Fogos Florestais

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Cabeça de Martelo

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Re: Fogos Florestais
« Responder #60 em: Julho 10, 2011, 06:00:07 pm »
És ou alguma vez foste bombeiro? Eu já.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Luso-Efe

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Re: Fogos Florestais
« Responder #61 em: Julho 10, 2011, 06:12:30 pm »
Face ao que produzis-te. :idea:
Chamar aos Portugueses ibéricos é 1 insulto enorme, é o mesmo que nos chamar Espanhóis.

A diferença entre as 2 designações, é que a 1ª é a design. Grega, a 2ª é a design. Romana da península.

Mas tanto 1 como outra são sinónimo do domínio da língua, economia e cultura castelhana.

Viva Portugal
 

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Cabecinhas

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Re: Fogos Florestais
« Responder #62 em: Agosto 07, 2011, 12:39:56 pm »
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MDN, MAI, INCÊNDIOS E ASNEIRAS ESCUSADAS

Helicóptero Kamov 32
Uma das primeiras intervenções do novel Ministro da Defesa (MDN), efectuada numa visita à Força Aérea (FA), foi a de perspectivar o regresso daquele Ramo militar ao combate aos incêndios florestais (IF).

A ideia é boa, apesar de requentada, e mereceu desde logo – e bem – um alerta do respectivo Chefe de Estado Maior, lembrando que tal desiderato não seria viável de um dia para o outro.

Como as pessoas em Portugal têm a memória curta por esquecimento ou conveniência, vamos tentar dilucidar, sucintamente, todo este imbróglio. Porque de um imbróglio se trata, apesar da aparente candura das palavras ministeriais.

O Governo tinha adquirido, em 1982, equipamentos com o acrónimo “MAFFS”, que foram adaptados aos aviões C-130, e que permitiam largar sobre os incêndios uma quantidade apreciável de uma calda retardante. Custaram, na altura, cerca de 200.000 contos.

Para além disto, na “época dos fogos” distribuíam-se pelo país meia dúzia de helicópteros AL III, que ficavam em alerta aos incêndios. Estes helicópteros tinham uma capacidade muito reduzida de actuação, pois apenas podiam transportar equipas até cinco elementos e largar um pequeno balde de água sobre o fogo.

Com o agravamento anual do número de fogos e área ardida, cada vez foi necessário alugar mais hélis e aviões a empresas privadas, o que gerou um negócio de muitos milhões.

Em 1997, durante o governo do Eng. Guterres, o Secretário de Estado da Administração Interna, Armando Vara, decidiu (presume-se que com o assentimento do MDN), retirar a FA do combate e prevenção aos IF. Tal decisão abriu o caminho para se vir a adquirir, mais tarde, meios aéreos para esta missão, que foram colocados na dependência do MAI.

A fundamentação para tudo baseou-se – como se encontra descrito em vários documentos – na pouca capacidade que a FA possuía para atacar os IF, já que as poucas aeronaves C-130 existentes (cinco, mais tarde seis), o reduzido número de tripulações e o número substancial de outras missões cometidas à esquadra, nunca ter permitido o uso simultâneo dos dois equipamentos MAFFS existentes, a que acrescia as limitações do AL III (para o fim a FA já tinha muitas dificuldades em comprar a calda, pois esta já estava adjudicada a terceiros).

Para além disto, referia-se, o Estado gastava muitos milhões de contos a alugar, sazonalmente, aviões e hélis, não era dono de nenhum e estava sujeito ao mercado.

Salvo melhor opinião, as principais razões que levaram à alteração da política governamental não têm nada a ver com a argumentação aduzida, ou tem pouco a ver. As razões, creio, radicam-se na “luta de capelinhas”; na proeminência que o MAI passou a ter sobre a Defesa; na paranóia em querer afastar os militares de tudo o que não tivesse exclusivamente a ver com a vida nos quartéis, substituindo-os por “boys e girls” – uma pecha insaciável dos partidos – e, também porque nos negócios a efectuar, a FA a Armada e o Exército não terem por hábito pagar comissões ou horas extraordinárias. Senão não teriam feito o disparate que fizeram que é sempre pago pelo contribuinte.

Tudo, aliás, tem resultado num desastre: os fogos não param, a legislação não é adequada, não há prevenção, há muitos acidentes com os bombeiros (os poucos que se apresentam dos cerca de 30.000 inscritos…), etc. Não se sabendo o que fazer com o que restava dos Guardas Florestais, nem como os enquadrar, resolveu-se incorporá-los na GNR que, por ser um corpo militar, é pau para toda a obra; e até se inventou um grupo especial de intervenção contra os fogos, dentro daquela corporação, cuja missão nada tem a ver com isto.

Em contrapartida nada se fez para reforçar os sapadores bombeiros que são os únicos profissionais em apagar fogos, em todo este âmbito…

Ora se tivesse havido boa mente na apreciação da situação, o que deveria ter sido feito era ter aumentado os meios da FA (já que eram insuficientes…) e, ou, dotá-la de meios apropriados que pudessem ser aproveitados noutro tipo de missões, de modo a rentabilizá-los todo o ano. Manter-se-ia, deste modo, os meios aéreos sob comando e controle centralizado (sem embargo da descentralização da execução), a serem operados por quem sabe e tem experiência e capacidade de os operar e manter.

Mas não, decidiu-se pegar no dinheiro – que pelos vistos nunca faltou no MAI – e ir-se inventar a pólvora, pois no nosso desgraçado país os últimos 30 anos têm sido um farró! E o “negócio dos Incêndios” lá continuou de vento em popa.

Constituiu-se mais um dos inúmeros grupos de trabalho (GT), que pulularam no país, como cogumelos, para se equacionar a coisa. As conclusões deste GT foram entregues, em 6 de Setembro de 2005 e daqui surgiu a EMA, Empresa de Meios Aéreos (de capitais públicos), na dependência do MAI.

Do plano inicial fazia parte a compra de hélis ligeiros (quatro) e pesados (seis) e aviões pesados (quatro). Mas continuava a advogar-se o aluguer de 20 (!) hélis e 14 (!) aviões ligeiros e médios. Afinal…

Só para se ter uma ideia da insanidade em que se caiu, em 2010 chegaram a operar, em simultâneo, 56 meios aéreos, o que representa 40% da totalidade das aeronaves do inventário da FA!

Acabou-se por só se adquirir os helicópteros, um negócio atribulado com a Rússia (os Kamov) e, ainda os AS350B3, da Eurocopter (tudo cerca de 54-56 Milhões de euros), e já não se adquiriram os aviões por não haver dinheiro. Os hélis chegaram entre Junho de 2007 e Março de 2008.

O intermediário foi a empresa Heli Portugal, a quem foi adjudicado, também, por cinco anos, a manutenção das aeronaves, o que vale 16 M euros/ano.

A chefia da FA ainda fez uma proposta, em finais de 2004, avançando com a ideia de uma esquadra de aviões tipo Canadair (oito a 10), de multiuso. Este avião tem a vantagem de já ter dado boas provas e ser operado por Marrocos, Espanha, França, Itália e Grécia, podendo-se equacionar uma futura “poole“ destes meios. Ficou, ainda, em aberto a hipótese de reconfiguração dos 10 SA 330 Puma existentes e em desactivação, mas aproveitáveis, apesar de não serem os ideais. Hoje estão à venda e não se lhes encontra comprador.

Não deixa de ser curioso notar, contudo, que a chefia da FA, entre 1997 e 2000, não se ter mostrado nada interessada na questão dos IF, nem nos “Canadair”.

A FA, com realismo militar, mas com falta de “perspicácia” política, sempre foi dizendo que necessitava de cinco anos para tudo estar operacional, o que logo foi aproveitado pelos políticos, como óbice pela falta de celeridade. Menos, certamente, por preocupação com os fogos, mas por estarem sempre de olho nas próximas eleições e no papelinho do voto…

É claro que a proposta ficou na gaveta da política e só não temos a certeza do grau de assertividade com que esta dama foi defendida. E devia tê-lo sido, não só pela FA mas pelo Conselho de Chefes.

E, assim, se avançou para a organização de uma empresa para operar helicópteros num organismo que sabia rigorosamente nada sobre tal “negócio”. O Estado Português tem destas coisas e é, como se sabe, rico.

Faltava agora decidir sobre o dispositivo, isto é, onde estacionar os meios. A Autoridade Nacional de Protecção Civil pretendia meios colocados em Loulé e S. Comba Dão (e outros locais) mas, para além disto, era necessária uma base central.

O MAI António Costa, ainda tentou colocá-los na antiga base de Tancos (que tem todas as infra-estruturas, espaço e está despido de meios aéreos, e para isso reuniu com os Chefes do Exército e da FA. A reunião correu mal (para variar), e nenhum acordo foi atingido.

Resultado, foi-se gastar uma nota gorda (cerca de 15M euros), a fazer uma “base” no aeródromo municipal de Ponte de Sor (a 50 km de Tancos…), que foi completamente remodelado.

Como houve dificuldades, no inicio, em recrutar pilotos para os “Kamov”, a EMA foi generosa e passou a oferecer 6000 euros/mês a um comandante, fora as alcavalas. Afinal só não há dinheiro é para os hélis dos Ramos, nem para aumentar o risco de voo dos pilotos militares… Para já não falar nos diferentes pesos e medidas, que o mesmo patrão (o Estado), usa para com os seus servidores.

Como ninguém, aparentemente, explicou com algum detalhe aos senhores do MAI, que operar meios aéreos não é propriamente o mesmo que colocar uma asa num carro de bombeiros, os custos da empresa não mais pararam de derrapar e o passivo já ultrapassa os 40 milhões, se é que se podem acreditar nas contas que por aí correm. Tentou-se,” in extremis” impor quotas de horas de voo à GNR, PSP, ANPC, SEF, IMTT, etc., o que tem gerado uma apreciável confusão.

E agora ninguém sabe o que fazer. Daí o anzol lançado pelo MDN.

A desintonia e os desencontros, entre MDN, MAI, bem como entre as principais entidades que têm andado ligadas a esta problemática, têm sido a regra

Os incêndios, esses, continuam a surgir por geração espontânea e fazem o seu percurso placidamente.

Deve ser das alterações climáticas.

http://novoadamastor.blogspot.com/2011/08/mdn-mai-incendios-e-asneiras-escusadas.html

Gosto deste homem... apesar de alguns dizerem que se acobardou quando foi preciso a sua intervenção no Ultra-Mar.  :roll:
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Camuflage

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Re: Fogos Florestais
« Responder #63 em: Agosto 07, 2011, 01:06:15 pm »
Porque é que não adquirimos helis do tipo S-64 Erickson Air-Crane? Parecem ser bastante mais usados no estrangeiro e podem ser aproveitados para outras funções industriais ou de engenharia. Admito que em termos de design são algo feiosos, mas em comparação com os kamov adquiridos não seriam mais eficazes?
 

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GI Jorge

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Re: Fogos Florestais
« Responder #64 em: Agosto 07, 2011, 01:20:45 pm »
Citação de: "Camuflage"
Porque é que não adquirimos helis do tipo S-64 Erickson Air-Crane? Parecem ser bastante mais usados no estrangeiro e podem ser aproveitados para outras funções industriais ou de engenharia. Admito que em termos de design são algo feiosos, mas em comparação com os kamov adquiridos não seriam mais eficazes?

Devem ser mais caros, mais difíceis (dispendiosos) de manter e consomem muito combustível.
Confunde-se em Portugal tantas vezes a justiça com a violência que é vulgar não haver reacções contra o crime e haver reacções contra a pena.

Oliveira Salazar
 

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Camuflage

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Re: Fogos Florestais
« Responder #65 em: Agosto 07, 2011, 01:41:53 pm »
Mas será que foram equacionados na altura da aquisição dos kamov?
 

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GI Jorge

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Re: Fogos Florestais
« Responder #66 em: Agosto 07, 2011, 07:41:05 pm »
Citação de: "Camuflage"
Mas será que foram equacionados na altura da aquisição dos kamov?

Não faço ideia. Mesmo que tenham sido, os Kamov, pelo menos para mim, foram a melhor escolha.
Confunde-se em Portugal tantas vezes a justiça com a violência que é vulgar não haver reacções contra o crime e haver reacções contra a pena.

Oliveira Salazar
 

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HSMW

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Re: Fogos Florestais
« Responder #67 em: Agosto 07, 2011, 09:04:50 pm »

Esse S-64 já é um projecto antigo e autonomia (370 Km) é uma miséria.
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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nelson38899

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Re: Fogos Florestais
« Responder #68 em: Agosto 07, 2011, 09:46:25 pm »
Citar
A opção dos helicópteros Kamov é resultado de uma análise efectuada nos últimos dois anos, e também da possibilidade de converter a dívida da antiga União Soviética a Portugal, entretanto assumida pelo Estado Russo.

Em visita que está a efectuar à Rússia, o Primeiro Ministro português e o Ministro da Administração Interna - cujo ministério controla estes meios – visitaram em Moscovo o centro onde estão em formação 14 pilotos portugueses que deverão operar estas aeronaves, juntamente com os pilotos russos que vão ser enviados para Portugal para tripular os seis Kamov Ka-32.

 areamilitar
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Camuflage

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Re: Fogos Florestais
« Responder #69 em: Agosto 08, 2011, 07:10:36 pm »
Preferia uma resposta mais: avaliamos os seguintes modelos.... escolhemos o kamov porque... basicamente a noticia citada lida por alto soa mais a "escolhemos o kamov por conveniência".
 

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Malagueta

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Re: Fogos Florestais
« Responder #70 em: Agosto 09, 2011, 10:36:16 am »
iana: Militares controlam acessos à Serra de Santa Luzia para impedir fogos florestais
08-08-2011
Viana do Castelo, 08 ago (Lusa) - Um pelotão de militares do Exército começou hoje a controlar, e impedir, o acesso à Serra de Santa Luzia, para prevenir qualquer incêndio naquela área, anunciou o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo.

Segundo José Maria Costa, esta operação vai prologar-se até ao final do mês de agosto e insere-se no programa municipal de prevenção de fogos florestais.

Deverá envolver mais de vinte militares da Escola Prática de Administração Militar e durante este período, explicou o autarca, o acesso à Serra de Santa Luzia, a mais importante área verde do concelho, terá circulação condicionada.

"Os militares vão fazer a identificação de todas as pessoas que passam na serra de Santa Luzia e será feito o fecho dos acessos pelas freguesias de Areosa, Carreço, Afife, Freixieiro de Soutelo, Perre e Meadela", sublinhou José Maria Costa.

O autarca sublinha que também o acesso à zona conhecida como "carreira de tiro", habitualmente usada para passeio e piqueniques, terá "acesso reservado com identificação".

No plano contrário, o acesso ao templo de Santa Luzia, sobranceiro à cidade e visitado por milhares de turistas no verão, à Pousada e à Citânia, "não terão qualquer impedimento".

Estas restrições na circulação pela serra serão controladas pelos militares, que poderão ainda identificar qualquer cidadão suspeito, tendo em conta tratar-se de uma força afeta ao dispositivo de prevenção, numa zona de elevado risco e em pleno período crítico.

Além dos militares, as operações contam ainda com o apoio de elementos da GNR e da PSP, que partilham a jurisdição da serra, e na vigilância por equipas de escuteiros e de sapadores florestais.
 

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Camuflage

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Re: Fogos Florestais
« Responder #71 em: Agosto 09, 2011, 09:44:11 pm »
Citar
Seis helicópteros Kamov, comprados pelo Estado por cerca de 40 milhões, podem vir a ficar parados devido aos custos de manutenção.

A Força Aérea (FA) acredita que está em condições de assegurar o combate aos incêndios florestais já a partir do próximo ano, sugerindo a recuperação até 2015 de seis helicópteros Puma, aeronaves com mais de 30 anos, que estiveram a voar até Maio passado, na sequência de problemas na manutenção dos modernos Merlin, comprados para os substituir. A informação foi adiantada ao PÚBLICO por uma fonte ligada à Defesa, que explicou que no dispositivo aéreo de combate aos fogos sugerido para o próximo ano pela FA não entrariam os seis helicópteros pesados Kamov, que o Estado comprou e começaram a operar em 2008.

O objectivo da mudança de estratégia seria poupar dinheiro, já que, exemplifica a fonte, o custo de manutenção dos Kamov, que está pago até ao final do próximo ano, é considerado muito elevado. Esta solução implicaria a extinção da Empresa de Meios Aéreos (EMA), uma sociedade de capitais públicos criada em 2007 para operar os dez helicópteros comprados pelo Estado (um dos aparelhos despenhou logo nesse ano).

O dispositivo do próximo ano, segundo o estudo da FA solicitado pelo ministro da Defesa, Aguiar-Branco, em início de Julho, contaria com três Pumas, ficando os restantes três aparelhos disponíveis gradualmente entre 2013 e 2015 (um por ano). Para suprir a sua falta, a FA propõe alugar três helicópteros médios para o ano, um número que iria diminuindo à medida que os restantes Puma ficassem prontos. Fariam ainda parte do dispositivo de 2012 os três helicópteros ligeiros Ecureuil SA350 B3, actuamente a ser operados pela EMA, e três Alouette da FA, que permitem transportar equipas de combate, mas não fazem descargas de água.

A FA propõe estabilizar o dispositivo de combate a fogos até 2015, altura em que passaria a contar com os seis Puma e oito Ecureuil. Tal implicaria vender os seis Kamov que o Estado comprou e, com essa verba, adquirir os restantes Ecureuil. Os quatro helicópteros ligeiros e os seis médios e a respectiva manutenção durante cinco anos custaram ao Estado perto de 105,5 milhões de euros. A esmagadora maioria da verba foi para pagar as despesas dos Kamov.

Outras funções apontadas

A recuperação e adaptação dos Puma terá um custo estimado pela FA em poucos milhões de euros, um investimento que, sustenta-se, poderá ser rentabilizado com o facto dos helicópteros poderem ser também usados para fazer emergência médica, um serviço actualmente contratado pelo Instituto Nacional de Emergência Médica a uma empresa privada que disponibiliza cinco aparelhos.

A frota que a FA considera satisfatória para combater os incêndios, composta por 14 helicópteros, é substancialmente inferior ao dispositivo que tem estado a operar nos últimos anos. Este ano estão disponíveis 41 meios aéreos durante a fase mais crítica dos incêndios florestais, menos 15 aeronaves que nos dois anos anteriores. Talvez, por isso, a FA admite a utilização de aviões C-130 no combate aos fogos.

O Ministério da Defesa recusa-se a adiantar pormenores sobre o estudo da FA, e o assessor de imprensa, Nuno Maia, confirma apenas que já recebeu o documento. "Estamos a analisá-lo em conjunto com o Ministério da Administração Interna [que tutela a EMA e a Autoridade Nacional de Protecção Civil]". A FA remete explicações para a tutela e a Administração Interna não quis fazer comentários.

O presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, Fernando Curto, afirmou ontem que concorda que os meios da Força Aérea colaborem no combate aos incêndios, mas critica a extinção da EMA, argumentando que pode ser necessário alugar aeronaves privadas.

in: http://jornal.publico.pt/noticia/09-08- ... 656855.htm

A manutenção é cara ou é o facto de não serem norma NATO?
 

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PereiraMarques

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Re: Fogos Florestais
« Responder #72 em: Agosto 09, 2011, 11:40:24 pm »
Citação de: "Camuflage"
2015, altura em que passaria a contar com os seis Puma e oito Ecureuil. Tal implicaria vender os seis Kamov que o Estado comprou e, com essa verba, adquirir os restantes Ecureuil.

F****daaaaaaaaa-se!!!!!!!! Só não adivinho os números do Totoloto !!!! Eu bem disse no outro tópico que os Ecureuil ainda iam substituir os Alouette III na 552 !!!!
 

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Cabecinhas

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Re: Fogos Florestais
« Responder #73 em: Agosto 10, 2011, 08:36:19 am »
Calma amigo Pereira, Calma! :mrgreen:
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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HSMW

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Re: Fogos Florestais
« Responder #74 em: Setembro 01, 2011, 06:40:21 pm »
Já começou a chuva e a malta esquece o crime dos fogos...
O mesmo que disse no 9Gs digo aqui.

Por mim era assim:

A FAP opera todos os meios aéreos e os de combate aos incêndios, uma esquadra está sediada em Tancos com a missão principal de apoiar o Exército nas missões que forem necessárias de acordo com o planeamento. Apoia a protecção civil quando necessário.
Na época de incêndios é destacada pelo pais conforme necessário.

O Exército continua a ter a missão de fazer a vigilância e o patrulhamento do território, principalmente da floresta nacional não dos eucaliptais das celuloses.
A Engenharia continua com a missão de criar acessos.
A malta dos subsídios de desemprego limpa a mata e o mato que os trabalhos da Engenharia pôs para o lado.

Os vigilantes das torres continuam a ser pagos para lá estar.
Os Escuteiros também podem contribuir e ser subsidiados para tal. Estes não têm qualquer interesse em que a floresta arda.
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"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."