Rússia

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JLRC

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« Responder #135 em: Maio 07, 2008, 08:27:38 pm »
Citação de: "P44"
Citação de: "Oziris Lucio"
Citação de: "tyr"
A questão é que os governos americanos são tão hipócritas quanto é possivel, dizem defender a democracia, é só ver o resultado da reacção americana às eleições democraticas na palistina.
 dizem que são contra ditadores, o sadam éra um grande aliado até ao dia que atacou o kuwait, ai passou a ser um demonio com o qual os americanos nunca teriam relações.
 São contra a possibilidade de o Irão ter armas nucleares, mas qual foi o unico pais que as usou??? e para alem disso não disem nada à cerca dos misseis paquistaneses e indianos (esses sim apontados e prontos a disparar), para alem de israel ter armamento nuclear com aval americano.
 São defensores dos direitos humanos, mas existem camaras de tortura em Guantanamo (90% dos detidos não tinha nada contra a america quando entraram, mas terão muitas razões para matarem americanos quando sairem).
 E são mentirosos :idea:

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André

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« Responder #136 em: Maio 15, 2008, 06:11:48 pm »
A "Nova" Rússia
Alexandre Reis Rodrigues
 
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Com Medvedev na chefia do Estado e Putin na chefia do Governo, as linhas de divisão de poderes entre o Kremlin e a sede do Executivo vão alterar-se mas ninguém sabe ao certo onde se situarão as novas fronteiras; provavelmente nem os próprios.

O que estiver acordado como base de partida vai certamente evoluir com o correr do tempo, conforme o sucesso das reformas que ambos sabem ser indispensável e urgente concretizar. Se correrem bem, o que não será fácil, haverá louros suficientes para distribuir pelos dois e o relacionamento não sofrerá; caso contrário, Putin poderá ver-se tentado a usar os créditos de confiança e simpatia que acumulou durante os dois mandatos presidenciais para “culpar” Medvedev e voltar a assumir a presidência como o “salvador”.

Os desafios que têm pela frente são, de facto, muito grandes; alguns exigirão medidas que vão interferir com interesses instalados, quer no combate à corrupção, quer na luta contra a burocracia do Estado e na modernização da economia, nomeadamente nas suas ligações demasiado estreitas com o poder político. Vão começar a transparecer tensões entre os sectores que controlam o poder e a riqueza.

Medvedev dá uma melhor imagem de modernidade e mostra ter um discurso mais ao gosto do Ocidente, mais liberal do que o de Putin, mas a maioria dos analistas familiarizados com a situação na Rússia não tem qualquer expectativa de mudanças significativas. Alguns interpretam as declarações que faz sobre a «necessidade de proteger as liberdades cívicas e económicas e criar novas oportunidades de auto-realização para os cidadãos» como tentativas de demarcação de Putin mas o que interessa não é o que diz mas o que fará.

E aí, o que se espera são apenas alterações ditadas pela situação no terreno, por acordo entre os dois. Medvedev não tem uma base de apoio que lhe dê condições para mudar o sistema criado por Putin, nem é provável que sequer pense nessa hipótese. Aliás, terá sido exactamente por isso que foi escolhido.

Internamente, uma recente sondagem mostrava que os russos podem estar divididos sobre o que pretendem de Medvedev: apenas 47% acha que deve ser ele a reter o poder mas somente 22% acredita que o terá; parece prevalecer o desejo que seja essencialmente o “leal servidor” de Putin. Medvedev até pode vir a mandar mas, ao contrário de Putin, pelo menos para já, não personifica o poder, o que pode fazer falta. O que diz também não ajuda: que, de acordo com a Constituição russa, só há um presidente, mas que não está a falar de uma pessoa; está a falar de um cargo de topo!

Compreende-se o seu cuidado mas a Rússia é precisamente um país em que o poder não reside apenas no cargo que cada um ocupa; reside, em grande parte, nas relações que cada um estabeleceu e na sua própria personalidade. Putin tem todas as vantagens por seu lado, até pela dependência em que Medvedev se encontra em relação a ele, como o “escolhido”. Esta situação pode mudar com o tempo, mas não será para já e se acontecer, provavelmente, será de forma atribulada.

Em qualquer caso, seja qual for a relação de forças internas, Medevedev passará a ser a face externa da Rússia. Isso poderá fazer alguma diferença no modo de relacionamento pessoal, no estilo mas não na substância; de facto, não são de esperar alterações da política seguida por Putin.

A Rússia continuará empenhada em mostrar que tem o seu caminho definido, que não alinhará automaticamente ao lado do Ocidente, que quer ser reconhecida como uma potência com os seus interesses próprios e com poder para bloquear as decisões no campo internacional de que não goste. Vai, portanto, continuar a lutar contra o alargamento da NATO, contra o escudo de protecção anti-míssil na Europa, contra a independência do Kosovo, etc.

Do lado dos EUA também nada vai mudar no curto prazo; mas a tomada de posse de um novo presidente no início de 2009 abre uma oportunidade especial para avaliar qual é a política que melhor serve os interesses americanos. Seria desejável que o triunfalismo assumido pelos EUA desde o fim da Guerra Fria fosse temperado com um entendimento que, realisticamente, tivesse em conta que alguns dos problemas com que se debate o Ocidente não serão resolvidos sem a Rússia e que esta, não obstante estar longe de adoptar os valores que os ocidentais defendem, também já não constitui a preocupação que foi até ao final da década de oitenta.

Do lado dos europeus, o que é preciso para lidar com a nova Rússia é diferente, mas não menos difícil nem menos urgente: que permaneçam unidos na defesa dos interesses colectivos, logo a começar pelos energéticos; que cada um deixe de tentar ir por si sozinho.
 
Jornal de Defesa

 

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PedroM

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« Responder #137 em: Setembro 17, 2008, 10:52:29 am »
O grande jogo geoestratégico:

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Brussels takes on Gazprom in Nigeria

Published: September 17 2008 00:09 | Last updated: September 17 2008 00:09

The European Union, increasingly anxious to reduce its dependence on Russian gas following the conflict in Georgia, has offered Nigeria financial and political backing for a €15bn ($21bn, £12bn) trans-Saharan pipeline to pump its gas directly to Europe.

Renewed European interest in the project comes against a backdrop of mounting fears that Gazprom, the Russian gas monopoly, is intent on winning access to Nigeria’s vast gas reserves as part of a strategy to tighten its grip on energy supplies to Europe


http://www.ft.com/cms/s/6d233ec2-841f-1 ... e%2Feurope
 

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André

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« Responder #138 em: Setembro 23, 2008, 10:48:20 pm »
Rússia arrisca nova guerra civil dentro das suas fronteiras

A república russa da Inguchétia encontra-se à beira da guerra civil, afirma a organização Moscow Helsinki Group (MHG), que acusa as autoridades daquele território de raptar, torturar e matar civis.

«O que está acontecer aqui é algo impensável que não pode acontecer num país que respeita a lei», afirmou esta terça-feira a presidente da MHG, Lyudmila Alexeyeva, numa conferência em Moscovo.

A organização acusa concretamente as autoridades pró-russas daquela pequena república caucasiana de «entrar na casa das pessoas, raptá-las, torturá-las e matá-las».

A 31 de Agosto, um proeminente jornalista inguche crítico do governo morreu no aeroporto da capital Nazran sob circunstâncias suspeitas.

Magomed Yevloyev, que também era dono do principal site de notícias independente da Inguchétia, terá tentado agarrar a arma de um polícia que se disparou contra si mesmo, afirmam as autoridades. Os amigos dizem que Yevloyev foi assassinado.

«Estes actos não podem ser justificados com a luta contra o terrorismo», afirmou Alexeyeva, referindo-se às afirmações do governo inguche.

De facto, a Inguchétia é desde o início dos anos 90 palco de acções terroristas e de guerrilha levadas a cabo por rebeldes muçulmanos.´

Em 2004, rebeldes chechenos e inguches lançaram uma ofensiva em larga escala sobre Nazran, que resultou na morte de cerca de uma centena de pessoas, incluindo o ministro inguche do Interior e um observador das Nações Unidas.

A Inguchétia é uma república de meio milhão de habitantes e apenas 4.000 km2 no sul da Rússia, que faz fronteira com a Chechénia (palco de duas guerras civis nas últimas décadas) e com a Geórgia.

A MHG alerta que «o medo cria revolta» e que «parte da população» está por isso disposta a uma «guerra civil» contra as autoridades inguches.

SOL

 

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André

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« Responder #139 em: Setembro 25, 2008, 04:26:43 pm »
Rússia nega estar isolada após guerra com a Geórgia

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo Sergei Lavrov quarta-feira a idéea difundida pelos EUA e pela União Europeia de que a Rússia teria ficado isolada devido à guerra na Geórgia, a qual considerou plenamente justificada.

As forças russas ocuparam a Geórgia no início de Agosto para proteger as repúblicas separatistas da Ossétia do Sul e Abkházia, cuja independência Moscovo posteriormente reconheceu.

A Geórgia tinha enviado tropas para a região para tentar recuperar o seu controlo, tendo o Ocidente acusado a Rússia de reagir com exagero.

Lavrov reiterou perante uma plateia de académicos, responsáveis políticos e jornalistas que Moscovo reagiu simplesmente a uma agressão georgiana contra os ossetianos, e mostrou-se perplexo com a dificuldade do Ocidente em compreender isso.

Antes, a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, tinha sugerido que a Rússia provocara respectivo isolamento ao invadir a Geórgia.

«A Rússia tem um pé no sistema internacional, na integração, e o outro pé fora. Esse na verdade não é um lugar muito confortável para se estar», disse ela à CNBC.

«Não nos sentimos nada isolados», afirmou, acrescentando: «Tive mais solicitações de reuniões bilaterais durante a actual sessão (da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque) do que nos últimos anos».

A Geórgia e alguns governos ocidentais acusam a Rússia de ter, na prática, anexado a Ossétia do Sul, outra noção contestada pelo ministro. «Não temos intenção de reivindicar o território de ninguém», garantiu.

Afirmou ainda reiteradamente que a Rússia só interveio para evitar um genocídio georgiano contra os ossetianos. Admitiu que Moscovo ainda pensou num ataque preventivo contra a Geórgia, e especulou que tal teria salvo centenas de vidas na região separatista.

O ministro afirmou que a Rússia também pensou em criar um tribunal de crimes de guerra para julgar o presidente georgiano, Mikheil Saakashvili, a exemplo do que fizeram os EUA e o Iraque em relação ao ex-ditador Saddam Hussein.

Para Lavrov, afinal a abordagem da Rússia foi «a única realista» - reagir à agressão georgiana e invadir o país vizinho para destruir as suas armas e evitar novos ataques.

Lusa

 

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André

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« Responder #140 em: Outubro 01, 2008, 04:55:30 pm »
Putin destina mais 2,2 mil milhões de euros à Defesa

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, anunciou hoje que o Governo destinará mais 80 mil milhões de rublos (2,2 mil milhões de euros) ao rearmamento do exército e destacamento desdobramento de tropas para o exterior.

«Destinaremos um montante adicional de 80 mil milhões de rublos à compra de armamento novo e também ao destacamento de tropas onde considerarmos do conselho de ministros.

Putin explicou que parte daquela verba será destinada a «compensar as perdas» sofridas pelas Forças Armadas russas na guerra com a Geórgia pelo controlo da região separatista da Ossétia do Sul.

Putin anunciou um aumento de 27% da despesa com segurança e defesa em 2009, que ascenderá a 2,4 bilões de rublos (70 mil milhões de euros).

O presidente russo, Dmitri Medvedev, disse recentemente que a Rússia efectuará no manobras militares não só em território de países limítrofes, mas noutras regiões do mundo, como a Venezuela.

O novo programa de rearmamento russo inclui a utilização de mísseis balísticos intercontinentais, submarinos nucleares e aviões estratégicos, conhecida como tríade nuclear, numa tentativa de manter a paridade nessa matéria com os Estados Unidos.

Lusa

 

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André

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« Responder #141 em: Outubro 15, 2008, 07:28:59 pm »
Advogada de Anna Politkovskaya diz ter sido envenenada



Karina Moskalenko, advogada da família da jornalista russa Anna Politkovskaya, denunciou que foi envenenada em Estrasburgo, juntamente com o seu marido e três filhos, alegadamente com mercúrio.
As declarações da advogada surgem a poucas horas do início do julgamento pelo assassínio da jornalista, morta há um ano em Moscovo.

Moskalenko relatou aos meios de comunicação russos que ela, o seu marido e três filhos, a morar em Estrasburgo, foram hospitalizados após sentir durante vários dias náuseas, vómitos e dores de cabeça.

O mercúrio terá sido colocado no automóvel da família, tendo os vestígios da substância sido recolhidos pela polícia, que já está a investigar o sucedido.

A advogada, que também representa os interesses do magnata russo Mikaíl Jodorkovski, do político opositor e ex-campeão mundial de xadrez Garry Kaspárov e de vítimas de torturas na Chechénia, acredita que o envenenamento estar relacionado com a sua participação no processo pelo assassínio de Politkovskaya.

Lusa

 

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André

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« Responder #142 em: Novembro 06, 2008, 04:30:18 pm »
Medvedev pode renunciar a favor de Putin em 2009, diz jornal russo

O presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, pode renunciar ao cargo em 2009 para permitir que Vladimir Putin volte ao Kremlin, avançou hoje o jornal Vedomosti, citando uma fonte não-identificada próxima do Kremlin.

Na quarta-feira, Medvedev propôs aumentar o mandato presidencial de quatro para seis anos, medida que, segundo o jornal, faz parte de um plano criado por Vladislav Surkov, que actua como primeiro vice-chefe de gabinete de Medvedev no governo.

«Segundo o plano, Medvedev pode renunciar alegando mudanças na Constituição e, então, as eleições presidenciais podem realizar-se em 2009», referiu o jornal, citando a fonte.

O jornal disse que Putin, que actualmente ocupa o cargo de primeiro-ministro, poderia assumir a Presidência por dois mandatos de seis anos, de 2009 a 2021.

Um porta-voz de Putin, no entanto, disse ao jornal que não há motivos para o ex-presidente voltar ao poder em 2009.

Segundo o jornal, os investidores, já abalados pelo impacto da crise financeira sobre a economia russa, estão a tentar entender quem realmente está no poder no país, a maior questão para quem precisa de calcular o risco político da Rússia.

Os investifores estão agora a estudar pormenores de como a actual configuração do poder - com Medvedev na Presidência e Putin como primeiro-ministro - pode ser mudada.

Lusa

 

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nelson38899

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« Responder #143 em: Novembro 12, 2008, 05:15:53 pm »
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Russia invited to Iceland’s airbase

In an official lunch with foreign diplomats, Icelandic President Olafur Ragnar Grimsson shocked neighboring Nordic countries with inviting Russia to take use of the strategically important airbase.

Foreign diplomats hardly believed what they heard when the Icelandic president said that his country needs “new friends” and that Russia should be invited to take use of the old U.S. airbase of Keflavik.

In the lunch which took place in Reykjavik last Friday, Mr. Grimsson accused neighboring countries of failing to support the crisis-ridden Iceland, newspaper Dagbladet reports with reference to Klassekampen.

An internal memo from the Norwegian Foreign Ministry, obtained by the newspaper, describes the diplomats present in the event as “shocked” by the speech.

-The North Atlantic is important for the Nordic countries, the USA and the UK. That is a fact which these countries seem to ignore, the president said, adding that “Iceland should rather make new friends”.

According to Dagbladet, the Russian ambassador present at the lunch was rather perplexed by the invitation, saying that “Russia does not really need the airport”.

The Icelandic president has no formal powers over foreign policy issues.

Iceland does not have its own armed forces, and has been dependent on military cooperation with NATO allies. The USA in 2006 closed down its air base at Keflavik, and Iceland has since been practically without air force support.

http://www.barentsobserver.com/russia-i ... 58932.html


Para quem defende o fim das nossas forças armadas, espero que comece a olhar para a Islândia, que anda a oferecer o seu país a potencias externas
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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TOMSK

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« Responder #144 em: Novembro 12, 2008, 06:54:05 pm »
Citação de: "nelson38899"
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Russia invited to Iceland’s airbase

In an official lunch with foreign diplomats, Icelandic President Olafur Ragnar Grimsson shocked neighboring Nordic countries with inviting Russia to take use of the strategically important airbase.

Foreign diplomats hardly believed what they heard when the Icelandic president said that his country needs “new friends” and that Russia should be invited to take use of the old U.S. airbase of Keflavik.

In the lunch which took place in Reykjavik last Friday, Mr. Grimsson accused neighboring countries of failing to support the crisis-ridden Iceland, newspaper Dagbladet reports with reference to Klassekampen.

An internal memo from the Norwegian Foreign Ministry, obtained by the newspaper, describes the diplomats present in the event as “shocked” by the speech.

-The North Atlantic is important for the Nordic countries, the USA and the UK. That is a fact which these countries seem to ignore, the president said, adding that “Iceland should rather make new friends”.

According to Dagbladet, the Russian ambassador present at the lunch was rather perplexed by the invitation, saying that “Russia does not really need the airport”.

The Icelandic president has no formal powers over foreign policy issues.

Iceland does not have its own armed forces, and has been dependent on military cooperation with NATO allies. The USA in 2006 closed down its air base at Keflavik, and Iceland has since been practically without air force support.

http://www.barentsobserver.com/russia-i ... 58932.html

Para quem defende o fim das nossas forças armadas, espero que comece a olhar para a Islândia, que anda a oferecer o seu país a potencias externas


Como o Sócrates tem a mania de copiar políticas de outros países, esperamos que ele não veja esta noticía.... :diabo:

Já nos chega ter um ministro que se confessa "Iberista".
 

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legionario

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« Responder #145 em: Novembro 12, 2008, 07:27:42 pm »
nao percebo porque nao se vendem aos americanos :):)
 

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André

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« Responder #146 em: Novembro 12, 2008, 11:41:30 pm »
Putin apoia ampliação de mandato presidencial de 4 para 6 anos

O primeiro-ministro e ex-presidente russo, Vladimir Putin, apoiou hoje a emenda constitucional proposta pelo presidente, Dmitri Medvedev - ex-primeiro ministro - de aumentar de quatro para seis anos o mandato presidencial.

«Apoio a proposta de Dmitri Medvedev. No que se refere a quem e quando se pode postular o próximo mandato presidencial, falar disso é prematuro», disse em conferência de imprensa.

Putin salientou que essa e as outras emendas constitucionais propostas pelo presidente russo a 5 de Novembro não têm uma «dimensão pessoal».

«Como é sabido, as propostas foram feitas no quadro de um pacote para aperfeiçoar o funcionamento da administração pública na Rússia», disse.

O primeiro-ministro acrescentou que as autoridades russas «procuram medidas que permitam garantir a soberania no cumprimento dos planos de longo prazo e que não só não causem prejuízo mas, pelo contrário, permitam o desenvolvimento dos processos democráticos no país».

Putin manifestou a sua convicção de que «os cidadãos russos e parceiros estrangeiros se convencerão de que o sistema de gestão na Rússia funciona eficazmente».

Além disso, insistiu em que «não havia nada extraordinário» na proposta de Medvedev, já que há décadas em França o presidente exerce o cargo durante sete anos.

Medvedev remeteu ter essa emenda para Duma (Câmara dos Deputados), que pode aprovar a modificação do artigo 81 da Constituição nesta própria sexta-feira.

Desta forma, quem se eleger nas próximas eleições presidenciais, previstas para 2012, poderá permanecer no poder até 2018.

Putin, presidente entre 2000 e 2008, sempre se recusou a modificar a Constituição, sobretudo no que se refere a permitir três mandatos presidenciais consecutivos, com o argumento de que poderia pôr em perigo a estabilidade do país.

Caso seja aprovada, a proposta do presidente russo será a primeira emenda à magna carta pós-soviética desde sua aprovação em referendo, em 1993.

«Não se trata de uma reforma da Constituição, mas de uma correção; de emendas importantes, que não afetam a essência jurídica nem política das instituições existentes», afirmou Medvedev.

Os analistas apontam que as emendas procuram fortalecer a figura do presidente precisamente num momento em que a crise financeira global afectou seriamente a economia nacional, que tinha crescido acima de 7% em seis dos últimos oito anos.

Enquanto isso, comentadores independentes apontam que a ampliação do mandato presidencial é o primeiro passo para o regresso de Putin ao Kremlin em 2012 ou mesmo antes.

Segundo este cenário, Medvedev, que quase não se desviou da política aplicada pelo seu antecessor, seria uma mera figura de transição.

As emendas foram bem recebidas pelos partidos governamentais e nacionalistas, mas não pelos liberais.

A oposição russa anunciou que sairá às ruas em Dezembro para protestar contra esta e outras emendas constitucionais.

Lusa

 

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André

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« Responder #147 em: Janeiro 20, 2009, 12:08:20 am »
Advogado e jornalista críticos do Kremlin assassinados em Moscovo

Um dos mais conceituados advogados russos, Stanislav Markelov, e uma jornalista da Novaya Gazeta, Anastasia Baburova, foram assassinados minutos depois de uma conferência de imprensa em que Markelov criticou a libertação do Coronel Budanov, condenado pela morte de uma jovem chechena de 18 anos.

Markelov, de 34 anos, tinha acabado de declarar em conferência de imprensa a sua indignação pela libertação de Yuri Budanov, um oficial do Exército condenado pela violação e morte por estrangulamento de Kheda Kungayeva, uma jovem chechena de 18 anos.

O reputado advogado, que representava a família de Kungayeva, foi baleado na cabeça quando caminhava numa rua movimentada de Moscovo.

«Tu estavas a pedi-las!», gritou um dos atacantes.

Anastasia Baburova, jornalista de apenas 25 anos que acompanhava Markelov, foi igualmente atingida e morreu horas depois num hospital da capital russa.

A jornalista freelancer colaborava com a Novaya Gazeta, a publicação crítica do Kremlin de Putin e Medvedev onde trabalhava Anna Politkovskaya, assassinada em 2006.

Markelov planeava apresentar um recurso contra a libertação de Budanov, decidida em Dezembro pelo tribunal de Dimitrovgrad, que argumentou que o oficial russo demonstrou «arrependimento» pelo crime.

A morte de Kungayeva às mãos de Budanov aconteceu durante um interrogatório em plena Segunda Guerra da Chechénia. Entre 25 e 50 mil pessoas morreram entre Agosto de 1999 e Maio de 2000, quando Moscovo respondeu a uma série de atentados terroristas alegadamente executados pelos independentistas chechenos.

O crime de Budanov foi investigado por Politkovskaya, uma das principais críticas da intervenção russa no Cáucaso.

O duplo homicídio desta segunda-feira já foi qualificado pela directora local da Human Rights Watch, Tanya Lokshina, como «simplesmente escandaloso».

«A Rússia é um país onde o assassínio dos que defendem os direitos humanos se tornou algo rotineiro», declarou Lokshina, que comparou a morte de Markelov e Baburova ao atentado que vitimou Politkovskaya.

Markelov chegou a representar Politkovskaya em vários processos e admitira há poucos dias que era um homem a abater, segundo revelou o pai da chechena morta por Budanov.

SOL

 

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André

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« Responder #148 em: Março 04, 2009, 10:57:20 pm »
As Forças Armadas russas depois da intervenção na Geórgia
Alexandre Reis Rodrigues





A intervenção militar russa na Geórgia, na sequência do conflito na Ossétia do Sul, em Agosto passado, teve mais de 90% de aprovação na opinião pública russa e permitiu restaurar algo do orgulho e da honra feridos pelo descalabro em que caíram as Forças Armadas russas na sequência da implosão da União Soviética. Serviu para resolver o problema imediato levantado pela atitude irreflectida do Presidente Saakashvili de forçar o regresso da província separatista e para alertar outros vizinhos de que a Rússia não deixará de intervir se vir ameaçados os seus interesses. No entanto, ficou muito longe de constituir uma oportunidade de alteração da imagem de decadência e de enorme atraso tecnológico em que o sector continua a viver; aliás, revelou lacunas e deficiências dificilmente imagináveis nas forças armadas de um país que abertamente aspira a ser reconhecido como uma grande potência. É fácil apontar algumas evidências dessa situação.

Vejamos alguns exemplos, na forma como foi conduzida a campanha aérea e na área de comando, controlo e comunicações, e que, em termos militares, foram simplesmente desastrosos. A Força Aérea russa foi incapaz de levar a cabo um esforço prévio de supressão do sistema de defesa aérea que a Geórgia tinha adquirido à Ucrânia (com mísseis SA-11 terra/ar) o que lhe custou a perda de aviões, incluindo um bombardeiro Backfire em missão de reconhecimento; não conseguiu também desenvolver um plano de selecção de alvos em função do dispositivo das forças da Geórgia, acabando por atingir alvos sem interesse militar e deixar incólumes alguns dos mais importantes. Ou o dispositivo era desconhecido, o que revela incompetência da intelligence russa, ou não houve capacidade de levar a cabo de forma eficaz um esforço de planeamento conjunto, se é que houve algum.

Na área das comunicações, o que ficou para a história é a notícia dos comandantes russos a terem de recorrer ao uso de telemóveis e telefones por satélite de jornalistas! Algumas das reportagens das operações das forças terrestres que vieram a público também não abonaram nada em favor da imagem dos militares, por óbvios erros de compostura, mostrando soldados em cima de blindados com lenços de cor na cabeça, em vez de devidamente equipados e fardados. Note-se que se tratava das chamadas «permanent readiness forces» que, constituídas apenas por militares profissionais, são uma das apostas importantes do processo de transformação das Forças Armadas russas.

Não há sinais, no entanto, que esse processo possa avançar com alguma celeridade no futuro próximo. A hierarquia militar russa mantém-se “agarrada” à ideia de um enorme dispositivo estático concebido para fazer face ao Ocidente e garantir a estabilidade interna, continuando a apostar em duas vertentes principais: a capacidade nuclear, o único sector que tem beneficiado de uma modernização consistente, e a superioridade quantitativa na área das capacidades convencionais. Para o ponto de vista russo, algumas das alterações no contexto geopolítico decorrentes do fim da Guerra Fria vieram dar argumentos reforçados aos militares na defesa de um tipo de postura que não se demarca do da Guerra Fria. O que geralmente é invocado é a retracção territorial resultante da implosão da União Soviética, que trouxe as fronteiras para mais perto de Moscovo, o desaparecimento do Pacto de Varsóvia - que tinha permitido afastar as fronteiras de segurança para distâncias mais confortáveis e dado maior profundidade estratégica - e o sucessivo preenchimento dos vácuos resultantes da retracção, pelos EUA e pelo alargamento da NATO.

Por algum tempo pensou-se que o descrédito em que tinha caído o modelo militar soviético com as operações de libertação do Kuwait no Iraque em 1991 face ao fácil e rápido sucesso das forças armadas americanas perante as iraquianas, equipadas com material essencialmente soviético e seguindo a mesma doutrina, iria levar a Rússia a enveredar por um processo de profunda transformação das suas Forças Armadas.

Calculava-se que o objectivo de repor o equilíbrio no relacionamento com os EUA teria necessariamente que passar por voltar a alguma paridade entre os respectivos poderes militares. No entanto, as hesitações, militares e políticas, sobre o modelo de dispositivo militar mais adequado às circunstâncias específicas da Rússia, muito diferentes das americanas, e o desinvestimento que o Governo não conseguiu evitar, quer na área da operação e manutenção, quer na aquisição de novos meios, acabaram por conduzir as Forças Armadas russas a uma situação de quase colapso. A área das indústrias de armamento foi extremamente afectada, passando da situação de sector primário da economia russa para uma situação de sobrevivência totalmente dependente das exportações para alguns países (China, Índia, Algéria, Irão e Venezuela) o que fez diminuir a sua força de trabalho do nível dos dez milhões de trabalhadores, durante a Guerra Fria, para dois milhões no tempo de Ieltsin; mesmo com esta redução drástica, o sector está a produzir apenas a entre 20 e 40% das suas capacidades máximas.

A situação começou a alterar-se com Putin, através de significativos crescimentos do orçamento da Defesa e promissoras declarações políticas, reafirmadas por Medvedev, de que, finalmente, o sector iria ter a devida prioridade. Em 2005, pela primeira vez, desde a Perestroika, o orçamento da Defesa foi superior ao montante de vendas ao estrangeiro. Em 2007, o Estado Maior russo convidava o Comandante das Forças Armadas americanas na Europa a fazer uma visita formal à Marinha russa, sinal de que queriam mostrar ter recuperado do desaire do desastre com o submarino Kursk, em 2000, e de que desejavam dar um sinal de que estariam brevemente de volta a operar no mar, o que, de facto, está a acontecer, ainda que em termos apenas simbólicos (deslocação de uma pequena força naval à Venezuela em Setembro de 2008, o regresso ao Mediterrâneo com a reactivação das facilidades que estavam disponíveis na Síria durante a Guerra Fria, etc.).

Não é claro, no entanto, qual o caminho que a Rússia pretende seguir: se vai enveredar por um processo de transformação visando a adopção de um modelo militar semelhante ao que está a ser adoptado pelo Ocidente, incluindo uma forte aposta na mobilidade e na sofisticação tecnológica (qualidade em vez de quantidade) ou se, alternativamente, pretende manter um grande dispositivo convencional baseado na continuação do serviço militar obrigatório e na manutenção da componente de dissuasão estratégica.

É inequívoco que a Rússia tenderá a manter o seu arsenal nuclear como uma área de esforço estratégico principal e agora com a novidade da transferência da capacidade de retaliação assente em sistemas baseados em terra para sistemas baseados no mar, como aliás fazem os EUA há já largos anos, para aproveitar a muito menor vulnerabilidade das plataformas submarinas. É neste âmbito que se insere o investimento que tem vindo a ser feito nos novos submarinos nucleares portadores de mísseis balísticos da classe Bulava, o novo emblema de uma credível «second strike capability», não obstante alguns desaires a que os respectivos testes têm estado sujeitos (cinco testes falhados num total de oito, o último em 23 de Dezembro de 2008).

A componente convencional, porém, continua envolta em alguma indefinição; foi tornada pública a intenção em manter 25% dos efectivos das forças terrestres atribuídas às «permanent readiness forces» profissionalizadas mas não é claro até que ponto e sob que calendário esta opção poderá ser estendida à generalidade das Forças Armadas. As hesitações são compreensíveis; por um lado, a Rússia, por razões financeiras e demográficas (diminuição e envelhecimento da população) não tem qualquer hipótese de voltar ao passado de uma máquina militar enorme que fazia tremer a Europa e a NATO; por outro lado, não tem também qualquer hipótese de, no futuro próximo, tirar partido generalizado das novas tecnologias para reduzir o atraso em que mantém as suas Forças Armadas relativamente às dos EUA, podendo, a partir daí apostar mais na qualidade e reduzir efectivos. Durante a Guerra Fria, os peritos militares consideravam que os sistemas americanos levavam um avanço de cerca de dez anos sobre os sistemas soviéticos e de 25 anos sobre os chineses; presentemente, considera-se que China ultrapassou a Rússia.

Durante mais algum tempo, pelas razões atrás apontadas e por preocupações de estabilidade nacional que obrigarão a uma presença militar dispersa por todo o território, a Rússia, muito provavelmente, vai manter as Forças Armadas dependentes de um sistema de serviço militar obrigatório. Este caminho é incompatível com ambições de utilização generalizada de sistemas tecnologicamente muito evoluídos dadas as limitações da formação e treino a que os recrutas poderão ser sujeitos ao longo de um reduzido período de doze meses de serviço. Nestes termos, a sua importância militar vai manter-se centrada, como tem acontecido desde o fim da Guerra Fria, nas capacidades do seu arsenal nuclear.

Jornal Defesa

 

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André

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« Responder #149 em: Março 07, 2009, 04:48:49 pm »
Rússia destina mais de 42 mil milhões de dólares para defesa


O Governo da Rússia vai destinar este ano mais de 42 mil milhões de dólares para a defesa, anunciou hoje Liubov Kudelina, subchefe do departamento financeiro do Ministério da Defesa russo.

Kudelina disse à emissora de rádio Eco de Moscovo que esse dinheiro será destinado fundamentalmente à compra de armamento, à construção de casas para os militares e a salários.

Antes da crise financeira, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, anunciou um aumento de 27% da despesa destinada à segurança e à defesa em 2009.

O presidente russo, Dmitri Medvedev, revelou no final de 2008 os planos para modernizar o sistema de dissuasão nuclear para 2020, o que incluiria a criação de um novo programa de defesa espacial.

O novo programa de rearmamento russo inclui a implementação de mísseis balísticos intercontinentais, submarinos nucleares e aviões estratégicos - a «tríade nuclear» -, numa tentativa de manter a paridade com os EUA.

No entanto, a Rússia realizou nos últimos meses vários lançamentos fracassados do míssil intercontinental Bulava de 8 mil km de alcance que deveria armar a sua frota de submarinos atómicos de última geração.

Segundo analistas, embora as tropas russas não tenham precisado de mais do que algumas horas para repelir, em Agosto do ano passado, a ofensiva georgiana sobre a região separatista da Ossétia do Sul, a maior parte do armamento russo é obsoleta.

Lusa