Acidente com Helicóptero da MB

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Acidente com Helicóptero da MB
« em: Junho 28, 2005, 01:53:26 pm »
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MARINHA DO BRASIL
COMANDO DO 1º DISTRITO NAVAL
SEÇÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

"NOTA À IMPRENSA"


Rio de Janeiro, 27 de junho de 2005.

ACIDENTE COM HELICÓPTERO DA MARINHA

A Marinha do Brasil lamenta informar a ocorrência de um acidente com um dos seus helicópteros, um Bell Jet Ranger III, prefixo MB-5040, que se encontrava em vôo de adestramento visual noturno.

A aeronave decolou, às 17:57 horas, da Base Aérea Naval de São Pedro D´Aldeia com destino à Base Aérea de Santa Cruz, cidade do Rio de Janeiro, de onde retornaria ainda hoje.

A referida aeronave relatou emergência ao controle aéreo do Rio de Janeiro, cerca de 19:00 horas, vindo a cair logo após, no pátio do prédio do Centro Universitário Metodista Bennett, à Rua Marques de Abrantes, no bairro do Flamengo, incendiando-se a seguir.

Infelizmente, os tripulantes, Capitão-Tenente (Fuzileiro Naval) Adriano Emerim Pinna e Capitão-Tenente André Estácio de Freitas faleceram no acidente. Não houve outras vítimas.

A Marinha do Brasil está prestando o apoio necessário às famílias.

As causas do acidente serão apuradas por Inquérito Policial Militar já instaurado.

A Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico da Marinha já deu início às investigações técnicas.

Maiores informações serão divulgadas tão logo disponíveis.

CARLOS ALBERTO MACEDO JÚNIOR
Capitão-de-Corveta
Encarregado da Seção de Comunicação Social


Fonte: www.defesanet.com.br
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« Responder #1 em: Junho 28, 2005, 02:03:45 pm »


Fonte: O Globo
« Última modificação: Junho 29, 2005, 04:46:25 pm por Paisano »
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« Responder #2 em: Junho 29, 2005, 04:45:45 pm »
IML aponta mortes por múltiplas fraturas e não por fogo

Fonte: www.odia.com.br

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Múltiplas fraturas e hemorragias provocadas pela queda do helicóptero da Marinha foram as responsáveis pelas mortes dos dois tripulantes. Foi o que revelaram os laudos de exame cadavérico feito por peritos do Instituto Médico-Legal (IML), do Rio. “Eles não morreram carbonizados, mas em função da queda”, afirmou o diretor do IML.

De acordo com o diretor do órgão, Roger Ancillotti, André Estácio de Freitas teve fratura craniana com hemorragia cerebral e fratura da coluna cervical, com ruptura da medula espinhal. “Ele ainda aspirou sangue pelos brônquios”, explicou Ancillotti.

Diretor do IML: pilotos estavam presos ao cinto

Adriano Emerim Pinna sofreu fratura craniana com hemorragia cerebral, fraturas da coluna cervical e do tórax, e várias costelas quebradas, o que provocou hemorragia nos pulmões e abdômen, com rupturas do fígado e do baço.

Segundo Ancillotti, André e Adriano ficaram presos ao cinto de segurança. “Quando encontrados, estavam de capacete e com os fones de ouvido”, informou Ancillotti, que esteve no Bennett na noite do acidente.

Ainda no local, no entanto, peritos da Polícia Civil informaram que, apesar da queda, um dos dois tripulantes teria tentado sair da aeronave rastejando. Ele não conseguiu e então foi carbonizado.
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Raul Neto

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« Responder #3 em: Julho 08, 2005, 07:58:18 pm »
    Aos familiares das vítimas desse acidente apresento as minhas sinceras condolências. :cry:
 

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« Responder #4 em: Agosto 01, 2005, 12:24:58 pm »
Condolências aos familiares.

Mas o que se passa com os helicopteros de treino da Marinha Brasileira? :G-beer2:
 

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Benny

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« Responder #5 em: Agosto 01, 2005, 03:37:18 pm »
Que descanse em paz

Benny
 

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« Responder #6 em: Outubro 23, 2006, 03:48:50 am »
Falha no motor causou queda de Bell Jet

Fonte: www.odia.com.br

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Investigação militar diz que fadiga em peça foi razão de acidente com aeronave que matou dois pilotos em 2005

Rio - A quebra de duas palhetas do rotor do compressor é apontada como a provável causa da queda do helicóptero da Marinha, ano passado, na laje do Centro Universitário Bennett, no Flamengo. No acidente, morreram os capitães-tenentes Adriano Emerim Pinna e André Estácio de Freitas, ambos de 31 anos. O modelo foi fabricado pela Bell Helicopter Textron, equipado com compressor da Rolls-Royce, tradicional empresa inglesa do setor automobilístico.

O inquérito policial-militar (IPM), comandado pelo capitão-de-mar-e-guerra Carlos Augusto Andrade Marcondes, não apontou nenhum militar responsável pelo acidente. Na detalhada investigação, concluiu-se também que os procedimentos de manutenção da aeronave haviam sido cumpridos.

O juiz da 3ª Auditoria da Justiça Militar, Claudio Amin Miguel, decidiu pelo arquivamento do IPM. No entanto, em sua justificativa, alerta que a decisão não exclui a possibilidade de se apurar a responsabilidade civil das empresas, “visando o pagamento de indenização aos sucessores das vítimas”.

Para atuar no caso, a família dos pilotos contratou o advogado Sérgio Mourão Correa Lima, o mesmo que entrou com ação contra a Bell por acidente em 1999, quando duas pessoas morreram e outra ficou paraplégica. A empresa fez acordo na Justiça dos Estados Unidos, em 2001, e pagou de indenização 40 milhões de dólares (R$ 85,2 milhões).

SEM AR NO MOTOR

O laudo pericial é assinado pelo capitão-de-fragata David Serafim Sicca Lopes e pelo capitão-de-corveta Flávio Eduardo Cardoso de Souza: “A possível causa do acidente foi a fratura de uma ou de duas palhetas do terceiro estágio do compressor, ocasionada pela fadiga do material”. O defeito no compressor reduz fluxo de ar na turbina, causando perda de altitude do aparelho e queda.

As palhetas do terceiro estágio têm vida útil indeterminada. Só há troca caso se suspeite das condições nas revisões de 3.500 horas de vôo ou nas inspeções de rotina. De acordo com os investigadores, o compressor passara pela revisão em 1999, na fábrica. Após a revisão, voou mais 880 horas.

A fabricante do helicóptero e a do compressor também não se manifestaram. O representante da Bell Helicopter no Brasil, Greg Jonhson, disse que a empresa tem por norma não comentar acidentes. O representante da Motores Rolls-Royce no Brasil, Karin Shaban, afirmou ser necessário análise mais detalhada para se culpar um equipamento.

A famílias dos capitães-tenentes mortos no acidente no Flamengo não quiseram comentar o resultado das investigações. O advogado não retornou as ligações.

Empresa já foi condenada

O empresário João Veiga Negrão de Lima acredita que as ações de indenização contribuem para tornar os vôos mais seguros. Ele lembra a perda do filho, João, 23 anos, em 26 de fevereiro de 1999, na queda de helicóptero, em Sabará, Minas. No acidente, morreu também a presidente do Banco Rural, Junia Rabello, 43. O piloto Luiz Francisco Belcufine sobreviveu, mas quebrou a coluna vertebral.

A Bell Helicopter Textron, fabricante do modelo onde estava o grupo, um Bell-407, fez acordo nos EUA. Pagou 37 milhões de dólares (R$ 78,8 milhões) à família dos mortos, além de 3 milhões de dólares (R$ 6,3 milhões) ao sobrevivente.

O acidente ocorreu após ruptura da cauda do helicóptero. Negrão de Lima, também piloto, ressalta que, após a ação milionária, a Bell, sediada no Texas (EUA), determinou que o modelo passasse por inspeção a cada 150 horas de vôo e tivesse a cauda do rotor reforçada.

AERONAVE CAIU SOBRE A FACULDADE

Logo após a deslumbrante vista noturna do Cristo Redentor, os ocupantes do helicóptero da Marinha perceberam a súbita perda de potência do motor. Entraram em contato com a Torre de Controle do Aeroporto Santos Dumont para um pouso de emergência, mas não tiveram mais tempo. “Tô caindo, tô caindo! Que Deus me abençoe”, disse um dos militares, instantes antes de cair sobre a laje do casarão do Instituto Bennett, no Flamengo, em 27 de junho de 2005.

Na queda, o helicóptero pegou fogo. Os dois tripulantes morreram devido às múltiplas fraturas e hemorragias. O destino final do vôo era a Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, de onde também partira.

André realizava vôo de qualificação, acompanhado pelo instrutor Adriano, experiente em vôos noturnos. A tragédia poderia ter sido maior. O Bell Jet caiu na laje a 7,30 metros do prédio onde havia aulas na ocasião do acidente, por volta das 19h. O piloto Evio Correia de Oliveira, que viu da janela do apartamento o helicóptero cair com a turbina em chamas, destacou a habilidade dos tripulantes para evitar o pior.

VIDAS DE MILITARES VASCULHADAS

Na investigação da Marinha, os capitães-tenentes Adriano Emerim Pinna e André Estácio de Freitas receberam elogios. Os sete anos de experiência dos dois pilotos foram vasculhados. André é apontado como bastante preocupado com a segurança de vôo, enquanto Adriano é descrito como instrutor exigente e padronizado quanto às normas.

Ele havia recebido aviso de transferência para o Amazonas e realizava um de seus últimos vôos no Rio. Casado, tinha uma filha.

André era piloto do 1º Esquadrão de Helicópteros de Instrução da Força Aeronaval. Formado aos 24 anos, fez por 4 anos cursos de pilotagem nos EUA. Era casado e não tinha filhos. O pai, João Estácio, soube dos elogios feitos ao filho, mas confessa que não tomou conhecimento da investigação e da possibilidade de se processar a fabricante da aeronave ou do compressor: “Não vai trazer de volta a vida dos garotos”, lamenta.


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