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Deveriam os Militares das Forças Armadas fazer patrulhamentos nas ruas???

Sim
23 (27.7%)
Só em zonas problemáticas
24 (28.9%)
Não
36 (43.4%)

Votos totais: 67

Votação encerrada: Novembro 13, 2008, 06:49:49 pm

Militares das Forças Armadas nas ruas

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Primy

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« Responder #30 em: Novembro 14, 2008, 04:07:02 pm »
Também passei por essa fase  :lol:
 

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raphael

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« Responder #31 em: Novembro 14, 2008, 05:32:45 pm »
Bom.. está a ser interessante a vossa troca de ideias :D
Quanto à questão NBQ existem equipas NBQ treinadas para o efeito com formação actualizada na área.
Lembram-se há uns anos das ameaças de Anthrax?? Quem é que andava envolvido nisso? As Forças de segurança apoiadas por militares que tinham formação específica na área. (lacuna que depois as forças de segurança resolveram).
Um factor interessante a nivel de equipas EOD (Explosive Ordinance Disposal) os chamados inactivadores de engenhos explosivos, a PSP e a GNR formaram os seus primeiros elementos na área na Força Aérea e depois com bons meios financeiros evoluiram na área e em termos de equipamento e pessoal já estão ao nível das forças armadas.
Trafaria a questão o terramoto foi interessante de ler, porque para a semana vamos ter um exercicio nesse âmbito a nível nacional! Quem o irá superintender será a protecção civil, vamos ver os meios que vão ser escolhidos e depois poderemos dissertar um bocado.
Em relação aos procedimentos a adoptar em situações anómalas qualquer unidade da Força Aérea tem o que se chama Planos de Contingência para várias situações tipificadas. Não é porque só é fora do normal que fica tudo afltinho e empurram para o gajo de cima!! Nada disso. Além de que os procedimentos são revistos e acima de tudo são treinados e as Unidades no seu todo são postas à prova em avaliações de segurança a todos os níveis. Apesar da recorrente escassez de meios humanos temos de estar preparados para enfrentar diversas situações atípicas e em muitos desses planos há a interligação com as forças de segurança, há colaboração, tem sempre de haver quando necessário!
Em relação ao tópico propriamente dito não concordo de todo com a utilização de militares para acções de patrulhamento que estão no âmbito das forças de segurança. O principal motivo é a escassez de meios humanos para a gestão corrente nas Forças Armadas.
Depois se avançassem para isso, como é que seria gerido? Quem era nomeável? O pessoal pertencente às Polícias Militares? Há tantos contras que nem vale a pena enumerar, sem falar no mal estar que criaria nas forças de segurança, seria um voto de desconfiança para com eles. Mas lá está se em vez do Sócrates tivessemos um Berlusconi se calhar já veriamos isso suceder, mas em Portugal não creio.
Um abraço
Raphael
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Patriot

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« Responder #32 em: Novembro 14, 2008, 05:59:21 pm »
concordo plenamente na ideia dos militares fazerem patrulhamento nas ruas, sobretudo nas zonas mais problematicas, agora, não um militar qualquer, mas sim pessoal oriundo das quatro tropas especiais (fuzos, oe's, comandos e páras) isto porquÊ?! porque se não colocarem pessoal com treino militar a sério e colocarem atiradores ou pa's ou pe's (sem ofensa nem descriminação a estes) podem ter a certeza que acontece como já aconteceu a certos policias e eu ja presenciei uma situação dessas, tou a falar de lhes roubarem as armas, roubarem o chapéu a um psp e andar aos pontapés a ele e o policia sem fazer nada... ou seja isto nunca aconteceria mas quaze de certeza a um militar oriundo de uma tropa especial, já o mesmo não posso garantir se o mesmo se passasse com um simples militar de outra especialidade qualquer... o treino e a preparação faz toda a diferença, digam o que disserem... Não quero com isto ofender ninguem, sou Fuzileiro e em principio ou vou pa GNR ou pa GP, e tenho todo o respeito que me merecem todo e qualquer militar das forças armadas independentemente de onde são ou o que fazem...

cumprimentos a todos!
 

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Primy

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« Responder #33 em: Novembro 14, 2008, 06:16:33 pm »
Patriot,não poderemos ir por ai de tropas especiais e porquê,o grau de operaçionalidade não é distinguida por ser ou não especial,mas pelos resultados obtidos,por exemplo,no Rosa Brava "eficácia 2008" todas as tropas foram postas á prova no mato,num plano com duração de 5 dias e 4 noites,com os 3 ramos das Forças Armadas,mas os Páras não entraram!!!foram árbitos,não por serem ou não mais ou menos operaçionais,mas porque para aquele teatro não eram de forma alguma uteis,e hoje em dia é muito fácil pretençer a uma tropa especial principalmente Paraquedista devido á falta de recursos humanos,e para mais que o Exército tem a PE oriundos de Cavalaria que a especialidade deles passa por Policiamento mais técnico claro que um Militar de outra especialidade,apesar que de momento,um Militar seja ele qual fôr tem que ter capacidade para efectuar patrulhamento,Vigilância,etc,pela razão da falta de pessoal,a polivalencia é cada vez mais,no exercicio "Armagedon" numa manhã cerca de 20 Militares tiveram que se preparar para simular um controlo de túmultos,não foi fácil,mas pelo pouco treio que se teve até correu minimamente bem,era para ser pior,mas devido á falta de formação ficou-se por uns empurrões e pouco mais  :roll:
 

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raphael

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« Responder #34 em: Novembro 14, 2008, 06:18:03 pm »
Patriot depois os militares das tropas especiais, obedeciam quem? Ou seja, no Ramo em que estão terão um Comandante de Pelotão e por aí acima... ao vir para a rua dependeriam de quem de um Comissário da PSP? Dar-lhes-iam autonomia em que termos? Estariam integrados onde? CI? Não sendo remunerados nos serviços de 24H como seriam as coisas? Que viaturas usariam nos patrulhamentos? Seriam comissões com uma duração alargada a semanas? Seria uma escala diária (?) Quantos efectivos se empregariam no total? Como seria a questão logística em termos de alimentação e dormida? Há sempre prós e contras. E lá está não achas que a  estrura de topo das Forças de Segurança se oporia a essa "intromissão"?
Há um pormenor off-topic aproveitando o teu último parágrafo,  as Forças de segurança ao saberem algumas qualificações especiais de alguns ex-militares que ingressam nas suas fileiras aproveitam-nos para essas áreas pelos conhecimentos e treino que possuem por isso se fores para a GNR vais levar algumas mais valias, mas lá está como poderás ser militar da GNR, independentemente da multiplicidade de cursos e qualificações que tens, terás que fazer um curso de formação de guardas, irás aprender a ser um GNR (podes ser expert em defesa pessoal, combate táctico, atirador em multiplas armas, mas começas do zero na GNR) que reaprender alguma doutrina, procedimentos (que com a tua formação de fuzileiro poderás melhorar em alguns aspectos sem contrariar o que está escrito). Ou seja, há que ver bem antes de responder sem ponderar bem os prós e os contras, mas todos temos direito a expressar a nossa opinião, temos é que por vezes de analisar bem as questões... e esta é sensível!
Um abraço
Raphael
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Trafaria

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« Responder #35 em: Novembro 14, 2008, 06:30:15 pm »
Citar
Um factor interessante a nivel de equipas EOD (Explosive Ordinance Disposal) os chamados inactivadores de engenhos explosivos, a PSP e a GNR formaram os seus primeiros elementos na área na Força Aérea e depois com bons meios financeiros evoluiram na área e em termos de equipamento e pessoal já estão ao nível das forças armadas.


Não, Força Aérea? Seria impossível. É que já existia inactivação na PSP antes de haver FA.

A PSP já desactivava engenhos à Carbonária... :wink:

Os militares nessa área desactivam equipamentos … os policias enfrentam a imaginação do activador já que a esmagadora maioria dos casos que lhes aparecem pela frente são engenhos improvisados.
Nos meados dos anos 70 entrou a marinha na formação desse pessoal (da PSP). Não tenho qualquer noticia de que alguma vez a FA tenha tomado parte.

Hoje em dia creio que os militares estão praticamente fora da acção formativa dessa área (na PSP).
No entanto a formação base é igual … os princípios são todos os mesmos. Mas deriva muito depois no campo da especialização.
« Última modificação: Novembro 14, 2008, 06:46:00 pm por Trafaria »
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raphael

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« Responder #36 em: Novembro 14, 2008, 06:35:08 pm »
Ok assim já estou mais bem informado.  :twisted: um gajo está sempre a aprender coisas novas!
Um abraço
Raphael
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Trafaria

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« Responder #37 em: Novembro 14, 2008, 07:39:41 pm »
Citação de: "Patriot"
concordo plenamente na ideia dos militares fazerem patrulhamento nas ruas, sobretudo nas zonas mais problematicas, agora, não um militar qualquer, mas sim pessoal oriundo das quatro tropas especiais (fuzos, oe's, comandos e páras) isto porquÊ?! porque se não colocarem pessoal com treino militar a sério e colocarem atiradores ou pa's ou pe's (sem ofensa nem descriminação a estes) podem ter a certeza que acontece como já aconteceu a certos policias e eu ja presenciei uma situação dessas, tou a falar de lhes roubarem as armas, roubarem o chapéu a um psp e andar aos pontapés a ele e o policia sem fazer nada... ou seja isto nunca aconteceria mas quaze de certeza a um militar oriundo de uma tropa especial, já o mesmo não posso garantir se o mesmo se passasse com um simples militar de outra especialidade qualquer... o treino e a preparação faz toda a diferença, digam o que disserem... Não quero com isto ofender ninguem, sou Fuzileiro e em principio ou vou pa GNR ou pa GP, e tenho todo o respeito que me merecem todo e qualquer militar das forças armadas independentemente de onde são ou o que fazem...

cumprimentos a todos!


Patriot,
Por norma o policia nao é agredido nesses bairros complicados, ou o é, e às vezes é-o, mas é a excepção e nao a regra.

A maioria das agressões acontecem onde nao são esperadas, compreende?

Para esses sitios complicados vai-se preparado, com os alertas todos ligados ... e mais ou menos acompanhado e equipado em função do grau de ameaça. Tudo na PSP é estudado e tudo é feito em função desses estudos. Não há cá lugar a improvisos ... ou pelo menos evitamo-los.

O que pode acontecer num desses bairros é o CP levar com um calhau de 3 kilos em cima do tejadilho vindo "do céu" ... e tanto levava se fosse um megane da PSP como se fosse um toyota dos comandos!

Acho que a presença dos militares seria até em si acicatante, um convite à violencia... para mais sabendo que os militares os nao podiam prender.
::..Trafaria..::
 

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Primy

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« Responder #38 em: Novembro 14, 2008, 08:06:37 pm »
Prender não,mas deter até a chegada das Autoridades é um dever que quando não o é feito se o (os) Militares em questão são identificados e são punidos.
 

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Patriot

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« Responder #39 em: Novembro 14, 2008, 09:30:05 pm »
raphael eu sei bem que se for para a GNR vou começar do zero tal e qual como todos os outros que vão la parar...e sim há-de ser uma mais valia para mim concerteza ja ser militar... quanto ao facto das borucracias e diplomacias que tudo isso envolveria (de colocar militares na rua) acho que é possivel, basta as diversas partes entenderem-se, estado, forças armadas, policia etc...


Primy quando falo em colocar militares na rua não falo em controlo de tumultos mas sim em patrulhas! para mim ao colocar militares na rua era uma forma de intimidação, segurança...nada mais! e sim, é um dever do militar tal qual disseste deter quem quer que seja até à chegada das autoridades...

quanto à situação que referiram de que as forças policiais pudessem achar-se ofendidas ou que pensassem que não confiamos no trabalho dos policias eu não concordo com isso...afinal de contas apenas seríamos uma mais valia, uma ajuda no patrulhamento nada mais, respeito bastante o trabalho da polícia em Portugal e não quero fazer mais do que o meu dever... mas com tanta criminalidade hoje em dia acho que não se deveriam importar e aceitar a ajuda dos militares se fosse o caso...

enfim pessoal é apenas a minha opinião e respeito claro as vossas, mas que verdade seja dita, também não me acredito que algum dia um militar venha a patrulhar o que quer que seja se não o "mato"  :shock:
 

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« Responder #40 em: Novembro 14, 2008, 09:52:09 pm »
Patriot,qualquer Militar está qualificado para patrulhar,não tem que ser necessáriamente uma tropa especial,como disseste tropa a sério  :lol:
 

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Trafaria

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« Responder #41 em: Novembro 14, 2008, 09:55:07 pm »
Para patrulhar já temos as policias. Se nao chegam o estado que lhes atribua mais dinheiro para contratar mais pessoal.

Nao acho que a tropa faça ou alguma vez possa fazer (musculadamente) melhor que o CI/PSP ou RI/GNR .... e quando os seus efectivos nao chegarem formem mais.
« Última modificação: Novembro 14, 2008, 10:03:38 pm por Trafaria »
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« Responder #42 em: Novembro 14, 2008, 09:59:10 pm »
Citação de: "Primy"
Patriot,qualquer Militar está qualificado para patrulhar,não tem que ser necessáriamente uma tropa especial,como disseste tropa a sério  :lol:

Nao confundas as coisas... o conceito de patrulha militar nao é o mesmo que a patrulha policial.

Da tropa para a policia de util só levei o facto de já saber marchar.

Estou de acordo contigo nessa das tropas especiais. Nao sao uma mais-valia e a prova é que os que de lá vêm nao são melhores policias que os outros, nem sequer melhores que os que nao têm um passado militar... não advém dai nenhuma diferenciação marcante.
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Primy

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« Responder #43 em: Novembro 16, 2008, 10:51:22 am »
Trafaria,estou a 100% de acordo com a atribuição de verbas para aumentarem o efectivo das FS,isso é sem duvida indescutivel,e claro que nunca um Militar das FA substitui uma policia,eu apenas sou de acordo na colaboração de forças.
 

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Trafaria

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« Responder #44 em: Novembro 16, 2008, 02:31:26 pm »
As forças de segurança já hoje colaboram com praticamente todos os organismos do estado.
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