AS DIFERENÇAS DE TER UM POLÍCIA À FRENTE DA POLÍCIA
Pode ser mesmo aquilo de que a Polícia Judiciária está a precisar. Um operacional à frente dos seus destinos para acalmar os ânimos e concentrar-se na cada vez mais difícil função de controlo da criminalidade. Um polícia do terreno, que conhece as condições em que se trabalha, os seus homens e as dificuldades por que passam no dia-a-dia.
Ao nomear um polícia de carreira, o primeiro da história da PJ, o ministro da Justiça tinha sempre esta garantia. Mas com Almeida Rodrigues tem mais. Ele começou como agente, passou por inspector e já foi subdirector, sem nunca esquecer o bichinho da investigação.
É por isso uma boa aposta do ministro da Justiça, esta. O novo director nacional tem pergaminhos em casos como o crime satânico de Ílhavo, ou o serial killer de Santa Comba. Um director assim serve de exemplo e tem bagagem para pôr os pontos nos ii quando é preciso. Para cima ou para baixo.
Almeida Rodrigues já provou ter trunfos para restaurar a credibilidade da PJ. Pelo menos se lidar com este corpo policial com a mesma forma emocionada que usou nas investigações das suas equipas. Mais um ponto a seu favor: nunca se escondeu da imprensa, sabendo do seu papel, fundamental para uma polícia, de transmitir confiança nas autoridades.
FONTE: Diário de Noticias