Nova LPM

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typhonman

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Re: Nova LPM
« Responder #180 em: Outubro 23, 2009, 12:35:56 pm »
Sou novo no forum e queria dar a minha opinião sobre a LPM.

Então cá vai
-modernizaçao dos m-113 e respectivas versoes (menos o chaparral)--> não faz sentido gastar dinheiro num veículo vetusto.
-150 viat. tact. do programa VTLB--> Talvez o Sherpa
-30/40 MRAPs--> Dingo, concordo.
-mais alguns leopards---> Chegam e sobram.
-(+) viat. tact. (land rovers , unimogs , etc)--> Depende das necessidades.
-subst. dos m-109 a5 por pzh-2000--> Como não há dinheiro, modernizar os M-109 para o padrão A6.
-novas peças 155mm--> Concordo, M-777.
-(+) sistemas stinger--> Já temos, não sei em que numeros.
-avenger para substituir o chaparral--> Concordo!
-defesas anti-aereas de medio alcance (nasams ou patriot)--> Concordo com NASAM
-16/20 helis ligeiros (FAP/Exercito)---> A-109M
-UAVs--> Hunter UAV.
-10 NH-90--> OK!
-6 helis de ataque--> Os Apache da Holanda que tem a venda ?... Continua a não haver euros para isso.
-armas ligeiras  :N-icon-Gun:  :2gunsfiring: ---> FN ou HK G-36.
-novos misseis anti-tanque---> Sem duvida SPIKE-MR/LR.
-modernizaçao das 5 fragatas---> Boa ideia.
-adquirir mais uma fragata (ex: zeven provincien)---> Só se venderem os SSK´s.
-subst. o berrio--> Concordo !
-subst. os linx por NH-90 NFH---> Ou O novo lynx.
-contruir o navpol---> Concordo, mas nada a vista...
-subst. os AL.III---> A-109M
-modern. dos p3--> Em curso.
-modern. dos c-130-->Planeada, novo cockpit digital, e provavelmente novos motores e pintura.
-subst. dos Alpha Jet por EADS Mako ou M-346---> Está a ser estudado o assunto-
-aquisiçao de 2 awacs (Embraer R-99)--> Há outras prioridades.
-subst. dos Epsilon TB-30---> Sim, por PC-7 ou 9 por exemplo.

Falta mencionar os stocks de munições dos 3 ramos e adquirir para o exército munições GPS/Excalibur e para a FAP JSOW, mais kit´s JDAM, AGM-65F Maverick e  SLAM-ER para equipar o P-3C.
 

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nelson38899

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Re: Nova LPM
« Responder #181 em: Outubro 23, 2009, 01:51:48 pm »
Citação de: "typhonman"
Sou novo no forum e queria dar a minha opinião sobre a LPM.

Então cá vai
-modernizaçao dos m-113 e respectivas versoes (menos o chaparral)--> não faz sentido gastar dinheiro num veículo vetusto.
-150 viat. tact. do programa VTLB--> Talvez o Sherpa
-30/40 MRAPs--> Dingo, concordo.
-mais alguns leopards---> Chegam e sobram.
-(+) viat. tact. (land rovers , unimogs , etc)--> Depende das necessidades.
-subst. dos m-109 a5 por pzh-2000--> Como não há dinheiro, modernizar os M-109 para o padrão A6.
-novas peças 155mm--> Concordo, M-777.
-(+) sistemas stinger--> Já temos, não sei em que numeros.
-avenger para substituir o chaparral--> Concordo!
-defesas anti-aereas de medio alcance (nasams ou patriot)--> Concordo com NASAM
-16/20 helis ligeiros (FAP/Exercito)---> A-109M
-UAVs--> Hunter UAV.
-10 NH-90--> OK!
-6 helis de ataque--> Os Apache da Holanda que tem a venda ?... Continua a não haver euros para isso.
-armas ligeiras  :N-icon-Gun:  :wink:
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dc

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Re: Nova LPM
« Responder #182 em: Outubro 23, 2009, 05:30:40 pm »
Boas

Para a substituição dos epsilon tinha em mente o PC-21 ou o Super Tucano.
Em relação aos stocks de armamento tem toda a razão caro typhoonman eu esquecime
de o mencionar. :G-Ok:
Para as armas ligeiras ,alem da substituição da g3 estava a pensar em substituir as pistolas Walther
, novas submetralhadoras , etc.

cumps
 

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dc

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Re: Nova LPM
« Responder #183 em: Novembro 03, 2009, 02:49:43 pm »
Boas
Para os novos missis anti-tanque temos que substituir os por uns mais modernos por exemplo o MBT LAW e poderiamos adquirir
os Javelin para complementar os Milan e eventualmente o Spike.
Eu falei nos R-99 ,porque acho que fariam um bom trabalho na pesquisa do nosso espaço aéreo onde os radares terrestres não alcanção,
para além disso seria um bom meio para ajudar os F-16 nas intercepções fora do alcance dos nossos radares.
Esquecime de mencionar que deveriamos modernizar a artilharia de costa com misseis anti-navio e eventualmente anti-aéreos para além
de radares de pesquisa aérea/superficie.
Deveriamos adquirir também os sistemas Patriot (para além do nasams) para defender as bases aéreas e para termos umas defesas
anti-missil de maior altitude.

cumps
 

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nelson38899

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Re: Nova LPM
« Responder #184 em: Novembro 03, 2009, 03:33:41 pm »
Citação de: "dc"
Boas

Eu falei nos R-99 ,porque acho que fariam um bom trabalho na pesquisa do nosso espaço aéreo onde os radares terrestres não alcanção,
para além disso seria um bom meio para ajudar os F-16 nas intercepções fora do alcance dos nossos radares.


cumps

P3Cplus
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typhonman

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Re: Nova LPM
« Responder #185 em: Março 08, 2010, 11:06:46 pm »
Citar
Qual dos três ramos das Forças Armadas vai sofrer mais cortes é a pergunta do bilião de dólares que fazem hoje os respectivos chefes, depois de Teixeira dos Santos ter anunciado uma diminuição de 40% nas verbas previstas para a Lei de Programação Militar (LPM).
Esta Lei, que faz a programação do investimento no que diz respeito a forças, equipamentos e armamentos das FA, ainda não está em vigor. A anterior terminou a 31 de Dezembro e não há ainda uma nova, porque o Governo passado transferiu o encargo da sua revisão para o futuro Executivo - coisa que Augusto Santos Silva ainda não anunciou ter feito.
Curiosamente, em Janeiro, quando foi apresentado o Orçamento de Estado, ficou a saber-se que a Defesa ia ter um crescimento da ordem dos 6,5%, precisamente devido ao aumento em 60,7% das verbas canalizadas para a LPM.
Disse então Santos Silva que era preciso continuar o "esforço de modernização" e que a LPM tinha inscrito um valor "que ronda os 400 milhões de euros". Já da nova? A que agora vai sofrer cortes de 40%?Confuso? Também eu.
Há muito tempo que todos os anos as verbas da LPM são logo cativadas (cortadas) à cabeça. No ano passado foi em 30%, mas antes tinham sido 35%. O próprio OE para 2010 previa já essa cativação.
Chefes militares inquietos

Tal sistema torna as contas da Defesa um pouco virtuais e obriga a que muitos programas sejam adiados de ano para ano. Mas, agora, o problema é saber quais. E os chefes fazem contas à vida.
Exemplo: na Marinha, todos os grandes programas estão já contratualizados e em execução: submarinos, modernização das fragatas Vasco da Gama, patrulhas oceânicos (estes a ser construídos em Viana do Castelo, ou seja, equivalem a postos de trabalho). Só o contrato do navio polivalente logístico ainda não foi assinado... Mas será que chega?
Na Força Aérea, idem. É o ramo, aliás, que tem uma execução da LPM de quase 100%. Os contratos estão todos assinados: helicópteros EH101 (e sua manutenção), aviões C295, radar na Madeira, modernização dos F-16 (e aqui há muitos empregos em jogo).
Resta o Exército. Garantidos, porque os compromissos estão já assumidos, as viaturas blindadas de rodas Pandur (faltam metade), os Leopard. Mas a sempre prometida arma ligeira? E as viaturas 4x4 que o ramo está a usar no Afeganistão? E os helicópteros NH90, que deviam começar a chegar em 2012? Chegarão mesmo? E quanto aos sempre adiados helicópteros ligeiros? Pois...
Entre os cortes e os contratos, vai ter de haver ponderação. Percebe-se por que os chefes estão inquietos. Santos Silva vai mesmo ter de fazer jus às suas capacidades políticas para escolher... sem ofender.

in expresso


Realmente aonde cortar mais? Mas acho que podem esquecer os NH-90 assim como os helis Ligeiros no exército, e substituição dos Alpha-Jet..
 

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Re: Nova LPM
« Responder #186 em: Março 13, 2010, 11:23:47 pm »
Agora é só para esperar para ver que ramo é que tem mais peso junto do poder político. Porque infelizmente é mesmo assim...
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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sergio21699

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Re: Nova LPM
« Responder #187 em: Março 14, 2010, 01:12:07 pm »
Citação de: "SSK"
Agora é só para esperar para ver que ramo é que tem mais peso junto do poder político. Porque infelizmente é mesmo assim...

provavelmente vai ser o exercito que mais vai sofrer, as G3 vao continuar por mais uns anos, no afeganistao continuamos a usar veiculos emprestados e os helis tambem ja eram

a marinha talvez perca o LPD mas so o tempo o dirá

quanto a força aerea a modernizaçao dos F-16 traz mais empregos e portanto é uma mais valia mas esqueceram-se de referir a modernizaçao dos C-130 que ja so podem voar com uma autorizaçao especial e que vai custar entre 45 e 60 milhoes de euros (http://moraisvinna.blogspot.com/2010/03/c-130-de-portugal-estao-proibidos-de.html)

o melhor mesmo é esperar :(
-Meu General, estamos cercados...
-Óptimo! Isso quer dizer que podemos atacar em qualquer direcção!
 

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PereiraMarques

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Re: Nova LPM
« Responder #188 em: Março 15, 2010, 12:31:32 am »
Tenham atenção que os NH-90 do Exército já têm contrato assinado há anos. Aliás Portugal já vai andar a pagar "multas" para aceitar os helicópteros um ano ou dois após a data inicial...Portanto se ainda tiverem de pagar uma indemnização ao fabricante por rescisão do contrato...

Citar
Semanário Sol - Sexta-feira 25 de Abril de 2008
Política & Sociedade

Multa de cinco milhões
Pedido do Governo para adiar recepção de helicópteros NH90 sai caro


Helena Pereira e Carlos Ferreira Madeira

O Governo terá que pagar cinco milhões de euros de "multa" por ter pedido o adiamento da entrega dos helicópteros NH90 ao Exército. Os primeiros aparelhos encomendados à NAHEMA, a agência da NATO responsável pelo programa dos NH90, deviam chegar já este ano, mas a recepção foi adiada para 2012.

O pedido do Governo, comunicado em 2006, vai penalizar os cofres do Estado em cinco milhões de euros, dinheiro extra que terá de ser pago entre 2008 e 2010, soube o SOL. O NH90 faz parte de um projecto militar cooperativo de países europeus da NATO, no qual Portugal decidiu participar desde o início. Porém, o Governo tem vindo a atrasar o pagamento das prestações, chegando mesmo a acumular uma dívida de 23 milhões de euros em 2006.

O Ministério da Defesa Nacional (MDN) explicou ao SOL que o adiamento na entrega dos aparelhos foi solicitado "por razões de operacionalidade e coerência de funcionamento da Unidade de Aviação Ligeira". Isto significa que o Governo só quer os NH90 - helicópteros médios - após receber os helicópteros ligeiros. Sucede que o fornecimento dos "helis" ligeiros está muito atrasado. Chegou a haver um contrato assinado com a Eurocopter para o fornecimento de nove aparelhos EC-635, que foi rescindido pelo Governo PSD-CDS em 2002.

O actual Governo ainda não anunciou a abertura de novo concurso e muito dificilmente o Exército receberá os helicópteros ligeiros antes de 2012 - ano que coincide com o fim da legislatura do Executivo que sair das eleições de Outubro de 2009. A menos que, como o SOL noticiou na semana passada, o MDN opte por um ajuste directo e compre helicópteros A-109 à AgustaWestland - empresa que vendeu os "helis" EH-101, paralisados por falta de manutenção.

Se o Governo decidir, em 2012, pedir novo adiamento da entrega dos NH90, terá de pagar nova penalização. De acordo com o calendário negociado com a NAHEMA, Portugal receberá dois NH90 em 2012, três em 2013 e cinco em 2014. Na prática e para efeitos de contabilidade, a despesa só dispara no final da próxima legislatura - o que ajudará o próximo Governo a controlar o défice.

Paulo Portas rescindiu o contrato com a Eurocopter e ponderou desistir dos NH90 para escolher um helicóptero que substituísse estes dois tipos. E chegou a cancelar o pagamento de prestações à NAHEMA, contra a vontade do Exército. Contudo, se Portugal saísse do programa poderia ter que pagar mais de 15 milhões de euros. Por isso, o Executivo retomou as prestações.

http://forumdefesa.com/forum/viewtopic. ... 8&start=75
 

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dc

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Re: Nova LPM
« Responder #189 em: Março 29, 2010, 05:10:58 pm »
Quando é que sai a revisão da LPM?
Já agora gostaria de saber quais as prioridades.

Cumps
 

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Re: Nova LPM
« Responder #190 em: Março 30, 2010, 11:08:08 am »
a prioridade é o corte de 40% nas verbas
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Nova LPM
« Responder #191 em: Abril 10, 2010, 09:53:20 am »
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Conclui relatório de execução da Lei de Programação Militar
Reequipamento das ForçasArmadas com "buraco" de 66 milhões em 2009


10.04.2010 - 08:24 Por Nuno Simas, com Lurdes Ferreira

As Forças Armadas chegaram ao fim de 2009 com um "buraco" de 66,8 milhões na Lei de Programação Militar (LPM), que define os investimentos no reequipamento a médio e longo prazo e inclui a compra dos submarinos. E o Estado não pode contar com os milhões, ainda que modestos, da venda de equipamento (caças F-16, helicópteros PUMA e Aviocar), dado que esse programa foi tudo menos um sucesso: dos 80 milhões previstos, apenas vão encaixar-se cerca de 13 milhões, da venda de duas fragatas ao Uruguai. E pagos a prestações até 2013.

Sem esses 66,8 milhões, a compra de equipamento militar em 2010 fica "sem soluções de financiamento" nalguns casos. O alerta é feito no relatório de execução da Lei de Programação Militar (LPM) referente ao ano passado e entregue esta semana na Assembleia da República. No relatório, os investimentos cujo financiamento pode estar comprometido este ano não são identificados, mas o valor é quantificado: 66,8 milhões de euros, que resulta da "não descativação" de verbas do orçamento. É o que está escrito no documento, com a classificação de "reservado", a que o PÚBLICO teve acesso: esta "erosão orçamental compromete a conclusão de processos de aquisição considerados indispensáveis e que, por essa razão, ficam sem soluções de financiamento".

"Não é buraco orçamental"

Este "buraco" não foi o único, a avaliar pela leitura das páginas do relatório. No terceiro trimestre do ano passado, foi detectado um défice de 92,8 milhões euros. A solução foi a renegociação de prazos de entrega e de pagamento de equipamentos, além da transferência de verbas que estavam cativadas em capítulos.

No relatório são descritas, uma a uma e por cada um dos ramos (Exército, Marinha e Força Aérea), as verbas gastas em cada investimento ou processo de compra. Dos blindados Pandur aos helicópteros NH 90, da modernização dos F-16, dos aviões C-130 e das fragatas, incluindo também a compra de rádios, computadores desktop, jipes, formação de pilotos e até aparelhos de descodificação.

No final do ano, ainda segundo o relatório, a "escassez de dotação" teve outra consequência: ficaram "por honrar compromissos" no valor de mais de 7,3 milhões de euros, incluindo pagamentos às OGMA para a modernização dos F-16, no programa de compra de rádios ou ainda dos helicópteros NH 90. Ao PÚBLICO, o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, desdramatiza estes défices. "Isto não é um buraco orçamental. É menos receita e temos que gerir a receita que temos."

A pouco tempo de uma nova revisão - prometida pelo Governo até ao Verão -, as maiores dificuldades com a LPM poderão sentir-se mais em 2011 e 2012, anos em que estão previstos pagamentos do programa dos helicópteros NH 90. Em 2009, a transferência prevista era de 5,8 milhões de euros, mas esse valor sobre para 35,1 milhões em 2010 e 124,9 milhões de euros em 2011. A não ser, é claro, que sejam de novo renegociados os termos do contrato - uma consequência não só da crise mundial como dos efeitos do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), até 2013, que levou a cortes de 40 por cento na LPM. Sendo certo que já estava prevista uma cativação de verbas de igual valor para o Orçamento do Estado de 2010.

Santos Silva assume que estas são orientações estruturais, "independentes do período de fortíssima restrição de aquisições militares" que o país atravessa. "Não vai haver equipamentos (até 2013), mas há que avançar já com programas inevitáveis, que é o caso da modernização dos C-130", disse.

Aperto e vendas falhadas

O tempo é de aperto. O ministro resume assim a questão. "Lido com a obrigação de saber que a crise é mundial. A dificuldade dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo para o sector civil, as dificuldades de venda dos F-16, as dificuldades de venda dos Puma, todas elas decorrem não por ser Portugal que está a cortar na despesa militar, pois até não é dos que mais corta na despesa militar, o problema aqui é de procura."

Neste capítulo, a situação não é risonha. Além das fragatas já vendidas ao Uruguai, negócio feito em 2008, a venda de 10 caças F-16 está num impasse, aguardando-se uma resposta da Força Aérea do Paquistão. A venda dos oito Puma é difícil, dado que há quatro aparelhos que necessitariam de uma "profunda manutenção" para voltar a pô-los a voar. Dos dez Aviocar para venda, parte deles são para sucata. Os restantes 14, ainda a voar, só serão vendidas depois de terem sido entregues os novos aviões C-295M.

http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/ree ... 09_1431568
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Re: Nova LPM
« Responder #192 em: Agosto 13, 2010, 12:47:10 pm »
Parece que esta revisao da LPM, tal como as anteriores vai sendo adiada e nesta nem uma linha se tem escrito nos ultimos tempos...parece que nao vai acontecer este ano...e so mais um.

Uma coisa que nao percebi deste Ministro e que disse que "TODOS" os novos programas seriam adiados ate 2013 e que manteriam os ja em curso...mas depois ouvi declaracoes dele a dizer que os programas de Modernizacao do C130 e das armas ligeiras iriam continuar por serem prioridades. Alguem sabe se e para continuar agora ou so em 2013 ?
 

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Re: Nova LPM
« Responder #193 em: Agosto 13, 2010, 05:39:55 pm »
Eles falam uma coisa e depois falam outra, aposto que em 2015 ainda cá continuamos a falar das mesmas coisas.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Nova LPM
« Responder #194 em: Setembro 22, 2010, 03:15:08 pm »
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Defesa
Compras militares dependentes da venda de material
por MANUEL CARLOS FREIRE
30 Abril 2010


Governo reduz a um terço a previsão inicial de 290 milhões de euros a arrecadar com a venda de equipamentos usados

A revisão da Lei de Programação Militar (LPM), a aprovar este ano, condicionará a compra de alguns dos novos equipamentos para as Forças Armadas à alienação prévia de material usado, reduzindo-se as verbas a receber com esse processo apenas a um terço das inicialmente previstas.

Este é um dos pressupostos acordados na revisão da LPM que foi suspensa pelo então ministro da Defesa Nuno Severiano Teixeira em meados de 2009, após a derrota do PS nas eleições europeias, segundo dados a que o DN teve acesso.

"Há projectos que só arrancam se houver alienação de material militar", garantiu uma fonte militar.

Este pressuposto, partindo do princípio que se vão manter as regras já acordadas entre o Ministério e as Forças Armadas na actual negociação da LPM, constitui uma das mudanças aceites pelo Governo face à legislação aprovada em 2006 pelo então ministro da Defesa Luís Amado.

Apesar das reservas colocadas pelas chefias militares, pela oposição e pela generalidade dos observadores, a LPM de 2006 inscreveu cerca de 290 milhões de euros como oriundos da alienação de equipamentos militares - dez caças F-16, quatro helicópteros Puma, 14 aviões de transporte táctico Aviocar, 56 carros de combate M60, duas fragatas João Belo, e munições - durante o primeiro sexénio de vigência da lei.

Como isso não se verificou, com a excepção das fragatas João Belo (vendidas ao Uruguai por cerca de 13 milhões de euros), o orçamento da LPM apresenta um défice próximo dos 273 milhões de euros - num total de 2119 milhões de euros - para o período em causa (2006 a 2011). "A revisão corrige esse erro", sublinhou uma fonte das ouvidas pelo DN.

Agora, o Governo estima receber cerca de 110 milhões de euros da alienação de material de guerra - praticamente um terço dos 290 milhões de euros previstos na LPM aprovada em 2006. E só com a obtenção dessas verbas é que as Forças Armadas poderão avançar para um conjunto de novos programas.

De acordo com os dados, os projectos que "só arrancam" se o Ministério da Defesa receber aquelas verbas são: peças para as novas lanchas de fiscalização costeira (LFC) da Armada, 18 carros de combate Leopard 2A6 para o Exército, seis helicópteros ligeiros (em princípio destinados a substituir os Alouette III da Força Aérea) e mais um Lynx (helicóptero para a Armada).
A par desses programas, há outros a que os ramos têm dado maior prioridade e que não estão indexados à venda do material considerado excedentário: no caso do Exército, a nova arma ligeira, os helicópteros ligeiros ou as viaturas blindadas de quatro rodas; o navio polivalente logístico, para a Armada; a modernização dos aviões C-130, na Força Aérea.

Apesar dos cortes já determinados pela aplicação do Plano de Estabilidade e Crescimento à LPM (menos 40% das verbas anuais até 2013, proibição de fazer novos contratos), aquelas linhas gerais da revisão feita em 2009 à LPM deverão manter-se nos trabalhos em curso, adiantaram as fontes.

Nao tinha visto este artigo... é de Abril, mas achei interessante...pois refere novamente, que a Marinha quer comprar mais 1 Lynx (um projecto que parecia ja ter sido abandonado), 6 Helis para a Forca Aerea (muito pouco...digo eu) e os tais 18 Leopard 2A6 que o Exercito quer.