CPLP

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Lusitano89

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Re: CPLP
« Responder #195 em: Setembro 05, 2013, 04:45:31 pm »
Portugal e Brasil defendem capacitação das marinhas e guardas costeiras da CPLP


Os governos de Portugal e do Brasil defendem a capacitação das marinhas e guardas costeiras da CPLP para ultrapassar os problemas "mais prementes" que actualmente se colocam à segurança marítima, nomeadamente o terrorismo, a pirataria e o crime organizado. Falando no II seminário Internacional Político-Diplomático do Centro de Análise Estratégica (CAE) da CPLP, realizado quarta-feira, em Maputo, o adido militar de Portugal Rui de Almeida considerou "indispensável" a formação deste ramo militar para a segurança marítima nos espaços de soberania e jurisdição dos Estados membro da organização.

"É indispensável que os governos e, em particular, os da CPLP capacitem as suas marinhas e guardas costeiras, de modo a que contribuam para a segurança marítima nos seus espaços de soberania e jurisdição e que cooperem partilhando informações e patrulhando em conjunto os espaços marítimos quando o Estado costeiro não tenha capacidade própria", afirmou Rui de Almeida.

Dados do CAE indicam que a CPLP representa, no seu conjunto, um espaço marítimo de 7,5 milhões de quilómetros quadrados, constituindo-se como um potencial estratégico extraordinário e, ao mesmo tempo, eixo fundamental do desenvolvimento sustentável das suas economias.

Em declarações à Lusa, o subchefe de Estratégia e Relações Internacionais do Estado Maior da Marinha do Brasil, Flávio da Rocha, disse que a Marinha brasileira pode cooperar em diversas áreas com os países da CPLP, nomeadamente no controlo do tráfico marítimo, garantindo que o seu país "está pronto e tem conhecimento suficiente" no ramo.

Falando aos jornalistas, o chefe de Estado-Maior da Marinha de Guerra de Moçambique, Rivas Mangrasse, reconheceu a falta de meios por parte das autoridades moçambicanas para que o seu sector se "adapte às novas missões" marítimas.

"Devemo-nos adaptar às novas missões. Não existe a fronteira entre a segurança interna e externa", alertou Rivas Mangrasse, reconhecendo que Moçambique enfrenta problemas de gestão das águas territoriais além das 24 milhas, onde "ocorrem aquelas outras ameaças que não têm fronteira, nomeadamente o terrorismo, a imigração ilegal e o contrabando".

A propósito, o subchefe de Estratégia e Relações Internacionais do Estado-Maior da Marinha brasileira disse que "o Brasil está pronto e tem conhecimento suficiente para apoiar Moçambique, a Marinha moçambicana e o Governo em termos de levantamento hidrográfico" da plataforma continental.

"O Sistema de Controlo Marítimo brasileiro está aberto aos parceiros que queiram aderir ao nosso sistema. Temos centros subsectores regionais sul-americanos. Temos o nível de cooperação também de militares não só em cursos de treinamento mas também nas nossas escolas de formação de praça e oficiais", afirmou.

Flávio da Rocha destacou que a Marinha do Brasil tem uma empresa de gestão de projectos navais, com linhas de créditos especiais. "Ela pode obter linhas de crédito para que a marinha de guerra de Moçambique, por exemplo, possa se equipar com meios projectados no Brasil, que tem um custo bastante competitivo hoje no mercado", afirmou.

Entidades governamentais, diplomáticas, militares, académicas e da comunidade empresarial ligada ao sector dos transportes marítimos debateram na quarta-feira, em Maputo, os desafios da arquitectura da segurança marítima nos oito Estados membros da organização lusófona.

Lusa
 

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HSMW

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Re: CPLP
« Responder #196 em: Setembro 20, 2013, 11:37:30 pm »
Felino 2013: países da CPLP realizam exercício conjunto na costa brasileira



 :arrow: http://www.naval.com.br/blog/2013/09/17 ... z2fTQvs3Fi
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Lusitano89

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Re: CPLP
« Responder #197 em: Outubro 28, 2013, 01:27:30 pm »
Países lusófonos querem português como língua oficial da ONU


Os países lusófonos estão unidos no objectivo de tornar o português a 7.ª língua oficial da Organização da Nações Unidas (ONU), segundo as missões permanentes de Portugal e do Brasil na instituição. O representante permanente de Portugal, Álvaro Mendonça e Moura, explicou à agência Lusa que existe "um esforço constante" e que "todos os parceiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) estão empenhados em persistentemente defender e valorizar" o lugar da língua portuguesa na organização internacional.

O embaixador do Brasil, Guilherme de Aguiar Patriota, disse que "é uma prioridade para o Brasil a colaboração estreita com os países de língua portuguesa na ONU" e propõe "que a estratégia de disseminação [da língua] seja feita de modo gradual, uma vez que se trata de uma questão que envolve custos".

"Um ponto de partida, por exemplo, poderá ser a tradução de alguns documentos da ONU para a língua portuguesa", explicou Aguiar Patriota, sublinhando que "em algumas agências especializadas da ONU, como por exemplo a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), já se admite a prática de intervenções em português durante as reuniões principais do órgão deliberativo".

A ONU tem hoje duas línguas de trabalho (inglês e francês) e seis línguas oficiais (árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol).

Se o português fosse considerado língua oficial, todas as intervenções seriam obrigatoriamente traduzidas em simultâneo. Caso alcançasse o estatuto de língua de trabalho, todo a documentação produzida passaria a estar disponível também em português.

Em 2010, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, já manifestara este desejo e desafiara os países lusófonos a incentivar o uso da língua.

Desde então, os países têm feito um esforço para sublinhar a diversidade geográfica da implantação da língua em debates de alto nível, como aconteceu em Setembro no debate geral na abertura da Assembleia Geral da ONU, em que todos os representantes da CPLP falaram em português.

Para tornar isso possível, a CPLP teve de pagar cerca de 550 euros e facultar uma tradução dos discursos numa das línguas oficiais de cada intervenção.

A 02 de Maio deste ano, as várias representações permanentes dos Estados-membros da CPLP também assinalaram o "Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP" junto da ONU.

Álvaro Mendonça e Moura sublinhou que o português "já tem estatuto de língua oficial, de trabalho ou de documentação numa multiplicidade de entidades pertencentes ao sistema" da ONU e dá vários exemplos, como Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O mesmo acontece na União Africana, na União Europeia, que adoptou todas as línguas dos países-membros, na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

O diplomata lembrou ainda que português é uma das duas línguas não-oficiais com emissões diárias na rádio da organização e que isso é "o reconhecimento devido pelo expressivo número de falantes do português no Mundo, em diferentes países e em vários continentes".

Mendonça e Moura recordou que o português "é a única das línguas com expressão verdadeiramente global (pela associação do número de falantes com a implantação geográfica, 8 países de 4 continentes) que não é língua oficial das Nações Unidas".

O diplomata reconheceu, no entanto, que "o momento actual de crise financeira internacional não é o mais propício a realizar um projecto desta natureza que envolve naturalmente investimentos significativos e despesas recorrentes apreciáveis."

"Mas nem por isso o nosso empenho, nem o dos nossos parceiros da CPLP diminui, continuando a aproveitar todas as oportunidades para realçar a importância da nossa língua no contexto das relações internacionais, incluindo no quadro de resoluções das Nações Unidas", concluiu.

Na terça e na quarta-feira, realiza-se em Lisboa a 2ª Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, que junta 200 académicos e especialistas da língua portuguesa.

O evento antecede reuniões políticas e um conselho dos ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP durante o qual será adoptado um Plano de Acção de Lisboa, à semelhança do Plano de Acção de Brasília, adoptado em 2010, e que definiu a internacionalização da língua portuguesa como objectivo comum dos países lusófonos.

Lusa
 

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Re: CPLP
« Responder #198 em: Fevereiro 10, 2014, 10:08:14 pm »
Grupo de portugueses pede a Timor que vete adesão da Guiné Equatorial à CPLP


Associações e investigadores portugueses dirigiram uma carta aberta ao primeiro-ministro de Timor-Leste, país que acolherá a próxima cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, para vetar a adesão da Guiné Equatorial à organização lusófona. A proposta de adesão da Guiné Equatorial à CPLP, que tem sido adiada de cimeira em cimeira, estará na agenda da reunião que vai acontecer em Díli, capital timorense, em julho de 2014.

Nesse sentido, os signatários da carta, enviada hoje à Lusa, fazem um apelo direto ao primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, para que “não tome posição favorável à adesão da Guiné Equatorial”, alegando que o regime liderado há décadas por Teodoro Obiang não respeita os “princípios que regem a CPLP”. Em concreto, referem que “a pena de morte continua em vigor no país” e mencionam “a corrupção, a pobreza, as detenções arbitrárias, os julgamentos injustos, os maus tratos designadamente dos prisioneiros, a tortura, as limitações à liberdade de imprensa, de expressão, de associação e de manifestação”, que “continuam a ser práticas correntes que vitimizam grande parte da população”.

Sublinhando que a Guiné Equatorial tem “um dos mais altos PIB per capita do continente africano e, simultaneamente, um dos Índices de Desenvolvimento Humano mais baixos”, os signatários vincam que, “apesar do compromisso do país em colocar-se em conformidade com as exigências em termos de ensino e aprendizagem da língua portuguesa e do respeito e promoção dos direitos humanos, práticas democráticas, justiça social e liberdades fundamentais, pouco ou nada de efetivo tem sido feito nesse sentido pelo regime de Obiang”.

A carta é subscrita pela Plataforma Portuguesa das Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento, pela Oikos, pela Transparência e Integridade, pelo Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral, pela Associação para a Cooperação entre os Povos e ainda pelos investigadores Ana Lúcia Sá, Gerhard Seibert e Marina Costa Lobo.

Lusa
 

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Re: CPLP
« Responder #199 em: Fevereiro 12, 2014, 11:23:03 am »
Governo português contra adesão da Guiné-Equatorial à CPLP


O ministro dos Negócios Estrangeiros declarou que Portugal terá uma posição «claramente negativa» sobre a adesão da Guiné-Equatorial à Comunidade de Países de Língua Portuguesa se este país não adotar uma moratória sobre a pena de morte.

Esta moratória é um dos «dois pilares» fundamentais do roteiro aprovado em março de 2011 pelos membros da CPLP, em resposta ao pedido de adesão da Guiné-Equatorial, efetuado no ano anterior.

Este país, liderado por Teodoro Obiang desde 1979 e considerado um dos regimes mais fechados do mundo por organizações de direitos humanos, tem estatuto de observador da CPLP desde 2006, mas a sua adesão foi «condicionada nas cimeiras de Luanda e Maputo por se considerar não terem sido cumpridos os requisitos necessários», lembrou o ministro Rui Machete, durante uma audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades. «Através da adoção da moratória tomamos uma atitude de acolhimento da Guiné-Equatorial, porque nos parece que é significativo e é simbólico. Se isso não existir, teremos de discutir com os países-membros da CPLP a atitude a tomar, mas a nossa posição é claramente negativa quanto à sua passagem de observador a membro definitivo», disse o governante.

Machete ressalvou que «a apreciação da qualificação da Guiné Equatorial para se tornar um membro da CPLP é uma decisão coletiva de todos os membros efetivos da CPLP, não é uma questão bilateral entre Portugal e a Guiné-Equatorial». «O problema da moratória é um aspeto simbólico que tomaremos em consideração porque é um ponto extremamente importante. Não pretendemos um direito de veto absoluto», sublinhou.

A Guiné-Equatorial deve ir adotando as características de um país democrático, lembrou Rui Machete. «Está longe de obedecer aos parâmetros democráticos, todos nós sabemos isso, mas também sabemos que [tal] é possível, através das exigências que vão sendo estabelecidas, e a pouco a pouco, havendo vontade de cooperação», considerou. Por outro lado, a Guiné Equatorial tem como língua principal o castelhano, pelo que deve «acentuar e acelerar o conhecimento da língua lusa».

A reabilitação da memória histórica e cultural daquilo que liga a Guiné Equatorial aos valores da lusofonia, a promoção dos objetivos de adesão e progressos de implementação deste roteiro no plano da comunicação institucional e a integração da sociedade civil nas atividades da CPLP são os restantes eixos do "roadmap" definido para a integração deste país na comunidade lusófona.

O deputado do PS Pedro Silva Pereira defendeu que esta é uma matéria que exige «um consenso político alargado», enquanto o bloquista Pedro Filipe Soares sustentou que a CPLP deve ser um «promotor do primado da paz, da democracia, do respeito pelo Estado de direito e pelas liberdades».

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: CPLP
« Responder #200 em: Fevereiro 21, 2014, 04:45:09 pm »
Guiné-Equatorial à beira de entrar na CPLP


A Guiné Equatorial está a um passo de se tornar o 9.º Estado-membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Ontem, os chefes da diplomacia da CPLP, reunidos em Maputo na XII Reunião do Conselho de Ministros da organização, deram um parecer favorável à adesão daquele país africano. O encontro tinha vários temas na agenda, desde o acompanhamento da situação política na Guiné-Bissau à institucionalização da Reunião de Ministros da Energia da CPLP. Mas o ponto forte da reunião - que se prolongou até à noite - foi o processo de adesão da Guiné Equatorial.

Agapito Mba Mokuy, chefe da diplomacia daquele país, comunicou na reunião que, no dia 13 de Fevereiro, o Presidente Teodoro Obiang assinou a resolução 426, que suspende a pena de morte com efeitos imediatos.

Entre os itens a cumprir para uma adesão plena, Malabo teria de adoptar uma moratória para abolir a pena de morte e promover o ensino da língua portuguesa. Após o pedido de adesão, em 2010 - embora a Guiné Equatorial seja membro observador associado da CPLP desde 2006 -, tem sido Lisboa a apresentar entraves à admissão do país.

Com a declaração de Agapito Mba Mokuy, o caminho para a adesão plena ficou mais aberto. A CPLP mantém agora a expectativa de que Malabo concretize a abolição definitiva da pena capital.

Antes do encontro, o ministro dos Negócios Estrangeiros e de Cooperação da Guiné Equatorial já tinha referido à agência Lusa estar «praticamente seguro» de que os homólogos dos outros Estados da CPLP veriam que «há uma vontade política, há uma determinação do país, para que a Guiné Equatorial tome o seu assento na família que lhe pertence por razões históricas, culturais e de língua».

Maputo com Lisboa

Na quarta-feira, numa reunião à margem do Conselho de Ministros da CPLP, o ministro português Rui Machete e o seu homólogo moçambicano debateram temas como as relações económicas entre os dois países.

À saída do encontro, Oldemiro Baloi anunciou aos jornalistas que em Março terá lugar a II cimeira bilateral entre Moçambique e Portugal, a realizar em Maputo.

Os dois governantes afirmaram ainda partilhar «identidade de pontos de vista sobre as condições de adesão da Guiné Equatorial» à CPLP.

Antes do parecer favorável deste Conselho de Ministros, apenas Maputo se mantinha mais perto de Lisboa em relação a este tema, defendendo essencialmente que é necessário haver primeiro maior abertura política em Malabo para depois se efectivar a entrada na CPLP. Os outros Estados-membros colocam a questão ao contrário: será a adesão como membro de pleno direito na Comunidade a criar e permitir essa abertura política da Guiné Equatorial.

Esta semana, antes de partir para Maputo, o ministro cabo-verdiano Jorge Borges defendeu que «não é o potencial económico da Guiné Equatorial o móbil para a sua aceitação na CPLP, mas sim os laços culturais comuns aos restantes países da comunidade».

O país liderado por Teodoro Obiang é o terceiro maior produtor de petróleo do continente africano.

Angola defende Comunidade aberta

«Angola defende a passagem da Guiné Equatorial para o estatuto de membro de pleno direito e sem condicionalismos. Nós não colocamos nenhum condicionalismo a esta adesão» - confirmou ao SOL, esta segunda-feira, o embaixador Oliveira Francisco Encoge, director do Gabinete de Apoio à CPLP do Ministério das Relações Exteriores de Angola.

Os presidentes da Guiné Equatorial e de Angola são os que estão há mais tempo no poder em África: Teodoro Obiang desde Agosto de 1979 e José Eduardo dos Santos desde Setembro do mesmo ano.

Oliveira Encoge reiterou que Angola defende «a ideia de que a CPLP tem de ser uma comunidade aberta»: «Devemos crescer mantendo os princípios que regem a nossa organização. A Guiné Equatorial é um país que tem a língua portuguesa como língua oficial e, por isso, consideramos que está em condições de fazer parte da nossa comunidade».

A X Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, a realizar em Julho, em Díli, e a assegurar a passagem da presidência da comunidade de Moçambique para Timor-Leste, deverá colocar o carimbo definitivo na adesão da Guiné Equatorial. São os Chefes de Estado que, com base no parecer do Conselho de Ministros, tomam essa decisão.

SOL
« Última modificação: Fevereiro 21, 2014, 07:08:52 pm por Lusitano89 »
 

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Alvalade

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Re: CPLP
« Responder #201 em: Fevereiro 21, 2014, 06:21:54 pm »
A adesão de novos membros não tem que ser aprovada por unanimidade ?
 

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Ataru

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Re: CPLP
« Responder #202 em: Fevereiro 21, 2014, 06:30:59 pm »
Sim, mas é exactamente esse o caso! Portugal era o único que não tinha voto positivo, mas segundo o MNE, já apoiam a decisão.
Greater Portugal = Portugal + Olivença + Galiza and the Eonavian Region + border villages that speak galaico-portuguese dialects + Cape Verde + St. Tomé and Principe + Cabinda + Timor
 

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papatango

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Re: CPLP
« Responder #203 em: Fevereiro 23, 2014, 09:02:27 pm »
Eu também acho que a Guiné Equatorial não deve ser membro de pleno direito da CPLP, mas não por causa dos direitos humanos ou do ditador.

Se a bitola a utilizar fosse essa, Angola, onde um dos ditadores mais antigos de África, se transformou num dos ladrões de maior sucesso no mundo e a Guiné Bissau, controlada por gangs de traficantes de droga, há muito que não deveriam fazer parte da CPLP.

No entanto, nesses países fala-se português.

Na Guiné Equatorial, NÃO.

Essa deveria ser a diferença.
O ditador e ladrão Eduardo dos Santos quer a companhia do ditador assassino da Guiné Equatorial, porque assim se sente melhor acompanhado.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Get_It

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Re: CPLP
« Responder #204 em: Fevereiro 23, 2014, 10:04:23 pm »
Uau, as pessoas ainda se preocupam com a CPLP? Desde quando é que aquilo tem qualquer legitimidade ou peso político?

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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sidonio

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Re: CPLP
« Responder #205 em: Março 03, 2014, 04:40:47 am »
A CPLP poderia e deveria ser uma instituição com maior peso. Seria do interesse de todos reforçar os âmbitos em que a organização está envolvida. Poderia até encaminhar-se para um bloco politico-económico-militar conjunto.

 Correm rumores que a  Guiné-Equatorial deverá injectar algumas centenas de milhões de euros no banco parcialmente nacionalizado Bannif, e que foi isso que fez Portugal mudar de ideias sobre a sua admissão.

 Cumprimentos
 

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Lusitano89

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Re: CPLP
« Responder #206 em: Março 08, 2014, 02:32:29 pm »
CPLP desvaloriza críticas à adesão da Guiné-Equatorial


O secretário-executivo da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) desvalorizou hoje as críticas à proposta de adesão da Guiné Equatorial, destacando que a organização lusófona deve confiar na garantia do país sobre a suspensão da pena de morte. Em declarações à Lusa, o responsável da CPLP considerou que a possível entrada do país liderado por Teodoro Obiang, que deverá ser aprovada em julho pelos chefes de Estado dos oito países, não irá prejudicar o prestígio internacional o bloco lusófono.

O secretário-executivo salientou que a Guiné Equatorial é membro das Nações Unidas, da União Africana e de outras instituições internacionais como a UNESCO ou a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), instituições "regidas pelos princípios e valores que regem a CPLP". A recomendação da adesão da Guiné Equatorial, aprovada em fevereiro pelos ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados-membros da CPLP, suscitou críticas de organizações dos direitos humanos e alguns analistas alertaram mesmo que a adesão poderia prejudicar o prestígio internacional da comunidade e dos seus membros. Murargy recordou que a existência da pena de morte naquele país era "o grande obstáculo" à sua entrada na CPLP, que pediu uma moratória.

A Guiné Equatorial decidiu a suspensão da pena de morte três dias antes da realização da reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros que discutiu o pedido de adesão, a 20 de fevereiro.

"Não vejo nada de anormal nesse processo. É o culminar de um processo que começou em 2010, durou quatro anos", disse o responsável da CPLP, aludindo à data do pedido de entrada da Guiné Equatorial, que era observador da comunidade desde 2006. Os Estados-membros da CPLP têm de "confiar" na palavra do Governo equato-guineense, defendeu. "Temos de confiar, são um país responsável. Não vamos exigir provas como se fosse um país qualquer. Eles são soberanos. Se disseram [que suspenderam a pena de morte], temos de acreditar", sustentou Murade Murargy.

Questionado sobre as críticas, desvalorizou: "As críticas hão de vir sempre. Também havia críticas de outros países africanos, que se interrogavam por que é que a Guiné Equatorial não entrou até hoje. Nenhuma situação é pacífica", considerou, acrescentando que "muitas críticas são feitas por desconhecimento", porque as pessoas "não se deslocam ao território para ver o que se passa lá e criticam com base em informações deturpadas". Sobre o facto de a língua principal daquele país ser o castelhano, e não o português, o secretário-executivo lembrou que os portugueses colonizaram a Guiné Equatorial durante 300 anos, enquanto os espanhóis o fizeram por 200 anos.

"Eles têm muita aproximação connosco, têm muita cooperação com os países africanos de língua portuguesa e já têm o português como língua oficial na Constituição. O Camões [Instituto da Língua e da Cooperação] está a ajudar a introduzir o português nas escolas", mencionou.
Murade Murargy salientou ainda que a Guiné Equatorial tem "um grande interesse" em entrar para a CPLP.
Um dos maiores produtores de petróleo de África, a Guiné Equatorial é liderada por Teodoro Obiang desde 1979 e considerada um dos regimes mais fechados do mundo por organizações de direitos humanos.


Lusa
 

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legionario

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Re: CPLP
« Responder #207 em: Março 08, 2014, 06:55:16 pm »
A Guiné-Equatorial tambem faz parte da  "Organisation Internationale de la Francophonie"  ( a concorrente da CPLP em versao francesa), que se rege pelos principios da diversidade cultural, da paz, da democracia e pela consolidação do Estado de Direito e  proteção do ambiente (sic).

A França, patria dos direitos do homem (pelo menos é o que dizem os franceses), não se ofusca nada com os mesmos detalhes que tanto incomodam a deputada do BE Helena Pinto e outros idealistas bimbos que infestam Portugal.

A Guiné-Equatorial tem algo que nos queremos e a CPLP tem o que a Guiné precisa. Juntarmos os trapinhos, sobretudo com uma noiva assim tao ricamente dotada, não me parece ser uma ma ideia.

Critica-se a Guiné-Equatorial pela pena de morte ? então que se rompam as relações com os EUA e com a China, que são dos paises que mais executam neste planeta.
Critica-se a Guiné-Equatorial por não usar o português ? então que corram com o Cavaco Silva e com o Passos Coelho que sao os unicos estadistas da UE que não utilisam a sua lingua natal quando discursam no estrangeiro.
 

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papatango

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Re: CPLP
« Responder #208 em: Março 13, 2014, 01:10:40 pm »
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A Guiné-Equatorial tem algo que nos queremos e a CPLP tem o que a Guiné precisa. Juntarmos os trapinhos, sobretudo com uma noiva assim tao ricamente dotada, não me parece ser uma ma ideia.
Tem algo que nós queremos ?  :shock:

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Critica-se a Guiné-Equatorial por não usar o português ? então que corram com o Cavaco Silva e com o Passos Coelho que sao os unicos estadistas da UE que não utilisam a sua lingua natal quando discursam no estrangeiro.
Se fossemos por aí, teriamos que correr com muitos utilizadores deste fórum, que também assassinam a lingua todos os dias...

Se na Comunidade dos países de língua portuguesa podem entrar países onde não se fala português, então o que estamos à espera para aceitar a adesão de Marrocos, da Arábia Saudita, da Turquia, do Turkmenistão e da Mongólia ?

E se o português afinal não conta para nada nesta estória, então não seria melhor aderir à Commonwealth ?
Ou então criar a Comunidad Iber-Afro-Americana de nações e juntar todos os países de lingua castelhana e portuguesa. Até se podia convidar a Catalunha para país observador.  :mrgreen:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Lusitano89

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Re: CPLP
« Responder #209 em: Março 13, 2014, 06:41:40 pm »
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A Guiné-Equatorial tem algo que nos queremos

Se esta a falar de petróleo, o que não falta na CPLP é disso. Brasil, Angola, São Tomé e ainda Timor-Leste que tem um grande potencial, mas por mim tanto faz, Moçambique faz parte também da Commonwealth e não tem o Inglês como língua oficial, e deve haver mais casos desses, por isso acho que o problema da língua não se põe nestas situações ... mas agora fazer da CPLP o grupo de amiguinhos do Comissário Eduardo dos Santos é que não, ele já tem os suficientes já na CPLP, mas se fosse pelos direitos humanos e afins a CPLP já tinha fechado portas, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné Bissau e até Timor o desrespeito pelos direitos humanos é norma, por isso não venham dizer que a Guiné Equatorial é um inferno, porque também há outros dentro da nossa Comunidade Lusófona