Israel

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urso bêbado

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Re: Israel
« Responder #30 em: Setembro 09, 2012, 09:26:34 pm »
Os acontecimentos que se estão a colocar no palco estão-me a deixar preocupado. Gosto do Estado de Israel e apoio todos os pontos da sua política de auto-defesa, como primeira linha do ocidente cultural contra a barbárie muçulmana; porém, ou precisamente por isso, acho destemida de mais a corrida para o confronto com o Irão que estão a percorrer.

Não me dá para saber a fortaleza das cidades israelenses ante uma possível enjurrada de mísseis persas, mas por vezes semelha acreditarem, os hebreus, serem sempre e inteiramente invencíveis. Nesta altura têm a ajuda dos EUA mas perderam qualquer apoio que no passado puderam sonhar com ter, caso da Turquia, engajada na NATO e país com o que colaboraram no passado entregando líderes do Curdistão, até.

Hoje o equilíbrio na região é difícil de suster, há muitos baralhos e todos estão marcados contra o povo israelense que nunca deveu conceder autonomia aos árabes, nem ceder Jericó, Nazaret ou Belém à ANP.

Em qualquer caso, na luta pela supervivência duma nação em legítima defesa e a ideologia nazista dos muçulmanos, prefiro apoiar de olhos vendados Israel.

A primeira e mais eficaz linha de defesa da cultura frente a barbárie.
 

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HSMW

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Re: Israel
« Responder #31 em: Novembro 06, 2012, 11:03:22 pm »
O outro lado.
Citar
I came across this video today,
this is the kind of videos you will NEVER find in MSNBC,BBC,CNN and so on.
you will never see this kind of video getting 100,000+ views.

the mature palestinain pupolation knows that the world hate to see children getting hurt in any kind of conflict.
so they thought about a new way to manipulate the world.
they're sending 5-12 years old children to curse and hit the IDF soldiers ,
until someone will do something to stop those kids,
and thats the moment when they will take picutres and publish it across the world as "IDF brutal behvior against kids!!!"

look at 02:25
the little boy with the Real Madrids Ozil t-shirt wanted to stop and go home,after he took couple of steps back,the adults forced him to come back and keep provoking the soldiers.


5:20
after one of the journalists had been arrested,the other photographers SUDDENLY started taking pictures..
i guess if the idf wont hit children,the pictures of "arresting innocent photographers that only wanted to show the truth" will be enough.

http://www.militaryphotos.net/forums/sh ... F-soldeirs
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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HSMW

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Re: Israel
« Responder #32 em: Novembro 16, 2012, 11:01:00 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Lusitano89

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Re: Israel
« Responder #33 em: Novembro 19, 2012, 10:05:50 pm »
De novo, a Guerra no Médio Oriente
Alexandre Reis Rodrigues


Esta pergunta parece pertinente à luz do agravamento da situação na Faixa de Gaza mas, na verdade, só pode fazer sentido a quem não acompanha regularmente o Médio Oriente e agora surpreende-se com os últimos desenvolvimentos do conflito entre o Hamas e Israel. Não tem em conta que depois da última intervenção militar israelita em 2008/2009 (Operation Cast Lead1) nunca houve algo que se possa designar como um clima de paz. Nos dois anos seguintes, 2010 e 2011, o Hamas alvejou Israel com cerca de 200 rockets em cada ano, depois 600 em 2011 e 700 neste ano, até meados de novembro, antes da atual agudização do conflito.

As perguntas que mais interessaria fazer seriam as seguintes:
 
O que terá levado o Hamas a criar uma situação a que Israel dificilmente poderá deixar de responder por intervenção armada, uma vez que, ao contrário do que acontecia no passado, agora é o próprio “coração” de Israel, nomeadamente Jerusalém e Telavive, que passaram a estar sob a ameaça dos rockets do Hamas?
Irá Israel repetir o padrão da Operation Cast Lead, invadindo de novo a Faixa de Gaza, depois da fase de campanha aérea em curso desde14 de novembro? Até que ponto poderá a decisão de Israel estar dependente do resultado da tentativa de realização de conversações de paz? Há várias teorias que tentam explicar a decisão do Hamas em agravar o conflito mas nenhuma parece ter um objetivo à altura do sacrifício a que ficarão sujeitos os palestinianos da Faixa de Gaza, se Israel voltar a invadir o território. Deveria haver um motivo muito forte mas nenhum dos que são referidos parece enquadrar-se nesse âmbito. Fala-se na pretensão do
Hamas em reocupar o papel central na luta palestiniana que poderia sentir estar a fugir-lhe em favor da Autoridade Palestiniana, particularmente agora que esta volta a insistir em obter das Nações Unidas o estatuto de “nonmember state”.

Fala-se também em querer aproveitar a aproximação ideológica com o Egipto, como líder do mundo árabe e muçulmano, agora sob uma liderança que emana da Irmandade Muçulmana e que é sensível aos “apelos da rua” para que o Governo de inspiração islamita reveja as relações com Israel. Não é de esperar que Morsi se possa “dar ao luxo” de ignorar a pressão da rua e se mostre pronto a dar espaço para acomodar as pretensões dos EUA e Israel. Um apoio claro do Egipto, impossível durante o regime de Mubarak, ajudaria o Hamas a sair do isolamento internacional em que se encontra. Por outro lado, se Israel invadir a faixa de Gaza, então o
relacionamento Israel/Egipto dificilmente escapará a uma agudização, como eventual comprometimento do acordo de paz, desfecho que serviria os propósitos do Hamas.

Referem-se também as dificuldades por que está a passar o Hamas para ter algum controlo efetivo sobre os grupos islamitas mais radicais, nomeadamente a Palestinian Islamic Jihad, os Palestian Resistance Committees e o Mujahideen Shura Council of Jerusalem que operam na faixa de Gaza. Estes grupos são responsáveis, sem luz verde do Hamas, por parte dos ataques a Israel e visam um projeto político próximo do pretendido pela al Qaeda. O Hamas tem tolerado as diferenças religiosas sob condição de a sua liderança não ser posta em causa mas não tem conseguido controlar esses grupos, que pretendem uma agenda mais agressiva. Receando perder a sua lealdade, o Hamas poderá ter decidido arriscar mais e confrontar Israel com todos os meios ao seu dispor, isto é, com armamento de longo alcance, capaz de atingir o centro de Israel (os mísseis Fajr-5).

A operação levada a cabo, no passado dia 22 de outubro, pelos israelitas no Sudão para destruição de uma remessa de mísseis Fajr-5 destinados a Gaza poderá ter também pesado na decisão do Hamas. A operação veio mostrar a inutilidade de o Hamas continuar a tentar ocultar a posse de mísseis de longo alcance, com que quereria surpreender Israel. Acabado o segredo não restou ao Hamas senão acordar uma trégua com Israel que foi assinada três dias depois. Só que os grupos radicais acima referidos decidiram agir por sua conta retomando os ataques a 10 de novembro. Com Israel, a partir daí, a ficar com todos os argumentos para reagir em força, ao Hamas não restou senão começar a usar os Fajr-5 e tentar demonstrar a Israel que não lhe restará senão negociar um entendimento que reconheça a sua autoridade política na Faixa de Gaza. O Hamas conta com o pragmatismo de Israel; Telavive sabe que a Faixa de Gaza entrará em caos completo se o Hamas perder autoridade local. Avigdor Lieberman, ministro dos Negócios Estrangeiros, já deu mostras de o Governo israelita estar sensível a esse risco ao vir afiançar que a operação em curso (Operation Pillar of Defence) não visa eliminar o Hamas.

Que objetivo tem então Israel? Certamente, o principal será eliminar toda a capacidade palestiniana em mísseis de longo alcance, se possível apenas através de raides aéreos. Neste momento, Telavive, diz que já destruiu 90% desta capacidade mas já tinha dito anteriormente o mesmo. Afinal, os ataques com rockets continuaram (foram lançados 640 desde 14 de novembro), demonstrando que o Hamas tem tido sucesso em camuflar os seus locais de armazenamento e em evitar que as equipas de lançamento sejam atingidas pela retaliação israelita (usando métodos de controlo remoto que lhes permitem manter essas equipas em áreas urbanas, no meio do povo).

Não obstante as relativamente já grandes dimensões dos Fajr-5 (6 metros de comprimento e 900 quilos de peso), o que torna muito difícil a sua camuflagem, é pouco provável que Israel possa garantidamente concluir que eliminou essa ameaça sem uma intervenção terrestre. Aliás, até há pouco dava-se por certo que o Hamas só conseguia produzir localmente mísseis de curto alcance (Qassams); para mísseis de longo alcance, como os Fajr-5 que atingem 75 quilómetros, não haveria mais do que a capacidade de os montar a partir de partes recebidos separadamente do exterior. A declaração que o Hamas fez ontem afiançando que os mísseis de longo alcance estariam a ser produzidos localmente, a ser verdade, alteraria completamente a situação, como se compreende. É improvável, no entanto, que isso seja verídico, dadas as dificuldades técnicas e exigências em infraestruturas para tal empreendimento. Em qualquer caso, a dúvida ficou no ar, o que constitui mais um incentivo para Telavive avançar com as operações terrestres. Porque quererá então o Hamas levar Israel por este caminho? Como poderá evitar mais sacrifícios à população de Gaza e que meios terá em mão para estar confiante de que criará sérias dificuldades a Israel?

Os EUA, pela voz do presidente Obama, já vieram declarar que Israel tem todo o direito de se defender dos ataques de que tem sido alvo. O Reino Unido embora nada dizendo em contrário, não deixa, no entanto, de fazer notar que Israel perderá a simpatia e apoio internacional se decidir-se por invadir de novo a Faixa de Gaza; lembra o risco de prolongamento do conflito e a enorme dificuldade em evitar pesadas baixas civis. Não é arriscado prever que a União Europeia adotará uma posição semelhante. As relações de Israel com o Egipto passarão por dificuldades sérias e com a Turquia irão agravar-se.

Telavive procura lidar com estas perspetivas repetindo que não tem em vista eliminar o Hamas e garantindo que a intervenção militar tem por objetivo exclusivo trazer segurança de volta ao sul de Israel. No entanto, este objetivo não será considerado atingido enquanto o Hamas continuar a demonstrar que a aviação israelita não conseguiu destruir a sua capacidade de alvejar Israel com os rockets Fajr-5. Se esta situação se mantiver, então haverá certamente uma intervenção israelita por terra e a situação no Médio Oriente agravar-se-á ainda mais.

Jornal Defesa
 

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Camuflage

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Re: Israel
« Responder #34 em: Novembro 20, 2012, 07:20:25 pm »
Resposta do Conselho da Onu? Envio de força internacional de manutenção de paz? Nah nunca é preciso nada.
 

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Edu

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Re: Israel
« Responder #35 em: Novembro 20, 2012, 08:15:19 pm »
Claro que não, então? Estamos a falar de Israel, é o povo escolhido. Eles podem fazer tudo.
 

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typhonman

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Re: Israel
« Responder #36 em: Novembro 21, 2012, 04:27:23 pm »
Vais para la tu Edu ? E mandas para la tropas tugas ?
 

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scrupulum

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Re: Israel
« Responder #37 em: Novembro 23, 2012, 09:49:21 am »
OS 11 MANDAMENTOS DOS MEDIA OCIDENTAIS
extraido de octopus, tradução de artigo de Gilles Munier


Regra número 1:
No médio Oriente, são sempre os Árabes que atacam primeiro e é sempre Israel que se defende. Chama-se a isso: retaliação.

Regra número 2:
Os palestinianos não têm direito de se defender. Chama-se a isso: terrorismo.

Regra número 3:
Israel tem o direito de matar civis árabes. Chama-se a isso: legítima defesa.

Regra número 4:
Quando Israel mata demaseado civis, as potências ocidentais chamam-lhe a atenção para não exagerar. Chama-se a isso: a reacção da comunidade internacional.

Regra número 5:
Os palestinianos não têm direito de capturar militares israelitas, mesmo que sejam poucos, nem que seja um único.

Regra número 6:
Os israelitas têm direito de raptar todos os palestinianos que desejam. Não existe qualquer limite e não necessitam de provar a culpabilidade das pessoas raptadas. Basta-lhes dizer a palavra mágica: "terrorista".

Regra número 7:
Quando falar em "resistência", deverá sempre acrescentar a expressão: "apoiada pela Síria e pelo Irão".

Regra número 8:
Quando falar em "Israel", nunca deverá acrescentar: "apoiado pelos Estados Unidos, a França e a Europa", porque poderiam crer trata-se de um conflito desequilibrado.

Regra número 9:
Nunca falar em "territórios ocupados", nem nas resoluções da ONU, nem nas violações do direito internacional, nem nas convenções de Genebra.

Regra número 10:
Os israelitas falam melhor francês e inglês do que os árabes (?). Isso explica que eles e os seus apoiantes tenham tão frequentemente direito à palavra. Assim, podem nos explicar as regras precedentes (de 1 a 9). Chama-se a isso a neutralidade jornalística.

Regra número 11:
Se não estiver de acordo com estas regras ou julga que elas favorizam um dos lados do conflito em detrimento do outro, é porque você é um perigoso anti-semita...


Tradução de artigo de Gilles Munier
http://www.france-irak-actualite.com/ar ... 52821.html
scrupulum aka legionario
 

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papatango

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Re: Israel
« Responder #38 em: Novembro 23, 2012, 11:24:11 am »
Citar
OS 11 MANDAMENTOS DOS MEDIA OCIDENTAIS
extraido de octopus, tradução de artigo de Gilles Munier

Propaganda ao melhor estilo dos comunistas durante a guerra fria.

Até parece que é mentira que existe extremismo árabe, até parece que é mentira que o Hamas possui foguetes para atacar Israel, até parece que é mentira que a única estratégica dos terroristas passa por atacar civis israelitas.

Há coisas que são óbvias.
Os palestinianos continuam à espera e Israel continua a tentar ganhar tempo, para tornar a retirada dos territórios ocupados um facto irreversível.
É isso que conta e é isso o que está a acontecer.
Não estou a desculpar os palestinianos por terem sido os primeiros a atacar porque terão razão, estou apenas a afirmar que o ataque por parte do Hamas tem uma justificação, que está baseada na incapacidade de Israel (e na impossibilidade resultado da pressão da opinião pública) para aceitar uma retirada mesmo que parcial dos territórios ocupados, ao mesmo tempo que continua a colocar muros e a isolar os palestinianos dentro da sua própria terra.


Mas o texto acima, é repugnante, porque não pretende sequer analisar o que quer que seja, pretende apenas deitar lama sobre os jornalistas que ainda tentam manter alguma imparcialidade.

O texto, honraria Joseph Goebels quando se referia à imprensa ocidental e o que nela se escrevia sobre a Alemanha entre 1936 e 1939.
Mas infelizmente quase ninguém lê livros de História.

É mais facil consultar sites de fanáticos na Internet, principalmente se tiverem frases curtas e em pouca quantidade.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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scrupulum

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Re: Israel
« Responder #39 em: Novembro 23, 2012, 01:11:58 pm »
Os comunistas ja não existem  :lol:  :lol:
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Edu

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Re: Israel
« Responder #40 em: Novembro 23, 2012, 04:40:57 pm »
Citação de: "typhonman"
Vais para la tu Edu ? E mandas para la tropas tugas ?

Nem era preciso para lá ir ninguém, aposto que se lhes retirasse o apoio dos EUA, e deixasse de se lhes vender armamento e dar financiamento aquilo acabava depressa.

E já agora relativamente aos comunistas, a união sovietica (comunistas portanto, acho eu) foi só um dos maiores apoiantes de Israel, alguém não está bem a par da história...
 

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scrupulum

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Re: Israel
« Responder #41 em: Novembro 30, 2012, 10:28:42 am »
Portugal votou a favor da elevação do estatuto da Palestina a Estado observador não-membro da ONU
2012-11-30 11:11:42   
 
Lisboa – O Ministério dos Negócios Estrangeiros esclarece, em comunicado, que votou a favor, na Assembleia Geral da ONU, da elevação de estatuto da Palestina a Estado observador não-membro da organização porque defende um Estado palestiniano independente e que viva em paz com Israel.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros esclarece que votou a favor, na Assembleia Geral da ONU, porque defende um Estado palestiniano independente e que viva em paz com Israel.

Segundo o embaixador português na ONU, Moraes Cabral, o voto favorável de Portugal para elevação do estatuto da Palestina nas Nações Unidas respeita a posição histórica do país e é um apoio à liderança palestiniana do presidente Mahmoud Abbas. O representante português apelou também a um regresso à mesa das negociações.

Moraes Cabral frisou que Portugal, sempre defendeu o «direito inalienável do povo palestiniano à autodeterminação», através do estabelecimento de um estado soberano, e fê-lo a nível bilateral e na União Europeia, onde desde o início defendeu um voto positivo.

A resolução teve o voto favorável de 138 Estados participantes na Assembleia-Geral da ONU, nove contra e 41 abstenções.

(c) PNN Portuguese News Network


Os EUA, Israel, Canada, républica Tcheca, votaram contra.
A GBR e a Alemanha abstiveram-se.

Parabens ao governo Português !
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Lusitano89

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Re: Israel
« Responder #42 em: Dezembro 03, 2012, 06:23:18 pm »
Para que serviu, afinal, o confronto entre o Hamas e Israel?
Alexandre Reis Rodrigues


Da parte de Israel, foram oito dias de intensos bombardeamentos aéreos que causaram a morte a 150 palestinianos, fizeram centenas de feridos e destruíram uma extensa parte das infraestruturas “militares” do Hamas. Da parte deste e de outros grupos islamitas radicais que também operam na faixa de Gaza, foram disparados centenas de rockets contra Israel, alguns dos quais atingiram, pela primeira vez, regiões habitadas, nas proximidades de Jerusalém e Telavive, causando cinco mortos israelitas.

O que detonou esta crise tem sido matéria de discussão, não existindo uma interpretação consensual e minimamente objetiva. É uma situação estranha porque um confronto com o nível de intensidade que este teve não devia começar sem óbvios e fortes motivos públicos. Tem sido referido que o Hamas provocou a crise para tirar partido de um contexto político que se lhes terá afigurado mais favorável, em resultado da ascensão da Irmandade Muçulmana no Egipto. Outros consideram que o Hamas foi - digamos - “empurrado” para o confronto, para não deixar a quase exclusividade dos ataques com rockets a Israel aos grupos salafitas radicais, os quais estariam a atuar sem reconhecer a sua liderança e a assumir-se como os principais combatentes da causa palestiniana. Noutras versões, adianta-se que o Hamas foi levado a avançar por recear estar a perder protagonismo internacional, em favor da Autoridade Palestiniana, em particular com a iniciativa desta em submeter a votação, em Assembleia Geral das Nações Unidas, uma proposta de estatuto de “Estado membro observador”, o que, como se sabe, foi entretanto conseguido com uma alargada margem de aprovação (71,5%).

É possível que tenham sido todas estas circunstâncias a provocar a crise, eventualmente com outros fatores ainda não identificados. Esta questão vai, no entanto, permanecer algo nebulosa, pelo menos nos tempos mais próximos. Por isso, seria interessante, pelo menos, analisar para que serviu, afinal, mais este confronto e tentar identificar que ilações poderão ser tiradas em função do seu desfecho.

Se pensarmos em termos do que seria realmente importante, isto é, conseguir fazer progredir o processo de estabelecimento de um estado palestiniano e criar condições que venham a permitir aos dois povos viver em paz, os oito dias de confrontação tiveram um impacto negativo. Terão tornado ainda mais remoto esse desfecho. Aliás, a iniciativa da Autoridade Palestiniana também terá adiado qualquer hipótese - se é que havia alguma – de as partes virem a sentar-se a uma mesa de negociações.

Alguns aspetos, que se conhecem quase desde sempre, foram de novo confirmados; por exemplo, que não há qualquer solução militar para o conflito. Israel, aliás, mostrou saber disso, ao estabelecer como objetivo militar, apenas a eliminação da ameaça dos mísseis de longo alcance, se possível, sem intervenção em terra. Israel também sabe que se destruísse o Hamas passaria, certamente, a ter que lidar com uma situação de caos ainda maior na Faixa de Gaza; sob esta perspetiva, pode dizer-se que Israel, até certo ponto, precisa do Hamas.

Naturalmente, a penosa experiência com a operação Cast Lead de 2008/2009, que muito custou à imagem internacional de Israel, terá pesado na avaliação das hipóteses em aberto. Não obstante o pesado impacto da invasão na faixa de Gaza (1387 palestinianos mortos e uma muita extensa destruição de infraestruturas), pouco depois da retirada israelita já o Hamas estava de novo a bombardear Israel com rockets, demonstrando que para nada tinha servido o esforço militar de Telavive.

Desta vez, dias depois de aceite o compromisso de cessação das hostilidades, Moussa Abu Marzouk, o número dois da hierarquia do Hamas residente em Gaza, veio afirmar que continuará o rearmamento. A probabilidade de tudo continuar na mesma é, de facto, grande. Nenhum dos lados, quaisquer que sejam as circunstâncias, conseguirá eliminar o outro; nem mesmo Israel com todas as capacidades militares que tem, conseguiria destruir uma organização que não tem propriamente um centro de gravidade vital, que uma vez atacado a deixaria sem condições de sobrevivência.

Esta é, grosso modo, a realidade conhecida. Há algumas outras, porém, que o recente conflito veio revelar. Começo por referir a ameaça dos mísseis de longo alcance, nunca anteriormente usados pelo Hamas (Fajr-56), que veio mostrar que Israel, pela primeira vez desde os Acordos de Camp David em 1978, precisa de se preocupar seriamente com a segurança do seu território já não só em função da ameaça terrorista. Até então, as centenas de rockets lançados da Faixa de Gaza, apenas conseguiram atingir o sul de Israel em zonas que têm sido mantidas desabitadas. É uma alteração substantiva do quadro de segurança.

A transformação grande por que passou o Médio Oriente, desde o conflito de 2008/2009, é a segunda nova realidade que interessa destacar. Durante o anterior confronto, o mundo árabe estava alinhado na ajuda financeira à Autoridade Palestiniana, como que procurando contrabalançar o “peso” do Hamas, e era o próprio Presidente do Egipto, Mubarak, que, de algum modo, facilitava o esforço militar de Israel. Hoje, temos uma situação drasticamente diferente.

O Qatar, por exemplo, planeia investir 400 milhões de dólares na faixa de Gaza e o Presidente Morsi passou a ser a entidade a que Israel tenta atribuir o papel de garante de que o Hamas e os outros grupos palestinianos radicais vão abandonar a violência. Obviamente, o Egipto não pode ser o garante de qualquer compromisso desta natureza, mas, em qualquer caso, passou a ter o estatuto de agente de estabilização regional, tirando partido de uma equidistância em relação às duas partes que o Governo de Mubarak não tinha, muito menos os EUA. Estes envolveram-se na solução do conflito mais na medida em que o Egipto precisou do seu apoio, para ter credibilidade perante Telavive, do que em interesse direto em participar. O interesse ainda é grande e vai permanecer como tal por algum tempo mais, dada a dependência energética em relação ao Golfo Pérsico, mas como esta está a diminuir, os EUA tornar-se-ão cada vez menos visíveis na região. Este foi um primeiro pequeno passo desse percurso.

Tudo considerado, poder-se-á esperar uma evolução favorável da situação num futuro próximo? Não é possível ser-se otimista, por várias razões. Em primeiro lugar, porque o espaço de manobra de Morsi é limitado; não pode dar-se ao luxo de se mostrar disponível para acomodar as pretensões dos EUA nem muito menos de Israel, sendo conhecido que a opinião pública egípcia nem sequer aprova o Acordo de Paz com Israel, muito menos a Irmandade Muçulmana de cujo apoio precisa.

Em segundo lugar, porque foi a precisamente a violência desencadeada pelo Hamas que, no desfecho do último conflito, levou Israel a levantar parte das restrições extremas que têm sido impostas sobre os habitantes da faixa de Gaza, grande parte das quais são geralmente consideradas como excessivas. Esta situação mostra que o recurso à violência “paga melhor” de que a via diplomática preferida pela Autoridade Palestiniana.

Por último, porque Israel, não obstante a pressão dos EUA, insiste na continuação da expansão dos colonatos em território palestiniano, o que é uma forma de tornar cada vez mais remota a possibilidade prática de criação de um Estado Palestiniano. Em resposta à iniciativa do Presidente Abbas junto das Nações Unidas, como atrás referido, o Governo de Telavive autorizou, ontem, a construção de mais 35000 casas. Não tardará, com certeza, a resposta palestiniana.

Jornal Defesa
 

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Camuflage

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Re: Israel
« Responder #43 em: Dezembro 03, 2012, 07:04:09 pm »
Israel mantém planos de novos colonatos - http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/In ... id=2924547

Em desafio à comunidade internacional, se fosse a Síria ou o Irão era já uma data de países a condenar...
 

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typhonman

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Re: Israel
« Responder #44 em: Janeiro 01, 2013, 09:53:51 pm »
Citação de: "Camuflage"
Israel mantém planos de novos colonatos - http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/In ... id=2924547

Em desafio à comunidade internacional, se fosse a Síria ou o Irão era já uma data de países a condenar...

Mas em relação a Síria, o silêncio continua... se fosse Israel, coitados.. :mrgreen: