Confesso a minha perplexidade ao verificar que nos anos que precederam a 1ª G.M. a imagem da guerra era a de um militar com o capacete preso ao cinto,a arma ao ombro,de mão dada com uma jovem que o olhava olhos nos olhos,sorrindo,a levar o namorado ao comboio para seguir para a Frente.Esta estranha psicose da guerra era partilhada por todos os estratos sociais,queriam a guerra, desejavam-na,na Europa Central.
E todos eram convictos que o Natal seria passado em casa. A guerra em versão romantizada,descrita por Barbara W. Tuchman em "A Torre do Orgulho".
No advento de um novo século exacerbaram-se as questões territoriais e coloniais, tais como a Alsácia e Lorena disputadas pela França e Alemanha,o acesso ao mar Báltico por russos e finlandeses e o Tirol por austríacos e
italianos.Pretextos não faltavam para o início das hostilidades,faltava era definir as alianças, pela geografia,língua,e afinidades raciais, além das lições da História.
No que respeita a Portugal o risco esteve a Norte de Moçambique,com as tropas alemãs reforçadas por tribos de índole guerreira,a fazer uma guerra de movimento roubando armas e mantimentos,designadamente
portugueses e não sendo uma tropa de ocupação, logo que a guerra acabou, retiraram-se para a Europa.
Chamo a atenção para o seguinte: na 1ª fase do nazismo,ainda antes da guerra, o governo liderado por Hitler discutia o que fazer com os judeus,que ao ser esbulhados dos seus bens,sem indemnização,ficavam redu-
zidos a bocas a comer,mesmo em campos de concentração.Pôs-se então a hipótese de os mandar para fora do país,com o destino da Palestina ou ANGOLA.Seria a Palestina por razões religiosas e históricas,um fluxo
reduzido que a guerra interrompeu.Só a partir de 1945 foi retomada a iniciativa,seguindo-se em 1948 a guerra dos emigrantes com a Palestina.
Boa Semana,CR