Saudações guerreiras.
Estou tão surpreendido quanto vocês, nesta questão. Há maiis ou menos 15 dias atrás reparei, ao desfolhar uma revista, num gráfico onde aparecia o nome de Portugal associado ao programa e com a 3 unidades que sempre se falaram, desde o inicio. Comentei comigo próprio que só pode ser brincadeira de mau gosto.
O que me preocupou mais não foi a questão do regresso de Portugal ter reedecidido o adquirir do A400M, mas sim as condições em que Portugal iria/irá ter esses aviões. Melhor, qual o estatuto de Portugal nesta situação toda depois de ter dito há 3 ou 4 anos que dispensava a compra dos mesmos, saindo do programa?
Por mais caro que fosse, Portugal tinha vantagens porque estava dentro da equipa fundadora do programa. Mesmo que o avião venha a custar o dobro dos 100 milhões que se fala aqui, eu até considero ainda como razoável. Já não me lembro dos valores que circulavam no princípio. Depois disso ouvi vários valores e todos eles para mais de 250 milhões de euros a unidade. No entanto posso estar confundido com outra coisa qualquer.
Lembremo-nos de que, a participação no programa NH-90 e as vantagens que traz para Portugal são mais que compensadoras e nem por isso tivemos que deixar de investir a sério. Então porque razão não se teve o mesmo raciocínio em relação ao A400M e a continuidade de Portugal no programa?
Não sei quais as razões que levaram Paulo Portas, na altura, levar Portugal a desistir do programa e só me posso pronunciar sobre aquilo que veio a público, daí a pergunta: se o argumento da desistência foi de que os aviões seriam demasiado caros, qual o será agora para a sua (eventual) compra?
Para mim estas justificações são acessórias, porque aquilo que Portugal iria/irá buscar com a participação no programa, desde o seu início, não tem preço e esse chama-se CONHECIMENTO. É certo que “temos” as OGMA e que de certa maneira estamos ligados á Airbus, mas será que nos olharão com os mesmos olhos depois da desfeita?
Pessoalmente sou a favor da vinda dos A400M, mas penso que 3 unidades são insuficientes. No mínimo, 5 unidades, provávelmente, seriam o ideal para que substituíssem bem os C-130. As 3 unidades só farão sentido se houverem ainda alguns C-130 a circularem.
Cumprimentos