Tensão em Timor Leste

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Cabeça de Martelo

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« Responder #150 em: Junho 19, 2006, 09:09:20 pm »
Acho um claro exemplo da arrogância Australiana! Muito mau mm!  :evil:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Bravo Two Zero

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« Responder #151 em: Junho 19, 2006, 09:17:21 pm »
Citação de: "ricardonunes"
Já agora a actuação dos militares australianos, vista pelos mesmos.
http://www.defence.gov.au/news/armynews ... ture01.htm

E sem nenhuma menção aos GOE e GNR...........................

Gosto particularmente dessa expressão:

Citar
“[The media] will show footage of soldiers standing there looking towards a burning house. What they don’t show is just beside the soldier is a fireman, who the soldier is protecting so he can fight the fire,” he said.

Acho que ninguém consegue ver o bombeiro.............nem mesmo quem presencia a cena....... :)
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

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ricardonunes

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« Responder #152 em: Junho 19, 2006, 09:24:12 pm »
Outra noticia do mesmo site sobre as armas apreendidas.
http://www.defence.gov.au/news/armynews ... tory05.htm
Como já foi referido anteriormente, foram adquiridas 7 F2000, para equipar os seguranças pessoais do Ministro da Admnistração Interna, então andam os Australinos a desarmar quem bem entendem? Ou teram estas armas ido parar a mãos estranhas?
Potius mori quam foedari
 

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Jorge Pereira

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« Responder #153 em: Junho 23, 2006, 01:21:32 pm »
Citar
"Austrália é responsável pela crise"

Orlando Castro

A crise política timorense continua ao rubro. O presidente ameça demitir-se se o primeiro-ministro não o fizer. Mas afinal o que se passa neste jovem país, rico em petróleo e gás natural mas, ao mesmo tempo, o mais pobre da região?


Alfredo Assunção, general na reserva, chefiou o Estado Maior das forças da ONU em Timor-Leste entre 2000 e 2001 e não tem dúvidas "A Austrália está na origem desta, como de anteriores, crises no país". E acrescenta: "A diferença é que agora conseguiram quebrar a união entre Xanana Gusmão e Mari Alkatiri".


JN|A crise que Timor-Leste vive actualmente espanta-o?



Alfredo Assunção|Não. De modo nenhum. A minha experiência, em função da actividade que desempenhei no quadro da ONU, com todas as partes envolvidas, permite-me concluir que, mais cedo ou mais tarde, algo deste tipo ia acontecer.



E o que levava a antever essa situação?

A Austrália é, como sempre foi desde que Timor-Leste se tornou independente, o principal inimigo do país. A coberto de um estranho conceito estratégico de segurança regional, sempre quis controlar tudo e todos. Até agora, não o tinha conseguido na totalidade porque Xanana Gusmão e Mari Alkatiri estavam unidos. Ao quebrar essa união, abriu caminho para tomar conta do país.



Timor é um risco para a segurança regional?

É o que eles alegam, como se fosse possível Timor-Leste pôr em perigo, agora como no futuro, a segurança regional. Na verdade, como sabem o Governo português e as Nações Unidas, o que preocupa (ou interessa) aos australianos é o petróleo e o gás. Ora, para controlar essas enormes fontes de riqueza, nada melhor do que estarem fisicamente presentes e controlarem numa atitude colonialista todo o sistema político-governativo do país.



Por outras palavras, afastar o primeiro-ministro?

Afastar este primeiro-ministro ou qualquer outro que, como Mari Alkatiri (apesar dos erros cometidos) ponha os interesses dos timorenses acima da ambição dos vizinhos - neste caso da Austrália.



Então a questão das armas, dos "esquadrões da morte", não tem consistência?

É, pelo menos, suspeita. Parece-me que só por si não justifica tanto alarido e muito menos a exigência da demissão do primeiro-ministro e a ameaça de auto-demissão do presidente. Há algo que não bate certo.



Qual é o elo que falha?

Quando estive em Timor-Leste uma segunda vez, Junho de 2003, estava a ser criada o GDR (Grupo de Desdobramento Rápido) que era uma unidade especial de combate exclusivo a actividades subversivas, sobretudo vocacionada para controlar as milícias pró-indonésias. Essa força tinha a aprovação tanto do presidente da República como do primeiro-ministro e, tanto quanto creio, é a que agora é apresentada como a força que visava eliminar adversários políticos.



Então foi, digamos, mais um facto "fabricado"?

Provavelmente. Mas que resultou, lá isso resultou. A divisão criada no seio dos militares abalou o país mas não quebrou a sintonia entre Xanana e Alkatirir. A suposta segregação entre timorenses de lados diferentes da ilha (de que nunca ouvi falar) também abalou, mas não passou disso. Finalmente conseguiram um motivo para o presidente se afastar do primeiro-ministro...



Quem conseguiu?

Os australianos. Quem mais está interessado em ser dono e senhor das riquezas de Timor-Leste? Os australianos. Apenas eles.

Fonte
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Luso

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« Responder #154 em: Junho 23, 2006, 09:52:56 pm »
Retirado de:

http://timor-online.blogspot.com/2006/0 ... ra-qu.html


Citar
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
MENSAGEM DE S.E. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA AO
POVO E AOS MEMBROS DA FRETILIN
Tradução da versão original em Tétum da Presidência da República

SUMÁRIO
Todos sabemos e reconhecemos que a Fretilin saiu vitoriosa em Agosto de 2001.

Se falarmos como deve ser, com o todo o devido respeito pelos Partidos da oposição, a maioria Freitlin foi quem fez a Constituição da RDTL, definindo o Estado de Direito Democrático.

Em Estado de Direito Democrático, de acordo com a Constituição, as Forças Armadas e Policiais devem ser apartidárias, não devem defender nenhum partido.

Ma, o que testemunhamos até hoje, a Policia está sob o controlo do Governo, e para dar de comer a mulher e filhos, não tem coragem para dizer ‘não’, quando recebe ordens do Ministro do Interior, e do próprio Primeiro Ministro.

No passado dia 2 de Junho, antes de reunião do Conselho Superior de Defesa e Segurança, Brigadeiro Taur Matam Ruak falou comigo e disse que disse ao Dr. Roque Rodrigues que ‘O vosso maior erro foi tentarem submeter as Falintil-FDTL ao partido.’

Naquele momento fiquei muito contente porque reencontrei-me com um Irmão que eu tinha perdido.

Os Serviços de Informação ou Inteligência, que se tornou Inteligência do Partido, para escutar a conversa do Presidente em Lospalos, e ‘sms’ imediatamente ao Primeiro Ministro; monitorar as actividades dos Partidos da oposição e também ‘sms’ para o Primeiro Ministro. Hoje em dia, porque não há trabalho a fazer, todos nós procuramos sobreviver. Se tivermos dinheiro, aproximamo-nos deles. Todos vêm que isso está a acontecer no nosso país.

Querido Povo martirizado

Por isso mesmo, depois do Congresso da Fretilin, no passado mês de Maio, muitos ou alguns delegados receberam armas. Os Administradores de Distrito e Sub-Distritos também receberam armas. Por isso mesmo vemos na televisão, ouvimos na rádio, lemos nos jornais, os políticos e os sábios que detém o controlo desde a ponta do ‘kuda talin’ (as rédeas do cavalo), dizem repetidamente que: ‘Se Mari sair, haverá derramamento de sangue!’, ‘Se Mari sair, Timor explode’, ‘Se Mari sair, haverá guerra!’.

Talvez seja Rogério o Comandante (para esta guerra). Os Membros do Comité Central viram-se Conselheiros Políticos, para a ideologia de ‘Ran Nakfakar’ (derramamento de sangue) e para a ideologia de ‘Timor se Explodir’. O Vice-Presidente do Parlamento também já gosta de falar de ‘guerra’. Já com muito dinheiro então tem que falar de ‘guerra’.

A História continue a evoluir, evolve, e são os actos de todos nós que escrevem a história. Eurico Guterres, conhecido por todos, acusado de ser assassino e outras acusações, apanhou prisão, e todos nós o acusamos porque em Timor-Leste somos todos santos, somos todos heróis de
Libertação, somos todos políticos governantes. Mas algo muito interessante!!!

Enquanto Eurico Guterres, no dia 26 de Maio passado, enviou um ‘sms’ pedindo aos nossos governantes para não fazer este povo sofrer tanto, os nossos governantes, alegremente, falam de ‘ran sei nakfakar’ (haverá derramamento de sangue)., ‘Timor sei rahun’ (Timor há-de explodir), ‘ita sei funu’ (nós vamos à guerra).

A História avança, silenciosamente, evolve, registando os nossos actos, os bons e os maus, os limpos e os sujos. Ninguém poderá inventar a história, somos nós mesmos é que estamos a fazer a nossa história, uma história triste que até nos envergonha, e faz com que o povo sofra.

Eles estavam a contar com as Flintil-FDTL. Mas com a pratica deles, sujaram também o bom nome das F-FDTL. E eu acredito que as Falintil-FDTL hoje, aguardam por mim para nós podermos conversar. Falintil-FDTL errou também, mas errou porque foi ouvir as pessoas mal intencionadas, foi ouvir pessoas que não amam o povo, foi ouvir as pessoas que tentam comprar a alma do povo.

Durante os tempos da guerra de resistência nós dizíamos sempre: Se não se pelas balas, arroz e supermi há-de matar, as balas só podem matar o corpo, mas rupia, arroz e supermi matam até a própria alma.

Hei-de vestir a farda de novo para de novo erguer o bom nome das Falintil-FDTL. Hei-de caminhar de novo com as Falintil, porque é Aswain do Povo (é o brio do Povo), mas que hoje chora, estão arrependidos, por não quererem escutar o seu Irmão mais velho, e escutaram só os esfomeados de Poder. Em 200 eu saí das FALINTIL porque reconheci que as FALINTIL já cumpriu a sua missão sagrada de libertar a Pátria, e os membros todos já adultos suficientemente, permitindo-me deixa-los sozinhos continuar a sua própria caminhada. Tal como CNRT, em 2001, decidimos dissolver, para que cada um procure o seu lugar nesta
nova caminhada de nação independente.

Mas eu estou pronto para caminhar de novo com todos eles e pedir desculpas ao Povo. Depois disso, desde o Brigadeiro General até os novos soldados, farão Juramento ao Povo, dizendo que, enquanto militares, submetemo-nos a Constituição, submetemo-nos as Leis, e nunca nos submetemos a um Partido, e asseguraremos a garantia à liberdade e segurança da população, e respeitaremos a Ordem Constitucional.

À PNTL, os esfomeados do poder tentaram dividir e por uns contra outros, também farão Juramento ao Povo, que só submeterão à Constituição, que defenderão a legalidade democrática e darão garantias à segurança interna para todo o povo e não se submeterão a um partido.

No Relatório da CAVR pede-se o FIM DA VIOLÊNCIA POLÍTICA. Para o que povo não sofrer jamais. Ainda recentemente em Janeiro que fui entregar este Relatório ao Secretário-Geral da ONU. Ainda mal se completaram seis meses, disparos de armas, incêndios, pessoas mortas em Dili.

A Comissão Internacional de Investigação irá chegar, para nos ajudar a todos, para vermos esta violência política que assolou a nosso país. Tudo quanto CAVR fez e transmitiu, para escutar o choro do povo, o que o povo pede, as exigências do povo, para os políticos não fazerem sofrer mais o povo, para evitar violência política, tudo isso, a liderança da Fretilin não quis ouvir, ignorou.

A liderança da Fretilin demonstrou que, este choro, não lhes diz respeito, este chorar, não é problema deles, mesmo que o povo sofra não é problema deles, nem que o povo morra, não é problema deles. O problema real para eles é como manter-se no Governo. A liderança da Fretilin, por causa da sua arrogância, só sabe é acusar outras pessoas e não são capazes de reconhecer que também erram. Para eles, não há erros, porque o que fazer tem por objectivo controlar o Governo.

Só devem pensar em guerra, para controlar o Governo, porque controlar o Governo da-lhes tudo, dinheiro, boa casa noutro país, negócios que lhes dá dinheiro e ao partido também, mas o partido para eles é o pequeno grupo que está a governar. O Povo está a sofrer em Dili, não foram ainda ver o Povo, nem foram ainda falar com o Povo. Só se preocupam é mobilizar pessoas do interior, para demostrar que toda a Fretilin rebaixa-se para eles, para lhes beijar nas mãos
e nos pés.

O Povo mobilizado para lhes apoiar, pobrezinhos, vêm de carro sem pagar, para gritar ‘Viva este, Viva aquele’, e depois de serem alimentados, regressam às suas casas, continuam a cavar a terra, querem mandar os filhos para a escola mas não têm meios, sem dinheiro, em casa continuam com fome.

Na mensagem de Fim do Ano de 2005, eu apelei aos jovens e a todo o povo, para não darem ouvidos aos políticos que clamam pela ‘violência’, que os empurram para a violência. Nós não queremos dar ouvidos uns aos outros, nós todos confiamos que os melhores detentores do saber deste mundo que, com as suas práticas, irão poder dar distribuir dinheiro, sujando a imagem da Fretilin, matando o bom nome da Fretilin e matando a história da Fretilin.

Por isso mesmo, enquanto Presidente da República, não aceito o resultado do Congresso do dia 17 – 19 de Maio passado, exijo à Comissão Política Nacional da Fretilin, a imediatamente organizar um Congresso Extraordinário para eleger, de acordo com a Lei no. 3/2004, sobre os Partidos Políticos, uma Direcção nova do Partido.

Quando digo, de acordo com a Lei, significa que mudar a eleição com o ‘levantar a mão’ dos Estatutos da Fretilin, para que a eleição da nova Direcção, seja por voto directo e secreto. Dou um prazo de uma semana, para que este Congresso Extraordinário seja feito, porque a actual Direcção da Fretilin é Ilegítima.

O Presidente da Fretilin, Lu-Olo, Vice-Presidente da Fretilin, Rogério Lobato e o Secretário-Geral da Fretilin, Dr. Mari Alkatiri, todos estes, seguindo a Lei dos Partidos Políticos, são ilegítimos.

O quê Estado de Direito Democrático? Artigo 1 da Constituição: “A República Democrática de Timor-Leste é um Estado de direito democrático...baseado no respeito pela dignidade da pessoa humana”.

Hoje em dia nós falamos de ‘guerra’, de ‘derramamento de sangue’, e esquecemos da tolerância política. Os governantes demostram que não tem respeito pela dignidade da pessoa humana,
consentindo violência e a destruição causando mortes e perdas de bens.

O Artigo 6 da Constituição diz: o Objectivo fundamental do Estado é: b) Garantir e promover os direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos e o respeito pelos princípios do Estado de direito democrático; alínea c) defender e garantir a democracia política. Nesta crise, só ouvimos ameaças de toda a ordem. Os governantes vão contribuindo para a violação destes objectivos do próprio Estado.

No artigo 29 da Constituição, diz-se que:
No.1 – A vida humana é inviolável;
no. 2 – O Estado reconhece e garante o direito à vida.

O que constatamos? Permite-se que as pessoas disparam contra uns aos outros, pessoas são mortas, o povo sofre. Os governantes ajudam a violar a obrigação do Estado, não cumprem o seu dever de garantir a cada cidadão o direito à vida.

É tudo isso que, colectivamente dão sentido ao Estado de direito democrático’.

O Povo agora enfrenta um problema muito sério: há armas nas mãos dos civis, há disparos de armas em muitos lugares. E também quero informar que as Forças de Intervenção apreenderam já muitas armas que não são da PNTL nem das F-FDTL.

Aqueles que controlam a Fretilin, ultimamente, gostam de gritar assim: vigilância máxima. Chegou-me o momento de eu pedir ao povo para fazerem vigilância séria nos Distritos e Subdistritos, sobre aqueles que tem armas e distribuíram armas aos delegados e para outras pessoas.

Se sabem e vem pessoas com armas, mas que já as esconderam, informem as Forças Internacionais para eles apreenderem, se estas pessoas não quiserem entregar de livre vontade.

Se entregarem imediatamente, podem regressar as suas casas. Se forem teimosos, escondem ou
enterraram as armas, hão-de responder no Tribunal, sobre com que missão lhes foi dada a arma, e se esconderam para fim, quem será o alvo para matar.

Finalmente, apelo a todos pela calma porque neste momento difícil temos que reflectir profundamente para que esta violência e destruição não se repita no nosso país!


Texto estranho. Que diabo se passará com Xanana?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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papatango

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« Responder #155 em: Junho 23, 2006, 10:22:51 pm »
É uma completa confusão...

Ninguém se entende.
Mas a verdade é que eles também não se entendiam antes.
Não nos podemos esquecer do CNRT e do trabalho que deu construir um consenso entre todas as resistências timorenses...

Paul Wolfowitz escreveu um artigo num jornal australiano a dizer que a administração de Timor foi exemplar e que a negociação do petroleo foi um sucesso para o país (o que não coincide com a posição da Austrália ao afirmar que Timor é um estado falhado).

Há mais que o lado australiano nesta história toda.

Temos que aguardar...
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Luso

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« Responder #156 em: Junho 23, 2006, 11:45:55 pm »
http://www.informationclearinghouse.inf ... e13718.htm

Citar
Australia builds its empire

By John Pilger

06/23/06 "ICH" -- -- In my 1994 film Death of a Nation there is a scene on board an aircraft flying between northern Australia and the island of Timor. A party is in progress; two men in suits are toasting each other in champagne. "This is an historically unique moment," effuses Gareth Evans, Australia's foreign affairs minister, "that is truly uniquely historical." He and his Indonesian counterpart, Ali Alatas, were celebrating the signing of the Timor Gap Treaty, which would allow Australia to exploit the oil and gas reserves in the seabed off East Timor. The ultimate prize, as Evans put it, was "zillions" of dollars.

Australia's collusion, wrote Professor Roger Clark, a world authority on the law of the sea, "is like acquiring stuff from a thief . . . the fact is that they have neither historical, nor legal, nor moral claim to East Timor and its resources". Beneath them lay a tiny nation then suffering one of the most brutal occupations of the 20th century. Enforced starvation and murder had extinguished a quarter of the population: 180,000 people. Proportionally, this was a carnage greater than that in Cambodia under Pol Pot. The United Nations Truth Commission, which has examined more than 1,000 official documents, reported in January that western governments shared responsibility for the genocide; for its part, Australia trained Indonesia's Gestapo, known as Kopassus, and its politicians and leading journalists disported themselves before the dictator Su-harto, described by the CIA as a mass murderer.

These days Australia likes to present itself as a helpful, generous neighbour of East Timor, after public opinion forced the government of John Howard to lead a UN peacekeeping force six years ago. East Timor is now an independent state, thanks to the courage of its people and a tenacious resistance led by the liberation movement Fretilin, which in 2001 swept to political power in the first democratic elections. In regional elections last year, 80 per cent of votes went to Fretilin, led by Prime Minister Mari Alkatiri, a convinced "economic nationalist", who opposes privatisation and interference by the World Bank. A secular Muslim in a largely Roman Catholic country, he is, above all, an anti-imperialist who has stood up to the bullying demands of the Howard government for an undue share of the oil and gas spoils of the Timor Gap.

On 28 April last, a section of the East Timorese army mutinied, ostensibly over pay. An eyewitness, Australian radio reporter Maryann Keady, disclosed that American and Australian officials were involved. On 7 May, Alkatiri described the riots as an attempted coup and said that "foreigners and outsiders" were trying to divide the nation. A leaked Australian Defence Force document has since revealed that Australia's "first objective" in East Timor is to "seek access" for the Australian military so that it can exercise "influence over East Timor's decision-making". A Bushite "neo-con" could not have put it better.

The opportunity for "influence" arose on 31 May, when the Howard government accepted an "invitation" by the East Timorese president, Xanana Gusmão, and foreign minister, José Ramos Horta - who oppose Alkatiri's nationalism - to send troops to Dili, the capital. This was accompanied by "our boys to the rescue" reporting in the Australian press, together with a smear campaign against Alkatiri as a "corrupt dictator". Paul Kelly, a former editor-in-chief of Rupert Murdoch's Australian, wrote: "This is a highly political intervention . . . Australia is operating as a regional power or a political hegemon that shapes security and political outcomes." Translation: Australia, like its mentor in Washington, has a divine right to change another country's government. Don Watson, a speechwriter for the former prime minister Paul Keating, the most notorious Suharto apologist, wrote, incredibly: "Life under a murderous occupation might be better than life in a failed state . . ."

Arriving with a force of 2,000, an Australian brigadier flew by helicopter straight to the headquarters of the rebel leader, Major Alfredo Reinado - not to arrest him for attempting to overthrow a democratically elected prime minister but to greet him warmly. Like other rebels, Reinado had been trained in Canberra.

John Howard is said to be pleased with his title of George W Bush's "deputy sheriff" in the South Pacific. He recently sent troops to a rebellion in the Solomon Islands, and imperial opportunities beckon in Papua New Guinea, Vanuatu and other small island nations. The sheriff will approve.

[http://www.johnpilger.com]

This article first appeared in the New Statesman.

Pobretes mas alegretes. Vamos esconder o que temos e lentamente ir progredindo - se isso fizer sentido. Mas garantindo a integridade e a independência nacional. Cada vez admiro mais Salazar.
Óbviamente que nem conto com o nosso...er... "governo".
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Leonidas

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« Responder #157 em: Junho 23, 2006, 11:50:31 pm »
Saudações guerreiras

Realmente o melhor é mesmo esperar pelo fim disto tudo. As noticias que têm surgido não são conclusivas e podem dar uma ideia errada de que já terminou a grave crise política. Nem eu sei muito bem, quem tem ou não razão, mas uma coisa é certa, é mais que notório que, desde muito antes de ter rebentado a crise, que os cordelinhos andavam a ser puxados por gente que não merece nenhum tipo de respeito. Autêntica escumalha.

São uns autênticos oportunistas como os chacais e os coiotes, não têm vergonha. Os coiotes e chacais demonstram terem mais dignidade que muita gente entitulada de respeitável e civilizada, pois fazem-no por uma questão de sobrevivência, enquanto as ditas pessoas de bem o fazem por ganância. Que sentimento mais bonito e construtivo. É por isso que o mundo está como está. Uns autênticos parasitas.

Ironias do destino: Um cobiçado rico povo pobre, refém de uma riqueza que é sua e que não a tem.  Isto faz-me pensar em algo que não sei muito bem o que é. Só sei que não é bom.

Papatango o Wolfowizt até pode chorar pelos pobrezinhos todos deste planeta, mas não serão mais que lágrimas de crocodilo. Essa gente não tem vergonha nenhuma. Não sei se estão ou não, feitos uns com os outros, mas por aquilo que se passa no Iraque, são muito bem capazes de voltar a fazer o mesmo. É desse tipo de gente que nos devemos prevenir.

Se acontecer alguma guerra, uma outra, como no Iraque, noutro sítio qualquer, nunca será o sangue dele(s), mas sim dos que dele(s) dependem. Será sempre sangue em vão. Autêntica carne para canhão. Aquilo que o Sr. Wolfowitz e demais iguais a ele representam, constituiem um verdadeiro atentado à humanidade. São gente perigosa demais e que terão que ser sempre contrariados. Eles já mostraram bem os dentes. É melhor não confiar em ninguém.  

É por isso que Singapura se arma até os dentes. Chamem-lhes burros!!

Cumprimentos
« Última modificação: Junho 23, 2006, 11:54:47 pm por Leonidas »
 

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Luso

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« Responder #158 em: Junho 23, 2006, 11:54:20 pm »
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É por isso que Singapura se arma até os dentes. Chamem-lhes burros!!


Exactamente!!!!
Disso depende a Independencia. É clássico.
Quando reconquistaremos a nossa?
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Leonidas

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« Responder #159 em: Junho 24, 2006, 12:11:06 am »
Luso, de certeza que como sabe, no caso de Timor, temos que dar tempo ao tempo!!! Eles para investirem na sua segurança têm que ter posses. Aqui a única solução são forças internacionais. E por muita hipócrisia que haja neste mundo, por muito contraditório que este mundo seja, a comunidade internacional é neste momento, o garante que as coisas se possam encaminhar com o menos de interferência externa possivel. Nós estamos lá, por muito poucos recursos que tenhamos, estamos lá. Só espero que a nossa presença e não só se prolongue ainda muito mais tempo e uma parte do nosso orçamento de estado, deveria ser para uma ajuda ainda melhor.

Não meta a cavalgadura ao barulho, porque na 2ª guerra mundial o território não estava devidamente protegido. Olhe o que aconteceu em Goa. Os militares pediram "chouriços" e "presuntos" e ele fez-lhes a vontade. Veja o resultado.  :oops:  

Cumprimentos
 

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Luso

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« Responder #160 em: Junho 24, 2006, 12:24:21 am »
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Luso, de certeza que como sabe, no caso de Timor, temos que dar tempo ao tempo!!!

Oh caríssimo Leonidas! Eu não estava a falar de Timor! Estava a referir-me indirectamente a Portugal!

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Não meta a cavalgadura ao barulho, porque na 2ª guerra mundial o território não estava devidamente protegido. Olhe o que aconteceu em Goa. Os militares pediram "chouriços" e "presuntos" e ele fez-lhes a vontade. Veja o resultado.  :wink:
A velha história que se mantém hoje em dia do quadro superior incompetente e cobarde.
Mas olhe que não estou a ver que preparações militares que Salazar poderia fazer em Timor quando nessa altura as grandes potências eram sucessivamente derrotadas pelos japoneses. Quando muito poderia ter enviado armas ligeiras modernas e munições pelo menos com as escorvas frescas (coisa que não fez na Índia).
Mesmo errando Salazar dá 10 a zero a estes e sabe porquê?
Porque mesmo com os seus defeitos defendia Portugal. Acha que se pode dizer o mesmo destes de agora?
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Leonidas

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« Responder #161 em: Junho 24, 2006, 01:18:59 am »
Caro Luso, desde quando ditadura significa patriotismo? Você está a confundir coisas que não têm nada que ver uma com a outra. Eu, pelo menos, não vejo onde possa estarem relacionadas. Era por ser de direita? Então os ainda países comunistas?
Salazar teve um patriotismo q.b., comparados com os de Hitler, Mussulini ou até Franco. Aposto que se ambos os regimes ditaturias peninsulares, se bem que estavam no mesmo campo ideológico não disputavam nada entre si, porque Salazar e Franco tinham estilos diferentes para a mesma causa, mas se Salazar fosse de crista arrebitada, provávelmente até eram capazes de se zangarem a sério e jhaver mesmo porrada a sério.

Não lhe nego a capacidade de ter negociado da maneira como negociou. O homem também teve que ter os seus pontos fortes, já que não disponha de instrumentos (os meios militares) para asseguar a sua própria política. Salazar era (só) um idealista de primeira, sem dúvida. Mais até que Franco, na minha opinião. Mas resultou algum progresso daí?

Luso, de mim não vai ler nenhum comentário em jeito de homenagem á cavalgadura. Isso, não o faço, porque acho que seria uma traição a mim próprio. Não tenho problemas nenhuns em discutir seja o que for, agora propagandear um homem que se conota na totalidade com uma ideologia doente, para mim, é moralmente inaceitável e deixa-me com dores de cabeça. Começo a entrar em curto-cicuito. O espírito tem que ser cultivado livremente. Isto não se trata de homenagear a atitude do rei português na questão da libretação do Infante Santo (D. Fernando - Inclita Geração Filho de do rei D. João I) das mãos atrozes do cativeiro de Lazaraque. Está a anos luz deste acontecimento!!!!!

Não sei com que contigente Portugal se deveria ter batido para repelir as forças da União Indiana. Eles só atacaram com uma força que nem sonhamos ter algum dia. Por isso não era por aí que Salazer teria errado. A questão não era militar, mas sim política. Foi pena o sangue português derramado lá.

Foi em vão, porque os indianos iriam sempre conquistar aquilo, nem que enfrentassem tudo o poder militar português na altura. Era bem melhor se ele tivesse negociado. Ele pode ter defendido todas as vezes Portugal, mas isso não justifica que o fizesse a qualquer custo. Desta maneira fez derramar ilegitimamente sangue. Não houve a honradez que tivemos em relação África. Quiz-se armar em herói á custa do sangue dos outros.  

Não vá por aí Luso. Vai por um caminho muito perigoso ao acreditar que uma qualquer ditadura resolve o nosso porblema. Se acha que este governo não defende os interesses do país perante terceiros, diga-me então, o que fizeram os dois governos anteriores de direita? Fizeram melhor? Sendo assim, seria também legitimo pedir uma ditadura comunista, não acha? Não faz sentido.

Cumprimentos
 

*

Leonidas

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« Responder #162 em: Junho 24, 2006, 02:21:36 pm »
Saudações guerreiras

Com uma atitude de intransigência na não rendição fazendo lutar até ao último homem, naquelas condições, era condená-los á morte certa. Os militares também são seres humanos. Sendo assim, a atitude casmurra foi mais pelo regime (pelos princípios em que ele acreditava) do que pelo país. O país não é mais nem menos que as pessoas que o constituem. Consequentemente, ele desrespeitou, ele abusou da situação para salvar a sua face e não o país aproveitando-se

Uma ditadura só se serve a si própria. Age de acordo com os seus interesses. Faça uma comparação com o que se passa atualmente, com o tipo de democracia evoluidíssima que temos!! Será que é necessário mais algum Salazar? Hoje, quantos quer? A esperteza nunca deu em inteligência o que é pena. Portugal batia recordes de desenvolvimento!!    

Voltando a Timor. Se lá estivesse um contingente adequado poderia haver a possibilidade de nem sequer os japoneses o terem invadido, mas isso também significava Portugal fazer a guerra a sério. Coisa que Salazar não quis. Será um território que ficará sempre ligado, pelos piores motivos, a uma época bastante conturbada da vida nacional, mas que os próprios portugueses de Timor não ajudaram, revoltando-se na pior altura possível, a época logo após o 25 de Abril.

Agora já não vale a pena chorar pelo que se passou, se bem que não podemos esquecer nunca as asneiras que se cometeram. Isso será falsear a memória. Só os covardes, é que não demonstram força suficiente para enfrentarem as suas próprias fraquezas, arranjando subterfúgios de todas as espécies. E quanto mais elevado o grau de habilitações literárias pior é, mas também mais ridículo o será. Há que assumir aquilo que se tem que assumir e sem complexos alguns.    

Se quisermos ter algum pingo de dignidade temos que aproveitar todas as situações possíveis para os ajudar, dentro do maior respeito pela sua soberania, nem que, com isso, nos cause sempre um sabor amargo por um passado injusto. Essa é a opção que tem que ser respeitada e que só a eles lhes cabe decidir. Façamos o que devemos fazer então o V império. Isso sim, porque não efémero, porque indolor, porque verdadeiro, porque legitimo e porque justo.  

Cumprimentos
 

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Luso

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« Responder #163 em: Junho 24, 2006, 04:36:40 pm »
http://www.theaustralian.news.com.au/st ... 01,00.html

Citar
Mark Aarons: Marxist leaders have failed
Mari Alkatiri et al have a poor record when it comes to democracy
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May 29, 2006
THE crisis in East Timor is a dangerous watershed for the world's youngest nation. Although distressing in its violence and bloodshed, Timorese democracy can survive. But the country's leadership must take stock of the upheaval's causes and remove the stultifying control of political, civic and economic life by Prime Minister Mari Alkatiri's dominant faction within Fretilin, which won 57 per cent of the vote at the country's first election.
The crisis also affects supporters of the Timor's independence struggle over the past three decades. Sections of the Australian Left, which was active (with other Australians) in promoting the cause of independence, need to do some serious stocktaking if they are to assist Timor in the long term.

There needs to be recognition that Alkatiri and some of his supporters have a poor record when it comes to democracy. Since its inception in 1974, Fretilin has been a broad front representing social democratic, Marxist and nationalist tendencies. Founding member and current Foreign Minister Jose Ramos-Horta was a social democrat, while others adopted a fundamentalist Marxist platform.

Indonesia's brutal offensives of 1977-78 eliminated the internal leadership, leaving Marxist-inclined leaders such as Alkatiri competing for domination of the exile community with international spokesman Ramos-Horta. Inside the country, Fretilin reasserted its adherence to Marxism under its new leader and current Timorese President, Xanana Gusmao. But during the 1980s Gusmao distanced himself from Marxism and eventually left Fretilin to head a broad, nationalist front that linked his guerillas with the Catholic Church, student organisations and the civilian underground. Fundamentalists remained in Fretilin's leadership, notably among the exiles in the former Portuguese African colonies. Alkatiri's Mozambican cell was the most significant of these.

This history is important in understanding today's crisis. Few would dispute that three figures led Timor's independence struggle. First was Gusmao, leader of the guerillas, whose years inside an Indonesian jail gave him Mandela-like status as the embodiment of Timor's aspiration for nationhood. Then there was Ramos-Horta, whose indefatigable diplomacy over two decades kept Timor on the international community's agenda and won him the Nobel Peace Prize. Finally, there was the co-winner of that prize, Bishop Belo (and the Catholic Church generally), whose support for the struggle was crucial.

By contrast, Alkatiri's name was virtually unknown. Outside the international solidarity groups and diplomats who met him in Ramos-Horta's shadow at international forums, he was neither known nor, more crucially, understood. Alkatiri's main work in exile was to move among Timorese refugees, organising Fretilin cells and giving ideological direction in preparation for running the country. Alkatiri has held power for almost five years, during which time stories of nepotism, corruption and authoritarianism have been too persistent to be lightly dismissed. The struggling public service seems to have been stacked with Alkatiri loyalists. Merit and ability have not been the main criteria for job selection. This has undermined professionalism, politicised the civil service and sown the seeds of resentment, disaffection and now revolt.

Alkatiri's shortcomings do not end there. Authoritarianism, of an eerily Stalinist kind, has too often been the Government's response to dissent. The means used by Alkatiri to ensure his recent re-election as Fretilin leader illustrate the point. By replacing a secret ballot with a show of hands, he not only thwarted his challenger, but actually undermined democracy in order to proclaim his own "democratic" victory.

The malaise in governance and the endemic abuses of power are also personified by Interior Minister Rogerio Lobato, brother of resistance hero Nicolau Lobato who was killed by the Indonesians in 1978. I knew Rogerio in 1976 as a swaggering Fretilin commander. He helped me obtain tens of thousands of dollars in Mozambique to keep an illegal radio connection operating with East Timor, which I smuggled into Australia, risking a lengthy prison term.

A few years later, Rogerio was jailed in Angola for smuggling diamonds, not to assist his country's struggle but to enrich himself. Lobato's appointment to a sensitive post in Alkatiri's Government was an important warning sign. The recent allegation in UN cables that he spends much of his time managing his own business affairs is consistent with his criminal activities in Angola. Yet he was put in charge of the country's security apparatus. Little wonder that elements of the forces within Lobato's circle have been heavily involved in the violence.

Since independence, many Australians on the political Left have uncritically supported Alkatiri's Government. I have been dismayed by the fierce, and utterly misconceived, criticisms of Gusmao and Ramos-Horta and the blindness towards Alkatiri's manifest shortcomings. Some have simply denounced Gusmao and Ramos-Horta because they abandoned Fretilin, while others are resentful about Gusmao's challenges to Alkatiri's dominance of political and civic society.

Nor should we heed the voices of the political Right which is now smugly claiming that Fretilin is irredeemably corrupt and violent. We should not despair about Timor's prospects to become a viable, independent nation. Yes, Timor is dominated by Fretilin, which along with other political forces committed crimes in the Indonesian-instigated 1975 civil war. This has been honestly admitted by Fretilin, but some Fretilin leaders are certainly behind the mismanagement and violent criminal behaviour that have caused and been featured in the current crisis.

But these pale in comparison with the mass crimes of Indonesia's illegal occupation. East Timor overcame this and has the capacity to overcome the present troubles. There are many competent and democratically inclined Timorese (especially within Fretilin) who can lead the nation towards stability and democracy.

The country's future now depends on Gusmao and Ramos-Horta continuing in senior roles. East Timor's needs must come before Gusmao's desire to retire next year or Ramos-Horta's bid to shift to the UN. Without these two giants, Timor risks ongoing dependence on the international community. Gusmao has a particular responsibility. He is the one figure who can unite the warring factions from the western and eastern ends of his country.

The governing Timorese elite needs to do some hard thinking about its next steps. Above all, Alkatiri and his supporters should drop their conspiracy theories about Gusmao's "attempted coup d'etat" and admit their own mistakes and shortcomings. A failure to support a new direction by the dominant Fretilin faction would threaten the entire independence struggle and leave their country open to the possibility of effectively becoming an Australian client state.

Mark Aarons is co-author of East Timor: A Western Made Tragedy (Left Book Club, 1993).


O "negrito" é meu. Já se está a ver o que se prepara. Qual é a posição do Governo Português perante a invasão/conquista Australiana?
Porque é que ninguém diz nada?
Começo a ver dosi campso distintos:

- A esquerda internacionalista (por definição) e a direita também internacionalista, acólita dos norte-americanos e seus aliados.
Onde estão os Portugueses?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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pedro

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« Responder #164 em: Junho 24, 2006, 04:40:38 pm »
Caro Luso nao temos poder para os derrotar o sequer enfrentar.
Cumprimentos