Fogos Florestais

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Re: Fogos Florestais
« Responder #675 em: Maio 11, 2018, 01:04:34 pm »
Os caramelos que nos governam devem estar a contar com uma provável época de fogos de baixa intensidade, depois de praticamente ter ardido tudo o ano passado. Esperemos que este ano não  haja vítimas mortais ou graves, resultantes de mais esta negligência.

Nada disso!!!
O Estado gasta por ano cerca de 60 milhões de Euros para alugar 50 Aeronaves.
O orçamento anual para o aluguer destas  aeronaves duplica ou triplica o valor “oferecido”  à FAP para comprar o substituto do Allouete para  próximos 20 ou 30 anos........,,,

Quem faz negócios destes só pode ser candidato ao prêmio Nobel da Economia!

Que mania de falar mal dos nossos excelentes desgovernantes!

 :jok: :jok: :jok:

Epá quem fala assim como tú merece um LIKE !!!!! :G-beer2:
nada mais que a verdade pura e crua, quantas dezenas de helis já nós tinhamos.........muitas mesmo !!!!
tenho razão ou não quando afirmo que os alugueres permitem ir várias vezes ao saco do pilim enquanto que a compra é apenas permite ir ao saco uma vez, assim, fica muita gente contente enquanto que os outros, NÓS, pagamos mais impostos, pouca coisa !!!!  :G-beer2:

Abraços
« Última modificação: Maio 11, 2018, 01:09:34 pm por tenente »
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Re: Fogos Florestais
« Responder #676 em: Maio 15, 2018, 04:44:43 pm »
Nisto dos fogos há uma coisa que me intriga.

Porque se anda a formar GNR (que na prática são polícias) na Academia Militar, na Escola da Guarda e no Centro de Formação, para depois serem... bombeiros?

Não será um desperdício de recursos?

Não seria melhor acabar com isto tudo e criar uma estrutura de bombeiros a nível nacional, equiparados (por exemplo) às forças de segurança ou aos militares?
 

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Re: Fogos Florestais
« Responder #677 em: Maio 16, 2018, 12:56:03 am »
Também acho que sim. Países como a França, o Brasil e a Itália têm corpos de bombeiros com essas características. Mas acho que nada invalida que a GNR tenha um grupo especializado em apoio a catástrofes. O problema é que um grupo desses deve ser utilizado em emergências e não de forma rotineira, em substituição de um corpo profissional de bombeiros sapadores.
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Re: Fogos Florestais
« Responder #678 em: Maio 16, 2018, 10:51:51 am »
Nisto dos fogos há uma coisa que me intriga.

Porque se anda a formar GNR (que na prática são polícias) na Academia Militar, na Escola da Guarda e no Centro de Formação, para depois serem... bombeiros?

Não será um desperdício de recursos?

Não seria melhor acabar com isto tudo e criar uma estrutura de bombeiros a nível nacional, equiparados (por exemplo) às forças de segurança ou aos militares?

Quando o governo de então criou o GIPS, já havia uma unidade no seio da Autoridade Nacional de Proteção Civi em funcionamento nos mesmos moldes... a Força Especial de Bombeiros (Canarinhos).



7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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tenente

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Re: Fogos Florestais
« Responder #679 em: Maio 16, 2018, 12:13:28 pm »
Lendo o que li sobre os FEB e os GIPS, não seria mais lógico reforçar o efectivo dos FEB e a GNR continuar a desempenhar as missões a si alocadas ??

O que eu vejo é mais sobreposições de funções efectuadas simultâneamente pelas duas entidades referidas, e sem necessidade alguma, nem justificação aparente.

Tal duplicação exige que se criem mais sistemas de comunicação, coordenação e controlo que abranjam as duas unidades de combate,  criação de duas unidades de comando distintas  e dependências administrativas também distintas, adicionando mais efectivos para desempenhar tais missões com os custos associados que sabemos !!
Pergunto eu para quê ??
Qual o intuito de aumentar o efectivo do GIPS e formar maior numero de efectivo em areas que a GNR não domina, quando existe uma organização que está já especializada nesse tipo de combate, tendo dado durante alguns anos provas da sua especialização neste domínio ??
Estas situações apenas demonstram que em vez de se apostar numa melhor formação dos el da GNR, na melhoria dos seus postos e quarteís que muito precisam, e também na renovação de muitas viaturas do seu parque automóvel, o que é importante é criar mais quintinhas, e ao invês de se centralizar ao máximo a responsabilização, e a gestão nos combates aos FF, é melhor dispersar a responsabilidade e deixar arrastar a solução dos problemas para as calendas, pelo menos é o que eu penso !!

Abraços
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Re: Fogos Florestais
« Responder #680 em: Maio 17, 2018, 11:14:56 am »
Quando falo em estrutura nacional de bombeiros, não me refiro só as forças especiais de bombeiros, mas sim acabar com todas as estruturas, inclusive as locais, que existem hoje e criar uma só estrutura.

Esta estrutura assumia o comando de todos os quartéis de bombeiros que existem hoje, acabando todas as corporações municipais ou não.

Os voluntários, embora com estatuto diferenciado, passariam a fazer parte deste corpo de bombeiros nacional.
 

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Lightning

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Re: Fogos Florestais
« Responder #681 em: Maio 17, 2018, 12:56:36 pm »
Acho que o governo não pode acabar com uma coisa que não lhe pertence, os voluntários pertencem às associações e os municipais/sapadores pertencem às câmaras municipais.

Mas alguma coisa poderá fazer, por exemplo, cortar os fundos.
 

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Re: Fogos Florestais
« Responder #682 em: Maio 17, 2018, 01:14:10 pm »
Pode também retirar-lhes o estatuto de utilidade pública.
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Re: Fogos Florestais
« Responder #683 em: Maio 17, 2018, 03:53:44 pm »
Gosto da nossa tradição municipalista, tenho receio em criar uma outra "camada" de divisão territorial com todos os seus "custos"... gosto das tradição das misericórdias, dos corpos voluntários de bombeiros.

Mas assim não funciona - obriguem as câmaras mais "pequenas" a agruparem as suas várias Protecções Civis (utilizem a NUTS 3, por exemplo) e de seguida os seus corpos de bombeiros a terem também estruturas comuns.

E que cada corpo de bombeiro "NUTS3" tenha obrigatoriamente x% de profissionais e estrutura comando 99% profissional.

Que, a nível nacional, exista um grupo de bombeiros de "intervenção" para fogos rurais.

Que oiçam e, caso seja o caso, aprendam com quem sabe, mesmo que seja marciano; que a liderança actual Estrutura de Missão para a Instalação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais tenha tempo e condições para fazer a diferença.   

Que a GNR tenha alguma capacidade nessa area, mas não seja a principal força. 
 
 
« Última modificação: Maio 17, 2018, 04:20:27 pm por LM »
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 
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Re: Fogos Florestais
« Responder #684 em: Maio 18, 2018, 10:35:33 am »
Por aqui os três Corpos de Bombeiros (Voluntários) têm um comando comum que coordena as coisas. Até as "recrutas" são conjuntas.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Fogos Florestais
« Responder #685 em: Maio 18, 2018, 10:50:14 am »
Jornal de Noticias, dia 15

Italianos deixam Governo apeado sem helicópteros

O Governo voltou à estaca zero na contratação de 28 helicópteros para o combate aos incêndios florestais, que ficaram por adjudicar nos dois concursos públicos internacionais. A empresa italiana Ariane, a quem o Ministério da Administração Interna (MAI) queria fazer um ajuste direto para ter tais aeronaves, já por duas vezes faltou à assinatura do contrato com o Estado e mostra não conseguir arranjar o número de hélis no prazo que lhe foi dado.


Jornal de Noticias, dia 16

Governo contrata 28 hélis nacionais

Dois meses após o falhanço do segundo concurso, o Governo colocou um ponto final nas dúvidas sobre a contratação de aeronaves e ao impasse criado pela empresa italiana Ariane, que se tinha mostrado disponível para fornecer tais  hélis. O IN apurou que o MAI recorreu às empresas HeliPortugal (cinco aeronaves), HeliBravo (outros cinco), HTA (10) e Babcock (oito).

São as mesmas empresas que exigiram nos dois concursos públicos o dobro do que o Estado queria pagar, levando o primeiro-ministro a levantar várias suspeitas de cartelização de preços.
« Última modificação: Maio 18, 2018, 10:59:55 am por Lightning »
 
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Re: Fogos Florestais
« Responder #686 em: Maio 18, 2018, 11:14:49 am »
 

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Re: Fogos Florestais
« Responder #687 em: Maio 19, 2018, 08:50:31 pm »
 

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Re: Fogos Florestais
« Responder #688 em: Maio 22, 2018, 12:24:22 am »
O mapa dos distritos que podem arder este ano

Equipa de investigadores do Instituto Superior de Agronomia e da Universidade de Lisboa criou um mapa de risco para as zonas onde se podem gerar grandes incêndios. Veja quais são as zonas de risco.

Quais são as zonas do país onde há maior risco de incêndios no verão que se aproxima? Foi para responder a esta questão que a Estrutura de Missão para os Fogos Rurais pediu à equipa do Centro de Estudos Florestais (CEF), do Instituto Superior de Agronomia (ISA), que fosse feito um mapa de risco, numa tentativa de pegar no conhecimento científico existente nesta área e aplicá-lo na atuação das equipas de prevenção e combate a incêndios.

O mapa produzido indica a probabilidade de arderem mais de 250 hectares, por cada área de 400 hectares onde se verifiquem condições favoráveis aos incêndios. No topo dos pontos vermelhos do mapa aparecem concelhos como Monchique e Aljezur, no distrito de Faro, Oleiros, Vila de Rei, Covilhã e Proença-a-nova, no distrito de Castelo Branco, Caminha e Vila Nova de Cerveira, no distrito de Viana do Castelo, ou Vila Nova de Paiva e Moimenta da Beira, no distrito de Viseu.

“Estamos atentos ao que é produzido e integramos”, disse ao Observador Tiago Oliveira, presidente da Estrutura de Missão para a Instalação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais. Para o engenheiro florestal este é apenas mais um documento técnico. Integrar o conhecimento científico nas tomadas de decisão “é o que se deve fazer”.

O mapa agora produzido em conjunto pelo CEF, Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa (CEAUL) e Instituto Dom Luiz (IDL), também da Universidade de Lisboa, já “está a entrar na análise dos cenários deste ano”, confirmou Tiago Oliveira. Não é que as equipas de prevenção e intervenção não tivessem já ideia de onde deviam focar os esforços, mas este trabalho “dá mais evidência aquilo que já se intui”, disse o presidente da estrutura de missão.



José Miguel Cardoso Pereira, investigador no CEF e coordenador do trabalho, considera que este mapa pode alertar para os locais onde se deve reforçar a vigilância e patrulhamento terrestre ou onde se deve pré-posicionar os meios pesados. Para o professor do ISA, este mapa também contém informação útil para fornecer às pessoas, mas lembra que a nível local, e “nesta altura, já é tarde para fazer grande coisa na redução de combustíveis”.

Os combustíveis, ou seja, a vegetação que pode arder, são um dos focos da previsão do risco. Outro é a meteorologia. E, naturalmente, a forma como estas duas variáveis se combinam. O índice de severidade meteorológica é uma das variáveis mais importantes consideradas no modelo estatístico, explicou ao Observador Maria Antónia Turkman, investigadora no CEAUL. Mas há outras variáveis incluídas no modelo como: se ardeu ou não (ou que percentagem da área ardeu) no ano anterior; quantos anos passaram desde o último incêndio; que tipo de vegetação (matos ou florestas) predomina na região; entre outros.

continua.....
https://observador.pt/especiais/o-mapa-dos-distritos-que-podem-arder-este-ano/
 

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Re: Fogos Florestais
« Responder #689 em: Julho 08, 2018, 12:32:32 am »
No interregno do Fórum, para resolver problemas de configuração e cumprimento do RGPD, tive oportunidade de falar com um instrutor de voo do aeródromo de Viseu e com um responsável pelo comando de uma corporação de bombeiros do distrito de Viseu, e explicaram-me as alterações ao combate aos incêndios:

- Os voos da Força Aérea no interior do país, principalmente junto às albufeiras que servem para abastecer os hidroaviões, com os C-295, serviram para a FA tirar as devidas notas de coordenadas, acessos, locais de abastecimento de água, etc, porque agora o combate aéreo deixa de ser comandado do terreno e passa a ser feito pela FA com os C-295;

- Em relação ao combate aéreo, as opiniões são as seguintes, o instrutor de voo:
     - Destaca de longe o Air Tractor no combate aos incêndios, destacando muitas vantagens em relação ao Canadair: Pode operar sozinho com 1 só piloto, o avião tem muita potência para a dimensão (3.000 cavalos para um avião de 7 toneladas), leva 3 toneladas de água e outro tanto de combustível. Custa 1/10 do preço do Canadair, pode abastecer combustível em qualquer aeródromo nacional, tem autonomia para 3 horas e meia e pode fazer o que mais nenhum faz numa emergência, largar água com o tractor inclinado (impossível de fazer com o Canadair. Já houve situações de emergência em que a descarga de água para salvar casas teve de ser feito desta forma, devido à orografia do terreno).
     - O instrutor destaca aspectos negativos do Canadair, como abastecer combustível apenas na Lousã (para toda a zona norte e centro), operar sempre aos pares (2 canadair de cada vez) e cada um com pelo menos 2 pilotos. Cada Canadair custa o mesmo que 10 tractor e só leva o dobro da água. Têem um consumo de óleo muito elevado.

O responsável pela corporação dos bombeiros, apesar de reconhecer a polivalência do Tractor, refere que numa emergência, um Canadair dá mais segurança e ficou impressionado quando teve a ajuda do Beriev 200. Diz que tiveram uma aldeia completamente cercada pelo fogo e o Beriev alinhou com a linha de fogo e descarregou um autêntico dilúvio sobre o fogo, como se tivesse chovido nesse dia! Referiu ainda um aspecto negativo por exemplo do Kamov (estão encostados), levam 5.000 litros de água o que é excelente, mas ou apagam o fogo ou caso contrário, o poder das hélices é tal que leva a espalhar o fogo ao longo do seu percurso como se estivesse a despejar gasolina no incêndio (referiu-me que tiveram de mandar o kamov embora porque prejudicava mais do que ajudava, ao contrário dos restantes helicópteros ligeiros que são sempre muito úteis)!!!!!!
 
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