgados pela agência portuguesa em Maputo referem que, em 2010, os investimentos portugueses atingiram 45,9 milhões de euros, contra os 161,8 milhões de euros registados em 2009, “uma diminuição acentuada” de 71 por cento.

Os principais sectores de concentração deste investimento foram o da construção e o das actividades financeiras e de seguros, que levaram 84 por cento do total investido.

Contudo, as exportações de Portugal para Moçambique cresceram “25 por cento em 2010, passando de 120,9 milhões de euros para 151 milhões de euros, apesar de a um ritmo ligeiramente mais baixo do que o registado em 2009, que atingiu 32 por cento”.

Mas as importações também “se comportaram de forma diversa do que em 2009: quando havia indícios de haver um crescimento das compras a Moçambique (o crescimento em 2009 tinha sido de 27 por cento), 2010 registou uma quebra significativa”, apontou a Agência portuguesa.

De resto, no ano passado, as importações foram “menos 32 por cento, passando de 42,8 milhões de euros para 29,2 milhões de euros. O principal produto responsável por essa quebra foi o açúcar”, acrescentou.

Apesar disso, Portugal continuará a estar entre os dez principais clientes de Moçambique, depois de em 2009 ter ocupado o nono lugar.

“Portugal reforçou a sua posição como fornecedor de Moçambique, passando de 9º para 5º principal fornecedor”, garantiu a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, a propósito da exposição de produtos e serviços de empresas portuguesas, que decorre de hoje até sexta-feira, em Maputo.

Por outro lado, “do ponto de vista de Portugal, Moçambique manteve mais ou menos a mesma posição enquanto cliente (destino de exportações portuguesas”, descendo de 28º lugar, em 2009, para 29º, em 2010 no ranking dos principais compradores.

“Do lado das nossas importações, o peso de Moçambique continua reduzido”, tendo caído de 59ª para a 66ª posição, apontou.

“Apesar das nossas exportações para Moçambique continuarem a ser maioritariamente de baixa ou média-baixa intensidade tecnológica, a intensidade tecnológica tem vindo a aumentar ao longo dos últimos anos (os graus de alta e média-alta intensidade representam já, em 2010, 49 por cento”, sublinhou.

Segundo a agência portuguesa, os principais grupos de produtos são máquinas e aparelhos, metais comuns e pasta celulósicas e papel, enquanto, em termos de produtos, os livros, os cabos eléctricos e os aparelhos eléctricos para telefonia continuam a ser os mais significativos.

“Do lado das nossas importações, é em 99 por cento de baixa intensidade, já que 91 por cento são produtos agrícolas e alimentares (designadamente) açúcar e crustáceos”, referiu.

http://economia.publico.pt/Noticia/inve ... 10_1489642 (http://economia.publico.pt/Noticia/investimento-portugues-em-mocambique-caiu-71-por-cento-em-2010_1489642)
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Abril 18, 2011, 01:55:11 pm
Maputo terá porto de águas profundas servindo três países


Os governos de Moçambique, Zimbabwe e Botswana, através dos respectivos ministérios dos Transportes e Comunicações, assinaram na sexta-feira, em Maputo, um memorando de entendimento com vista à materialização do projecto Ponta Techobanine. De acordo com o jornal O País, trata-se de um empreendimento com um custo estimado de 7 000 milhões de dólares e que envolve a construção de um porto de águas profundas em Techobanine, província de Maputo, e de uma linha férrea que ligará os três países.

O projecto – orçado em cerca de sete biliões de dólares norte-americanos, que deverão ser disponibilizados através de parcerias público-privadas a serem iniciadas brevemente pelos países – visa melhorar as relações de cooperação, não só entre os três países, como com os países da região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), no âmbito da integração regional que está em preparação.

O projecto ainda não tem data para arrancar, mas o ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, referiu que o mais tardar deverá ser 2012.

A construção durará cerca de quatro anos, devendo o porto ser erguido em 30 mil hectares, 11 mil dos quais destinados a unidades industriais, adianta ainda o jornal Notícias, de Maputo.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Luso-Efe em Abril 24, 2011, 06:18:52 pm
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LAM inaugura voos directos para Lisboa.

Maputo, 01 Abr. (AIM) – A empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), transportadora aérea nacional, inicia hoje os voos regulares para Lisboa que passam a ser efectuados duas vezes por semana.

Segundo um comunicado de imprensa da LAM recebido pela AIM, o primeiro voo será à segunda-feira com o regresso à terça-feira e o segundo com partida à sexta-feira e o regresso ao sábado.

Com estes voos, a LAM estabelece a ligação aérea estratégica das cidades de Maputo (Moçambique) e Lisboa (Portugal), maximizando as largas oportunidades que oferecem como centros de conexões para vários destinos.  

Segundo o comunicado, os passageiros da LAM poderão, desde Lisboa, efectuar ligações para as principais cidades europeias nos voos da TAP, no âmbito do acordo de parceria existente entre as duas companhias.

Na base do mesmo entendimento, a LAM passa a efectuar as ligações entre Maputo e Joanesburgo, em horários conjugados com as chegadas e partidas de Lisboa, aumentando assim as oportunidades da comunidade portuguesa residente na África do Sul de efectuar deslocações para Portugal, via Maputo, em horários flexíveis.

A rota será operada com uma aeronave Boeing B767-300 ER, pertencente a Air Seychelles, com capacidade para 212 passageiros, sendo 22 na classe executiva, e 190 na classe económica e que oferece assentos reclináveis na classe executiva, além de uma exclusiva oferta gastronómica onde se incluem pratos tipicamente moçambicanos.

http://www.portaldogoverno.gov.mz/ (http://www.portaldogoverno.gov.mz/)
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Luso-Efe em Abril 24, 2011, 06:23:23 pm
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Rui Cartaxo: Internacionalização da REN passa por parcerias em África .

Lisboa, 17 abr (Lusa) - A prioridade da estratégia de internacionalização da REN passa por África, mais concretamente em Moçambique, onde a empresa espera entrar em força no "planeamento e lançamento da futura rede de transporte de eletricidade".

"A REN deve olhar para o seu futuro para além do pico de investimento que tem neste momento nas concessões portuguesas. Seria um desperdício [não o fazer por causa do] 'know-how' acumulado em engenharia, planeamento de redes e operação de sistemas", disse em entrevista à Lusa Rui Cartaxo, o presidente da empresa que gere as redes de transporte de eletricidade e gás em Portugal.

"É preciso assegurar que uma vez passado o pico do investimento a empresa não entra numa fase de declínio", completou o mesmo responsável, acrescentando que nos últimos dois anos a empresa tem "olhado para fora das concessões", vendendo "serviços de consultoria, engenharia e planeamento energético para várias geografias fora da Europa.

http://aeiou.expresso.pt/-rui-cartaxo-i ... ca=f644177 (http://aeiou.expresso.pt/-rui-cartaxo-internacionalizacao-da-ren-passa-por-parcerias-em-africa=f644177)
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Luso-Efe em Abril 24, 2011, 07:39:04 pm
Foi sol de pouca dura, pelos vistos os senhores de Bruxelas já proibiram a LAM de voar para a Europa.

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Todas as transportadoras aéreas de Moçambique proibidas de voar na Europa.

por Agência Lusa , Publicado em 19 de Abril de 2011  

Todas as transportadoras aéreas certificadas em Moçambique estão proibidas de realizar voos para a União Europeia, anunciou hoje, em Bruxelas, a Comissão Europeia que recebeu o apoio unânime do Comité da Segurança Aérea europeu para tomar esta decisão.

Bruxelas explica a inclusão das transportadoras aéreas na “lista negra” da UE “dadas as graves deficiências detetadas na área da segurança”, e acrescenta que a situação “obriga a adotar medidas decisivas”.

Os voos da companhia moçambicana LAM entre Lisboa e Maputo mantêm-se, apesar da inclusão, hoje, da transportadora na “lista negra” da União Europeia, uma vez que a responsável pela operação é a EuroAtlantic, disse o presidente da empresa portuguesa.

Tomaz Metelo explicou em declarações à Agência Lusa que nada muda porque a responsável pela operação “é uma companhia europeia com todos os requisitos solicitados”.

A Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) apenas aluga um avião, neste caso de uma companhia de um país da comunidade europeia e “desde o avião, à tripulação, seguros” e toda a “responsabilidade operacional é dessa transportadora, que é quem tem de estar em conformidade”, especificou.

A decisão de hoje da União Europeia poderá causar problemas apenas nas reservas de voos, já que os códigos das companhias são retirados do sistema GDS – sistema mundial de reservas – podendo apenas vender diretamente ou através dos sites próprios na Internet, por exemplo.

A Comissão Europeia incluiu hoje as transportadoras aéreas certificadas em Moçambique na “lista negra” das companhias proibidas de realizar voos para a União Europeia “dadas as graves deficiências detetadas na área da segurança”.

http://www.ionline.pt/conteudo/118222-t ... -na-europa (http://www.ionline.pt/conteudo/118222-todas-as-transportadoras-aereas-mocambique-proibidas-voar-na-europa)
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Luso-Efe em Abril 24, 2011, 07:42:08 pm
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Banimento vai complicar contas das LAM.

Sábado, 23 Abril 2011 00:00 Redacção .

Governo reconhece razões do banimento mas fica surpreso com a medida.

As Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) candidatam-se a ver as suas receitas provenientes dos voos regionais a caírem, devido ao banimento pela União Europeia (UE), das companhias moçambicanas do espaço aéreo europeu, pelo facto de não cumprirem significativos requisitos de segurança. Isto porque o banimento prevê também a proibição de instituições e cidadãos da Europa de usar os serviços das companhias aéreas vedadas de voar para o “velho continente”.  

Assim, para o caso das LAM, os voos regionais que ligam o país à África do Sul, Tanzania, Quénia e Angola deverão ser afectados negativamente, pois instituições e cidadãos europeus estão proibidos de usar estes serviços da companhia. Trata-se destinos em que a companhia de bandeira nacional possui três a quatro deslocações semanais.  

Os cidadãos europeus são proibidos inclusive de voar através da LAM, mesmo quando se trata de deslocações domésticas, o que vai criar complicações aos mesmos, na medida em que somente companhias certificadas em Moçambique operam nas rotas internas. Por isso, o ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, questiona como é que os cidadãos europeus vão cumprir com as recomendações da União Europeia (UE).

Agora, no que se refere à decisão do banimento das companhias moçambicanas do espaço aéreo europeu, pode-se dizer que é uma  letra morta, já que nenhuma companhia nacional voa, por si só, para aqueles destinos. A rota Maputo – Lisboa não é operada pela LAM, mas sim pela companhia portuguesa EuroAtlatic, altamente certificada para operar na Europa.  

Governo reconhece razões do banimento mas fica surpreso com a medida

A falta de um quadro legal que regule a actividade de aviação, associada à inexistência de supervisão das companhias áreas certificadas e o reduzido número de técnicos qualificados que trabalham na área de aviação concorreram para o banimento dos operadores certificados em Moçambique do espaço aéreo europeu. Mas os problemas levantados dizem respeito ao Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM) e não as companhias aéreas, tendo estas sido banidas, por tabela, dadas as insuficiências do regulador do sector.

http://www.opais.co.mz/index.php/econom ... s-lam.html (http://www.opais.co.mz/index.php/economia/38-economia/13684-banimento-vai-complicar-contas-das-lam.html)
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Luso-Efe em Maio 08, 2011, 01:12:51 am
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BM prevê Moçambique entre países renda média em 10 anos.

O economista-chefe do Banco Mundial Justin Lin previu quarta-feira em Maputo que Moçambique se tornará num país de rendimento médio, dentro de 10 anos, devendo a sua economia crescer a 10 por cento por ano.

Segundo as Nações Unidas, para que um país passe da categoria de País Menos Desenvolvido, que é a situação atual de Moçambique, para País de Desenvolvimento Médio, deve, no mínimo, melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano e o rendimento per capita.


Falando numa palestra subordinada ao tema «Nova Economia Estruturalista», Justin Li afirmou que o Produto Interno Bruto de Moçambique tem potencial para crescer a 10 por cento anuais, nos próximos anos.

Diário Digital / Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... ews=157953 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=20&id_news=157953)
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Luso-Efe em Maio 08, 2011, 06:34:20 pm
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ECONOMIA MOÇAMBICANA TEVE RESULTADOS POSITIVOS EM 2010.

06-05-2011 15:49:41

Inhambane (Moçambique), 06 Maio (AIM) – A economia moçambicana registou resultados positivos em 2010, traduzidos no franco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na ordem dos 6,5 por cento, acima da média da região sub-Sahariana calculada em 5,9 por cento.

A constatação foi reiterada na cidade de Inhambane, província do mesmo nome, sul do país, pelo Ministro das Finanças, Manuel Chang, na abertura hoje do 5/o Conselho Coordenador do pelouro, cujo lema é “Consolidando a Melhoria da Gestão das Finanças Públicas em prol do Desenvolvimento do País”.

Segundo Chang, a economia moçambicana também traduziu-se numa inflação média de 12,7 por cento e numa depreciação acumulada do metical em relação ao dólar americano de 19 por cento.

Apesar destes resultados, a economia moçambicana soube resistir com tenacidade as tendências de derrotismo perante as dificuldades e realizou, com sucesso, os planos traçados tendo, para o efeito, ultrapassado as metas de receitas em 10,7 por cento, fixando o rácio fiscal face ao Produto Interno Bruto (PIB) em 19,6 por cento.

Este cenário, segundo o ministro, contrariou satisfatoriamente a expectativa no fecho do ano, de 18,5 por cento, representando a receita arrecadada um crescimento em 33,6 por cento comparativamente ao ano anterior.

A despesa do Estado (de funcionamento e de investimento) com base em recursos internos atingiu uma execução na ordem de 95,8 por cento e a realizada com base em recursos externos situou-se em 63,6 por cento face ao programado, perfazendo desta feita uma realização global da despesa em 86,4 por cento.

No âmbito do alargamento da base tributária e da redução do défice orçamental e da dependência externa houve, segundo o ministro, passos significativos traduzidos na redução do défice orçamental de 45,61 por cento em 2009 para 41,03 por cento em 2010.

A conclusão de passos conducentes à adesão de Moçambique a Iniciativa de Transparência da Indústria Extractiva (EITI) e o projecto de Lei Complementar das Parcerias Público Privadas, Projectos de Grande Dimensão e Concessões Empresariais.

Aliás, o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, participou recente em Paris, França, no colóquio internacional sobre a transparência na indústria extractiva, onde os debates gravitaram em torno das enormes potencialidades que os países possuem neste ramo.

Manuel Chang disse haver sinais de consenso nacional sobre a necessidade de aprofundamento do conceito de justiça fiscal relativamente à efectiva contribuição dos mega-projectos e a exploração dos recursos minerais para a erradicação da pobreza, através do Orçamento do Estado.

Moçambique possui actualmente grandes projectos de exploração de areias pesadas em Moma, na província de Nampula, norte do país, gás natural em Inhambane (sul), carvão mineral na província central de Tete e petróleo ainda em prospecção na bacia hidrográfica do Rovuma, no norte do país.

Parte destes projectos já está em plena exploração como é o caso das areias pesadas de Moma, o gás natural de Pande, esperando-se o carvão de Moatize (Tete) e o petróleo na Bacia de Rovuma.

http://noticias.sapo.mz/aim/artigo/9050 ... 54941.html (http://noticias.sapo.mz/aim/artigo/90506052011154941.html)
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Maio 18, 2011, 06:48:13 pm
Moçambique quer privados a investir nas energias renováveis


O governo moçambicano pretende que operadores privados explorem diferentes fontes de energias renováveis, de modo a aumentar o número de pessoas com acesso à electricidade no país. Entre 2004 e 2009, o número de moçambicanos com energia eléctrica "subiu de sete para 29%, mas ainda estamos na situação em que aqueles que não têm acesso à energia serem mais que os que têm", disse à Lusa o ministro da Energia de Moçambique, Salvador Namburete.

Na terça-feira, o Conselho de Ministros de Moçambique aprovou a estratégia de desenvolvimento de energias novas e renováveis para os próximos 15 anos, que define normas de utilização de energias limpas no país.

O plano admite que operadores privados explorem também a energia solar, eólica, hidráulica maremotriz (nos mares e oceanos), explicou hoje à Lusa o director de biocombustíveis do Ministério de Energia de Moçambique, António Saíde

"Estamos a olhar para as possibilidades de desenvolvimento tecnológico em Moçambique, o capital humano e a questão da procura", pelo que "queremos envolver diferentes componentes da sociedade, queremos ver um sector privado que actua como máquina motora, criar um sector privado actuante para criar o negócio", onde "o papel do Estado será de facilitador", disse António Saíde.

Em Moçambique, os operadores privados, incluindo os de capitais portugueses, já estão a explorar algumas formas de energias limpas, mas "o governo ainda não está a beneficiar com isso, porque os projectos têm que ter um certo nível de maturação para poder gerar rendimentos", reconheceu ontem à Lusa o ministro moçambicano da Energia.

"Queremos que o sistema seja integrado para que possamos abranger maior número de compatriotas", até porque "somente 29% da população tem acesso à energia", daí que "é preciso andar cada vez mais depressa", disse Salvador Namburete.

A Estratégia de desenvolvimento de energias novas e renováveis, de 15 anos, será revista de cinco em cinco anos, visando adequá-la aos progressivos avanços tecnológicos, princípios e metas definidos em cada fase da implementação.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Maio 20, 2011, 07:47:59 pm
Exportações moçambicanas para os EUA sobem 17,5% em 9 anos


As exportações moçambicanas para o mercado norte-americano subiram 17,5% em nove anos, para 28 milhões de euros, na sequência da decisão dos EUA permitirem a países africanos venderem no seu mercado sem pagar taxas.

No arranque desta iniciativa do governo norte-americano, denominada AGOA (African Growth and Opportunity Act), em 2001, Moçambique exportou mercadorias equivalentes a cinco milhões de euros para os EUA, tendo este número aumentado para 28 milhões de euros até 2009.

Um balanço dos primeiros dez anos do AGOA e do seu impacto na economia moçambicana agora divulgada indica que a maior parte dos produtos vendidos para os EUA são minerais e metais (23 milhões de euros), bens agrícolas (3,8 milhões de euros), produtos florestais (105 mil euros) e bens electrónicos (101 mil euros).

O vice-ministro da Indústria e Comércio de Moçambique, Keneth Marizane, assegurou, a propósito da divulgação destes dados, que o governo moçambicano elevará a qualidade dos produtos que exporta.

Segundo o governante, a outra aposta do Executivo de Maputo é diversificar os produtos colocados no mercado internacional, passando a integrar frutas, artesanato, confecções, piripiri e outros, consoante a procura.

Um dos sectores que tem mercado aberto nos EUA é o do vestuário e, segundo o vice-ministro da Indústria e Comércio de Moçambique, tem vindo a atrair investimentos para a revitalização desta indústria.

"Temos algumas indústrias do ramo de vestuário que estão a nascer como, por exemplo, a Moztex que, provavelmente, dentro de alguns anos irá começar a exportar", disse.

Desde a assinatura do AGOA, em 2000, as exportações dos 40 países abrangidos pelo acordo atingiram 60 mil milhões de euros, contra 15 mil milhões antes da sua entrada em vigor, promovendo 300 mil empregos.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Luso-Efe em Junho 03, 2011, 11:54:37 pm
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Moçambique vai passar a produzir gasolina a partir do gás a partir de 2016.

Quarta, 01 Junho 2011.


O nosso país poderá passar a produzir a sua própria gasolina, a partir do gás natural, em 2016. O projecto foi apresentado oficialmente ontem, em Munique, na Alemanha, ao primeiro-ministro moçambicano, Aires Ali, pelos proponentes do mesmo, designadamente o Grupo moçambicano Insitec, os alemães do GigaMennthannol e o governo moçambicano, este último na qualidade de facilitador.

À luz do memorando ontem assinado, o Grupo Insitec e os alemães propõem-se a construir uma unidade industrial petroquímica, vulgo refinaria, em Inhambane, onde existem gás natural em Temane e Pande. Esta refinaria transformará o gás natural em 3.5 milhões de toneladas de metanol. Desta quantidade, cerca de 2.5 milhões irão para exportação, 500 mil toneladas para produção de gasolina e outros tantos para matérias-primas como cola, adesivos, solventes, indústria farmacêutica e plásticos.

A construção da refinaria está avaliada em 3.5 biliões dólares americanos, a serem mobilizados no sistema financeiro internacional.

De acordo com os proponentes, a gasolina resultante deste processo é mais limpa e amiga do ambiente e, mais importante que tudo, é mais barata que a actual gasolina.

O projecto prevê gerar cerca de 40 mil postos de trabalho directos e poupar uma factura considerável de divisas. A escolha de Inhambane tem  a ver com a proximidade das fontes de gás de Temane e Pande.

Actualmente,  a gasolina representa 40% dos cerca de 600 milhões de dólares da factura anual do Estado moçambicano e um factor determinante na inflação.

Os estudos preliminares deste projecto já custaram 10 milhões de euros ao consórcio Insitec/GigaMenthanol.

O primeiro-ministro diz que o Governo vai fazer a sua parte para que este projecto seja uma realidade.

Celso Correia, PCA do Insitec,  diz que este projecto é estruturante para Moçambique e reforça a posição geo-estratégica do país na região e no mundo.

O que é metanol?

O metanol, também conhecido como álcool metílico, é um composto químico com fórmula química CH3OH. Em condições de pressão e temperatura normais, apresenta-se sob a forma líquida, é inflamável e possui chama invisível.

O metanol, ou ainda o álcool da madeira, pode ser preparado através da destilação seca de madeiras, o seu processo mais antigo de obtenção, e de onde inicialmente era obtido. Actualmente, é obtido pela reacção do gás de síntese (produzido a partir de origens fósseis, como o gás natural), uma mistura de H2 com CO, passando sobre um catalisador metálico a altas temperaturas e pressões.

Esta reacção é uma redução catalítica do monóxido de carbono, e processa-se a temperaturas de cerca de 300°C e pressões de 200 a 300 atm. É utilizado como catalisador, uma mistura de óxidos metálicos como óxido de cromo (III) (Cr2O3) e óxido de zinco (ZnO).

Usos

O metanol é, principalmente, um solvente industrial, pois ele dissolve alguns sais melhor do que o etanol. É utilizado na indústria de plásticos, na extracção de produtos animais e vegetais, e como solvente em reacções de importância farmacológica, como no preparo de colesterol, vitaminas, hormonas e outros.

É matéria-prima na produção de formaldeído, propileno e ácido acéptico. Estes produtos, obtidos a partir do metanol, são, por sua vez, a base para inúmeras outras indústrias, tais como: aglomerados de madeira e mobiliário, têxtil, colas e adesivos, solventes, plásticos e embalagens, farmacêutica, etc.

O metanol pode ser transformado em diferentes combustíveis, nomeadamente, gasolina e DME, este último, um substituto do GPL. O metanol pode também ser directamente usado como combustível, puro ou misturado com ouros combustíveis.

O metanol é também utilizado no processo de transesterificação da gordura, para produzir biodiesel.

MTG (Methanol to Gasoline)

A tecnologia MTG processa o metanol obtido a partir do gás natural e converte-o em gasolina de baixo teor de enxofre, ou seja, uma gasolina muito pura, que pode ser usada directamente ou misturada com a gasolina proveniente de refinarias convencionais.

A chave do sucesso da tecnologia MTG é a utilização na estrutura molecular pioneira na conversão do metanol para a gasolina. Esta tecnologia permite gerar o conteúdo principal de gasolina destilada para produzir combustível para motores de alto teor de octana com hidrocarbonetos aromáticos ricos.

Consórcio Gigamethanol

A Gigamethanol é um consórcio constituído pela Insitec e pela Gigamethanol BV, entidade de origem alemã. Desde 2008 que o consórcio estuda a possibilidade de instalar, em Moçambique, uma unidade industrial Petroquímica para a produção de Methanol e Amónia a partir do gás natural.

Este consórcio investiu, até agora, um valor que excede os 15 milhões de dólares americanos para permitir que Moçambique tenha uma unidade de indústria Petroquímica das mais avançadas do mundo.

Esta unidade, para além da tecnologia GigaMethanol, para produção de metanol a partir de gás natural, contará também com a tecnologia MTG (Methanol to Gasoline) que permitirá a Moçambique passar a ser um país produtor de gasolina a partir de 2016.

A Transformação do gás natural em metanol, em Moçambique, garantirá um acréscimo de valor ao gás natural enquanto matéria-prima que até agora este não tinha, uma vez que era apenas um bem exportável enquanto tal. Este projecto afigura-se como uma revolução industrial em Moçambique, pois não só introduz o país na curta lista de países com indústria petroquímica, como representará a independência energética do combustível importado que nos custa uma grossa fatia do orçamento geral do Estado.

http://opais.sapo.mz/index.php/economia ... o-gas.html (http://opais.sapo.mz/index.php/economia/38-economia/14417-mocambique-vai-passar-a-produzir-gasolina-a-partir-do-gas.html)
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Junho 07, 2011, 07:52:51 pm
Preços sobem 3,6% até Maio em Moçambique


Moçambique registou um aumento geral de preços na ordem dos 3,6%, de Janeiro a Maio, segundo anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) do país.

Segundo a instituição, a divisão alimentação e bebidas não alcoólicas contribuiu no total da inflação acumulada com aumentos de 1,69%

Outros produtos com impacto na inflação acumulada foram açúcar amarelo, ensino superior público, carvão vegetal, peixe fresco, refrigerado ou congelado, mandioca seca, gasolina e peixe seco, que contribuíram com agravamentos de 1,67 pontos percentuais.

Em Maio, os preços aumentaram 0,53% em relação a Abril e 11,82% relativamente ao período homólogo de 2010, registando-se fortes agravamentos na gasolina (8,5%), petróleo para iluminação (8,3%) e mandioca seca (23,4%).

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Junho 08, 2011, 12:10:49 pm
Gemfields compra minas de rubis no norte de Moçambique


A Gemfields, uma mineira britânica cotada na bolsa de Londres, anunciou hoje a aquisição condicional de 75 por cento de um depósito de rubis no norte de Moçambique, por cerca de 1,7 milhões de euros.

O projeto situa-se em Montepuez, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, e inclui cinco minas cobrindo 34 mil hectares.

O atual concessionário, a empresa moçambicana Mwiriti Limitada, apenas explora uma pequena parcela e pretende incrementar as operações.

«Os atuais proprietários procuraram um parceiro profissional experiente e transparente para os apoiar no desenvolvimento do projeto», disse Ian Harebottle diretor da Gemfields.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Junho 13, 2011, 01:06:07 pm
Grupo Indiano Essar vai construir terminal no porto da Beira


O grupo indiano Essar Global anunciou a construção de um terminal de minério de ferro com uma capacidade de 20 milhões de toneladas por ano, no porto da Beira, centro de Moçambique. O terminal será servido por uma conduta, que deverá ultrapassar a mais longa do mundo, também da Essar Global, com 396 quilómetros, no Brasil, para enviar para o exterior o minério de ferro produzido em Mwanesi e Ripple Creek, no Zimbabué.

O anúncio foi feito por Firdhose Coovadia, director para África e Médio Oriente do grupo Essar, durante uma conferência do sector no fim-de-semana na Cidade do Cabo, África do Sul.

O grupo indiano, com uma actividade global, detém 54% do Ziscosteel, o gigante siderúrgico do Zimbabué mas com uma actividade muito baixa, e 80% na Buchwa Iron Mining Company, proprietária dos maiores depósitos conhecidos de minério de ferro no país.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Junho 17, 2011, 10:45:13 pm
Nestlé investe 21,2 Milhões de €€ numa fábrica em Sofala


A multinacional suíça Nestlé anunciou hoje a construção de uma fábrica de produção de alimentos na província de Sofala, centro de Moçambique, num investimento de 30 milhões de dólares (cerca de 21,2 milhões de euros). A fábrica será montada ainda este ano no município do Dondo, a cerca de 30 quilómetros da Beira, capital provincial, anunciou Diogo Vitória, director da Nestlé Moçambique Lda. O responsável adiantou que a fábrica deve começar a operar em 2012.

Aquele responsável, citado pelo Notícias de Maputo, adiantou que ali serão produzidos caldos de cozinha, leite, café e outro tipo de produtos alimentares, e prometeu benefícios para a agricultura local.

"Teremos maior flexibilidade de adaptar a oferta dos nossos produtos e embalagens às necessidades dos nossos consumidores e aos agricultores da zona que poderão ser os nossos fornecedores", disse Vitória, acrescentando que o mercado potencial é o interno e o dos países da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral).

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Junho 20, 2011, 08:48:51 pm
Electricidade de Moçambique liga prejuízo a roubos e sabotagem


A Electricidade de Moçambique (EDM) teve prejuízos de mais de 50 milhões de meticais (1,2 milhões de euros) no ano passado, devido à sabotagem nas suas infra-estruturas e roubo de energia, divulgou a empresa pública. O roubo de energia consiste em ligações clandestinas por pessoas sem contrato com a empresa, enquanto que os cabos metálicos roubados alimentam técnicos da reparação de utensílios domésticos e a indústria da sucata.

Paulo Fernandes, administrador da EDM, disse, durante uma reunião da empresa, que nos primeiros cinco meses deste ano os prejuízos causados à empresa por actos de sabotagem e roubo de energia ultrapassaram 358 mil meticais (cerca de nove mil euros).

"Perante este cenário de sabotagem e roubo, a empresa criou um órgão, a Direcção de Eficiência Energética, que entre outras actividades, tem vindo a desenvolver estratégias de prevenção e combate ao vandalismo de forma a travar este mal", disse Paulo Fernandes.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Junho 30, 2011, 08:42:51 pm
Vale quer aumentar em 75% produção de carvão em Moçambique


A mineira brasileira Vale anunciou que quer produzir este ano um milhão e meio de toneladas de carvão na sua mina em Moatize, centro de Moçambique, previsão que aumenta em 75% as anteriores projecções.

Anteriormente, a empresa que explora uma das principais jazidas na província de Tete, onde se julga estarem as maiores reservas de carvão do mundo, tinha previsto produzir 850 mil toneladas em 2011.

A empresa planeava iniciar as exportações de carvão em Julho, mas problemas com a linha ferroviária do Sena, que liga Moatize ao porto da Beira, adiaram o processo para Outubro.

Este ano a Vale espera investir cerca de 292 milhões de euros no seu projecto de Moatize, onde estão instaladas 36 mineiras, todas elas enfrentando o mesmo problema de fazer chegar a produção a um porto do oceano Índico.

Mesmo com a linha do Sena em funcionamento regular, a sua capacidade de transporte não ultrapassa os 12 milhões de toneladas de carvão por ano.

Quando todas as minas estiverem em funcionamento, espera-se uma produção anual de carvão superior a 80 milhões, pelo que a Vale projecta uma linha de 900 quilómetros até ao porto de Nacala, no norte. Outras empresas, como a australiana Riversdale, encaram o envio do minério por barcaças, descendo o rio Zambeze até à Beira.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Luso-Efe em Julho 10, 2011, 12:27:58 am
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Moçambique: Governo quer dinamizar produção mineira.A descoberta de novas jazidas e a abertura de projectos de mineração multiplicam-se como se tratassem de cogumelos depois da chuva.

Em Moçambique, a descoberta de novas jazidas e a abertura de projectos de mineração multiplicam-se como se tratassem de cogumelos depois da chuva. O governo de Maputo quer disciplinar o funcionamento, propondo uma nova lei para regulamentar o sector mineiro e está em curso a revisão da actual Lei de Minas.Numa iniciativa que visa introduzir melhorias e adequá-la à nova realidade de pesquisa e exploração dos recursos minerais no país.

Na nova versão da lei, cuja proposta já foi submetida a apreciação ao nível de vários fóruns de debate, a ideia central é reduzir o período de validade do início da exploração mineira das empresas licenciadas e tributar a transmissão de licenças entre empresas nacionais e estrangeiras feita no exterior.

Esta revisão enquadra-se nos objectivos do Ministério do dos Recursos Minerais,que é de fazer deste sector,um dos que mais contribuem para a economia nacional.A revisão em curso ocorre numa altura em que a economia de Moçambique entrou na fase dos recursos mineirais, que se mostram como a força motriz para o seu desenvolvimento.

O carvão, principal recurso da actualidade, reuniu esta semana em Maputo, investidores de todo o mundo, numa conferência que as autoridades nacionais anunciam ter sido de grande sucesso.

A bacia de Moatize, na província central de Tete é a principal jazida em operação em Moçambique,país que conta com reservas estimadas e 23 mil milhões de toneladas.

Num país em que os jazigos se descobrem a cada dia,o director nacional de Minas,Eduardo Alexandre, anunciou,esta semana,novas descobertas, na chamada Bacia de Maniamba,na Província do Niassa,no Norte do país.

Ainda não se conhece a quantidade de reservas disponíveis,havendo estudos em curso que,dentro de dois anos,vão trazer dados mais concretos, revelou o governo.

http://www.voanews.com/portuguese/news/ ... 64614.html (http://www.voanews.com/portuguese/news/Mozambique_O7_07_2011_Voanews-125164614.html)
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Luso-Efe em Julho 10, 2011, 12:33:42 am
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Empresários brasileiros querem investir mais de 67 ME em fábricas de Moçambique.

Um grupo de empresários brasileiros vai visitar Moçambique, em duas semanas, para estudar a instalação de fábricas de embalagens e sumos, avaliadas em pouco mais de 67 milhões de euros, anunciou hoje o ministro moçambicano da Indústria e Comércio, Armando Inronga.

O ministro afirmou que os empresários brasileiros estão dispostos a investir no mínimo 16 milhões de euros na instalação de uma fábrica de grandes embalagens sem tampa e 14 milhões de euros numa unidade fabril de embalagens pequenas.

A instalação destas fábricas, projectadas para Maputo, vai permitir a montagem de uma unidade de produção de sumos na província de Inhambane, adiantou o ministro moçambicano da Indústria e Comércio.

http://www.dn.pt/inicio/economia/interi ... iro%20Vivo (http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1900390&seccao=Dinheiro%20Vivo)
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Julho 22, 2011, 05:33:34 pm
1ª produção de biofuel vendida à Lufthansa


A empresa Sun Biofuels Moçambique exportou a sua primeira produção de biocombustíveis, vendendo à companhia aérea alemã Lufthansa 30 toneladas de óleo de jatropha, disse hoje à Lusa o diretor da empresa, Luís Gouveia.

Segundo Luís Gouveia, a Lufthansa fez uma encomenda de óleo produzido a partir da jatropha pela Sun Biofuels Moçambique, na província de Manica, centro de Moçambique, para os ensaios que está a realizar visando a utilização deste tipo de combustíveis nos seus aviões.

«Numa visita recente ao nosso projeto, o vice-presidente da Lufthansa considerou o óleo produzido na nossa unidade de alta qualidade», afirmou Luís Gouveia.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 02, 2011, 01:30:42 pm
Beira volta receber navios de grande calado


Navios de calado superior a 60 mil toneladas brutas já podem voltar a atracar no Porto da Beira, em Moçambique, uma infraestrutura com reconhecida importância histórica para todo o corredor ferroviário do Zambeze. Segundo a imprensa local, o novo porto da Beira beneficiou de obras de dragagem que custaram 43 milhões de dólares, voltando a estar operacional para navios de grande calado.

A atracagem no porto esteve suspensa durante 28 anos em consequência do assoreamento do canal de acesso ao mesmo.

Os trabalhos de reabilitação foram financiados pelo governo de Moçambique, via Banco Europeu de Investimentos, pela Holanda, com base no Fundo ORET, por recursos próprios da empresa Portos e Caminho de Ferro de Moçambique (CFM) e realizados pela empresa holandesa Van Oord Dredging and Marine Contractors.

Com a realização do projeto de dragagem, numa extensão de 27,5 quilómetros, foi possível restabelecer as profundidades de 11 metros e largura de 230, que correspondem às dimensões projetadas para o canal de acesso ao porto da Beira.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 04, 2011, 06:25:45 pm
Moçambique apreende 7,5 mil toneladas minerais em 18 meses


As autoridades moçambicanas apreenderam cerca de 7,5 mil toneladas de minerais nos últimos 18 meses, devido à violação da lei de minas do país, segundo a ministra moçambicana dos Recursos Minerais, Esperança Bias. Falando no 26.º Conselho Coordenador do Ministério dos Recursos Minerais, Esperança Bias afirmou ainda que no mesmo período, de Janeiro de 2010 a Junho deste ano, foram aplicadas multas por incumprimento das normas que regem a actividade mineira em Moçambique.

A governante referiu que a sua instituição tem intensificado a inspecção e fiscalização para combater a actividade mineira ilegal e o tráfico de produtos mineiros. "No âmbito das acções de controlo, com destaque para a actividade mineira de pequena escala e artesanal, esforços têm sido desenvolvidos para o combate a actividade mineira ilegal e o tráfico de produtos mineiros", sublinhou Esperança Bias.

Segundo a ministra moçambicana dos Recursos Minerais, travar a degradação ambiental provocada pela exploração mineira é outra das preocupações das autoridades do sector. Por outro lado, o Governo moçambicano continua empenhado em garantir que a exploração mineira contribua para o desenvolvimento económico e social do país, concedendo licenças a investidores interessados em dinamizar a actividade, realçou Esperança Bias. Nessa perspectiva, estão em curso pesquisas de areias pesadas nos distritos de Jangamo, província de Inhambane, e Xai-Xai, província de Gaza, ambas no sul de Moçambique, enquanto no distrito de Moma, província de Nampula, norte, está a ser aumentada a capacidade de produção de ilmenite, das actuais 800 mil toneladas para 1,2 milhões por ano, até 2012.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 12, 2011, 07:12:24 pm
Moçambique denuncia crime organizado nas madeiras


As Alfândegas de Moçambique dizem ter confirmado ilegalidades na exportação de madeira de primeira classe para a China. O anúncio foi feito sob especiais medidas de segurança devido ao temor de represálias do crime organizado.

O site da Voz da América/VOA noticia que estão envolvidas oito empresas, moçambicanas e chinesas. O anúncio foi feito em conferência de imprensa rodeada de alguns cuidados pelos responsáveis das Alfândegas de Moçambique. Foi solicitado aos operadores de câmara de televisão e fotógrafos que ofuscassem a imagem do oficial das Alfândegas que apresentou o relatório preliminar do processo de investigação do assunto. Apenas ficou registada a sua voz.

Aquele oficial disse aos jornalistas que se «confirmam, no total, 561 contentores, propriedade das empresas Casa Bonita International, Yizhou, Mozambique Trading, Zhen Long International, Tong Fa, Lda, Senyu Lda Chanate Lda e Verdura, todas com registo fiscal nas áreas de Nampula e Nacala».

Segundo a VOA, a madeira estava a embarcar para a China em três navios, designadamente, Latour Cota, Nilam e Barrier, e ficou confirmada a tentativa de exportação pelas empresas Casa Bonita International, Chanate Lda, Tong Fa Lda e Senyu Lda.

O oficial da Alfândegas de Moçambique revelou que foram prestadas declarações nos despachos de exportações das empresas Zen Long International e Yizhou - foi declarada madeira de espécie pau-rosa em lugar de madeira em toros das espécies pau-preto e sândalo. É a primeira vez em Moçambique em que um oficial das Alfândegas ou autoridade do Estado aparece publicamente a dar notícia com este nível de impacto, mas com ordens para lhe ser ofuscada a cara.

As Alfândegas justificaram a medida por questões de segurança, já que no ano passado um oficial da mesma instituição foi assassinado, logo depois de anunciar, também em conferência de imprensa, um esquema de roubo de carros.

Para alguns analistas, ainda segundo a notícia da VOA, este é o sinal de que o Estado moçambicano tem medo do crime organizado. A exportação ilegal da madeira para China é assunto muito antigo em Moçambique, mas os nomes e rostos dos empresários são desconhecidos.

O anúncio de novos desenvolvimentos do caso da madeira de Nacala acontece numa altura em que o presidente Armando Guebuza está em visita oficial na China, procurando investimentos para projectos de desenvolvimento do país.

SOL
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 16, 2011, 02:26:09 pm
Moçambique procura investidores para refinarias de petróleo


O Governo moçambicano está a tentar angariar investidores para a construção de refinarias de petróleo no país, depois de terem falhado projetos anteriores no setor, devido à crise económica e financeira internacional, indicou o ministro moçambicano da Energia.

Falando aos jornalistas na segunda-feira à margem do VII Conselho Coordenador do Ministério da Energia, Salvador Namburete afirmou que a construção de refinarias ajudaria o país a reduzir os encargos financeiros da importação de combustíveis, que ascendem a 500 milhões de euros.

«Uma refinaria em Moçambique é um desejo e é um projeto que, a realizar-se, traria mais-valia para o país. Infelizmente, as campanhas e promoções que temos vindo a fazer ainda não nos permitiram avançar, portanto, ainda não há acordos com investidores para avançar», disse Salvador Namburete.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 18, 2011, 05:23:29 pm
Portugal será o maior expositor da Feira Internacional Maputo


Portugal será, como nas anteriores edições, o maior expositor da Feira Internacional de Maputo (FACIM), com 1.600 metros quadrados de área de exposição, de um total de 17 países que confirmaram presença no certame, informou hoje a organização.

A FACIM, o maior evento do género no país, terá, pela primeira vez, lugar no distrito de Marracuene, a cerca de 20 quilómetros de Maputo, na sequência da transferência das anteriores instalações, na marginal da capital moçambicana, vendidas a uma sociedade imobiliária.

Para acolher a feira, que vai decorrer de 29 de Agosto a 4 de Setembro, o governo moçambicano, gestor da FACIM, importou tendas e pilares de alumínio da China que sustentam os cinco pavilhões principais, onde serão colocadas as amostras dos produtos, estando em curso trabalhos de edificação de infra-estruturas de energia, água e comunicações.

Em conferência de imprensa no local, o presidente do Instituto de Promoção de Exportações de Moçambique, (IPEX), João Macaringue, afirmou que 17 países já confirmaram a sua participação no certame, superando o cepticismo inicial gerado pela transferência do local e pelo ritmo das obras.

Dos 17 países, Portugal terá a maior participação, expondo numa área de 1.600 metros quadrados, adiantou João Macaringue.

Segundo o presidente do IPEX, estão inscritas um total de 1.078 empresas nacionais e 600 estrangeiras .

"O cepticismo inicial foi largamente ultrapassado, as dúvidas sobre a realização da feira foram dissipadas e vamos alcançar os 60 mil ingressos que registámos no ano passado", enfatizou João Macaringue.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 29, 2011, 07:08:15 pm
Presidente de Moçambique desafia empresários a inovar


O presidente moçambicano, Armando Emílio Guebuza, desafiou hoje o empresariado do país a inovar, como um contributo para aumentar e melhorar a produtividade e a qualidade dos produtos nacionais.

"Deve haver uma maior ligação entre a nossa empresa e a nossa universidade. Será deste modo e através da produção, partilha e aplicação do conhecimento que empresas que hoje se consideram pequenas ou produtores que sonham apenas com subsistência podem ascender a altos padrões de produtividade", disse Guebuza, intervindo na inauguração da 47ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM).

"Os nossos empresários devem responder ao desafio da inovação com o seu sentido de auto-estima, acreditando em si e na capacidade dos seus trabalhadores para catapultarem as suas empresas para o estatuto de atores da economia nacional e global de crescente relevo", acrescentou o presidente moçambicano.

Pela primeira vez em 47 anos, a FACIM realiza-se fora de Maputo, com a transferência para um local a 30 quilómetros a norte da capital moçambicana, no distrito de Marracuene.

Hoje, na inauguração da FACIM, Guebuza descerrou uma lápide em homenagem a N'wamatibiana, guerreiro moçambicano que, em 2 de Fevereiro de 1895, terá reagrupado as suas forças no actual recinto da Feira nas suas investidas contra a dominação colonial portuguesa.

Portugal detém o maior pavilhão estrangeiro, com 1600 metros quadrados e 63 empresas, entre os 18 países presentes na FACIM, a mais importante feira empresarial moçambicana.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 31, 2011, 06:38:37 pm
Nippon Steel começa produzir carvão em 2014


A japonesa Nippon Steel Corporation, quarta maior siderúrgica do mundo, anunciou hoje que o seu projecto de produção de carvão de coque de Revuboé, em Tete, centro de Moçambique, arrancará em 2014, devendo montar infra-estruturas necessárias durante 2012.
Na fase de pico, a Nippon Steel prevê produzir cinco milhões de toneladas de carvão por ano.

Citado pela Reuters, o director de matérias-primas da empresa e sector de compras de máquinas da Nippon Steel, Shinichi Fujiwara, disse que o objectivo da empresa é diversificar as suas fontes de mercadoria siderúrgica.

"Precisamos considerar o risco geográfico e também o risco de uma maior concorrência de compradores indianos e chineses, apesar de Queensland (Austrália) continuar a ser a base do nosso abastecimento de carvão", acrescentou.

A empresa de produção de aço Nippon Steel tem uma parceria com o grupo australiano Talbot e da Coreia do Sul POSCO no projecto de produção de carvão coque Revuboé.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 31, 2011, 08:05:56 pm
Empresa chinesa Sogecoa investe 14 Milhões de €€€ na pesquisa de ouro


A empresa chinesa Sogecoa está a investir cerca de 14 milhões de euros na pesquisa de ouro na Gorongosa, centro de Moçambique, anunciou hoje o governador da província de Sofala. "Dependendo das quantidades de ouro identificadas nos jazigos poderá investir-se na construção da planta de processamento deste mineral", disse Carvalho Muária, referindo que a prospecção começou há dois meses e deve estar concluída até final do ano.

Muária falava num seminário sobre a província de Sofala que hoje decorreu na FACIM, a Feira Internacional de Maputo que se realiza nos arredores da capital moçambicana até ao próximo domingo.

Segundo adiantou, o contrato celebrado com a Sogecoa prevê que, no caso de descoberta de ouro em quantidades comerciais, os actuais garimpeiros serão recrutados para trabalhar na nova fábrica.

Até agora, a Sogecoa, propriedade de dois empresários chineses, tinha-se destacado no sector da construção civil, com a renovação do hotel Polana e a construção das sedes do Banco ProCredit e do Centro de Promoção de Investimentos, obras realizadas em Maputo.

No final do último ano, a empresa pediu e obteve licenças para prospecção do ouro em Chifunde, província de Tete, e na Gorongosa, Sofala.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 21, 2011, 07:00:52 pm
HP entra em Moçambique até ao final do ano


Moçambique integra a lista dos dez mercados emergentes em África onde a multinacional norte-americana de informática Hewlett-Packard (HP) pretende expandir operações até final do ano, para "apoiar o desenvolvimento de uma forte indústria de tecnologias de informação".

Este mês, a multinacional anunciou o início de operações em Angola, Botswana, Congo, Gana, Tanzânia e Uganda, devendo abrir escritórios em Moçambique, Etiópia e Maurícias, até ao final deste ano. A empresa já indicou um novo gestor para dirigir as suas operações em cada um dos países, garante a empresa em nota.

A HP sublinha que a estratégia visa acelerar o crescimento nos mercados mundiais em rápida expansão, com a criação de estratégias de mercado especializadas e soluções tecnológicas.

A multinacional pretende ainda estabelecer relações com novos clientes, parceiros e sector público, satisfazendo as necessidades específicas dos mercados em franco desenvolvimento.

"A expansão da HP em África vai apoiar o desenvolvimento de uma forte indústria de tecnologias de informação, que irá sustentar o crescimento económico sustentável, ajudando a criar emprego, estabilidade e oportunidades de mudança de vida no Continente", disse o vice-presidente da HP para o Crescimento dos Mercados, Brian Humphries.

Segundo o responsável, os diversos produtos e sistemas da HP tornam o grupo "num líder de provedores de tecnologias de informação em África e um importante contribuinte para o crescimento da região".

Os novos escritórios da HP a serem abertos no continente africano juntam-se aos que já existem na África do Sul, Argélia, Egipto, Marrocos, Nigéria, Quénia e Tunísia. A companhia começou as suas operações no continente africano em 1994.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 21, 2011, 07:45:19 pm
ENI descobre 'gigante' campo de gás em Moçambique


O grupo italiano ENI anunciou ontem ter descoberto um «gigante» campo de gás ao largo de Moçambique, a «maior jamais efectuada» pelo grupo como operador. A zona Mamba Sul, onde foi efectuada esta descoberta através da perfuração do poço Mamba Sul 1, pode conter "um potencial de 425 biliões de metros cúbicos" de gás, acrescentou a ENI num comunicado.

A perfuração deste poço foi realizada a uma profundidade de água de 1.585 metros a aproximadamente 40 km da província de Cabo Delgado no norte de Moçambique, adiantou a ENI.

«Os resultados obtidos (...) superaram as expectativas» e indicam que esta zona é «uma nova província do gás de importância mundial», segundo o grupo italiano.

Os trabalhos de exploração irão continuar com a perfuração de um segundo poço, Mamba Norte 1.

Esta descoberta de gás conduzirá ao «desenvolvimento em grande escala por meio de exportações para os mercados regionais e internacionais» do gás, que também será utilizado no mercado interno, o que «apoiará o crescimento industrial e económico do país», considerou a ENI.

A ENI é a operadora do bloco 4 de exploração marítima de Moçambique, onde se encontra a zona Mamba Sul, com uma parte de 70%. Os seus parceiros são o grupo português Galp (10%), o coreano Kogas (10%) e o moçambicano ENH (10%).

SOL
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 03, 2011, 08:33:15 pm
SABMiller vai produzir cerveja de mandioca em Moçambique


A SABMiller anunciou que irá começar a produzir na sua fábrica de Nampula, no norte de Moçambique, uma cerveja de mandioca destinada aos consumidores rurais. "O que vamos tentar fazer é, comercializando-a a 75% do preço da cerveja convencional, atrair consumidores com baixos rendimentos, residentes no mundo rural, que tendem a beber produtos ilícitos ou artesanais", disse em Joanesburgo, no acto de lançamento do produto, o director-executivo da SABMiller Africa, Mark Nowman.

A cerveja de mandioca (ou de cassava, como também é conhecida), com a marca "Impala", será produzida pela Cervejas de Moçambique, uma filial da SABMiller, na sua unidade de Nampula e será vendida ao preço de 25 meticais (cerca de 93 cêntimos do dólar) por garrafa de 550 mililitros, revelou aquele responsável.

A SABMiller descreve a "Impala" como "uma cerveja de cor amarelo-pálido, com gosto semelhante à das duas marcas da empresa mais conhecidas em Moçambique, a Laurentina e a 2M".

Bowman salientou que, em todo o continente, a sua empresa está a tentar penetrar no meio rural com produtos mais tradicionais do que a "normal" cerveja de cevada e que estejam ao alcance dos consumidores "com aspirações, mas com menos poder de compra" do que aqueles residentes nas zonas urbanas. No Uganda, por exemplo, a SABMiller está a produzir e a comercializar a "Eagle", uma cerveja de sorgo, semelhante à produzida artesanalmente no meio rural daquele país, e que já é o produto mais vendido da empresa no país.

A mandioca, ou cassava, é uma raiz oriunda das Américas que tem uma importância significativa na alimentação das populações rurais africanas. No entanto, o seu elevado conteúdo de água torna-a difícil de transportar e armazenar.

Para dar a volta a este problema, refere a SABMiller, a empresa começou a levar os equipamentos e meios de produção, uma unidade móvel de processamento da mandioca patrocinada pela empresa holandesa para o desenvolvimento da agricultura e comércio, até aos agricultores.

A equipa leva, a reboque, a unidade móvel até aos locais de produção da mandioca e ali desenvolve o processo de extracção da água, deixando a mandioca pronta para fermentação, explicou Graham McKay, o director de operações da empresa cervejeira.

McKay disse que com esta iniciativa foram criados 1.500 postos de trabalho, entre agricultores de pequena escala e famílias em Moçambique.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 14, 2011, 07:48:16 pm
ENI planeia investir 36 mil milhões de €€€ no gás de Moçambique


O grupo italiano ENI, pretende investir cerca de 36 mil milhões de euros no desenvolvimento do gás natural em Moçambique, após a recente descoberta de gigantescas reservas no norte do país. O presidente do grupo italiano ENI, Paolo Scaroni, falando na sexta-feira em Milão, disse que o objectivo do investimento é exportar o gás natural para mercados asiáticos e referiu que está a ser ponderada a construção de diversas unidades de condensação do gás natural.

O grupo italiano ENI informou estar a projectar a construção de duas ou três unidades de liquefacção em Moçambique, onde trabalharão 40 mil pessoas, e que o primeiro gás natural podia ser liquefeito em 2016, mas disse ser cedo para avançar com datas e valores.

"Ainda estamos a fazer mais furos", disse Paolo Scaroni.

O presidente da ENI adiantou ter sido recebido na quinta-feira, em Maputo, pelo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, tendo informado da necessidade de construir uma localidade perto do local da descoberta do gás.

"Temos que construir uma nova localidade e discutimos a localização" com o Presidente moçambicano, disse Scaroni.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 24, 2011, 06:55:48 pm
Moçambique lança projecto energético avaliado em 1.300 Milhões de €€€


O presidente moçambicano, Armando Guebuza, lançou hoje em Maputo a primeira fase do Projecto da Linha de Transporte de Energia Tete-Maputo, para a construção da maior linha de energia do país, orçada em 1,3 mil milhões de euros.

O empreendimento hoje lançado será financiado por fundos públicos do Estado moçambicano, pela Noruega e França e pelo Banco de Investimento Europeu.

O projecto preconiza a construção de uma linha de 1.400 quilómetros de longa e alta voltagem, para o transporte de energia eléctrica a partir da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), na província de Tete, centro de Moçambique, e de Mpanda Nkuwa, que será construída na mesma província.

A infra-estrutura, cuja entrada em funcionamento está prevista para 2016, vai integrar a rede de produção, transmissão e distribuição de energia entre o centro e o sul do país, acabando com a dependência energética em relação à África do Sul, para onde é enviada a energia da HCB, antes de ser utilizada em Moçambique.

No lançamento do empreendimento, o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, afirmou que a linha Maputo-Tete será importante para projectos de industrialização do país e permitirá a geração de excedentes energéticos para serem exportados para os países da África Austral. "Este projecto vai quebrar o ciclo de ausência de investimentos de uso intensivo de energia por não haver energia e de não haver energia por falta de consumidores intensivos ou consumidores âncora em Moçambique", sublinhou Armando Guebuza.

A linha, afirmou ainda o chefe de Estado moçambicano, vai garantir a viabilização de novos projectos no sector energético e a expansão do fornecimento de energia a mais comunidades do país.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 24, 2011, 07:17:40 pm
Área cultivada em Moçambique aumenta 47% em 10 anos


A área cultivada em Moçambique no ano agrícola 2009-2010 ocupou 5.5 milhões de hectares, um aumento de 47% em relação à década anterior, segundo dados do censo agrícola e de pecuária do Instituto Nacional de Estatística de Moçambique (INE).

O presidente do INE, João Loureiro, disse que existem no país 3.824.585 fazendas, mais 25% em relação às 3.064.715 encontradas no primeiro censo agrícola. Do total de fazendas agora apurado, 99,6% cobrem menos de 10 hectares, e 72% menos dois hectares.

Segundo o censo do INE, 57% da área cultivada no país é ocupada por alimentos básicos, como arroz, sorgo, milho, amendoim e vários tipos de feijão. Embora a mandioca seja um alimento básico na maior parte do campo e cultivada em mais de um milhão de hectares, não é considerada " cultura alimentar básica".

Das 3.824.585 fazendas existentes no país, 1.300.000 possuem um total de 38,2 milhões de cajueiros. As pequenas explorações próprias têm, em média, 27,4 cajueiros, mas as 172 grandes fazendas que cultivam castanha de caju têm uma média de 872 árvores cada. Há dez anos, o primeiro censo agrícola encontrou 53.860.000 cajueiros, o que significa uma quebra de 29%, o que poderá indicar que as árvores de caju de Moçambique estão a morrer e não são substituídos em número suficiente.

O número de gado aumentou de 722.189 animais há uma década para os actuais 1,277 milhões, e existem 205.612 fazendas com uma média de 6,2 cabeças de gado.

A pesquisa do INE mostrou que para 42,2% das famílias rurais os campos não produzem o suficiente para as suas necessidades alimentares. Este número subiu para 65,7% na província de Gaza, sul do país, e para 51,9% em Inhambane, ambas no sul. Estas são as duas províncias com uma longa história de migração de trabalhadores para as minas da África do Sul.

Na província fértil e populosa de Nampula, norte do país, 50,8% dos domicílios tinham experimentado a escassez de alimentos.

Na maioria dos casos 51,3% das famílias que tiveram escassez de alimentos culparam a falta de chuva para a quebra de safra, mas 9,1% disseram que passavam fome porque não têm terras suficientes para cultivar.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 15, 2011, 12:38:11 am
Petrobras e Petromoc vão produzir etanol em Moçambique


As empresas Petrobras, a Petrobras Biocombustível, a Guarani e a Petróleos de Moçambique (Petromoc) assinaram hoje, em Maputo, um protocolo de intenções para estudar a possibilidade de produzir e comercializar etanol no país africano.
Em Moçambique, a Petrobras Biocombustível e a Guarani já são sócias na Companhia de Sena, com capacidade de moagem de 1,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

Com o acordo assinado hoje, as companhias vão avaliar a viabilidade de utilizar a unidade para produzir também o combustível renovável. A expectativa é atender ao mercado que deverá surgir em Moçambique com a introdução da mistura obrigatória de 10 por cento de etanol na gasolina.

"Essa medida terá impactos positivos na redução da dependência de Moçambique por combustíveis importados, contribuindo para garantir segurança energética no país", avaliou a Petrobras, em comunicado.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 17, 2012, 07:42:08 pm
Moçambique quer construir linha de electricidade ligando o centro e o norte


O governo moçambicano pretende construir uma nova linha de transmissão de energia elétrica ligando as regiões centro e norte do país, para satisfazer as exigências dos novos projetos de exploração de recursos minerais.O diretor nacional de Energia de Moçambique, Pascoal Bacela, disse que o governo aguarda os resultados do estudo de viabilidade para decidir sobre a construção da nova linha, que deverá seguir o trajeto Caia-Nampula-Nacala, no centro e norte.

A outra alternativa poderá ser a rota Tete-Nampula-Nacala, assinalou Pascoal Bacela, citado pelo jornal Notícias.

As autoridades estão igualmente a levar a cabo um projeto de energia elétrica, que ligará a região norte de Moçambique ao Malawi e à rede elétrica da África austral.

"A nossa felicidade como país é podermos contar com elevado potencial hidroelétrico e recursos como o carvão e hidrocarbonetos e o gás natural, que nos permitem também a produção de energia, para além das energias renováveis. Isto oferece ao país melhores condições para a existência de um sector de energia que pode responder de forma segura, eficaz e duradoura às exigências do desenvolvimento económico e social", disse Pascoal Bacela.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Junho 09, 2012, 01:18:09 am
FMI quer «transparência» nas concessões de minérios em Moçambique


O Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu a "publicação e transparência" dos contratos assinados pelo governo moçambicano e empresas ligadas à indústria extrativa em Moçambique, apelando às autoridades de Maputo a elaborarem contratos-padrão que obedeçam a normas internacionais.Falando aos jornalistas no final de uma palestra intitulada "Perspetivas Económicas Regionais para África Subsariana", o representante do FMI em Moçambique, Victor Lledó, reconheceu que "os contratos têm coisas de natureza competitiva que, em princípio é desvantajoso a empresa publicar, mas do ponto de vista dos termos fiscais estes contratos devem ser publicados".

"Dentro dos seus guiões de transparências uma das nossas propostas claras é que os contratos devem ser publicados", afirmou Victor Lledó, sublinhando que o FMI é de opinião de que "os próximos contratos sejam contratos modelos", observando princípios internacionais.

Um estudo recente do Centro de Integridade Pública sobre a indústria mineira em Moçambique denunciou que "todos os contratos são secretos, não se sabendo que direitos e obrigações cabem às empresas ou ao Estado" moçambicano.

"O nosso aconselhamento tem sido de que na sua grande maioria os contratos devem ser contratos modelos, em que as especificidades de taxação, regime fiscal e concessões devem estar todas fora do contrato, devem estar no regime fiscal", disse, no entanto, Victor Lledó quando questionado sobre o posicionamento do FMI com relação ao assunto. "É este aconselhamento que continuamos a dar o governo para que os próximos contratos sejam contratos modelos", garantiu.

No entanto, Victor Lledó lembrou que "já existem contratos modelos usados no setor do gás", pelo que a sugestão do FMI ao governo moçambicano é que "cada vez mais os contratos sejam padrões e os termos sejam fora dos contratos e, naturalmente, como sendo parte de leis, sejam públicos".

De acordo com o relatório do FMI sobre perspetivas económicas para África Subsariana, o crescimento económico de Moçambique "continuará bastante robusto, mas desacelerará um pouco relativamente a 2011".

Em declarações aos jornalistas, Victor Lledó disse que, para 2011, as estimativas DO FMI são de crescimento do Produto Interno Bruto de Moçambique, que deverá situar-se em torno de sete por cento, mas para o presente ano, a previsão daquela instituição financeira mundial é de que o crescimento do PIB esteja em torno de 6,7 por cento, "em parte refletindo o agravamento da crise económica global".

Mas, assinalou o representante do FMI, "de uma certa forma", Moçambique terá um crescimento "bastante elevado se comparado aos seus pares na Africa subsaariana".

"Para 2013 a perspetiva é que haja uma recuperação do crescimento para a casa de 7,2%, com o crescimento do PIB mantendo-se em torno de 7,8% no médio prazo", concluiu.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 07, 2013, 04:53:05 pm
Moçambique confiante num acordo com a Rio Tinto


A ministra dos Recursos Minerais moçambicana, Esperança Bias, mostrou-se confiante numa solução que viabilize as exportações da multinacional Rio Tinto, que registou prejuízos de mais de dois mil milhões de euros, devido a dificuldades de escoamento de carvão.

A Rio Tinto demitiu em janeiro o seu diretor-executivo, Tom Albanese, na sequência dos prejuízos acumulados pela companhia anglo-australiana nas suas operações em Moçambique.
 
À margem de uma conferência internacional na cidade do Cabo, África do Sul, a ministra dos Recursos Minerais moçambicana desdramatizou notícias que apontam para a possibilidade de a mineira anglo-australiana vender os seus ativos em Moçambique, devido a dificuldades de escoar a produção de carvão.
 
"Naturalmente que estamos preocupados. Mas se se olhar para os problemas enfrentados pela Rio Tinto, eles não são problemas exclusivamente de Moçambique. Moçambique foi apenas parte do problema e nós acreditamos que podemos encontrar uma solução", afirmou Esperança Bias.
 
Minimizando rumores de uma possível retirada da Rio Tinto de Moçambique, a governante adiantou que a empresa tem mostrado abertura no sentido de encontrar uma solução para as dificuldades que enfrenta em Moçambique.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 13, 2013, 01:50:26 pm
Rússia perdoa 144 milhões de dólares a Moçambique


A Rússia anunciou hoje que vai perdoar uma dívida a Moçambique no valor de 144 milhões de dólares (108 milhões de euros), cujo montante será utilizado no reforço da cooperação bilateral, sobretudo nas áreas da defesa, agricultura, prospeção geológica e formação.

O anúncio foi feito pelo ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, após um encontro em Maputo com o seu homólogo moçambicano, Oldemiro Balói.
 
Lavrov recordou a forte presença de material originário da União Soviética e da Rússia nas forças armadas moçambicanas para defender uma maior cooperação no domínio militar entre os dois países
 
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, que se encontra numa visita de dois dias a Moçambique, revelou haver interesse de empresas do seu país na concorrida área dos recursos minerais de Moçambique.
 
Esta foi a primeira visita de um MNE da Rússia a Moçambique, após décadas de relações privilegiadas entre a antiga colónia portuguesa e a União Soviética.
 
Os dois países manifestaram agora o desejo de reforçarem as relações bilaterais, após um percurso "altos e baixos", como referiu o chefe da diplomacia moçambicana, Oldemiro Balói.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Março 13, 2013, 08:45:29 pm
"É urgente Moçambique estar no mercado do gás", presidente da Galp Energia


O presidente da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, considerou hoje "urgente" Moçambique entrar no mercado de exportação de Gás Natural Liquefeito (LNG), alertando para o perigo de redução do valor do recurso em caso de atraso. Ao longo da Bacia do Rovuma, norte de Moçambique, decorre uma das maiores pesquisas e prospecções de petróleo, feitas por uma dezena de multinacionais petrolíferas, entre elas a portuguesa Galp Energia, bem como a norte-americana Anadarko, a malaia Petronas (malaia), a canadiana Artumas, a italiana ENI, a norueguesa Norsh Hydro, entre muitas outras.

Moçambique prevê iniciar em 2018 a venda de gás natural descoberto na costa marítima da província de Cabo Delgado, o que poderá contribuir para o Produto Interno Bruto em 13 por cento, contra os atuais 1,7 por cento, dos recursos naturais no geral.

Falando na Conferência Internacional sobre Gás, que hoje arrancou em Maputo, Ferreira de Oliveira disse que "Moçambique tem um papel chave no desenvolvimento desta capacidade de produção imprescindível para o abastecimento de energia no mundo".

Mas, acrescentou, "se Moçambique se atrasar no desenvolvimento dos projectos isso será um estímulo a que outros apareçam", uma vez que "a posição de Moçambique está quase equidistante do mercado Europeu, da América do Sul e do extremo Oriente".

Recentemente, a norte-americana Anadarko Petroleum elevou para o dobro (30 triliões de pés cúbicos de gás natural) as estimativas sobre as reservas de gás em prospecção no norte de Moçambique, afirmando tratar-se de uma das mais importantes descobertas de gás nos últimos dez anos.

"De facto, Moçambique vai desempenhar este papel de arbitragem e de harmonização de valor no mercado do gás", mas "se o quadro regulatório, o contexto operacional for indutor de um progresso lento outros aparecerão e o valor do recurso no mercado, do recurso de Moçambique reduz-se", disse Ferreira de Oliveira.

Por isso, "é urgente Moçambique estar no mercado", disse, sublinhando o papel da Galp Energia, "compradora de gás de LNG, que constrói as suas instalações e faz os seus investimentos no 'downstream', a contar com abastecimento".

"Esse abastecimento tem que ser fiável, contínuo, competitivo e estar pronto nas datas em que se propõe arrancar o projecto", apelou.

O responsável lembrou que "os grandes contratos de LNG são normalmente fechados muito antes de as unidades iniciarem a operação", pelo que "isso traz uma especial responsabilidade para os operadores para que cumpram os prazos e os orçamentos que lhe são atribuídos para que a rentabilidade dos projectos seja sustentável".

Falando na cerimónia de abertura da conferência, o ministro moçambicano da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, disse esperar que "os estudos para a concessão de um megaprojecto de produção de LNG resultem não só no melhoramento da posição da balança comercial do país, mas também na dinamização da economia interna através da contribuição para receitas fiscais e programas de responsabilização social".

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Abril 22, 2013, 01:20:35 pm
Moçambique anuncia construção de porto de águas profundas


O primeiro-ministro moçambicano, Alberto Vaquina, anunciou que o Governo concessionou as obras de construção do porto moçambicano de águas profundas na Ponta de Techobanine, a cerca de 60 quilómetros de Maputo, que deverá estar concluído em 2015.

Alberto Vaquina, que falava durante a 3.ª Conferência Anual do Porto de Maputo, não revelou o nome da entidade que vai executar as obras de construção do porto, projecto avaliado em sete mil milhões de dólares, a serem desembolsados pelos governos de Moçambique e do Botsuana.

"A implantação do porto de Techobanine constitui um desafio ao nosso sector de Educação, particularmente no ensino técnico profissional, que deverá assegurar a formação de quadros para integrar o sector portuário", considerou o governante.

Concebido ainda no período colonial, o projecto do porto de águas profundas de Techobanine foi anunciado em 2010 pelo Governo moçambicano e envolve a construção de uma linha ferroviária, com uma extensão de 1.100 quilómetros, que vai ligar o Botsuana a Moçambique.

Com a construção das duas infra-estruturas, pretende-se criar condições para a exportação de minerais oriundos do Botsuana, devendo os projectos servir também a África do Sul e o Zimbabué.

A ser construído, o porto de Techobanine vai ficar localizado no interior da Reserva Natural de Elefantes de Maputo e da Reserva Especial Marinha da Ponta d´Ouro, facto que tem preocupado alguns ambientalistas.

Na Ponta de Techobanine está localizado um dos oito maiores recifes de corais do mundo.

Recentemente, o consultor internacional de meio ambiente Ian Macdonald considerou a proposta como "louca".

"Já arruinámos vários estuários importantes na Baía de Maputo e em Richards Bay, (Namíbia). Parece não haver fim para a loucura do desenvolvimento", disse Macdonald.

Segundo o consultor ambiental que trabalhou em Moçambique, as propostas originais da década de 1960 e 1990 envolviam a explosão de uma abertura através de recifes de corais e dunas costeiras para formar uma ligação entre o lago Piti e o Oceano Índico, criando-se assim o porto de águas profundas.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Maio 30, 2013, 12:53:48 pm
Potencial de Moçambique atrai cada vez mais investidores


O potencial de Moçambique está a interessar cada vez mais investidores internacionais, a observar pelo número de eventos sobre o país realizados em Londres, afirma a advogada Maria Antónia Cameira.
 
"Só este mês já aconteceram mais dois", disse à agência Lusa, após o final do Seminário Empresarial da Primavera sobre Oportunidades de Investimento em Moçambique, que decorreu na terça e quarta-feira e no qual foi uma das intervenientes.

Segundo esta jurista portuguesa, que também tem escritório na capital britânica, além de advogados, o tema tem interessado outros setores, como a banca, contabilistas e auditores.

"O Brasil revelou-se uma desilusão em termos de crescimento económico (0,6 por cento no primeiro trimestre de 2013) e políticas que estão a preocupar os investidores, enquanto Moçambique tornou-se numa agradável surpresa, com expetativas de crescer oito por cento este ano", vincou.

Esta perspetiva atraiu ao Fórum não só britânicos, mas potenciais investidores de outras nacionalidades, como africanos, asiáticos, brasileiros, franceses ou espanhóis.

Ao longo dos dois dias falaram diplomatas, representantes de bancos e empresas internacionais com negócios em Moçambique ou consultores.

Maria Antónia Cameira disse que o tema da corrupção, apontado por organizações internacionais como um dos principais problemas de Moçambique, foi abordado com maior frontalidade por moçambicanos do que por estrangeiros.

A jurista identificou outros desafios, como "a questão da propriedade da terra, limitada a um máximo de 50 anos, o controlo de capitais, os problemas judiciários e a falta de competitividade das leis laborais.

Mesmo assim, vincou, "Moçambique tem vantagens até relativamente a Angola devido ao sistema político e económico mais estáveis".

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 05, 2013, 06:11:20 pm
Midwest Africa investe 527 milhões de €€ em mina de carvão em Moçambique


A mineradora Midwest Africa anunciou um investimento de 527 milhões de euros para executar o projeto de extração de carvão numa mina a ser aberta na bacia do Zambeze, na província de Tete, no centro de Moçambique.

 A futura mina, que cobre uma área de 16 mil hectares na região de Zóbuè, no norte do distrito de Moatize, deverá abrir após a conclusão de um estudo de pré-viabilidade ambiental.  

Segundo um plano de exploração até 2015, a companhia detentora de licença de prospeção e pesquisa pretende produzir 1,4 mil toneladas de carvão mineral, devendo arrancar com a exportação do carvão mineral e de coque, através dos portos de Nacala, norte, da Beira, no centro, em 2030.  

A Midwest Africa assegurou que vai igualmente construir um porto seco em Moatize e um local de armazenamento de carvão no Porto da Beira.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 06, 2013, 02:16:01 pm
Goodyear quer fazer de Moçambique plataforma para África


O gigante americano de pneus Goodyear considera que Moçambique é uma plataforma estratégica para o seu desenvolvimento em África e prevê expandir a operação em Maputo e na Beira para um terceiro escritório em Tete.

"A curto prazo, o objetivo é melhorar a eficiência e procurar o melhor caminho para distribuir o produto. A longo prazo, pretendemos expandir as operações da Goodyear para capitalizarmos o crescimento de dois dígitos do Produto Interno Bruto do país", disse, em Joanesburgo, Victor Soares, responsável da empresa em Moçambique.  

A Goodyear opera em Moçambique há 25 anos e emprega 78 trabalhadores permanentes.  

A atividade da associada Trentyre arrancou em Maputo em 2000 e, cinco anos depois, expandiu-se para a Beira, segunda maior cidade de Moçambique.  

"Uma terceira sucursal está planeada para os próximos anos para Tete, o centro mineiro de Moçambique, e isto é importante para assegurar uma quota" no mercado mineiro daquela região do centro do país, disse Soares.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 19, 2013, 03:33:12 pm
Área 1: Empresa indiana quer comprar mais 10% do bloco de gás em Moçambique


A empresa indiana ONGC Videsh propôs a compra de 10% dos 36,5% da norte-americana Anadarko Petroleum que pretende vender parte da sua participação no bloco da Área 1 na bacia do Rovuma, em Moçambique.

"Apresentámos uma proposta para a compra dos 10% do grupo Anadarko Petroleum e, desta vez, estamos a concorrer isoladamente, sem a participação da Oil India Ltd. (OIL)", disse o presidente e diretor geral da ONGC Videsh, DK Sarraf, citado pelo jornal indiano The Economic Times.

Recentemente, a ONGC Videsh, empresa do grupo estatal indiano Oil and Natural Gas Corporation (ONGC), e a parceira Oil India Ltd compraram 10% das ações naquele bloco de gás da bacia do Rovuma detida por uma subsidiária do grupo privado indiano Videocon Industries por 2,48 mil milhões de dólares.

O presidente da ONGC Videsh não avançou detalhes sobre a proposta de compra apresentada a Anadarko Petroleum, mas fontes contactadas pelo jornal indiano indicam que o grupo norte-americano está a exigir 2,6 mil milhões de dólares.

"Existem implicações fiscais, pelo que os responsáveis do grupo norte-americano pretendem compensar os impostos que terão de pagar ao Estado moçambicano exigindo um preço mais elevado pela participação que colocaram à venda", disse.

A empresa Anadarko Moçambique Área-1 Limitada, subsidiária do grupo norte-americano Anadarko Petroleum é o maior acionista e operadora do bloco Área 1 na bacia do Rovuma em Moçambique.

Os concessionários da Área 1 são igualmente a estatal moçambicana Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (15%), a Mitsui do Japão (20%), a Videocon Industries e Bharat Petroleum, ambas da Índia com 10% cada, e o grupo estatal PTT da Tailândia (8,5%).

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 22, 2013, 12:40:36 pm
Rio Tinto e Midwest ganham novas concessões no carvão de Moatize


O governo moçambicano vai assinar, em breve, dois acordos de concessão para exploração de carvão mineral em duas localizações da província de Tete, no centro do pais, com a Midwest África e a Rio Tinto Moçambique, segundo avançado na imprensa local.

O acordo com a indiana Midwest prevê a exploração de uma área de 15.840 hectares, no distrito de Moatize, em Tete, num investimento estimado de 1.420 milhões de dólares norte-americanos, durante 25 anos. O Estado moçambicano terá uma participação de 5% no projeto.

Segundo o vice-ministro dos Recursos Mineiras, Abdul Razak, a Midwest prevê escoar cerca de 450 milhões de toneladas de carvão, através das ferrovias de Sena e de Nacala.

Por seu lado, a Rio Tinto terá uma nova concessão de 9,7 mil hectares, na qual a multinacional australiana deverá investir 3300 milhões de dólares.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 02, 2013, 04:03:17 pm
Moçambique prevê iniciar produção de gás natural em 2018


A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), que gere as participações do Estado moçambicano nos recursos minerais, anunciou que "todos os esforços estão a ser feitos" para que a produção de gás em Moçambique arranque em 2018. Em declarações aos jornalistas na terça-feira, o presidente do Conselho de Administração da ENH, Nelson Ocuane, afirmou que o gás moçambicano pode perder competitividade caso não seja colocado no mercado a partir de 2018.

«Todos os esforços que estão a ser feitos é no sentido de iniciarmos a produção em 2018. A questão de fundo é que tudo indica que haverá, nessa altura, uma grande oportunidade que se vai abrir no mercado asiático, onde poderemos conseguir colocar a produção a preços "premium" e, julgamos que, caso não consigamos agarrar essa oportunidade, podemos perder a competitividade», disse o presidente do Conselho de Administração da ENH.

Nelson Ocuane quantificou em 180 triliões de pés cúbicos o volume de gás descoberto na Bacia do Rovuma pelo consórcio em que a ENH é parte com a americana Anadarko e a italiana ENI, projetando uma evolução das estimativas até 200 triliões de metros cúbicos.

«Todo o exercício que está a ser feito é no sentido de termos o desenvolvimento do projeto no mínimo tempo possível, por forma a viabilizá-lo» enfatizou o presidente do Conselho de Administração da ENH.

Segundo Nelson Ocuane, estão previstos investimentos na ordem dos 40 mil milhões de dólares (29,5 mil milhões de euros) para a fase de produção de gás natural na Bacia do Rovuma.

«Estes são os valores estimados para a primeira fase, mas, tendo em conta que ao fim de 30 anos todos os custos estarão recuperados, as receitas fiscais vão aumentar», adiantou o presidente do Conselho de Administração da ENH.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 28, 2013, 09:36:30 pm
Tensão militar em Moçambique pode afectar investimentos


O clima de tensão militar que se vive em Moçambique "pode ameaçar os investimentos de gás e carvão", alertou hoje a consultora Oilprice, numa análise do departamento editorial enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso. "Os investidores devem estar alerta sobre o crescente fôlego da insurgência militar que pode ameaçar os investimentos em carvão e gás em Moçambique", lê-se na nota enviada aos clientes da consultora britânica Oilprice.com.

Para os analistas, o clima de tensão militar crescente entre a Frelimo e a Renamo surge num momento em que empresas como a "Anadarlo, a Eni e a Sasol estão a apostar forte num projecto de gás natural na costa de Moçambique".

Lembrando que a Anadarko vai, no final deste ano, ter investido cerca de 3 mil milhões de dólares para desenvolver as suas descobertas em Moçambique, os analistas da Oilprice.com explicam aos investidores que "a Renamo oficialmente renunciou ao acordo de paz a 21 de Outubro, em resposta a um ataque das forças de segurança ao quartel-general em Sathunjira".

Os megaprojectos de exploração de gás e carvão valem 07 por cento dos 1,7 mil milhões de euros das receitas que o Estado moçambicano arrecadou no primeiro semestre deste ano, disse o ministro das Finanças, Manuel Chang, em Agosto, acrescentando que o valor representa um aumento nominal de 38,6% face ao valor dos primeiros seis meses de 2012.

As descobertas de gás e carvão deverão tornar Moçambique no maior exportador destes minérios em África, e as autoridades prevêem que, nos próximos 30 anos, sejam exportados mais de 100 milhões de toneladas anuais, o que deverá render ao Estado moçambicano cerca de 15 mil milhões de euros.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 29, 2013, 01:32:34 pm
Região da Gorongosa, em Moçambique, intensifica prospeções de ouro


Os trabalhos de prospeção de ouro na região da Gorongosa, no centro de Moçambique, foram intensificados nos últimos meses, com pedidos de exploração do minério apresentados por várias empresas de todo o mundo. Segundo os dados da Carta de Jazigos e Ocorrências de Minerais, a «sul do distrito da Gorongosa, na zona a norte do Inchope há indícios de ouro, podendo considerar-se que na região existe potencial aurífero».

De acordo com notícias publicadas recentemente em Moçambique seis empresas, moçambicanas e estrangeiras, têm mostrado, desde em 2012, vontade em desenvolver trabalhos de prospeção de ouro na região da Gorongosa sendo que uma empresa do Canadá foi a primeira a querer instalar-se na região.

Paulo Majacunene, administrador da Gorongosa, disse ao jornal Correio da Manhã, de Moçambique, que "mineradoras de várias regiões do mundo têm solicitado interesse em explorar" ouro e que uma empresa nacional já extraiu 27 quilogramas, "tornando as perspetivas encorajadoras".  

O mesmo responsável disse ao jornal moçambicano que, apesar do interesse das empresas internacionais, o ouro de Gorongosa já está a ser explorado - em quantidades reduzidas - por garimpeiros locais que vendem o minério na província de Manica, onde se registam níveis mais elevados de extração.  

Para disciplinar a atividade, "os exploradores informais de ouro" estão a ser organizados em associações, disse ainda Majacunene.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 27, 2014, 01:03:06 pm
Sector mineiro em Moçambique vai valer 530 milhões de €€€ em 2017


O sector mineiro em Moçambique vai valer cerca de 530 milhões de euros em 2017, apresentando o mais rápido crescimento do mundo nesta área apesar das dificuldades estruturais e da insegurança actual, estima a Fast Market Research.

De acordo com a consultora norte-americana, especializada em pesquisa de mercado, análise e informações empresariais, o crescimento do valor do sector terá passado de 190 milhões de euros, em 2012, para 530 milhões dentro de três anos, fruto de mais investimentos nas "consideráveis" reservas de carvão e no ambiente empresarial "relativamente forte", que fará o peso deste sector no PIB passar de 1,8% para 2,9%.

De acordo com o relatório, o sector mineiro deve expandir-se enormemente nos próximos anos, fazendo com que a exportação de carvão, principalmente para a China e para a Índia, faça do país um dos maiores exportadores mundiais deste minério.

Apesar de não impedir o crescimento, as deficientes infra-estruturas são uma preocupação para os consultores: "A incapacidade de resolver a infra-estrutura deficiente é o maior risco na nossa análise da economia de Moçambique", lê-se no relatório, que indica também que as fracas infra-estruturas ferroviárias e rodoviárias, em particular, são um risco porque dificultam a chegada das riquezas naturais do país aos mercados internacionais, "o que pode ter um impacto negativo na nossa convicção de que as exportações serão um dos principais alicerces para o crescimento [económico] nos próximos anos".

Os consultores norte-americanos da Fast Market Research consideram, no que diz respeito ao conflito entre o Governo e a Renamo, que o regresso à guerra civil é "improvável", mas sublinham que "os últimos desenvolvimentos aumentam a possibilidade de haver mais incidentes violentos entre as duas partes, o que irá perturbar a actividade económica e prejudicar a percepção que os investidores têm do país".

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Maio 27, 2014, 10:40:40 pm
Turismo moçambicano perde 7 milhões de €€ em três meses devido a conflito armado


O conflito armado em Moçambique provocou perdas diretas na indústria de turismo de 7,3 milhões de euros em apenas três meses, segundo um estudo da Associação de Comércio e Indústria de Sofala e da agência norte-americana USAID.

Os dados, hoje apresentados em Maputo pela consultora Ema Batey, que preparou o estudo Custo do Conflito no Turismo em Moçambique para aquelas instituições, indicam que, entre novembro de 2013 e janeiro de 2014, os confrontos que opõem o principal de oposição, Resistência Nacional de Moçambique (Renamo) e o Governo, tiveram uma relação direta com as perdas no setor, mais acentuadas no turismo de lazer do que no turismo de negócios. Os empresários, explicou a consultora norte-americana, apesar de conhecerem as situações de ataques armados que desde abril do ano passado ocorrem no centro do país, não estão dispostos a deixar os confrontos interferirem nas suas atividades.

No estudo, é apontado o caso concreto de Vilanculos, na província de Inhambane, sul do país, que teve uma perda de 50% do seu volume de negócios entre dezembro de 2013 e janeiro deste ano. Noutra comparação, Batey refere que, em Vilanculos, a taxa de ocupação em março foi de 5% a 10%, contra 35% a 60% em 2011, sinalizando que o impacto dos confrontos militares, centrados na província de Sofala, é mais abrangente. "O impacto do declínio no setor afeta os operadores comerciais locais, as vendas e todas as cadeias de valor", disse Batey, lembrando que o turismo contribui com 85% das receitas locais.

A notícia de um ataque atribuído à Renamo em Maxixe, Inhambane, e que ser revelou não ser verdadeira, levou ao cancelamento das reservas de 95% de turistas europeus numa unidade local.

Ema Batey alertou porém que o conflito armado não é a única ameaça que o turismo moçambicano enfrenta, existindo outros problemas sistémicos. "O atual clima de instabilidade politica apenas constitui a ponta do iceberg, ou a cereja em cima do bolo", afirmou. O elevado custo das passagens aéreas, o assédio aos turistas pela polícia, mecanismos de apoio aos visitantes pouco fiáveis, a falta de funcionários qualificados e o medo de roubos e assaltos foram também apontados pela especialista norte-americana.

O estudo recomenda, entre várias medidas, ao Ministério do Turismo moçambicano e outras entidades a difundir, através dos meios de comunicação social locais e estrangeiros, mensagens de confiança aos operadores turísticos e seus clientes.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Junho 13, 2014, 11:01:16 pm
Moçambique só deve conseguir exportar gás a partir de 2020


O primeiro carregamento de gás natural liquefeito (LNG, na sigla em inglês) em Moçambique só deverá acontecer em 2020, dois anos depois da previsão do Governo, considera o analista Virendra Chauham, da consultora Engery Aspects, em entrevista à Lusa.

"No geral, as infraestruturas são ainda escassas e inadequadas, principalmente no que diz respeito à mão de obra qualificada, por isso é um verdadeiro desafio concretizar a primeira comercialização de gás em 2018", dise à Lusa Virendra Chauham, salientando que esta consultora especializada em assuntos energéticos aposta mais em 2020: "Moçambique é, na verdade, uma história para a próxima década".

Moçambique está bastante mais atrasado no processo energético que Angola ou o Brasil, acrescenta o analista, sublinhando a importância da lei que enquadra a exploração de gás, e que o Governo quer aprovar ainda antes das eleições presidenciais de outubro.

"A lei não deverá introduzir mudanças significativas no quadro fiscal, servindo essencialmente para reconhecer que o gás é o principal recurso de hidrocarbonetos do país, e para apresentar uma moldura mais clara para o desenvolvimento dos grandes projetos de infraestruturas relacionadas com a exploração e exportação de gás", afirma o analista.

A nova legislação, continua, deverá "aprovar obrigações ambientais mais onerosas, aumentar a obrigatoriedade de utilização de conteúdo local e novas obrigações de transparência financeira".

Entre os principais desafios que as companhias a operar no país, nomeadamente a Anadarko e a ENI, que vão explorar em conjunto as grandes reservas de gás natural recentemente descobertas, vão encontrar, o analista da Energy Aspects salientou os crescentes défices orçamentais, a grande dependência da ajuda externa, a falta de mão de obra qualificada entre os moçambicanos e a possibilidade de a estabilidade política de que o país tem beneficiado poder atenuar-se no seguimento das eleições de outubro.

A produção de gás em Moçambique pode chegar ao equivalente a 630 mil barris de petróleo por dia daqui a dez anos se os constrangimentos a nível de infraestruturas forem resolvidos, afirmou à Lusa em maio um analista da consultora energética Wood Mackenzie.

De acordo com as previsões da consultora de energia Wood Mackenzie, conhecida como "woodmac", a produção de gás, medido em barris equivalentes de petróleo, deverá andar pelos 80 mil barris por dia nos próximos anos, saltando exponencialmente para mais de 600 mil no final da próxima década, colocando o país mais perto dos líderes africanos na produção de petróleo, com valores diários a rondar os 2 milhões de barris.

De acordo com as informações veiculadas pelos operadores e pelos meios de comunicação social, o desenvolvimento do projeto de LNG pode envolver um investimento inicial de 10 a 15 mil milhões de dólares, com um retorno a uma década.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Junho 24, 2014, 11:40:27 pm
Governo moçambicano anuncia gasoduto entre o norte e o sul do país


O Conselho de Ministros de Moçambique aprovou hoje o Plano Diretor do Gás Natural, que prevê um gasoduto entre o norte e o sul do país, bem como formas de rentabilização deste recurso existente no seu território. O Plano Diretor do Gás Natural foi anunciado aos jornalistas pela ministra dos Recursos Naturais de Moçambique, Esperança Bias, no final da sessão semanal do Conselho de Ministros.

"Constitui um roteiro detalhado para a tomada de decisões de natureza estratégica, politica e institucional, com base nas quais poderão ser concebidos e implementados investimentos nesta área de uma forma coordenada", indicou Esperança Bias. Segundo a ministra, o gasoduto previsto no âmbito do Plano Diretor do Gás Natural vai transportar gás do terminal de Palma, na província de Cabo Delgado, norte do país, até ao sul, e terá ramificações para fornecer vários pontos do país. Nessa perspetiva, assinalou Esperança Bias, estão em curso estudos visando delinear a execução do projeto e a identificação das necessidades e viabilidade do mercado nacional e regional de gás.

Em comunicado de imprensa divulgado hoje em Maputo, a multinacional Shell anunciou que o vice-presidente executivo da companhia, Edward Daniels, assinou com o presidente da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), firma que gere as participações do Estado moçambicanos nos projetos de hidrocarbonetos, Nelson Ocuane, um memorando de entendimento para a realização de um estudo de viabilidade para uma potencial instalação de produção de combustíveis líquidos, a partir de gás natural."Estamos ansiosos por trabalhar com a ENH para, conjuntamente, estudarmos oportunidades de desenvolver e diversificar a indústria de gás doméstico do país. A Shell traz consigo mais de 50 anos de experiência em projetos de desenvolvimento de gás utilizando a sua cobertura global, solidez financeira e capacidades de desenvolvimento de tecnologia", disse Edward Daniels, citado na nota de imprensa.

Diário Digital
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Junho 30, 2014, 08:40:29 pm
Finlândia ajuda agricultores de Moçambique com 8 Milhões de €€


O Governo da Finlândia vai desembolsar oito milhões de euros para ajudar mais de 14 mil pequenos produtores agrícolas a aumentarem a produção nas províncias de Sofala e Zambézia, centro de Moçambique, anunciou a embaixada finlandesa em Maputo.

Em comunicado de imprensa enviado à Lusa, a embaixada finlandesa indica que a ajuda será canalizada através da Organização Não-Governamental moçambicana Ajuda de Povo para Povo (ADPP), no âmbito de um acordo assinado para o efeito.

«Esta intervenção tem como objectivo dotar os membros das associações, particularmente as mulheres, com as ferramentas necessárias para aumentarem a produção e a produtividade das suas machambas (campos agrícolas) e, desta maneira, melhorar a sua segurança alimentar e ainda conseguir rendimentos», disse a embaixadora da Finlândia em Maputo, Seija Toro, citada no comunicado.

Com a verba, serão criadas mais de 300 associações de pequenos produtores, que vão implementar os projectos de capacitação de mais de 14 mil associados, dos distritos de Namacurra e de Nicoadala, província da Zambézia, e nos distritos de Maringue e de Caia, na província de Sofala, adianta a nota de imprensa.
De acordo com o comunicado, a Finlândia orçamentou uma ajuda financeira de cerca de 30 milhões de dólares para o Orçamento Geral do Estado (OGE) para os setores de educação e governação de Moçambique.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 11, 2014, 05:30:54 pm
Economia moçambicana cresceu 7,5%


A economia moçambicana registou um crescimento de 7,5% durante o primeiro trimestre deste ano, um decréscimo de 1,6 pontos percentuais face ao período homólogo, informou o Banco Mundial (BM) no seu mais recente relatório sobre Moçambique.

Referindo que o crescimento registado durante os três primeiros meses do ano foi "significativamente maior" do que no último trimestre de 2013, o BM indica que o sector secundário (11,5%) foi o que mais cresceu, seguido do terciário (8%) e do primário (6,2%).

No documento "Atualização Económica de Moçambique", a organização financeira refere que o défice da conta corrente do país era de 1.100 milhões de dólares no final de Março, representando uma redução de cerca de 200 milhões de dólares face ao período homólogo.

O BM assinala uma redução no valor das exportações de cerca de 100 milhões de dólares, comparativamente a 2013, que poderá estar associada à desvalorização do preço do carvão nos mercados internacionais, e que foi acompanhada por uma queda nas exportações de alumínio, açúcar e outros bens.

As reservas líquidas de divisas, apesar de terem registado uma queda no início do ano, estavam fixadas em 3,2 mil milhões de dólares no mês de Junho, adianta o BM, que destaca positivamente um aumento nas coletas fiscais do Estado, que se situaram em cerca de 1.051 milhões de dólares, durante o primeiro trimestre.

A inflação, indica ainda a instituição financeira, manteve-se baixa situando-se em 2,46%, no final do primeiro semestre.

Embora preveja que o crescimento do produto interno bruto do país em 2014 se vai sobrepor à média dos países da região da África subsariana, sem, no entanto, indicar a taxa de expansão que perspetiva, o BM considera que a economia moçambicana "permanece vulnerável a riscos externos, especialmente os relacionados com os preços dos bens".

"Um declínio nos preços dos metais e da energia pode afetar o crescimento moçambicano, assim como causar impactos nos investimentos no país", alerta o BM.

No documento, a instituição financeira faz ainda eco da recomendação do Fundo Monetário Internacional relativa à perspectiva macroeconómica do país, "que continua estável", mas com "desafios" inerentes à sustentabilidade orçamental e da dívida, atendendo à "orientação expansionista", verificada no atual Orçamento do Estado.

A crise político-militar provocada por diferendos entre a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o maior partido da oposição, e o Governo moçambicano, que um recente acordo negocial entre as partes parece apontar para um fim, merece também uma chamada de atenção do BM, que refere uma queda de 140 milhões de dólares em investimentos devido aos conflitos militares da região centro, assim como perdas no setor do turismo de pelo menos 10 milhões de dólares.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 21, 2014, 10:05:17 pm
Rovuma: investimento na liquefação de gás cifra-se em 22 mil milhões de €€€


O projeto de liquefação do gás extraído na bacia do Rovuma, no norte de Moçambique, será superior a 22 mil milhões de euros, anunciou a ministra moçambicana dos Recursos Naturais apelando às operadoras para se entendam relativamente às instalações de depósito dos recursos energéticos, em terra.

Deste investimento, o Governo moçambicano prevê que a produção inicial de gás liquefeito atinja 20 milhões de toneladas por ano, segundo os dados transmitidos na quarta-feira ao parlamento por Esperança Bias, citada hoje no Diário de Notícias, de Maputo.

A ministra, que interveio na apresentação da proposta de lei de autorização legislativa para o projeto de liquefação do gás natural do Rovuma, defendeu que as unidades de transformação sejam construídas em terra.

Na sua intervenção, Esperança Bias disse que o gás produzido na bacia do Rovuma terá como destino preferencial o mercado asiático e apelou às multinacionais Anadarko, dos Estados Unidos, e Eni, de Itália, para que cheguem a um entendimento para a unificação dos seus depósitos de petróleo. "É necessário que as concessionárias cheguem a um acordo para a unificação dos depósitos de petróleo comuns, por força da legislação moçambicana em vigor e boas práticas internacionais", sustentou. O parlamento moçambicano aprovou na quarta-feira a proposta que autoriza o Governo a criar condições especiais para os operadores do bloco 01 da bacia do Rovuma, concessionado à norte-americana Anadarko, e do bloco 04, atribuído à italiana Eni, num consórcio em que a Galp tem uma participação de 10%.

Com a aprovação da lei, o executivo moçambicano, argumentando que o projeto de liquefação do gás comporta caraterísticas específicas e requer estabilidade legal e fiscal, pode negociar benefícios em impostos e taxas e novos contratos com as duas multinacionais, sem consultar previamente o parlamento.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 10, 2014, 05:31:01 pm
Moçambique celebra acordo com a China para reabilitação de porto pesqueiro


O Ministério das Finanças de Moçambique assinou esta quarta-feira, em Maputo, um acordo de enquadramento com o Governo chinês para o financiamento do projeto de reabilitação do porto de pesca da Beira, no valor de 96,2 milhões de euros.

De acordo com o ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, o entendimento permitirá o avanço de um acordo entre o Governo de Moçambique e o estatal Banco de Exportação e Importação da China (China Exim Bank), que vai garantir o crédito concessional para a reabilitação do porto de pesca.

“A reabilitação do porto vai estimular a economia da zona centro do país e da província de Sofala, em particular, tendo em consideração que este porto passará a manusear uma produção anual de produtos pesqueiros na ordem de 70 mil toneladas, contribuindo em grande medida para o aumento do comércio na região”, afirmou Manuel Chang.

O ministro das Finanças disse ainda que, além da geração de postos de trabalho, o projeto vai garantir o aumento da “capacidade de meios de refrigeração e armazenamento, bem como de manuseamento do pescado”.

Sublinhando o “sucesso” da cooperação sino-moçambicana em projetos semelhantes, o embaixador da China em Moçambique, Li Chunhua, referenciou o “enorme potencial” que Moçambique tem para explorar, “sobretudo na área das pescas”.

“Esperamos que as partes acelerem os trabalhos de preparação do projeto para o executar o mais rápido possível as obras de ampliação, para que o porto possa contribuir o quanto antes para o desenvolvimento económico de Moçambique”, disse Li Chunhua.

Segundo Manuel Chang, o projeto de reabilitação do porto de pesca da Beira integra uma lista de 11 projetos, no valor de 1.400 milhões de dólares (cerca de 1.081 milhões de euros), para os quais o Governo moçambicano solicitou financiamento à China, e cujo desenvolvimento está compreendido entre o triénio 2013-2015.

A China tem sido um dos principais financiadores de grandes projetos de infraestruturas desenvolvidos em Moçambique, tendo concedido empréstimos para as obras de reabilitação do Aeroporto Internacional de Maputo, do Estádio Nacional do Zimpeto, do novo edifício da Presidência da República e da Estrada N6 Beira-Machipanda, além de estar a financiar a construção da Circular de Maputo e da ponte Maputo-Catembe, cujo orçamento ascende a cerca de 1.100 milhões de dólares.


Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 25, 2014, 07:55:03 pm
Primeiro carro moçambicano custa 15 mil euros

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fboasnoticias.pt%2Fimg%2Fmatchedje.jpg&hash=61a58f79cfe2e953f4431df8beb8927d)


O Matchedje, o primeiro carro moçambicano, foi lançado esta semana em Maputo e terá um preço inicial de 15 mil euros.
 
O primeiro lote de veículos todo-o-terreno vai contar com cem unidades para venda, com um preço especial de 15 mil euros (595 mil meticais), no âmbito do 50º aniversário das Forças Armadas moçambicanas.
 
A Matchedje vai lançar cerca de trinta mil veículos, entre veículos todo-o-terreno, autocarros de transporte de passageiros e motorizadas, que estão a ser produzidos na fábrica da empresa, numa parceria com uma empresa chinesa.
 
A segunda fase do projeto será feito ao longo dos próximos dois anos, entre 2015 e 2016, altura em que a fábrica terá capacidade para produzir cerca de cem mil veículos, já com unidades de pintura, soldagem e outras infraestruturas.
 
Já entre 2017 e 2020, a produção deverá atingir os quinhentos mil veículos de todos os tipos, incluindo a produção de acessórios para automóveis.
 
“A Matchedje Motors vai estabelecer um Plano de Formação de Mecânica, Química, Eletrónica e de Indústria Automóvel para os moçambicanos. Esta fase vai trazer uma profunda mudança para o povo de Moçambique, porque, uma vez concluído, espera-se que a produção anual seja de cerca de 150 mil milhões de dólares (117 mil milhões de euros) ”, explica Carlos Nizia, diretor de vendas da empresa, em comunicado.

Boas Notícias
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 30, 2014, 09:35:40 pm
Índia e Moçambique celebram acordo para explorar gás natural


O governo indiano anunciou hoje um acordo com Maputo, para a cooperação no sector do gás e petróleo, após as enormes descobertas de hidrocarbonetos em Moçambique.

Numa declaração hoje divulgada pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), o governo indiano recorda que o país "está estrategicamente localizado perto da Índia, o que é ideal para trazer gás natural". "A participação de empresas energéticas indianas vai facilitar o acesso ao gás natural liquefeito (LNG, sigla em Inglês) ao crescente mercado de gás indiano", acrescenta o governo indiano.

O acordo foi celebrado na quarta-feira, numa cerimónia presidida pelo primeiro-ministro indiano, Shri Narendra Modi, em Nova Deli. O protocolo agora celebrado visa o aumento da cooperação entre os dois países e promove o investimento, aumentando o diálogo e facilitando a transferência tecnológica. Nos últimos cinco anos, os estudos indicam que as reservas de gás natural no norte de Moçambique atingem os 200 biliões de metros cúbicos mas para explorar esta quantidade de hidrocarbonetos será necessário um investimento de 39 mil milhões de euros.

As empresas de exploração petrolífera em Moçambique estão a tentar cumprir o prazo para fazer o primeiro carregamento em 2018. O objetivo é liquidificar o gás natural na zona da bacia do Rovuma e a empresa norte-americana Anadarko Petroleum Corporation pretende canalizar o gás para Palma, na província moçambicana Cabo Delgado, onde será processado.

Por seu turno, a multinacional petrolífera italiana ENI está a tentar construir uma plataforma flutuante para produzir LNG.

Iniciadas as exportações, Moçambique tornar-se-á um dos principais produtores mundiais de LNG. Na semana passada o governo moçambicano apelou às empresas para a exploração de 15 novos blocos, correspondendo a 76.800 quilómetros quadrados, na tentativa de encontrar gás e petróleo.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 19, 2015, 02:57:50 pm
"Usurpadores" de terras em Moçambique


Milhares de camponeses do Corredor de Nacala, Norte de Moçambique, estão a ser expropriados ilegalmente das suas terras em nome de megaprojetos de agronegócio nas mãos de empresas internacionais, incluindo portuguesas. A história é revelada esta quinta-feira, dia 18, pela organização não-governamental (ONG) espanhola GRAIN e pelo português OBEGEF - Observatório de Economia e Gestão de Fraude.

As duas instituições são parceiras na denúncia de um esquema que, de acordo com José Pedro Martins, do OBEGEF, "indicia tráfico de influências" envolvendo altos responsáveis da FRELIMO. "O nosso interesse nesta história", assume João Pedro Martins à VISÃO, "tem a ver com o envolvimento de empresas portuguesas ou com ligações a Portugal".

O relatório explica as condicionantes históricas que impedem a expropriação de terras em Moçambique sem autorização das pessoas que nela trabalham há pelo menos 10 anos, para outro fim que não seja a construção de escolas, hospitais, redes viárias ou afins. No entanto, essas alienações têm vindo a intensificar-se nos últimos dois anos no Corredor de Nacala, por parte de empresas estrangeiras.

Atenta, a GRAIN, em parceria com o OBEGEF começou a estudar a fundo a questão. Em breve, percebeu que alguns contratos de expropriação, como por exemplo o da empresa Mozaco (um investimento da Rioforte e de João Ferreira dos Santos), fixaram as indemnizações pelos terrenos em pagamentos únicos entre os 90 e os 300 dólares. Por este valor, e com a promessa de lhes serem entregues novas terras nas proximidades (o que não chegou a acontecer), os agricultores cederam as suas propriedades. Só que, com a crise do BES e insolvência da Rioforte, nem todos receberam os devidos pagamentos (recorde-se que a Rioforte integra, agora, os ativos tóxicos do chamado "BES mau", onde a Grain e o OBEGEF desconfiam estarem alguns dos terrenos moçambicanos). Em conclusão, milhares de camponeses estão sem emprego e sem comida, numa crise que é já humanitária.

Noutro caso, envolvendo a empresa AgroMoz (que resulta de uma parceria do Grupo Américo Amorim, da moçambicana Intelec e a brasileira Pinesso), as indemnizações variaram entre os 65 e os 200 dólares e previam a construção de uma clínica e uma escola. Até hoje, nenhuma das duas saiu do papel.
Mas se, nestes casos, os agricultores até sabem quem está a cultivar as suas terras, noutros, uma confusão de fundos situados, sobretudo, em offshores da Mauritânia esconde os verdadeiros "usurpadores", como diz o relatório intitulado "Os Usurpadores de terras do Corredor de Nacala". O  título dava um filme.  

Não se sabe como foi possível que empresas portuguesas, chinesas, inglesas, italianas, indianas, sul-africanas holandesas, suecas e até libanesas tivessem alienado milhões de hectares de terras férteis passando por cima de proteções legais tão específicas como as que vigoram em Moçambique e que impedem expropriações a não ser para projetos de interesse público. "Aí estão os indícios de corrupção ou de tráfico de influências, no mínimo", diz João Pedro Martins, do Observatório de Economia e Gestão de Fraude, que participou no relatório técnico da Grain e que divulga a informação em Portugal.

Um dos envolvidos, temem as duas organizações, pode mesmo ser o antigo Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, que se diz estar por trás da Intelec e que pode ter beneficiado com o negócio das terras expropriadas. Mas tudo está por provar. O documento agora trazido a público não foi sujeito a contraditório. Resta saber como é que as autoridades moçambicanas vão olhar para as 32 páginas que compõem o relatório.  


Visão
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Abril 02, 2015, 09:35:09 pm
Turkish Airlines começa a voar para Maputo em Outubro


A Turkish Airlines inaugura a 28 de Outubro uma nova rota entre Istambul e Maputo, com escala em Joanesburgo, adiantou hoje à Lusa o presidente do Instituto de Aviação Civil de Moçambique (ACM).

A nova ligação da companhia turca terá três frequências semanais, segundo João Abreu, que espera também novidades em breve sobre o início da operação da Air France-KLM para Moçambique.

Actualmente, a TAP é a única companhia a assegurar ligações directas entre Moçambique e a Europa, uma vez que as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) permanecem na lista negra das transportadoras impedidas por Bruxelas de sobrevoar o espaço europeu.

No ano passado, as autoridades moçambicanas e francesas assinaram um memorando para a criação de uma ligação aérea entre os dois países. Ao abrigo desse memorando, estão em operação três voos semanais entre Pemba, norte de Moçambique, e Dzaoudzi (Maiote, arquipélago das Comores), através da transportadora francesa Air Austral em 'code-share' com as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), e que poderá vir também a abrir também novas rotas entre Reunião e Maputo e outros destinos moçambicanos.

Além de França, o IACM celebrou um memorando similar com a Holanda, cuja principal companha aérea, KLM, está associada à Air France. Ao abrigo do acordo, a Air France-KLM ficou com a possibilidade de escolher três destinos em Moçambique: Nacala, Beira e Maputo. "Da nossa parte estão criadas todas as condições", disse João Abreu, destacando que "os acordos e memorandos estão assinados" e que a operação deverá ser anunciada mal a Air France-KLM termine os seus estudos de viabilidade.

O interesse da Air France em voar para Moçambique foi anunciado em Outubro passado pelo presidente da transportadora aérea.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Get_It em Agosto 22, 2015, 01:48:54 am
O que faz mover Moçambique
(7 de Agosto de 2015)
Citação de: "Expresso"
No encerramento do projecto “Portugal&Moçambique – Ligações Fortes”, conheça os projectos e os sectores que estão a transformar o país liderado por Filipe Nyusi.

Mega-projectos como o da fundição de alumínio Mozal (a maior empresa de Moçambique); o gás natural da Sazol; a extracção de areias pesadas de Moma ou de Chibuto; o carvão de Moatize e de Benga; ou a Hidroeléctrica de Cahora Bassa são exemplos de grandes investimentos que alavancam a economia moçambicana. Mas há mais projectos, em diferentes sectores, que são oportunidades de negócio para investidores estrangeiros que pretendam entrar ou expandir negócio no país.

Sendo um dos dez países com maior crescimento anual (7,4% em 2014) em África, Moçambique quer livrar-se da classificação que o inscreve ainda no clube dos mais pobres do mundo. O investimento na economia, deixando de lado as ajudas externas, é há alguns anos um objectivo num país que tem das maiores reservas de carvão e gás natural do mundo e que espera dar o salto para o desenvolvimento até ao fim da década.

O governo aprovou nos últimos anos vários instrumentos jurídicos para facilitar o investimento. Por exemplo, o regulamento das parcerias público-privadas, aprovado em Agosto de 2011, e a adopção de um Plano Estratégico de Promoção de Investimento Privado (PEPIP), que vigorará até 2016. Lourenço Sambo, director-geral do CPI (Centro de Promoção de Investimento) sublinha: para quem quiser entrar no mercado moçambicano «as carências que o país apresenta, são exactamente proporcionais às oportunidades e negócio existentes. Grandemente vastas».

[continua: Energia, Construção e infraestruturas, Agricultura, Banca]
Fonte: http://expresso.sapo.pt/iniciativaseprodutos/ligacoes-fortes/2015-08-07-O-que-faz-mover-Mocambique

Cumprimentos,
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 13, 2015, 04:25:00 pm
Moçambique conta com primeira pós-graduação vocacionada para o setor do gás e petróleo


"Esta é a primeira pós-graduação em logística e segurança na área de petróleo e gás, com um conjunto de matérias aliadas ao tema, associando as questões mais técnicas da engenharia à sua gestão", disse à Lusa Leonor Gomes, diretora-executiva da ENAM.

Além do ISCTE, através do INDEG-IUL Executive Education, a pós-graduação, destinada especialmente a executivos com experiência no ramo do petróleo e gás no país, conta com o apoio da Escola Superior Náutica Infante D. Henrique e todo o corpo docente é proveniente de Portugal.

Embora não confira o grau de mestrado, o curso dá a possibilidade de o estudante adquirir o grau de mestre com uma dupla certificação, tanto pelo Instituto Superior de Transporte de Comunicações em Moçambique como por uma das instituições parceiras do projeto em Portugal.

"Queremos inovar e, por isso, juntamos aqui duas temáticas que nos parecem relevantes nesta fase da economia moçambicana, a gestão e a indústria de óleo e gás", declarou Leonor Gomes, acrescentando que, apesar de o corpo docente ser oriundo de Portugal, e distribuído em função de cada unidade curricular, a prioridade da instituição está na adequação dos conteúdos à realidade moçambicana.

O curso tem uma duração de seis meses e os candidatos devem possuir currículo profissional com experiência nas respetivas áreas, um elemento indispensável, salientam os responsáveis pela instituição.

"O nosso alvo são pessoas já com perfil profissional e este fator vai elevar o nível de debate, tornando isto num núcleo onde se partilham conhecimentos práticos ", disse à Lusa o presidente da direção da ENAM, José Mateus.

Com o advento da indústria extrativa, um dos principais debates nos últimos tempos em Moçambique está ligado à falta de mão-de-obra superior qualificada para o setor, o que tem levado as multinacionais que operam na área a optar por contratar profissionais estrangeiros.

José Mateus acredita, no entanto, que Moçambique possui quadros capazes de responder às exigências do mercado, mas destaca que o país precisa de uma sistematização desse conhecimento.

Para os dirigentes do ENAM, o principal desafio que se coloca os investidores em Moçambique está ligado à atual instabilidade política entre Governo e a oposição da Renamo, considerando que, mesmo sob clima de tensão, é preciso que as pessoas saibam encontrar o oportunidades de negócio "num mercado promissor" como o moçambicano.

Atualmente, o país vive sob ameaça de confrontações entre o exército e os homens armados da Renamo, que contesta os resultados eleitorais do escrutínio de outubro último e ameaça tomar o poder pela força caso não lhe seja conferido o poder nas seis províncias onde reclama vitória.

"O grande desafio está aí, é que as grandes organizações continuam a manifestar a vontade de investir mesmo neste clima de instabilidade", destacou Leonor Gomes, acrescentando, no entanto, que a atual crise afeta seriamente o mercado de negócio.

"Este país tem potencial e um mercado muito promissor, cabe ao investidores perceber as janelas de oportunidades cá existentes", reiterou o presidente da ENAM. José Mateus.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 29, 2015, 07:50:23 pm
Petrolíferas investem mais de 700 milhões de dólares na pesquisa de hidrocarbonetos em Moçambique


"Os programas de pesquisa propostos para os próximos quatro anos têm o potencial de permitir investimentos que ascendem a aproximadamente 700 milhões de dólares, prevendo-se a abertura de um mínimo de dez furos, sendo oito em águas profundas", diz o Notícias, citando uma fonte do Instituto Nacional de Petróleos de Moçambique (INP).

A fonte indicou que no último concurso de pesquisa de hidrocarbonetos, o quinto do género no país, foram selecionados os consórcios ENI Mozambico, liderada pela italiana ENI, para a região de Angoche, Área 5, e o consórcio ExxonMobil E&P Mozambique Offshore Ltd, da norte-americana ExxonMobil, para a área A5-B, também em Angoche, e para a região do Zambeze, nas áreas A5-C e A5-D.

Ao consórcio Sasol Petroleum Mozambique Exploration, liderada pela sul-africana Sasol, foi concessionada a área PT5-C, na zona de Pande-Temane, e ao consórcio liderado pela Delonex a área P5-A, na região de Palmeira.

O quinto concurso de hidrocarbonetos, lançado em outubro do ano passado, adjudicou às companhias selecionadas um total de 74.259 quilómetros quadrados de pesquisa de hidrocarbonetos.

Dois consórcios liderados pelas multinacionais Anadarko, dos EUA, e ENI, de Itália, estão já em processo de conclusão de financiamento para o início da implementação dos projetos de produção de Gás Natural Liquefeito (GNL) na bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, após vários anos de pesquisa, que resultaram na descoberta de cerca de 200 biliões de pés cúbicos de gás.

No entanto tanto Anadarko como ENI (cujo bloco é também participado pela Galp) não tomaram ainda as suas decisões finais de investimento.

Na semana passada, o presidente da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), firma que representa o Estado moçambicano nos consórcios de hidrocarbonetos, Omar Mithá, disse que os dois consórcios vão investir mais de 20 mil milhões de dólares (mais de 18 mil milhões de euros) na produção de GNL.

Além das reservas de gás do Rovuma, Moçambique tem também depósitos já em exploração pela sul-africana Sasol, nos campos de Pande e Temane, na província de Inhambane, sul de Moçambique.

Lusa
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Get_It em Novembro 02, 2016, 03:12:22 pm
Moçambique supera Venezuela e passa a ter os juros da dívida mais altos no mundo
(2 de Novembro de 2016)
Citar
Os juros da dívida pública de Moçambique passaram a ser os mais altos do mundo esta semana, com 25,1% ao ano, ultrapassando a Venezuela no lugar de país mais arriscado para investir no mundo.

De acordo com a evolução dos juros que os investidores exigem para transaccionar os títulos da dívida pública emitida em dólares, desde segunda-feira que o valor dos eurobonds com maturidade em 2023 ultrapassou a média dos juros das emissões de dívida da Venezuela. Moçambique tornou-se, assim, o país mais arriscado para os investidores financeiros, de acordo com a evolução dos juros da dívida, um dos mais conhecidos indicadores da percepção do mercado sobre a segurança dos investimentos financeiros feitos num país.

O gráfico que mostra a evolução dos juros revela uma fortíssima subida desde a semana passada, quando o Ministério das Finanças fez uma apresentação aos investidores em Londres, na qual admitia a incapacidade para servir a dívida pública ligada a empresas públicas, nomeadamente a tranche de cerca de 38 milhões de dólares das obrigações da Empresa Moçambicana de Atum (Ematum), que foram convertidos em títulos de dívida soberana em Abril.

(...)
Fonte: https://www.publico.pt/economia/noticia/mocambique-supera-venezuela-e-passa-a-ter-os-juros-da-divida-mais-altos-no-mundo-1749671 (https://www.publico.pt/economia/noticia/mocambique-supera-venezuela-e-passa-a-ter-os-juros-da-divida-mais-altos-no-mundo-1749671)

É este país com quem muitos dos nossos políticos e espertalhões querem investir e trabalhar em detrimento de muitos outros.

Cumprimentos,
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Viajante em Novembro 02, 2016, 08:54:31 pm
Moçambique supera Venezuela e passa a ter os juros da dívida mais altos no mundo
(2 de Novembro de 2016)
Citar
Os juros da dívida pública de Moçambique passaram a ser os mais altos do mundo esta semana, com 25,1% ao ano, ultrapassando a Venezuela no lugar de país mais arriscado para investir no mundo.

De acordo com a evolução dos juros que os investidores exigem para transaccionar os títulos da dívida pública emitida em dólares, desde segunda-feira que o valor dos eurobonds com maturidade em 2023 ultrapassou a média dos juros das emissões de dívida da Venezuela. Moçambique tornou-se, assim, o país mais arriscado para os investidores financeiros, de acordo com a evolução dos juros da dívida, um dos mais conhecidos indicadores da percepção do mercado sobre a segurança dos investimentos financeiros feitos num país.

O gráfico que mostra a evolução dos juros revela uma fortíssima subida desde a semana passada, quando o Ministério das Finanças fez uma apresentação aos investidores em Londres, na qual admitia a incapacidade para servir a dívida pública ligada a empresas públicas, nomeadamente a tranche de cerca de 38 milhões de dólares das obrigações da Empresa Moçambicana de Atum (Ematum), que foram convertidos em títulos de dívida soberana em Abril.

(...)
Fonte: https://www.publico.pt/economia/noticia/mocambique-supera-venezuela-e-passa-a-ter-os-juros-da-divida-mais-altos-no-mundo-1749671 (https://www.publico.pt/economia/noticia/mocambique-supera-venezuela-e-passa-a-ter-os-juros-da-divida-mais-altos-no-mundo-1749671)

É este país com quem muitos dos nossos políticos e espertalhões querem investir e trabalhar em detrimento de muitos outros.

Cumprimentos,

Esperamos que não aconteça como em Angola, no caso de Moçambique não pagar às empresas portuguesas, não venham a chatear o estado português para "adiantar" o dinheiro que possam dever às empresas portuguesas..... como é costume fazer!
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Get_It em Junho 25, 2017, 12:30:16 am
Business as usual...

FMI aponta “lacunas” à auditoria às dívidas de Moçambique
(25 de Junho de 2017)
Citação de: Mariana Branco, Sábado
O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou que a auditoria às dívidas ocultas de Moçambique deixou alguns pontos por esclarecer e decidiu enviar uma missão ao país, para avaliar a situação, segundo anunciou a instituição este sábado, avançou a agência Lusa.

«O relatório sumário contém informação útil sobre como os empréstimos foram contraídos e sobre os activos adquiridos pelas empresas. Contudo, persistem lacunas de informação, em particular no que respeita ao uso dos fundos dos empréstimos», explica o FMI.

(...)

A auditoria às dívidas de Moçambique deixou por esclarecer «o destino de 2000 milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros) contraídos por três empresas estatais entre 2013 e 2014», referiu hoje a Procuradoria-Geral da República.

«Lacunas permanecem no entendimento sobre como exactamente os 2000 milhões dólares foram gastos, apesar dos esforços consideráveis» para esclarecer o assunto.
Fonte: http://www.sabado.pt/mundo/detalhe/fmi-aponta-lacunas-a-auditoria-as-dividas-de-mocambique (http://www.sabado.pt/mundo/detalhe/fmi-aponta-lacunas-a-auditoria-as-dividas-de-mocambique)

Cumprimentos,
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 02, 2017, 08:38:20 pm
Banco Mundial diz que dívida moçambicana "continua insustentável"


Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 04, 2017, 11:57:04 am
Reestruturação da dívida de Moçambique deve prolongar-se além de 2019


Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 07, 2018, 11:37:17 am
Moçambique isento de taxas alfandegárias para a UE


Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 25, 2018, 03:52:21 pm
Moçambique é o país africano com mais dívida estrangeira face ao PIB


A Standard & Poor's (S&P) considera que Moçambique é o país da África subsariana com a maior percentagem de dívida em moeda estrangeira (84%) e que não voltará aos mercados antes de um acordo com o FMI.

"Moçambique tem a maior percentagem de dívida em moeda estrangeira face ao total de dívida, 84%, em parte devido à emissão do 'eurobond'", escrevem os analistas desta agência de notação financeira.

Segundo um relatório sobre a emissão de dívida prevista para os países da África subsariana este ano, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, Moçambique não deverá voltar aos mercados financeiros internacionais "em 2018, devido ao recente incumprimento financeiro" sobre o pagamento da emissão de dívida em moeda estrangeira ('eurobond') de 2016 e dos empréstimos das empresas públicas.

"Não antevemos que Moçambique vá emitir dívida nos mercados internacionais em 2018; acreditamos que o país vai primeiro tentar negociar um programa com o Fundo Monetário Internacional" (FMI), escrevem os analistas da S&P.

No total, o relatório da S&P sobre a dívida pública dos 17 países que a agência de 'rating' avalia na África subsariana mostra que estes países vão endividar-se em mais 57 mil milhões de dólares este ano.

Este valor representa uma subida de 7,4% face aos 53 mil milhões de dívida emitida no ano passado e comprova que a crise dos preços das matérias-primas, iniciada em 2014, continua a afetar fortemente estas economias dependentes dos recursos naturais para equilibrarem os orçamentos.

"Esta subida reflete o aumento das emissões planeadas pelos maiores emissores, do ponto de vista histórico, [que são] África do Sul e Angola", lê-se no documento, que aponta que, no caso do país lusófono, o endividamento "deve-se parcialmente a grandes amortizações previstas para 2018", enquanto na África do Sul a subida explica-se pela "fraca trajetória orçamental".

Nos restantes, aponta o documento, as necessidades de financiamento vão manter-se relativamente estáveis, o que "reflete um equilíbrio entre o ambiente ligeiramente mais favorável no mercado das matérias-primas e o aperto nas condições de financiamento decorrente da normalização da política monetária norte-americana".

No total africano, a S&P espera que o ‘stock’ de dívida comercial chegue a 392 mil milhões de dólares no final deste ano e que o total (incluindo a concessional, a preços mais baixos do que os de mercado) atinja os 514 mil milhões de dólares.

O relatório da S&P surge em linha com as preocupações repetidamente manifestadas pela diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, que admitiu numa entrevista recente que 2018 pode ser o ano em que o problema da dívida vai explodir em África.

Numa entrevista à revista eletrónica Quartz, Lagarde, quando questionada sobre o perigo de o problema da dívida explodir em 2018, respondeu: "Pode muito bem ser".

Para a líder do FMI, "o que pode desencadear esses sérios desenvolvimentos são, na verdade, as melhorias nas economias avançadas, nomeadamente a valorização de algumas moedas, e o aperto da política monetária norte-americana e talvez na zona euro, que tornam o fardo da dívida mais pesado nalguns países.


>>>>>>>>   http://24.sapo.pt/economia/artigos/mocambique-e-o-pais-africano-com-mais-divida-estrangeira-face-ao-pib
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Março 28, 2018, 11:35:50 am
Chinesa Haiyu viola leis de Moçambique em exploração mineira, denuncia Amnistia Internacional


A Amnistia Internacional acusa a empresa mineira chinesa Haiyu Mozambique Mining de violar as leis moçambicanas e internacionais numa exploração de areias pesadas em Nagonha (Nampula), considerando que a operação mineira resultou no desalojamento de 290 pessoas.

"A Haiyu violou a legislação nacional nas áreas do ambiente e da exploração mineira. Antes de estabelecer as suas operações, a empresa não consultou os residentes de Nagonha; não realizou uma Avaliação de Impacto Ambiental adequada para identificar os riscos de minerar e despejar areias nas zonas húmidas; e não monitorizou e reportou os seus próprios impactos ambientais ao governo para verificação e aprovação", indica a Amnistia Internacional num relatório que será hoje apresentado em Maputo e ao qual a Agência Lusa teve acesso.

No relatório "As Nossas Vidas Não Valem Nada - O Custo Humano da Exploração Mineira Chinesa em Nagonha, Moçambique", a organização de direitos humanos considera que "as práticas da Haiyu transformaram a topografia da área e afectaram o sistema de drenagem das zonas húmidas", alterações que "tiveram impactos negativos sobre o ambiente e a população local".

O mais importante desses impactos deu-se na manhã de 07 de fevereiro de 2015, quando uma inundação súbita destruiu parcialmente Nagonha, uma aldeia litoral no distrito de Angoche, na província de Nampula, norte de Moçambique.

"Quarenta e oito casas foram imediatamente arrastadas para o mar, pois a água das inundações abriu um novo canal em direção ao mar que atravessou a aldeia, dividindo em duas a duna sobre a qual a aldeia está situada. As inundações deixaram cerca de 290 pessoas desalojadas. A edilidade local registou mais 173 casas parcialmente destruídas", recorda a Amnistia Internacional (AI).

Segundo os especialistas consultados pela AI, esta situação deveu-se ao "impacto das operações mineiras da Haiyu (...), nomeadamente o impacto das contínuas descargas de areias da mineração sobre as zonas húmidas e os cursos de água", o que causou alteração na topografia e, em última análise, as inundações de Nagonha em 2015.

Por outro lado, quando confrontada pelos residentes desalojados de Nagonha para a necessidade de os compensar pelos estragos, a empresa chinesa primeiro recusou e depois apresentou uma proposta considerada inaceitável.

"O plano de reassentamento proposto pela Haiyu era extremamente inadequado e os residentes de Nagonha sentiram-se insultados e recusaram a oferta", escreve a AI.

Ou seja, para a organização não-governamental, "a Haiyu (...) não seguiu o processo de diligência devida adequado em termos de direitos humanos para identificar, impedir, atenuar e, se necessário, reparar os impactos adversos das suas operações sobre os residentes".

A AI considera também que o Governo moçambicano sabia que a Haiyu não tinha feito as avaliações de impactos ambientais nem, como é de lei, consultou os residentes em Nagonha para obter deles o "direito de uso e aproveitamento da terra" (DUAT), um direito que estes têm quando vivem num terreno por mais de dez anos.

"O Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER) tinha conhecimento de que a Haiyu não tinha consultado e ouvido os residentes de Nagonha para obter a transferência do DUAT" e "sabia que a Haiyu não tinha realizado as auditorias de impacto ambiental", adianta a AI.
Ainda assim, concluiu a AI, o governo permitiu que a Haiyu avançasse com a exploração mineira em Nagonha.

"Apesar das provas sobre os impactos negativos das operações mineiras sobre as pessoas de Nagonha, o governo permitiu a continuação de práticas de exploração mineira prejudiciais, sem qualquer controlo. (...) As falhas do governo em fazer cumprir a legislação e regulamentos existentes constituem uma omissão evidente no seu dever de proteger os direitos humanos de interferências de atores não estatais", aponta a ONG.

A Haiyu, que explora areias pesadas em duas concessões em Nampula (Nagonha e Sangage) desde 2011, das quais extrai minerais como a ilmenite, o titânio e o zircão, continua a negar qualquer responsabilidade.

"Em primeiro lugar, as chuvas foram intensas, muito violentas e de uma escala nunca vista durante 100 anos. Isto constitui força maior. Foi uma catástrofe natural e não provocado por atividade humana. Em segundo lugar, a extração de areias pesadas envolve a separação por gravidade e os resíduos (na forma de areia branca, neste caso) são devolvidos ao seu ponto de origem, imediatamente após a separação. 99% da areia permanece no seu ponto de origem e não é extraída. Isto contradiz a ideia de que houve uma alteração no canal para as águas subterrâneas, o que não é verdade", argumentou a empresa numa mensagem à AI.

Após ouvir especialistas, a AI considerou que "a reivindicação de que as chuvas de Fevereiro de 2015 'foram de uma escala nunca vista durante 100 anos' é falsa".

A Haiyu continua a despejar areias sobre as zonas húmidas até hoje.


>>>>>>>  https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/chinesa-haiyu-viola-leis-de-mocambique-em-exploracao-mineira-denuncia-amnistia-internacional
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Maio 17, 2018, 12:30:52 pm
China investe em Moçambique


Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Julho 12, 2018, 02:57:10 pm
O café para a reflorestação no Monte Gorongosa


Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 09, 2018, 01:03:35 pm
Moçambique inaugura maior ponte suspensa de África


Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 13, 2019, 04:07:20 pm
Macau propõe uso da moeda chinesa nas transações com Moçambique


Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Junho 12, 2019, 12:55:50 pm
Saúde de moçambicanos ameaçada


Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Junho 19, 2019, 10:12:56 pm
Total vence Chevron na disputa pelos activos da Anadarko em África



Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: zocuni em Novembro 04, 2019, 01:07:28 pm
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: HSMW em Maio 11, 2021, 11:03:35 pm

Empresa Chinesa vai construir 500 casas em Marracuene nos próximos 5 anos
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 24, 2021, 02:18:33 pm
Moçambique julga os 19 arguidos do caso das "dívidas ocultas"


Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: HSMW em Abril 03, 2022, 11:10:54 pm

Central Solar de Metoro está orçada em USD 56 milhões

Construção da Central Solar Metoro arranca oficialmente com presença do presidente de Moçambique

As obras de construção da Central Meteoro, a maior central solar a ser instalada no país até ao momento, arrancaram oficialmente numa sessão que contou com a presença do presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi.

No início de 2020, a Efacec foi selecionada para o contrato de engenharia, compra e construção (EPC) para operação e manutenção (O&M) de uma central solar de 41 MWp, localizada em Metoro, norte de Moçambique. Inserida numa área de cerca de 138 hectares, esta infraestrutura possui uma capacidade de produção de 68 GWh por ano, que dará acesso a energia a 100% da população moçambicana até 2030.

Este é um projeto emblemático para a Efacec, que opera em Moçambique há mais de 20 anos, reforçando assim a presença no mercado e na região com soluções sustentáveis para um melhor futuro.

https://www.efacec.pt/construcao-da-central-solar-meteoro-arranca-oficialmente-com-presenca-do-presidente-de-mocambique/

Não sabia da participação da Efacec neste projeto.
 :G-Ok:
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Junho 15, 2022, 05:52:02 pm
Cafezais moçambicanos coabitam com a floresta tropical


Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: HSMW em Setembro 06, 2022, 10:27:04 am
(https://www.forbesafricalusofona.com/wp-content/uploads/2022/09/Costa_Mocambique_360x530_acf_cropped_750x540_acf_cropped_750x540_acf_cropped-2_750x540_acf_cropped.jpg)


Apoio de Portugal a Moçambique acima dos 90 milhões de euros


Os dois Estados lusófonos reforçaram as relações económicas com a assinatura de seis acordos de cooperação, no âmbito da V Cimeira Luso-Moçambicana.


O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, garantiu há dias, em Maputo, que o montante do próximo programa estratégico de cooperação 2022/2026, que funda a parceria entre os dois Estados lusófonos, terá um aumento de 40 % do conjunto das verbas dedicadas à acções e projectos que superarão os 90 milhões de euros.

O governante português, que falava em conferência de imprensa após a assinatura de diversos acordos de cooperação à margem da 5ª Cimeira Luso-Moçambicana, disse que o referido programa se incidirá nas área tradicionais como a saúde, educação, defesa e justiça.

“A assinatura do acordo para resolver as questões fiscais da escola portuguesa de Moçambique é um passo muitíssimo importante, mas onde também está o compromisso de Portugal apoiar o plano estratégico de educação de Moçambique”, referiu António Costa.

Por sua vez, o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, avançou aos jornalistas que a cooperação está a trazer resultados concretos. “Assumimos que vamos continuar a privilegiar as parcerias público-privadas. Neste caso, o sector privado-produtivo precisa de ser facilitado por nós. A este respeito, fiz referência do pacote de medidas de motivação para acelerar a economia em Moçambique. Pensamos que Portugal é uma oportunidade e isso na consciência de que o sector privado é que pode dinamizar as nossas economias”, frisou o chefe de Estado moçambicano.

Moçambique é um dos nove países que integram a CPLP e com quem Portugal mantém laços históricos de cooperação económica. Este ano, com o aumento da produção agrícola, do alumínio e carvão, e ainda com o início da exploração do campo de gás coral, a expectativa é que o crescimento económico do país atinja os 4,2%.


https://www.forbesafricalusofona.com/apoio-de-portugal-a-mocambique-acima-dos-90-milhoes-de-euros/


 ::)
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 26, 2023, 06:34:38 pm
Ilha de Moçambique testa fórmula para eliminar plásticos e ter mais peixe


Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 08, 2024, 04:12:25 pm
Porto de Maputo vai investir 600 milhões de dólares em três anos


Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 17, 2024, 01:28:18 pm
(https://images4.imagebam.com/b2/23/ad/MES2HP6_o.jpg)
Título: Re: Economia de Moçambique
Enviado por: PTWolf em Fevereiro 17, 2024, 01:52:08 pm
Dai o Antonio Costa na ultima visita ao país ter piscado o olho para sermos parceiros estrategicos no hidrogenio.