LPD- Navio Polivalente Logístico

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Charlie Jaguar

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3075 em: Janeiro 23, 2019, 11:23:34 am »
Já agora não seria de aproveitar a presença ultimamente frequente do Barco À Vista aqui no FD e perguntar-lhe o que é feito da vinda do Rotterdam no ano que vem? :jok: ::)

Não me recordo de afirmar tal coisa...

Mea culpa. Ia aconselhar-lhe uma toma reforçada de pílulas de alho Rogoff por tamanho esquecimento, mas afinal sou eu que estou delas a precisar.  :mrgreen: :-P

O seu a seu dono.  ;)

HNLMS Rotterdam L800 landing platform dock ship

Aquisição em finais de 2020

Guarnição: 125
Deslocamento: 12,750 toneladas
Comprimento: 166 metros




Espero que a notícia seja do vosso agrado.

Este será o flagship da nossa marinha de guerra. Apenas não se sabe ainda se virá com o equipamento completo mas as pessoas que me informaram (que manterei em sigilo bem como o conteúdo da conversa) confirmam a futura aquisição tendo existido visitas várias ao lpd por parte de elementos chave da nossa MGP.

Abraços a todos.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Vicente de Lisboa

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3076 em: Janeiro 23, 2019, 12:09:45 pm »
[...] seria melhor se fosse construído em Portugal pois iria ser feito de acordo com as especificações da Marinha e iria ajudar a construção naval portuguesa a evoluir.

Tradução: "os ENVC já estão habituados às constantes mudanças de ideas por parte da Marinha e é menos provável que rescindam o contrato por causa disso." A parte da evolução é capaz de ter um significado mais chato, mas vou ser ingénuo e assumir que sou só eu a ser cínico.
 
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jpthiran

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3077 em: Janeiro 23, 2019, 01:39:11 pm »
numa Marinha com poucos navios combatentes ainda querem comprar mais um navio não combatente...
que ainda por cima é grande como tudo e que não se pode defender...
ou seja será um alvo faclimo de atingir...´
é caso par perguntar qual a lógica disto?...
e para quê que vai servir?...
para transportar tropas para onde?...
os Fuzos vão começar a invadir outros países?...
passe o exagero - será o caso de um sem abrigo que tem um Rolls Royce...
no dia que o recebe está tudo bem...
quanto tem de encher o primeiro depósito, encosta o carro para sempre!...

e tudo isto quando há soluções muito mais razoáveis e uteis à Marinha como são os navios do tipo Absalon...
bem mais pequenos, com boa cpacidade comabatente e boa capacidade logistica...
é uma opinião!...vale o que vale!..,eu sei!...
« Última modificação: Janeiro 23, 2019, 02:28:03 pm por jpthiran »
 

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Lusitaniae

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3078 em: Janeiro 23, 2019, 02:56:16 pm »
Quem não tem dinheiro não pode ter vícios, esta é a directiva a seguir.
Portugal deveria de apostar tudo nos NPO, melhorar o projeto para terem radares melhores e capacidade bélica superior e ter uma frota destes melhorados de 6 a 8 unidades, deixar de lado fragatas e em vez de um "Bérrio" e um NPL, que tal uma versão "dá para os dois lados", pois somos pobrezinhos e temos que inventar.
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LM

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3079 em: Janeiro 23, 2019, 03:41:52 pm »
Quem não tem dinheiro não pode ter vícios, esta é a directiva a seguir.
Portugal deveria de apostar tudo nos NPO, melhorar o projeto para terem radares melhores e capacidade bélica superior e ter uma frota destes melhorados de 6 a 8 unidades, deixar de lado fragatas e em vez de um "Bérrio" e um NPL, que tal uma versão "dá para os dois lados", pois somos pobrezinhos e temos que inventar.

Aí discordo - as características geopolíticas de Portugal exigem meios como as fragatas - mais autonomia, mais resiliência, melhor comportamento no "nosso" mar...

Um NPO é um navio da MdG, mas não deve ser considerado um navio de combate - pode melhorar muito (radar, ESM, Mistral), mas estas capacidades são as de um bom patrulha, não os transformam em um navio de combate.

Se queremos um NPO como navio de combate - e partindo do principio que queremos da MdG com navios de combate - ele transforma-se em uma corveta e o seu custo é praticamente o de fragata, sem as vantagens de "mais autonomia, mais resiliência, melhor comportamento no "nosso" mar" (e mais facilidade em fazer upgrades)...

Relembro sempre as alterações na classe River efectuadas do batch I para o II, mas que mesmo assim They are naval vessels, but definitely not warships... e tinham já a maioria dos sensores que nós ainda sonhamos nos NPO.

     
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jpthiran

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3080 em: Janeiro 23, 2019, 04:32:55 pm »
em relação à questão financeira lembro o espectáculo confrangedor do apetrechamento das lanchas Dinamarquesas!...
nem dinheiro para lhe por uma metralhadora ou um canhão ligeiro temos!...
andam à anos encostadas à espera sabe deus de quê?...

o Bério é oq ue se sabe - não há dinheiro para o sibstituir, mesmo com ofertas exceptionaimente boas e em conta no mercado!...

para compar um NPL teria de se reequipar os Fuzileiros e não parece haver dinheiro para isso!...

quanto aos méritos dos NPO e à sua possibilidade de modernização, estou totalmente de acordo!...

se somos um pais de maledicentes a até reconhecemos que o navio é bom, é porque ele deve ter algumas qualidades!...

mais, reconhece-se que o navio é de fácil e reduzida manutenção o que o torna barato de operar, melhor ainda!...

se acham que os NPO devem ser melhorados e se houver verba, que se faça - não custará muito mais do que já custa!...

e invista-se na ideia de fabricarmos nos ENVC as futuras Mfrigates sobre licença dos Holandeses - esses sim, verdadeiros navios combatentes e que correspondem à nossa missão na nato, que a luta anti-submarina no nosso mar...

cumprimentos,
« Última modificação: Janeiro 23, 2019, 07:50:19 pm por jpthiran »
 

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Charlie Jaguar

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3081 em: Janeiro 31, 2019, 01:55:44 pm »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

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perdadetempo

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3082 em: Fevereiro 01, 2019, 12:04:30 pm »
Não é um NAVPOL mas até dava jeito para o treino dos fuzileiros e para substituir o Bacamarte, permitindo até fazer uns passeios com material até os Açores e à Madeira. São dos anos 90 (*) de maneira que até não destoavam do resto da Marinha e só necessitam de duas dúzias de tripulantes.




https://gcaptain.com/u-s-army-to-divest-a-majority-of-its-watercraft-and-maritime-capability/

Cumprimentos,
 

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mafets

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3083 em: Fevereiro 01, 2019, 12:33:57 pm »
Ainda andam nisto? Mas depressa chega o tópico ás 300 páginas que o Navpol a BNL...  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Cumprimentos  c56x1 ;D :-P ;)

P.S. Como o Maduro anda em baixa, será que não nos vendia? Prometíamos que não o invadíamos e se calhar vinha em saldo.  :nice:





Citar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Armada_Nacional_da_Venezuela
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 
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tenente

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3085 em: Fevereiro 22, 2019, 09:05:49 pm »
querem lá ver que......


https://www.janes.com/article/81429/singapore-to-replace-endurance-class-with-joint-multi-mission-ship-after-2020



https://en.wikipedia.org/wiki/Endurance-class_landing_platform_dock

Abraços


Espero bem que não. São um pouco limitados e bastante lentos.
Além de que o dinheiro do LPD dava pra comprar um Endurance 160/170 que é um LHD.
 :-P
 

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NVF

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3086 em: Fevereiro 22, 2019, 09:25:24 pm »
Dois destes devem ficar aí por uns 80 milhões, o que talvez seja suficiente para convencer o novo ministro. O problema é a incompatibilidade com o nosso equipamento actual.

Parece que os sigapurenses, ou cingapuranos, ou lá como eles se chamam, instalaram um sistema que não deixa embarcar material obsoleto a bordo, pelo que não há garantias que as G3 dos fuzos, mesmo kitadas, consigam embarcar. Aliada a esta incompatibilidade, a Marinha aponta ainda que os navios estão demasiado armados para missões de guarda costeira.

A FAP objecta porque nem os P-3, nem os C-295, nem os futuros KC-390 podem operar a partir destes navios. E, para finalizar, o Exército manifesta a sua objecção à aquisição destes navios por estes serem incapazes de desembarcar equipamento nas costas da RCA.
Talent de ne rien faire
 
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Cabeça de Martelo

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3087 em: Fevereiro 23, 2019, 02:56:29 pm »
em relação à questão financeira lembro o espectáculo confrangedor do apetrechamento das lanchas Dinamarquesas!...
nem dinheiro para lhe por uma metralhadora ou um canhão ligeiro temos!...
andam à anos encostadas à espera sabe deus de quê?...

o Bério é oq ue se sabe - não há dinheiro para o sibstituir, mesmo com ofertas exceptionaimente boas e em conta no mercado!...

para compar um NPL teria de se reequipar os Fuzileiros e não parece haver dinheiro para isso!...

quanto aos méritos dos NPO e à sua possibilidade de modernização, estou totalmente de acordo!...

se somos um pais de maledicentes a até reconhecemos que o navio é bom, é porque ele deve ter algumas qualidades!...

mais, reconhece-se que o navio é de fácil e reduzida manutenção o que o torna barato de operar, melhor ainda!...

se acham que os NPO devem ser melhorados e se houver verba, que se faça - não custará muito mais do que já custa!...

e invista-se na ideia de fabricarmos nos ENVC as futuras Mfrigates sobre licença dos Holandeses - esses sim, verdadeiros navios combatentes e que correspondem à nossa missão na nato, que a luta anti-submarina no nosso mar...

cumprimentos,

Apesar de ser um acérrimo defensor da aquisição de mais material e o reforço do número de vagas para o Corpo de Fuzileiros, penso que ainda não percebeste que o NPL é para ser usado pelos três Ramos das Forças Armadas.

Citar
O NAVIO POLIVALENTE LOGÍSTICO E A MOBILIDADE ESTRATÉGICA


Em cerimónia realizada em Viana do Castelo no passado dia 16 de Fevereiro, presidida pelo Director-Geral de Armamento e Equipamentos de Defesa, foi assinado o Contrato-Base entre o Estado e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), representados pelo seu Presidente do Conselho de Administração.

O Contrato vincula ambas as partes na construção do Navio Polivalente Logístico (NPL, também designado por NAVPOL ou ainda pela sigla internacionalmente consagrada de LPD Landing Platform Dock, em tradução literal “plataforma de desembarque com doca”).

Testemunharam a assinatura do Contrato o Vice-Almirante Superintendente dos Serviços do Material, o Contra-Almirante Comandante do Corpo de Fuzileiros e diversos Oficiais-Generais do Exército e da Força Aérea, entre outros convidados.

O Contrato-Base antecede a futura celebração do Contrato de Aquisição, também com os ENVC, logo que esteja concluído o projecto básico. A realização desta fase, da responsabilidade do estaleiro naval alemão HDW, está incluída no Contrato das Contrapartidas do programa de aquisição dos novos Submarinos. O projecto detalhado e a construção do NPL serão o objecto do futuro Contrato de Aquisição.



A elaboração do projecto básico será levada a cabo através de uma equipa conjunta do HDW, dos ENVC e da Marinha – designada Joint Project Team, a funcionar em Kiel, Alemanha. Neste trabalho tripartido, o HDW é responsável pelo desenvolvimento do trabalho técnico de base, incluindo a pré-selecção de potenciais fornecedores dos principais sistemas, cabendo aos ENVC o acompanhamento desses trabalhos, assim adquirindo a mais-valia representada pelo know-how necessário ao futuro desenvolvimento do projecto e à construção do navio. À componente da Marinha, constituída por 5 Oficiais, técnica e administrativamente apoiados pela Direcção de Navios, compete a aprovação da documentação produzida e a validação do projecto básico. A futura fase de construção terá a participação de uma Missão de Acompanhamento e Fiscalização, residente no estaleiro, cujas funções se irão estender, para além da fiscalização da construção, à coordenação da formação e treino da guarnição e dos técnicos de manutenção, à organização do Apoio Logístico Integrado e integração do navio na Marinha.

O actual planeamento do programa prevê a conclusão da construção do navio em 2010, com a subsequente entrada ao serviço da Marinha, ficando desde então apto a contribuir para o cumprimento de missões no âmbito conjunto dos três ramos das Forças Armadas.

Os desenvolvimentos estratégicos emergentes do quadro internacional pós-guerra fria, associados às cada vez maiores restrições orçamentais, têm levado à progressiva redução das forças armadas. A evolução da conjuntura internacional, no entanto, pressiona em sentido contrário, através de uma crescente solicitação para o emprego das forças armadas em cenários novos, com reflexos específicos no que respeita a mobilidade estratégica, flexibilidade de emprego, interoperabilidade (assegurando a capacidade para participar em operações com forças de outras nações), capacidade e prontidão operacionais e introdução de tecnologias de vanguarda. É este, claramente, o caso de Portugal, tanto no que se refere às suas necessidades próprias, designadamente as que se relacionam com as comunidades nacionais residentes em países estrangeiros, como às responsabilidades contraídas perante a comunidade internacional, no quadro das organizações de segurança e defesa de que é membro activo.

Desde há cerca de 8 anos que a Marinha vem desenvolvendo as acções tendentes à aquisição de um NPL. O objectivo é pois dispor de um meio capaz de responder ao quadro atrás referido, proporcionando a mobilidade estratégica por via marítima e a projecção de forças de fuzileiros ou do Exército, assegurando-lhes capacidade de intervenção rápida e permanência na zona de acção, com simultânea maximização de autonomia logística no embarque, sustentação e desembarque das forças. A definição dos requisitos do NPL colheu o importante contributo de diversos organismos da Marinha, bem como de representantes do Estado-Maior General das Forças Armadas, do Exército e da Força Aérea.

 

O arranjo preliminar do NPL, a consolidar durante o projecto básico, prevê que o navio venha a ter um comprimento de 162 metros, 25 metros de boca, 5,2 metros de calado, e um pontal de 17 metros (altura da linha de água ao convés principal). Um último valor ilustrativo da dimensão do navio é a altura da linha base (essencialmente, a linha definida pela face inferior da quilha) ao topo do mastro, que será de 45 metros.


O deslocamento carregado, sem considerar a doca alagada (situação que permite o lançamento e a recolha das lanchas de desembarque), rondará as 10.500 toneladas. A velocidade máxima será superior a 19 nós.

Em termos gerais, o NPL terá capacidade de transportar meios humanos (num máximo de cerca de 800 pessoas, com bons padrões de habitabilidade, 150 dos quais serão a guarnição), material, meios aéreos (4 helicópteros EH101 - versão naval, em aquisição para a Força Aérea, ou 6 helicópteros Lynx, que equipam as fragatas da classe Vasco da Gama), meios terrestres (viaturas pesadas e ligeiras) e meios navais (4 lanchas de desembarque com cerca de 25 m de comprimento e umas dezenas de botes pneumáticos dos fuzileiros).

Para além dos espaços operacionais e habitacionais, existirá uma garagem com cerca de 900 m2, uma doca com cerca de 880 m2, um hangar com cerca de 510 m2, um convés de voo com cerca de 1.300 m2, paióis de carga com cerca de 3.000 m3 e um hospital com cerca de 400 m2. A operação de enchimento da doca demorará 2 horas e deverá atingir os 2 metros de profundidade de água.

A propulsão do navio será diesel-eléctrica, possibilitando a prática de velocidades muito baixas durante períodos longos. A autonomia é de 6.000 milhas a 14 nós, envolvendo víveres para 30 dias para a máxima capacidade de pessoal embarcado. A polivalência do navio refere-se à diversidade de missões que lhe poderão ser cometidas, à variedade de carga que pode transportar e à possibilidade de utilizar alguns dos seus espaços específicos para transporte de natureza muito diversificada.

C41 > Sistema Integrador de Informação do Navio (SIIN)

A título de exemplo, na doca e no hangar poderão ser transportadas viaturas, embora com o correspondente sacrifício de transporte de lanchas ou de helicópteros, consoante o caso. A possibilidade de uso diverso dos grandes espaços do NPL deriva das ligações existentes entre eles (uma rampa entre a doca e a garagem, elevadores de elevada capacidade garantindo a comunicabilidade entre garagem, o hangar e os paióis de carga).

O navio terá características que o capacitam para operações militares ou de natureza humanitária sem que se torne necessário realizar qualquer tipo de adaptação. O hospital terá capacidade de intervenção cirúrgica, de cuidados intensivos e de internamento para as necessidades típicas das acções militares ou resultantes de catástrofes naturais ou humanitárias; as vertentes de transporte naval e aéreo ampliam essas mesmas capacidades, quer para recolha de feridos, quer para a sua evacuação.

O sistema C4I do navio (Comando, Comunicações, Controlo, Computadores e Informação) será suportado por um Sistema Integrador de Informação do Navio (SIIN), envolvendo os sistemas de gestão de combate, de comunicações (SICC), de navegação, plataforma, comando e controlo de operações anfíbias, o MCCIS (Maritime Command and Control Information System), bem como o sistema integrado de gestão do navio, de natureza administrativa. Tanto o SICC como o SIIN serão projectados e construídos por empresas portuguesas, assim oferecendo um significativo contributo para a economia nacional, num domínio de elevado valor tecnológico acrescentado.

Portugal irá dispor de um navio deste tipo depois de outras nações, de igual dimensão ou superior, os terem já em serviço. Pode referir-se os exemplos da Espanha e da Holanda, que apostam em vários navios desta natureza, vocacionados ou para o transporte ou para o exercício de comando e controlo de forças a nível de brigada (3 batalhões, aproximadamente). Os requisitos nacionais, aliados ao facto de o navio vir a ser concebido a jusante de outros meios semelhantes permitirá que, a partir da experiência alheia, o NPL nacional venha a oferecer garantias de melhor optimização das suas diferentes capacidades, designadamente quanto ao compromisso entre as vertentes de transporte e de capacidade de comando e controlo.

O elevado valor militar do navio derivará, essencialmente, do seu potencial de transporte e sustentação de uma força militar para intervenção em terra, durante períodos relativamente longos; consequentemente, é dada a atenção adequada aos seus meios defensivos (mísseis e outras armas de defesa próxima).

A entrada em serviço do NPL representará um notável salto qualitativo na capacidade das Forças Armadas Portuguesas, traduzido pela capacidade de projectar uma força de fuzileiros de escalão batalhão (cerca de 650 elementos) complementar ou alternativamente através dos seus tradicionais botes pneumáticos, das lanchas de desembarque, dos helicópteros, das novas viaturas blindadas anfíbias (cujo contrato de aquisição foi também recentemente assinado) ou mesmo directamente para o cais, se as condições em que o desembarque se realiza o permitirem. Tal como já referido, o navio poderá transportar e desembarcar forças do Exército a nível de batalhão com o respectivo equipamento.

Pela primeira vez nos tempos modernos, o país irá dispor de capacidade autónoma de projecção de força, bem como de prestar assistência a populações próximas ou distantes em situações de catástrofe humanitária, ou ainda de assegurar a evacuação de cidadãos nacionais no estrangeiro em situações de crise grave.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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jpthiran

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3088 em: Fevereiro 23, 2019, 07:09:51 pm »
Boa tarde a todos e ao Cabeça de Martelo em especial pela resposta.

Percebi que o NPL tem elevado interesse militar e estratégico, numa lógica de um país que queira acautelar os seus interesses, enquadrado em Forças Armadas bem equipadas e móveis.

Mas como devem ter reparado por alguns dos seus posts tenho uma visão um bocado negativa sobre as sortes de Portugal enquanto país independente!...Entendo que a fragilidade do país em vários domínios é tão grande que com muito pouco se põem fim a quase 1.000 anos de história como país independente...

Neste sentido e falando muito claramente entendo que a primeira e grande preocupação de segurança de Portugal como nação é com o seu grande vizinho. Não hoje ou amanhã, mas numa qualquer situação de grave crise económica (por exemplo) na Europa, em que o populismo vem ao de cima e alguém decide dizer que a Espanha fica melhor com a integração de Portugal!...Basta ver o Brexit - uma péssima decisão tomada em democracia, mas influenciada pelo populismo e por um país em que a população está um pouco perdida!...no caso de Espanha, possivelmente muita gente reconhece o Estado Português e respeita a história e a soberania de Portugal...mais ainda, a Espanha tem outros problemas bem grandes em que pensar...as Autonomias Espanholas não são pacíficas!...mas nunca se sabe o dia de amanhã e as Forças Armadas são na minha opinião acima de tudo o seguro contra os riscos externos à nossa Independência!...por isso a concentração dos recursos, especialmente quando são tão escassos, deve ser na capacidade combatente, que está em mínimos assustadores!...neste sentido acho que o tal navio que assegura outras valências que não de combate é um desperdício de recursos!...com esse dinheiro podem-se comprar navios de combate (e até novos)!...e falei nas alternativas das Absalon (navios combatentes mas com capacidade de transporte)  mas admito que posso ter uma visão negativa de mais e que há que ver os problemas sobre outras perspectivas também...e que o NPL é uma plataforma que serve para muitas outras coisas!...se acharem que o nosso grande vizinho não é uma preocupação então até faz sentido...quanto à capacidade de mandar os Fuzileiros para o exterior (como força expedicionária, tipo Marines), já não acho que faça muito sentido...hoje vejo os Fuzileiros como mais uma força de qualidade superior, bem equipada, móvel e com poder de choque, como são os Comandos e os Paras...no contexto desse seguro que são as Forças Armadas para a defesa da segurança e independência nacional na defesa do território nacional (dentro das nossas fronteiras)...as participações no exterior em missões de segurança (como na RCA) devem existir mas são "outro assunto"...
« Última modificação: Fevereiro 23, 2019, 11:31:58 pm por jpthiran »
 

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zocuni

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #3089 em: Fevereiro 26, 2019, 12:08:46 pm »
Tenho uma duvida de amura a usar caso tenhamos efetivamente esse desejado LPD e essa é a principal.Mas vamos supor e aqui so supomos que ele vem realmente ele usará a amura do tipoA +série de números como usamos para unidades de apoio ou usaremos a letra L que é que geralmente se usa para este tipo de embarcação?Se usarmos a letra L alguem saberia qual a serir de numeros que nos é devida?
zocuni