E se, muito simplesmente, mudarmos o canal?
É o que costumo fazer quando não gosto da programação
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E, muito francamente, parece-me muito difícil fazer noticiários que ataquem ainda mais o nosso país, história, cultura e auto-estima do que aqueles que já temos (salvo algumas excepções, como a Sic Notícias).
A TVI tem informação com formato tablóide. A sua apresentadora de serviço é um grande exemplo de profissionalismo do jornalismo tablóide, próprio para sopeiras e pessoas com poucos estudos (sem desprimor para ninguém).
A programação da TVI já está repleta de telenovelas, quintas de famosos, filmes americanos rascas (e mesmo esses só passam às 3 da manhã), programas brasileiros e outro lixo semelhante.
Aliás, a ameaça cultural, a existir, vem de produtos Norte-Americanos, que vai uniformizando a cultura ocidental.
Um jovem vê mais vezes a MTV ou o AXN, ou coisa que o valha, repleta de Americanadas (muitas delas de excelente qualidade, aliás) do que a TVI.
Os hábitos e a linguagem corrente de muitos jovens já é à moda do Americano-do-gueto.
Duvido que um jovem comece agora a falar à Espanhol, dançar Espanholadas, a ver o Jogo do Ganso ou o Verão Azul (que saudades!) ou a cantar o não-sei-quê-Iglésias na discoteca e na rua.
Gostava de ver se a TVI ainda consegue piorar. Ou melhor, gostava de ver como vai piorar. Mas isso ocorrerá porque é aquilo que o público da TVI quer ver.
Desconheço se, no clausulado da licença de transmissão vendida em concurso pelo estado Português, existe alguma previsão proibindo ou condicionando a alienação do seu capital a empresas com sede noutro estado.
Se existir, deve ser provavelmente ilegal, dada a liberdade de concorrência e circulação de capital no espaço comunitário.
Não quero dizer que esta questão não possa ser preocupante para alguns. Para mim, simplesmente, não é. Nem temo, nem conto com a televisão para educar ninguém, nem sequer os meus filhos (disso não me demito).
Benny