Boas,
Eu também gostava de uma VDS (Variable Depth Sonar, certo SSK?) ou um TAS (Towed Array Sonar), se fosse activo de muito baixa frequência... aí podia ser que os alvos já dessem mais luta ao amigo SSK e camaradas submarinistas, não era? Aliás, pelo que julgo saber, as VdG já estão preparadas para levar um TAS, ou estarei enganado?
No entanto, como estamos em plena silly season, deixem-me sonhar um pouquinho: imaginemos que vivíamos num país com algum dinheiro e políticos que percebem para que servem FA... visualizem.... já está? Pronto, então o que acham deste MLU que se segue para as VdG? Tecnicamente seria bem possível...
Se fizéssemos a modernização das Meko canadianas (classe Anzac) e puséssemos um CEA-FAR com iluminadores CEA-MOUNT as VdG poderiam ficar a disparar e controlar não só ESSM mas SM-2! De facto, o iluminador CEA-MOUNT é de banda X e pode controlar quer um, quer outro, utilizando o modo ICWI (Interrupted Continuous Wave Ilummination).
Segundo sei, à vante da ponte existe espaço para um lançador óctuplo Mk41, presumivelmente o mais curto, a versão Self Defense (5.3 m). Isto dá logo 32 ESSM... no lugar do lançador actual existe espaço para colocar mais dois lançadores óctuplos, mas na versão táctica (6.75m) que consegue lançar SM-2. Assim, as VdG ficariam com 16 SM-2 e 32 ESSM. O custo desta opção seria abdicar dos Harpoon, porque por razões de interferência electrónica têm que sair de onde estão, e a perda da capacidade para operarem o segundo helicóptero (o que raramente acontece porque não temos Lynx suficientes e levar os bichanos para o mar fica caro...) mas esse seria um preço pequeno a pagar para termos umas fragatas com capacidade bastante razoável de defesa aérea a um custo relativamente pequenos (cerca de 150-200 milhões de euros por tudo, mais coisa, menos coisa).
Quanto às BD poderiam ficar com uma missão mais ASW, incorporando um sonar rebocado activo de muito baixa frequência (também já estão preparadas), mas mesmo aí se poderia substituir os 16 Sea Sparrow por 32 ESSM nos lançadores Mk48 e mais do que duplicar a capacidade de guiamento montando os STIR entretanto tirados das VdG. Também se poderia fazer a adaptação para operações no litoral que os holandeses estão a fazer nas deles e "pront's, 'tão os MLU feitos"... mais 50 a 100 milhões deviam dar para fazer isso.
Em suma, por 200 a 300 milhões de euros (metade do custo de uma fragata AAW de última geração) podíamos ficar com uma força de superfície muito, mas mesmo muito boa, balançada e adequada às nossas necessidades.
Eu sei, eu sei, isto nunca vai acontecer em Portugal e se as VdG levarem um segundo Phalanx já não é mau, mas deixem-me sonhar...
Saudações a todos
João