ENVC - Estaleiros Navais de Viana do Castelo, S.A.

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Feinwerkbau

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« Responder #60 em: Abril 23, 2009, 11:34:06 am »
Citação de: "P44"
Citação de: "Morkanz"
Açores encomendam o "Atlantida" ao ENVC, o ENVC constroi, depois os Açores recusam?

vc encomenda um Mercedes e fazem-lhe um Tata, acha bem?



continuo a dizer que tá tudo muito certo e que têm toda a razão nesse aspecto.

Mas a analogia não seria mais correcta se fosse:

Encomenda um Mercedes com um motor de um Tatra e depois queixa-se que anda pouco?   :twisted:
 

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Feinwerkbau

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« Responder #61 em: Maio 19, 2009, 10:05:18 am »
Estaleiros podem mandar embora 126 até ao Verão
Crise piorou com devolução do navio" Atlântida"

00h30m
ANA PEIXOTO FERNANDES

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo poderão, a curto prazo, perder mais de centena e meia de trabalhadores que se encontram em situação de contrato a termo na empresa.

Este terá sido o cenário traçado ao deputado do PCP na Assembleia da República, Honório Novo, durante uma visita que efectuou aos estaleiros, e que a Comissão de Trabalhadores (CT) assume temer face ao contexto actual da firma. Nos últimos dois anos, o número de operários dos ENVC passou de mais de mil para aproximadamente 900.

"O que estamos a prever é que a empresa, não tendo trabalho, os primeiros a sofrer sejam os contratados a termo. Neste momento são 126, nada é certo, mas estamos receosos que isso aconteça", referiu o porta-voz da CT, Manuel Cadilha, quando confrontado com as declarações de Honório Novo, acerca da possibilidade de operários com contrato a prazo virem a ser dispensados "até Agosto". Segundo o deputado comunista, "a situação está tão mal, que é bem provável que, ao nível do trabalho e sem criar alarmismo, se complique a partir do Verão e eventualmente os estaleiros possam começar a despedir mais de centena e meia de trabalhadores que estão a termo". "Foram-nos dados sinais indiciadores disso", revelou, comentando: "Esta é uma situação nova, extremamente perigosa e que ocorre num momento em que o país atravessa a crise, por desresponsabilização e desleixo do Governo e da tutela".

Depois de amanhã, o alegado cenário de crise em que se encontram os ENVC e que ganhou maior visibilidade na sequência da rescisão pelo Governo dos Açores do contrato de construção do navio "Atlântida", deverá, segundo Honório Novo, ser debatido em sede da Comissão Parlamentar da Defesa na presença do ministro da tutela. A iniciativa, a realizar-se a pedido do PCP, deverá ser antecedida de uma reunião, solicitada pelo CDS, com o Conselho de Administração (CA) dos estaleiros. "Esperamos que os deputados possam conhecer e ouvir as explicações do presidente do CA, que ninguém o vê na empresa", concluiu aquele parlamentar. O JN contactou ontem sem êxito a administração dos ENVC.



http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Viana%20do%20Castelo&Concelho=Viana%20do%20Castelo&Option=Interior&content_id=1236668

Mais um exemplo de boa gestão e da maneira como os assuntos do mar estão a ser geridos neste país, fazem-se maus negócios, maus contratos, geridos por incompetentes e quem paga sempre é quem menos culpa tem....

Lamentável meus Srs., lamentável......... :roll:
 

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Chicken_Bone

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« Responder #62 em: Maio 19, 2009, 08:30:25 pm »
Defesa: Empordef avançou com providência cautelar para "não ter de executar garantias bancárias" sobre navio "Atlântida"

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Lisboa, 19 Mai (Lusa)- A Empordef avançou com uma providência cautelar em tribunal para "evitar" a devolução dos quase 32 milhões de euros em garantias bancárias pagos pela empresa açoriana "AtlânticoLine" aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

Vários deputados da comissão parlamentar de Defesa disseram à Lusa que após o Governo açoriano, através da "AtlânticoLine", ter anunciado a rescisão do contrato com os ENVC para a construção do navio "Atlântida", a Empordef - a 'holding' do Estado para a Defesa que tutela os estaleiros - "meteu uma providência cautelar no Tribunal Administrativo de Braga no sentido de evitar que fossem executadas já as garantias bancárias", no valor de aproximadamente 32 milhões de euros e às quais se somariam as indemnizações por falha no cumprimento do contrato.

No final da audiência com os deputados, o presidente do conselho de administração da Empordef, Jorge Rolo, não quis fazer qualquer declaração aos jornalistas.


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interio ... id=1237677
"Ask DNA"
 

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Lampuka

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« Responder #63 em: Maio 20, 2009, 12:04:21 am »
Empordef avança com providência cautelar
Regional | 2009-05-19 18:56

 A Empordef avançou com uma providência cautelar em tribunal para "evitar" a devolução dos quase 32 milhões de euros em garantias bancárias pagos pela empresa açoriana "AtlânticoLine" aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).
Vários deputados da comissão parlamentar de Defesa disseram à Lusa que após o Governo açoriano, através da "AtlânticoLine", ter anunciado a rescisão do contrato com os ENVC para a construção do navio "Atlântida", a Empordef - a 'holding' do Estado para a Defesa que tutela os estaleiros - "meteu uma providência cautelar no Tribunal Administrativo de Braga no sentido de evitar que fossem executadas já as garantias bancárias", no valor de aproximadamente 32 milhões de euros e às quais se somariam as indemnizações por falha no cumprimento do contrato.

No final da audiência com os deputados, o presidente do conselho de administração da Empordef, Jorge Rolo, não quis fazer qualquer declaração aos jornalistas.

No início de Abril, o Governo Regional dos Açores anunciou a rescisão do contrato de construção do navio "Atlântida" e decidiu accionar todos os procedimentos legais para ser ressarcido de todos os prejuízos.

O secretário açoriano da Economia, Vasco Cordeiro, afirmou na altura que, para tentar colmatar o facto do navio não atingir os 19 nós, como previa o contrato, os ENVC propuseram um conjunto de alterações que implicariam demorar mais sete a nove meses para entregar a embarcação.

O prazo inicial para a entrega do "Atlântida" estava definido para Setembro de 2008, tendo sido alargado até Maio deste ano, visto que o Governo açoriano tinha agendado para 13 de Maio o início da operação - que este navio deveria integrar - de transporte marítimo de passageiros e viaturas entre as várias ilhas.

Os deputados afirmaram ainda que o presidente da Empordef está neste momento à procura de três directores para estarem em permanência nos ENVC: "um director-geral com funções de administrador delegado, um director técnico e um director de recursos humanos".
Lusa/AO Online

http://www.acorianooriental.pt/noticias/view/185041

Os que trabalham vão ser despedidos e, entretanto, já se estão a preparar mais três "tachos"...
João Pereira
 

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Lancero

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« Responder #64 em: Maio 20, 2009, 03:12:42 pm »
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Defesa: Ministro diz que existe parceiro internacional para estaleiros Viana e que negociações estão em "fase final"  



    Lisboa, 20 Mai (Lusa)- O ministro da Defesa anunciou hoje que existe um parceiro internacional interessado nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) ao nível "técnico e de participação na gestão" e adiantou que as negociações estão "em fase de finalização".  

 

    Em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com a comissão parlamentar de Defesa, Nuno Severiano Teixeira sublinhou a necessidade de modernização dos estaleiros e disse que o futuro daquelas instalações passa por uma "parceria estratégica" a nível internacional.  

 

    "A empresa é para consolidar no quadro das empresas portuguesas mas precisa de modernizar-se, criando parcerias e integrando-se numa rede mais vasta, no plano nacional num 'cluster' naval com outras empresas, nomeadamente o Alfeite e a NavalRocha. Em segundo lugar é preciso que a empresa encontre parceiros internacionais, uma parceria estratégica internacional, e estamos numa fase de finalização dessa parceria que a muito breve trecho julgo que se assinará", afirmou.  

 

    Questionado pelos jornalistas, o responsável pela pasta da Defesa adiantou que esse parceiro terá um papel a nível "técnico e de participação na gestão" dos ENVC.  

 

    "Houve vários parceiros internacionais que se manifestaram interessados, houve um trabalho longo com todos eles e neste momento estamos em fase de finalização, muito em breve poderei dar mais informações", referiu.  

 

    Sobre o montante que será preciso investir nos ENVC, que vivem uma situação difícil que terá sido assumida terça-feira no Parlamento pelo presidente da Empordef  - a 'holding' do Estado para a Defesa - , o ministro da Defesa apenas disse que esse "é um trabalho que está no início e que passa por uma parceria estratégica" e que "uma vez encontrado o parceiro é um trabalho que começa a partir daí".  

 

    Nuno Severiano Teixeira disse ainda que "é preciso que haja alterações e reformas também no plano interno" e que "foi pedida uma consultoria a uma empresa externa", que já "fez recomendações de gestão que vão ser implementadas pelos ENVC", mas que "é preciso mais do que isso".  

 

    "É preciso que haja espírito de trabalho, de empenhamento e de sacrifício, para que ao nível laboral haja uma colaboração, porque todos são precisos nesta matéria", vincou.  

 

    Interrogado sobre a rescisão do contrato do navio "Atlântida", encomendado pelo Governo açoriano aos ENVC, Severiano Teixeira voltou a dizer que essa "é uma questão empresarial, que dever ser resolvida entre empresas" e que "vai esperar" pelas duas auditorias que estão em curso para tomar uma decisão.

 

    "Ao Governo cabe garantir que tudo é feito dentro da legalidade e que as empresas sob sua tutela estão a pautar-se pelos princípios da boa gestão (...) para esclarecer tudo o que está em causa pedi duas auditorias, uma de natureza técnica a uma entidade independente e com competência científica e técnica, o Instituto Superior Técnico, para que desse um parecer sobre a construção do navio. Depois há um segundo conjunto de problemas, que tem a ver com os contratos administrativos e financeiros e para isso eu quis ter uma auditoria de duas entidades independentes, que são a Inspecção-Geral de Finanças e de Defesa,", explicou.  

 

    "Este é um problema que é delicado e complexo, que não podemos tratar de uma forma ligeira e portanto vou esperar pelos resultados das auditorias para depois tomar as medidas que se justificarem e as recomendações que forem feitas", concluiu o ministro da Defesa.  

 
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Mike23

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« Responder #65 em: Maio 20, 2009, 10:19:40 pm »
Boa notícia! Será holandês?
« Última modificação: Maio 28, 2009, 06:08:08 pm por Mike23 »
O Novo Portugal! Mais de 3 Milhões de Quilómetros Quadros!

 

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teXou

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« Responder #66 em: Maio 21, 2009, 12:24:17 am »
Citação de: "Mike23"
Boa notícia! Será holandês?

Ou então alemão  :roll:
"Obviamente, demito-o".

H. Delgado 10/05/1958
-------------------------------------------------------
" Não Apaguem a Memória! "

http://maismemoria.org
 

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Charlie Jaguar

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« Responder #67 em: Maio 23, 2009, 05:41:55 pm »
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CM Online - Sábado, 23 de Maio de 2009

Defesa: Gastos com remunerações aumentaram 4,6 por cento
Prejuízo dispara nos estaleiros

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) quase duplicaram os prejuízos em 2008: numa altura em que o Ministério da Defesa está a terminar as negociações com um grupo estrangeiro interessado em fazer uma parceria com os ENVC ao nível da gestão, o prejuízo disparou de oito milhões de euros, em 2007, para 15,1 milhões de euros, no ano passado.

Com este resultado líquido negativo registado em 2008, segundo documentos internos aos quais o CM teve acesso, este é o terceiro ano consecutivo em que os ENVC apresentam prejuízos. Por isso, a parceria dos ENVC com um grupo estrangeiro ao nível técnico e de gestão, segundo revelou esta semana o ministro da Defesa no Parlamento, poderá ser decisivo para o futuro desta empresa naval.

Mesmo com esta grave situação financeira, os ENVC, empresa que está integrada na Empordef, holding do Estado para o sector da Defesa, registou em 2008 gastos com remunerações do pessoal de 18,1 milhões de euros, um aumento de 4,6 por cento face aos 17,3 milhões de euros de 2007.

APONTAMENTOS

DÍVIDA À BANCA

No final de 2009, os ENVC tinham uma dívida aos bancos de 42,5 milhões de euros,

BARCO DOS AÇORES

Em 2009, os ENVC estiveram envolvidos em polémica com o Governo dos Açores, por causa da construção de um barco.

TRABALHADORES

Os ENVC têm um efectivo global de cerca de 900 trabalhadores.

 
António Sérgio Azenha

 :arrow: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 0000000090
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Charlie Jaguar

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« Responder #68 em: Maio 25, 2009, 01:21:11 pm »
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DN Online - 25 de Maio de 2009

Desalento
Estaleiros de Viana: do 'óscar' da construção à pré-falência
por PAULO JULIÃO

Trabalhadores dos ENVC não entendem devolução pelos Açores de um 'ferry' que descrevem como um "paquete de luxo"

A 24 de Maio de 2004, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) receberam um dos mais importantes prémios da construção naval europeia, distinguindo o trabalho realizado no ferry Lobo Marinho, que seguiu para a Madeira. Cinco anos depois, um outro ferry, de menor dimensão, mas também para uma região autónoma, ameaça ficar encostado à doca, perante o desalento dos trabalhadores.

"Deixamos de saber construir navios em quatro anos? E os alemães, que nos continuam a preferir, porque será?", insurgiu-se, junto do DN, um dos trabalhadores da empresa e que diariamente tem que "conviver" com o Atlântida, ferry encomendado e agora rejeitado pelo governo regional açoriano. Carlos César reclama a devolução de 30 milhões de euros já adiantados à empresa, com a administração dos ENVC a admitir que precisam com urgência de 60 milhões de euros.

Há cinco anos, o Lobo, construído em 2003, recebia o "Óscar" da construção naval pela Royal Institution of Naval Architects, do Reino Unido. Um navio encarregue das ligações entre a Madeira e o Porto Santo, cujo projecto foi inteiramente desenvolvido em Viana.

Ao contrário, o Atlântida resultou de um projecto russo, imposto pelo armador à empresa de Viana do Castelo, e que se revelou desajustado. A empresa viu-se obrigada a constantes alterações ao projecto inicial para garantir segurança e outras condições de navegabilidade, o que resultou na redução de 1,4 nós na velocidade máxima - motivo suficiente para o Governo dos Açores o devolver. O futuro da empresa é incerto e, segundo o ministro da Defesa, está dependente de uma parceria internacional em negociação. O Atlântida, descrito pelos trabalhadores como um "paquete de luxo" e que dispõe, entre outras valências, de casino e infantário, vai continuar parado na doca.  

:arrow:  http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/inter ... ccao=Norte
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Edu

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« Responder #69 em: Maio 26, 2009, 10:49:03 pm »
Não ter sido permitida a entrada da comunicação social nos ENVC não abona nada a sua imagem no país... :roll:

O que terão eles mais a esconder?
 

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Feinwerkbau

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« Responder #70 em: Maio 27, 2009, 08:14:19 am »
Citação de: "Edu"
Não ter sido permitida a entrada da comunicação social nos ENVC não abona nada a sua imagem no país... :roll:

O que terão eles mais a esconder?


Europeias: Paulo Portas lamenta que Estaleiros Navais impeçam entrada de jornalistas

18:28 Terça-feira, 26 de Mai de 2009  
 
Viana do Castelo, 26 Mai (Lusa) -- O líder do CDS-PP lamentou hoje que a comunicação social não tivesse sido autorizada a acompanhar a sua visita aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, e questionou se o Governo tem algo a esconder.

"[Quero] lamentar profundamente que, numa empresa pública, de interesse nacional, que faz serviço de soberania, a comunicação social não possa acompanhar", afirmou o ex-ministro da Defesa, considerando que "não é boa prática".

Portas sublinhou que "toda a vida líderes políticos e partidários puderam acompanhar, com a comunicação social, fosse Jerónimo de Sousa (PCP), fosse Mário Soares (PS), ou Francisco Louçã (BE)".

Paulo Portas, o numero dois da lista do CDS-PP às eleições europeias, Diogo Feio, e o deputado Abel Baptista, visitaram hoje os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, que integra a Empordef, uma `holding´ do Estado para as empresas na área da Defesa.

A visita realizou-se no âmbito da campanha eleitoral do CDS-PP às eleições europeias. A comunicação social que a acompanha já tinha sido avisada de que não poderia entrar.

"Foi-nos dito misteriosamente que a comunicação social não poderia acompanhar a visita. Se o Governo pretendia uma imagem de uma pessoa que não podia entrar nos estaleiros e ficava à porta, tendo dado dias, meses e anos da sua vida àqueles estaleiros para que não fossem à falência, isso não consegue com certeza", afirmou, questionando se "o Governo tem algo a esconder".

O ex-ministro da Defesa frisou que durante três anos "vestiu a camisola", e que, "foi possível ao cabo de três anos" que a empresa "passasse do vermelho para resultados operacionais positivos".

"Volvidos quatros anos os números voltaram a entrar no vermelho", lamentou, destacando que a empresa garante 900 postos de trabalho e que o país precisa de "construção naval militar".

SF.

Lusa/fim
 

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Edu

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« Responder #71 em: Maio 27, 2009, 08:42:48 pm »
Alguma coisa não vai bem nos ENVC. A justificação que as varias empresas no mundo inteiro dão para os despedimentos é a falta de trabalho. Ora os ENVC têm pelo menos a encomenda de 13 navios para construirem para a marinha:
 - 6 NPO's
 - 2 NCP's
 - 5 LFC's
e ainda existe a possibilidade de talves contruirem mais 4:
 - +3 LFC's
 - 1 LPD

Isto sem contar com encomendas civis, parece-me a mim que falta de trabalho não têm, não percebo porque precisam de despedir trabalhadores, os ENVC, com as materias primas a descer de preço actualmente e com as encomendas que têm nem sequer se podem queixar de crise. Só retiro uma conclusão do que se passa nos estaleiros: quem está a gerir os estaleiro está claramente a fazer uma gestão danosa para os estaleiros.

Cumprimentos a todos  :wink:
 

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Chicken_Bone

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« Responder #72 em: Maio 27, 2009, 09:25:15 pm »
Edu: uma explicação possível é:


Podem ter muitas encomendas, mas os custos são elevados e os programas longos. Se os clientes só pagarem os barcos quando os receberem, significa que são estaleiros que terão que arcar com os custos.  Se não tiverem dinheiro disponível ("cash flow" negativo; desculpai o estrangeirismo, mas falta-me vocabulário específico), não conseguem completar os barcos e ganhar dinheiro para suportar os outros programas. A crise mundial traz o problema de ser mais difícil arranjar empréstimos que cubram o problema de "cash flow".

Dando um exemplo:
Tens 1 barco que terá um preço de 2 milhões, mas um custo de 1,5 milhões e tu só tens 1 milhão no banco. Como fazes, se o cliente não estiver disposto a avançar inicialmente com 25% do preço e se a banca (capitais de risco, etc) não estiverem prontos para t ajudar?

Quanto às matérias primas estarem a descer de preço, não me parece que isso esteja a acontecer, pelo menos em relação a alguns metais. Há 2 meses quando ia comprar uma bicicleta disseram-me que estão cerca de 75 % mais caras, devido ao aumento do preço dos metais.
Tenho maior conhecimento de plásticos e, posso dizer que os preços dos de grande consumo têm vindo a aumentar.
"Ask DNA"
 

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Edu

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« Responder #73 em: Maio 27, 2009, 10:05:24 pm »
Caro Chicken_Bone, quanto a outros materiais não sei bem, mas o ferro/aço sei que tem descido de preço, aliás em alturas de estagnação económica o aço costuma sempre descer de preço. Nos estados unidos pelo menos andam com alguma dificuldade em escoar todo o aço, tanto que à pouco tempo andava o canada a criticar o facto de os estados unidos quererem cortar nas compras de aço ao canada. As bicicletas de que fala talvez sejam feitas em aluminio, quanto ao aluminio já não posso falar... Mas os navios são regra geral feitos em aço.

Talves nos projectos da marinha não se meta esse problema do financiamento, ao fim ao cabo são todos filhos do mesmo pai... Mas aqui já falo sem certezas.

Cumprimentos  :wink:
 

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Chicken_Bone

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« Responder #74 em: Maio 27, 2009, 10:36:46 pm »
Epá, não sou caro. Até sou barato, dependendo do grau de atractividades das moçoilas.

De facto, concordo com o que dizes sobre o aço (pelo menos), porque a Mittal e outros andam a ter prejuízos e a mandarem pessoal para casa.
Mas foi o que a proprietária da loja me explicou.
Foi como disse, manjo mais de plásticos e compósitos, do que metais.

Naa, a bicla deve ser de aço, acho. Sou um sovina e é só para dar umas guinadas na ida e volta do trabalho. Por isso, alumínio..."é para ricos". :D

Quanto aos problemas de financiamento, não vejo porque não PODERIAM acontecer na marinha ou obras públicas. Trata-se de proteger o dinheiro que se tem. Pagarias muito dinheiro adiantado para algo sem garantias?
Esse problema de "cash flow" tem afectado muitas empresas nesta altura de crise. Têm encomendas, mas pouco dinheiro no banco (e pouco sucesso em pedir massa emprestada) e têm que despedir pessoal, vender bens ou fechar.
"Ask DNA"