Afeganistão: diversos

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André

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« Responder #60 em: Outubro 28, 2007, 02:29:49 pm »
Forças aliadas matam 80 talibãs

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A coligação liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão matou 80 rebeldes talibãs numa missão que durou seis horas, no sul do país, depois de uma emboscada sobre o exército afegão.

Ontem, a guerrilha talibã abriu fogo sobre tropas da coligação e do exército do Afeganistão com metralhadoras e granadas perto de Musa Qala, na província de Helmand, a mais importante das cidades detidas pelasforças rebledes.

Este tipo de batalhas são raras no Afeganistão, pois os talibãs preferem disparar e retirar antes que surja apoio aéreo da coligação.

Ainda assim, a opção que os rebeldes tomaram ontem é explicada pelos analistas pelo facto de os talibás estarem empenhados em controlar a cidade, depois de a terem tomado em Fevereiro.

Um oficial talibã negou que tenha havido baixas nas suas tropas e acusou as forças estrangeiras de lançar bombas sobre civis locais.

SOL

 

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André

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« Responder #61 em: Outubro 30, 2007, 08:39:03 am »
Japão deixa de abastecer coligação no Afeganistão

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O primeiro-ministro japonês e o líder da oposição não chegaram hoje a acordo para o prolongamento do reabastecimento dos navios e aviões da coligação internacional no Afeganistão, pelo que as operações terminam na quarta-feira.

O primeiro-ministro Yasuo Fukuda, líder do Partido Liberal Democrático, disse aos jornalistas que a sua reunião com o líder do Partido Democrático, Ichiro Ozawa, foi inconclusiva quanto a renovar a lei de autorização de reabastecimento, que expira a 1 de Novembro.

Desde 2002 que o Japão fornece água e combustível aos navios e aviões da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos que opera no Afeganistão contra os rebeldes talibãs, supostamente protectores da Al Qaeda.

Na segunda-feira, um navio japonês reabasteceu de carburante um «destroyer» paquistanês naquela que deverá ter sido a última operação deste tipo, já que parece pouco provável que se chegue a um acordo antes do fecho da sessão parlamentar a 10 de Novembro.

O líder da oposição, Ichiro Ozawa, recusa o prolongamento da missão, considerando que o Japão não tem de participar em «guerras americanas».

O Partido Democrático de Ozawa controla o Senado desde finais de Julho, pelo que, mesmo que a lei de prolongamento da missão passasse na câmara baixa, correria o risco de ser rejeitada na alta.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #62 em: Outubro 30, 2007, 05:47:29 pm »
20 talibãs mortos numa operação que envolveu 200 polícias

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Uma operação policial no Sul do Afeganistão, que envolveu 200 polícias afegãos aliados às tropas ocidentais, resultou na morte de 20 talibãs. Um comandante ocidental e três dos seus guarda-costas foram também mortos.

A polícia afegã e os soldados da coligação da NATO cercaram duas aldeias no distrito de Arghandab ontem e hoje, matando 20 talibãs e ferindo outros 25, declarou o chefe da esquadra local, Sayed Afgha Saqib.

«Os talibãs estão a tentar fugir, mas nós temos a área cercada», afirmou Saqib. «Nós estamos em posição de ofensiva e eles de defensiva».

Saqib garantiu que nenhum polícia havia sido morto, mas outra fonte oficial do Governo disse, sob anonimato por não estar autorizado a falar com os média, que três agentes morreram. Mais de 5300 pessoas morreram só este anoem situações de confrontos.

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« Responder #63 em: Novembro 13, 2007, 07:51:39 pm »
Afeganistão em guerra há seis anos

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Chamava-se Matthew Ferrara e era sobrinho do ministro da Defesa da Nova Zelândia. Tinha apenas 24 anos quando foi morto, hoje, numa emboscada das forças talibãs no Afeganistão. Matthew foi a última das baixas de uma guerra que dura já há seis anos, desde que o regime talibã do mullah Mohammed Omar foi deposto em Cabul pela força militar.

Menos de um mês depois dos ataques a Nova Iorque, a 11 de Setembro de 2001, os Estados Unidos lideraram uma coligação de países com o propósito de derrotar o regime de Cabul. Os talibãs perderam o controlo do país a 13 de Novembro do mesmo ano.

Seis anos depois, o Afeganistão saiu das primeiras páginas dos jornais. Mas as forças internacionais continuam no terreno - incluindo 150 portugueses - e a violência é o dia-a-dia de um país sem rumo.

Apesar da intervenção militar ter afastado os radicais talibãs de Cabul, nunca as milícias islâmicas foram erradicadas do país. Seis anos depois, os principais aliados da Al-Qaeda, de Osama Bin Laden, surgem de novo, a partir da região montanhosa do Sul do país.

Desde a revolução comunista, em 1978, que o Afeganistão tem vivido sob o permanente espectro da guerra. Hoje assiste-se à disputa pelo poder entre milícias talibãs, as forças partidárias eleitas para governar, os líderes tribais e barões da droga. Sendo um dos países mais pobres do mundo, o Afeganistão é responsável por cerca de 90% da produção mundial de ópio.

A venda, apesar de proibida, é principal fonte de receitas do país As forças da coligação entregaram o país a um homem sem poder, Hamid Karzai, que foi eleito Presidente em 2004.

As eleições foram fortemente criticadas pelos observadores internacionais. Em 2007, cerca de metade dos deputados do Parlamento afegão estão ou estiveram relacionados com grupos armados a operar no interior do país.

No passado dia 7, o mais mortal dos ataques bombistas desde a invasão – que tinha como alvo um grupo de deputados – matou 60 pessoas em Cabul, entre as quais 18 estudantes e deputados. A Força Internacional de Segurança e Assistência no Afeganistão, missão da NATO que conta com 50 mil militares no terreno, continua a realizar bombardeamentos maciço.

E média, saio 548 bombardeamentos por mês, segundo informações do comando central norte-americano. As organizações não-governamentais acusam a NATO de não evitar elevados números de mortes civis.

Os Estados Unidos, que já perderam cerca de 450 militares desde a invasão em 2001, aprovaram mesmo o alargamento da sua base em Bagram.

Este é o ano mais mortal para as tropas norte-americanas na região, à semelhança do que sucede do Iraque. No total, foram 730 os militares da NATO que perderam a vida no Afeganistão nos últimos seis anos. Entre militares, milícias e civis afegãos, o número é difícil de determinar.

Só este ano, o comando militar afegão estima que tenham morrido mais de 6 mil pessoas, na sua maioria militantes talibãs. O último relatório da Amnistia Internacional acusa ainda os militares da NATO de entregar prisioneiros às forças militares e de segurança do país, sendo estas acusadas de torturarem com frequência os detidos.

SOL

 

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« Responder #64 em: Novembro 15, 2007, 07:42:55 pm »
Parlamento prolonga missão da Alemanha no Afeganistão

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O Bundestag (Parlamento alemão) aprovou hoje por 414 votos a favor, 145 contra e 15 abstenções a extensão por um ano da participação do exército na missão Liberdade Duradoura, liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão.
Votaram a favor os grupos parlamentares dos partidos social-democrata (SPD) e democrata-cristão (CDU), parceiros da coligação do Governo liderada por Angela Merkel, bem como os liberais, na oposição.

Os deputados dos Verdes e do partido da Esquerda votaram contra, com o argumento de que a missão, iniciada há seis anos pelos Estados Unidos em resposta aos atentados de 11 de Setembro, é realizada sem mandato da ONU.

A participação da Alemanha na operação Liberdade Duradoura prevê um contingente até 1.400 soldados, embora o número de efectivos tenha sido sempre muito inferior.

Actualmente, a participação limita-se a 50 soldados da Marinha com tarefas de controlo e inspecção de navios suspeitos no Mar Mediterrâneo e 250 no Corno de África.

A votação parlamentar foi precedida de um discurso do ministro da Defesa, Franz Josef Jung, em favor da missão norte-americana.

Jung afirmou que «combater o terror nas suas origens é evitar que o terror cresça em dimensão e chegue à Alemanha».

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #65 em: Novembro 22, 2007, 02:06:54 pm »
Talibãs estão a voltar a controlar o país

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Os talibãs já contam com presença permanente em 54% do território do Afeganistão e o país corre sério risco de cair totalmente nas mãos dos rebeldes, revela um relatório do Senlis Council, um centro de estudos independente que integra a Rede de Fundações Europeias e possui experiência na região.

Apesar dos milhares de soldados da NATO e dos milhões de dólares investidos no país, os talibãs controlam cada vez mais partes do território, «incluindo zonas rurais, algumas capitais de distrito e comunicações importantes».

Segundo o relatório, os combatentes exercem um «significativo controlo psicológico e ganham cada vez mais legitimidade aos olhos dos afegãos, povo com um longo histórico de mudanças de aliança e de regime».

Segundo o Senlis Council, o território controlado pelos talibãs não parou de crescer e a linha de fronteira está cada vez mais perto da capital, Cabul.

A questão, de acordo com o relatório, não é se os talibãs chegarão a Cabul, mas «quando (...) e de que forma».

O seu objectivo de reconquistar a capital em 2008, muitas vezes declarado, parece «mais viável do que nunca», referem os autores do relatório, que advertem também que cabe à comunidade internacional «pôr em prática uma nova estratégia antes que seja tarde demais».

O grupo salienta que a Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), dirigida pela NATO e formada actualmente por 40 mil soldados, deveria no mínimo duplicar.

Seria preciso ainda incluir na força conjunta militares de nações muçulmanas, assim como de países-membros da NATO que se negaram até à data a contribuir para este esforço comum contra os talibãs.

O relatório do Senlis Council vai de encontro ao de outro da organização humanitária Oxfam enviado ao Parlamento britânico. De acordo com a entidade, a situação da segurança no Afeganistão piorou de modo significativo e a corrupção tanto do Governo central como da administração local apenas agrava os problemas.

A Oxfam afirma que são necessárias medidas urgentes para impedir que milhões de pessoas enfrentem um desastre humanitário como o registado na África Subsaariana.

Apesar de o Afeganistão ter recebido mais de 15 mil milhões em ajuda desde 2001, o dinheiro não seria destinado a projectos que contribuam para melhorar a vida dos cidadãos, critica a Oxfam.

Segundo a organização, pelo menos 1.200 afegãos morreram este ano, metade dos quais em operações internacionais ou das forças do Governo de Cabul.

O Afeganistão sofre quatro vezes mais ataques aéreos por parte das forças internacionais que o Iraque, diz a organização.

Diário Digital / Lusa
« Última modificação: Novembro 22, 2007, 07:20:38 pm por André »

 

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« Responder #66 em: Novembro 22, 2007, 05:48:30 pm »
Nós no final deste ano vamos retirar as nossas tropas não é? Fica so um C130H?

Nos somos sempre o parente pobre das missões NATO, as da UE a meu ver são favorecidas.
 

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André

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« Responder #67 em: Dezembro 02, 2007, 02:31:06 pm »
2007 foi o ano mais sangrento desde 2001

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O ano de 2007 foi o mais sangrento no Afeganistão desde a queda do regime talibã, em 2001, devido ao aumento dos ataques contra as forças afegãs e internacionais, informou hoje o Ministério da Defesa afegão.
«Este ano foi o mais sangrento que o Afeganistão conheceu», declarou o porta-voz do Ministério, general Mohammad Zahir Azimi, numa conferência de imprensa convocada para anunciar a morte de 40 guerrilheiros talibãs em combates com o exército e as forças internacionais.

Ao longo deste ano, segundo o porta-voz, os combates provocaram a morte de quase 6.000 pessoas, na sua maior parte talibãs, além de 1.000 militares e polícias afegãos e 200 soldados estrangeiros.

«Os inimigos (os talibãs) pensam que se tentarem tudo por tudo vão conseguir modificar a ideia que a comunidade internacional tem do Afeganistão. A decisão da Holanda mostra que estão errados», disse Azimi.

O porta-voz referia-se à decisão anunciada há dias pelo governo holandês de prolongar até ao fim de 2010 a sua missão militar na Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão (ISAF), comandada pela NATO.

Os Estados Unidos lideraram em 2001 uma ofensiva militar contra o Afeganistão, destinada a afastar do poder o regime fundamentalista islâmico dos talibãs, acusados de darem refúgio ao líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, responsável pelos atentados de 11 de Setembro desse ano nos Estados Unidos.

A ISAF está sob comando da NATO desde Agosto de 2003 e conta actualmente com cerca de 30.000 militares de 38 países, a que se juntam cerca de 20.000 militares norte-americanos.

Portugal participa na ISAF com 162 militares, mas o ministro da Defesa português, Nuno Severiano Teixeira, anunciou no final de Outubro a redução do contingente militar português em 2008 para uma equipa de 15 militares e um avião C-130.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #68 em: Dezembro 03, 2007, 09:22:29 pm »
Visita surpresa do chefe do Pentágono a Cabul


Robert Gates

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O secretário de Defesa norte-americano chegou hoje à noite de surpresa a Cabul para a terceira visita ao Afeganistão este ano, tendo marcadas para terça-feira reuniões com os comandantes militares e com o Presidente Hamid Karzai.

Em declarações à imprensa antes do desembarque, Robert Gates, procedente de Djibuti, revelou que o objectivo da visita e particularmente das reuniões com os comandantes das forças norte-americana e da Aliança Atlântica (ISAF) é determinar se a missão das tropas no noroeste do Paquistão tem contribuído para aumentar a segurança na fronteira com o Afeganistão.

Gates esteve no Afeganistão em Junho passado, quando afirmou haver armas iranianas nas mãos de talibãs e, anteriormente, em Janeiro.

O Presidente Hamid Karzai queixou-se de que os ataques militares norte-americanos e aliados da Força Internacional para Assistência à Segurança (ISAF) no Afeganistão têm causado demasiadas baixas civis.

A presença do chefe do Pentágono coincide com a divulgação de uma sondagem ABC News/BBC/ARD (televisão pública alemã) segundo a qual os afegãos são cada vez mais críticos em relação aos esforços militares norte-americanos.

O estudo de opinião revela que apenas metade dos inquiridos têm confiança nos Estados Unidos e na ISAF quando, em 2006, o seu número era de dois terços.

Particularmente crítico é o balanço dos inquiridos no sul do Afeganistão, onde o apoio à ISAF caiu de 83 por cento em 2006 para 45 por cento actualmente.

A primeira queixa - destacada na sondagem - incide no elevado número de feridos causados pelas tropas aliadas.

Este ano é considerado o mais sangrento desde a invasão do Afeganistão em 2001, com o número recorde de 6.200 mortos, dos quais mais de 800 civis, em consequência de ataques dos talibãs, ou de operações militares.

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« Responder #69 em: Dezembro 17, 2007, 01:50:53 pm »
NATO estabiliza o Afeganistão ou perde a guerra, diz Austrália

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O primeiro-ministro australiano Kevin Rudd disse hoje que é imperativo que os países da NATO se mobilizem para estabilizar o Afeganistão ou arriscam-se a perder a guerra.

Respondendo a uma notícia do jornal The Australian que cita o ministro da Defesa, Joel Fitzgibbon, que terá dito que as forças da NATO estão «a ganhar batalhas e não a guerra» no Afeganistão, Rudd disse que são necessários mais esforços para evitar que a situação entre numa espiral de descontrolo.

«Isto é bastante crítico, particularmente devido a ressurgimento da cultura do ópio, da economia ilícita e do volume das narcofinanças que giram naquela parte do mundo», disse Rudd aos jornalistas em Camberra. «A não ser que estabilizemos a situação, teremos problemas ainda maiores do que aqueles que enfrentamos neste momento.»
 
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« Responder #70 em: Dezembro 18, 2007, 04:27:20 pm »
Vários talibãs mortos em bombardeamento aéreo da NATO

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Vários alegados talibãs morreram num bombardeamento aéreo da NATO na província afegã sudeste de Paktika, indicou hoje a Aliança em comunicado.

Os insurrectos tinham lançado vários mísseis no distrito de Urgun, após o que as forças aéreas da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), sob o comando da NATO, decidiram atacar por ar os talibãs, segundo a nota.

«As forças aéreas e terrestres da ISAF mantiveram uma boa comunicação para se assegurar que não havia civis durante o ataque», assegurou uma porta-voz da aliança atlântica, Christine Nelson Chung.

A NATO tem cerca de 35.000 soldados posicionados no Afeganistão, aos quais se somam mais de 12.000 soldados que estão no país sob comando directo de Washington.

Mais de 6.100 pessoas morreram neste ano devido à violência no Afeganistão.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #71 em: Dezembro 22, 2007, 02:44:40 pm »
Sarkozy visita hoje soldados franceses

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O presidente da França, Nicolas Sarkozy, chegou esta manhã de surpresa a Cabul, no Afeganistão, com o objectivo de se encontrar com os soldados franceses ali destacados, segundo fontes oficiais.
O chefe de Estado francês, que é acompanhado pelo ministro da Defesa, Hervé Morin, e pela secretária de Estado dos Direitos Humanos, Rama Yade, estará durante cerca de cinco horas no Afeganistão, onde também se deverá encontrar com o presidente Hamid Karzai e com o general Dan McNeill, comandante da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF).

Sarkozy «propõe-se reafirmar o apoio e o compromisso da França ao processo de estabilização e reconstrução do Afeganistão», após ter anunciado em Washington, no dia 7 de Novembro, que o seu país continuará militarmente presente naquele território, «durante o tempo que seja necessário».

A França mantém seis caças Mirage na base aérea militar de Kandahar para apoio aos cerca de 40 mil soldados da Nato.

Nicolas Sarkozy deverá permanecer até às 15:00 horas locais na capital afegã, antes de regressar a França, fazendo uma paragem em Duchanbe, capital do vizinho Tajiquistão.

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« Responder #72 em: Dezembro 29, 2007, 07:19:38 pm »
Impasse político e militar alarma o Ocidente

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Seis anos depois do derrube do regime dos talibã, a situação no Afeganistão ameaça atolar-se num impasse que está a lançar o alarme nas capitais ocidentais e nas forças militares da ISAF e da coligação liderada pelos Estados Unidos.
As tropas da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), que integra tropas portuguesas, impuseram nos últimos meses uma série de importantes revezes à insurreição talibã, mas a coligação ocidental mostra-se incapaz solidificar os sucessos no terreno transformando-os em êxitos estratégicos.

Apanhadas de surpresa pela ofensiva tabilã iniciada na Primavera de 2006, as forças da ISAF lançaram este ano uma série de operações que infligiram pesadas baixas aos talibã e levaram à morte ou detenção de líderes políticos e militares da insurreição.

A acção da NATO roubou aos talibã a capacidade de iniciativa e conseguiu isolar os redutos controlados pela guerrilha, uma série de êxitos, coroados no início do corrente mês com a retomada de Musa Qala, importante bastião na província de Helmand (Sul) sob controlo dos talibã desde Fevereiro.

Paradoxalmente, este êxito de grande relevo estratégico e simbólico coincidiu com uma série de alarmes lançados em várias capitais ocidentais por causa do risco de uma derrota da coligação ocidental no Afeganistão.

Os êxitos militares da NATO conseguiram conter o crescendo da guerrilha talibã, mas não desalojar a insurreição e sacudir o impasse militar em que a situação ameaça mergulhar. Por outro lado, baseiam-se em boa medida num uso eficaz do poder aéreo, mas com o preço de elevadas baixas civis que diminuem o apoio da população aos esforços ocidentais.

Ao mesmo tempo, tem-se assistido a um aumento dos combatentes estrangeiros no país e à intensificação dos atentados bombistas e ataques suicidas - naquilo a que se chamou já uma «alqueidização» da insurreição.

Sem potencial militar para afrontar directamente e derrotar as forças da NATO, os talibã estão a adoptar uma estratégia destinada a desgastar progressivamente o empenho político da coligação ocidental no país.

Às questões de segurança juntam-se, por outro lado, os problemas de ordem social e política. As carências de infraestruturas (Cabul continua a não contar com um abastecimento regular de electricidade), a espiral da corrupção, o desemprego, a pobreza e a própria descoordenação dos esforços internacionais de reconstrução agravam a frustração da população afegã e jogam a favor dos talibã.

Numa palavra, não tem sido possível conquistar os «corações e as mentes» dos afegãos, nem isolar a liderança dos talibã de modo a cortar as suas bases de apoio no seio da população.

A gravidade da situação obrigou já a Casa Branca e vários Governos da NATO a uma revisão profunda da sua política no Afeganistão. A tónica é agora colocada numa maior coordenação na luta contra os talibã e a al-Qaida, nos esforços para travar a produção de ópio que financia a insurreição e nas acções destinadas a reforçar a credibilidade do Governo de Cabul.

Ao mesmo tempo, ganha cada vez mais terreno a ideia de negociações com os talibã, procurando aliciar os elementos menos controlados pelo núcleo duro da guerrilha.

A 12 de Dezembro, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, defendeu negociações com os talibãs dispostos a depor as armas. Dias depois, a imprensa de Londres revelou que os serviços secretos britânicos mantinham contactos com os líderes locais da insurreição na província de Helmand. A ideia levantou acesa polémica na altura, mas acabou de ser publicamente apoiada pelo embaixador dos EUA em Cabul, William Wood.

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Lancero

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« Responder #73 em: Dezembro 29, 2007, 07:52:42 pm »
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Afeganistão: País mais seguro apesar de se registarem mais combates - general português porta-voz da ISAF

     

   Cabul, 29 Dez (Lusa) - O Afeganistão está hoje mais seguro, apesar de  existir uma percepção contrária porque as forças internacionais dominam  quase todo o território e há mais contactos com os talibãs, afirma à Lusa  o porta-voz do ISAF, o general português Martins Branco.  

     

   O general Martins Branco, actual porta-voz da Força Internacional de  Assistência e Segurança (ISAF), fez hoje a sua leitura da situação militar  no território afegão perante o ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira  e o chefe do estado Maior das Forças Armadas, general Valença Pinto, que  estiveram em Cabul numa visita de um dia, que já terminou.  

     

   "A actividade militar aumentou em 2007, e aumentou porque a ISAF já  cobre todo o país e antes não o fazia, e também porque aumentou o número  de efectivos e os contactos com os talibã cresceram exponencialmente", explicou  o general português que representa a Força Internacional perante os meios  de comunicação social.  

     

   Afirma aquele militar que "actualmente os talibã controlam apenas pequenas  bolsas sem qualquer continuidade, em zonas não estratégicas, remotas", uma  declaração que contraria as denúncias de várias ONG's instaladas no território  que referem um aumento da violência.  

     

   As zonas com mais actividade militar são as de Helman e Kandahar no  sul do País, onde é maior a influência dos talibã.  

     

   O general é claro em relação à situação militar: "Hoje podemos dizer  que as forças internacionais se colocaram no 'quintal' dos talibã, o que  é impressionante, muitas vezes com as plantações de ópio ali à porta".  

     

   Os combates entre militares da força internacional e os talibã resultam  normalmente da iniciativa da ISAF, os talibã apenas reagem.  

     

   "Neste momento o Afeganistão está num impasse, porque há 3 componentes  essenciais para a estabilização do país, a segurança, as instituições e  o desenvolvimento económico. A primeira parte avançou muito, as outras duas  precisam de uma abordagem integrada, são necessários planos de actuação  na economia", defende este militar, lembrando que essa responsabilidade  já não pertence à NATO.  

     

   Ataques suicidas são perto de 140 por ano no Afeganistão. Martins Branco  explica que "os talibãs, como não conseguem enfrentar as forças em combate  aberto - antes chegavam a reunir batalhões, agora nem sequer companhias  - recorrem aos ataques suicidas para mostrarem uma força que não têm".  

     

   O general português diz mesmo que terão diminuído estes ataques suicidas:  "em 2006 registaram-se 90 ataques aos centros distritais, este ano só 45".  

     

   Outra questão prende-se com a percepção das populações sobre a situação  de segurança. As ONG's têm denunciado que a situação piorou, mas Martins  Branco tem uma explicação: "É verdade que havia menos combates. No ano passado  havia regiões onde não estávamos, agora estamos lá e combatemos com eles".  

     

   De qualquer forma, foram feitos estudos de opinião, aos quais a ISAF  confere credibilidade, um dos quais promovido pela BBC, que dão uma ideia  geral de que os afegãos estão a aceitar bem a presença das tropas internacionais.  

     
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Lancero

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« Responder #74 em: Dezembro 29, 2007, 08:08:38 pm »
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Afeganistão: Formação de polícias afegãos não corre bem - general Dan McNeill

     

   Cabul, 29 Dez (Lusa) - O comandante da Força Internacional de Assistência  e Segurança no Afeganistão (ISAF) general Dan Mcneill, afirmou ao ministro  da Defesa, Severiano Teixeira, estar muito satisfeito com o processo de  formação do exército afegão, mas mostrou prudência quanto aos polícias.  

     

   Segundo revelou à Lusa o ministro Nuno Severiano Teixeira, depois do  encontro com o general norte-americano, o comandante da ISAF manifestou  muitas reservas quanto ao processo de formação de polícias, uma vez que  estão a encontrar muitas dificuldades, relacionadas com a permeabilidade  dos agentes a actos de corrupção, uma prática muito usual no país.  

     

   Esse facto está também provado em sondagens de opinião feitas junto  dos afegãos, que manifestam muito mais confiança no Exército que na polícia,  que é precisamente a força que deveria estar mais perto das populações conferindo-lhes  confiança.  

     

   Falando já de questões que se estão a colocar em cima da mesa quanto  ao futuro do Afeganistão, mas não relacionadas com a ISAF, o general defendeu  junto de Severiano Teixeira que para esta missão no Afeganistão ter sucesso  vai ser preciso apostar em coisas tão básicas como as estradas e a electricidade.  

     

   Outro dos temas discutidos, que o próprio ministro levantou junto do  comandante da ISAF, prende-se com a necessidade de se fazer um trabalho  de informação pública não só junto dos afegãos, mas também nas opiniões  públicas dos países ocidentais, que continuam a ter uma imagem muito negativa  do Afeganistão.  

     

   Em declarações à Lusa, já no voo de regresso, Severiano Teixeira manifestou-se  muito satisfeito com a visita de uma dia que realizou ao Afeganistão, principalmente  quanto ao que considera o essencial desta viagem, o encontro com os militares  portugueses.  

     

   "Senti-os com muito ânimo e moral elevada, o que é absolutamente espantoso  dadas as circunstâncias desta missão, extremamente difícil a todos os níveis",  disse Severiano Teixeira.  

     
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito